À noite nos encontramos no mesmo lugar de antes. Emmett estava com os
copos descartáveis e com as granadas, Damon estava com as bolsas de sangue e os bolinhos e eu estava ali. Estava tudo certo para colocarmos o plano em ação.

– O que iremos fazer agora? – Damon perguntou.

– Primeiro: iremos rechear os bolinhos com essas granadas e espalhá-los
pelo quintal de sua casa... – Falei para Emmett.

– Mas e se a minha família nos impedir? – Ele perguntou.

– Eu já cuidei disso. Edward e Rosalie estão em uma convenção de carros
que vai durar uns três dias, Alice e Bella estão fazendo compras que vão demorar três dias também, Jasper foi junto com elas para carregar as sacolas e Carlisle e Esme estão em uma viagem romântica de três dias em Las Vegas. – Falei enquanto estudava um bolinho para ver como colocaria uma granada nele. Resolvi colocar por baixo. – Enfim, segundo: iremos encher os copos descartáveis com o sangue e espalharemos por toda a casa, então recomendo que se alimente bem porque o cheiro vai ser forte. E agora é só imaginar seis vampiros que não se alimentam a mais ou menos uma semana.

– Essa vai ser boa. – Damon comentou. Virei-me para Emmett.

– Sinto que as consequências desse plano vão sobrar para você. Afinal, a
gente já vai estar muito longe quando eles forem fazer alguma coisa.

Fomos até a casa e começamos pelos copos de sangue. Emmett enchia 3/4
dos copos, Damon dava para mim e eu ia colocando em lugares variados como:
mesas, balcões, camas, cadeiras, pias, cômodas, cabeceiras, sofás, armários, etc. Quando finalmente acabamos (demorou umas 4 horas para fazer tudo, pois Damon se descontrolava e bebia alguns dos copos), resolvi que já tínhamos feito
o bastante por aquele dia e Emmett estava com muita sede, então tiramos um dia
somente para caçar.

Angela quis se juntar a mim e a Damon para a caçada para poder aprender
um pouco mais a arte de caçar humanos tapados, como saber se o sangue deles
está limpo ou não, como transformar e como se segurar para não ficar demoníaca
e perder o controle, não entendo porque a maioria quer saber isso, essa é a parte mais divertida!

No dia seguinte, que seria o dia que eles voltariam à noite, colocamos as granadas nos bolinhos, alguns explodiram, mas com nenhum estrago, eram granadas fracas que só espalhavam pedaços de bolinho por aí, essa foi a parte
divertida, a parte mais chata foi espalhar os bolinhos em cada canto do jardim e na frente da garagem.

Arrumei um lugar alto e com uma boa vista da casa e do jardim para que,
quando eles chegassem, eu pudesse ver tudo. Angela chegou logo depois de eu
achar meu cantinho e se juntou a mim.

– Oi. – ela falou quando chegou.

– Já resolveu o que vai falar para a sua família? Porque se não resolveu ainda, você tem um sério problema. – falei não deixando de olhar para a casa nem um segundo só esperando eles chegarem.

– Já, eu falei para eles que tinha ganhado uma viagem de um ano para a
Itália e eles acreditaram nessa tão rápido que quem não acreditou fui eu, mas depois lembrei que podia manipular as pessoas. – ela disse meio triste.

– Relaxa depois de uns anos você esquece. – respondi.

Ficamos esperando mais um tempo (tipo algumas horas) até eles finalmente
chegarem, no final da tarde. Nunca vi tanto bolinho voando. Eles chegaram com
os carros em fila para entrar na garagem e ignoraram os bolinhos, o primeiro foi a BMW com a Rosalie e o Edward, o carro levantou uns 15 centímetros do chão, e é lógico que os outros tentaram evitar os bolinhos, mas isso não foi possível. Nunca ri tanto na minha vida.

Depois de tudo isso eu fui saudá-los, e é lógico que eles ficaram bravos... Até eles se distraírem quando Jasper abriu a porta da casa e veio aquele cheiro de sangue. O cara paralisou e se virou para mim furioso. Eu dei um sorriso e chamei Damon e Angela para perto de mim. Puxei rapidamente a faca dimensional da minha bolsa e abri o portal, pensando na minha dimensão. Quando o portal se abriu eu puxei os dois para dentro. Ao sairmos, eu fechei o portal, enquanto nos levantávamos, nos deparamos com uma Elena e um Stefan muito bravos.

– Onde vocês estavam?! – Stefan perguntou.

– Não é da sua conta! – fale fingindo estar ofendida com a pergunta. Ele
respirou fundo, não sei por que, mas ele o fez.

– Quantas pessoas vocês mataram? – Elena perguntou balançando os cabelos semiangelicais dela. Virei-me para Stefan.

– Eu não posso mesmo transformar ela em uma vampira? Só para eu poder
saber como é matá-la. – fiz carinha de cachorrinho que caiu da mudança só para
irritá-lo mais.

– Não! – exclamou - Afinal eu estou vendo que você já tem uma vampira
aí. – ele falou observando bem Angela.

– Que bom isso significa que você não é cego! - falei sarcasticamente.

– Ah! Deixa que eu mato ela. – Damon falou sorrindo maliciosamente.

– Se for assim, eu vou matar a sua amiga aí. – Stefan falou já sem paciência.

– NINGUÉM VAI MATAR NINGUÉM AQUI! – Elena berrou desesperada e eu contive uma risada.

– Obrigada. – Angela falou. – Damon você é ridículo, não acredito que vim com você para cá.

– Você veio comigo! – falei – E se você não esta feliz aqui, eu te mando de volta em um segundo! – Angela calou-se e abaixou a cabeça. Ela não queria voltar.

– De onde ela veio? – Stefan e Elena perguntaram ao mesmo tempo.

– Da dimensão de... – Damon falou abaixando o tom de voz até não dar
para ouvir nada do que ele dizia.

– Da dimensão de que? – Elena fez uma careta.

– Crepúsculo. – alguns segundos se passaram até finalmente Damon falar.

– Você quer dizer, então, que ela veio de um livro? – Elena perguntou
confusa.

– Ela não seria aquela amiga da personagem principal... – Stefan deu uma
pausa para se lembrar do nome. – Bella?

– Meu advogado não me dá permissão para responder a essa pergunta sem a presença dele. – falei caçoando, Damon e Angela riram.

– Sim, ela é. – Ele falou para Elena.

– Como você sabe? - Ela perguntou.

– Faz favor! Ele me conhece á 500 anos. – falei – Na verdade, uns anos a
mais. – Acrescentei.

– Como assim? – Damon perguntou.

– Eu fui babá de vocês quando pequenos. Somente para estudar o comportamento de crianças humanas naquela época, faço isso de tempos em tempos.

– Você foi a Srta. Toscano?!

– Sim, durante anos.

– Eu sabia que você era familiar. – Stefan comentou.

– Eu era apaixonado por você! – Damon gritou e saiu correndo.

– Mais alguma coisa Srta. Sincera-Que-Só-Conta-Tudo-Depois-De-Quinhentos-Anos? –Stefan perguntou, não parecendo muito feliz.

– Sim. – Falei e ele lamentou mentalmente por ter perguntado. – Fui eu
que fiz a Katherine, minha quase chara (N/A: pra quem não sabe, chara é quem
tem o mesmo nome que você), ficar má.

– Foi culpa sua a Elena ter morrido DUAS vezes?! – Ele disse, aparentemente, nervoso.

– Sim, a culpa é minha você ter ficado semanas ensinando tudo de novo a
ela. E ficar reclamando na minha orelha de como você já estava de saco cheio
disso tudo. – inventei, com uma careta, só para irritar a criatura loira que eu não podia matar.

– Você não gostou de ter ficado comigo aquele tempo todo? – Elena falou
com lágrimas nos olhos e saiu correndo. Ele me lançou um olhar assassino e foi
atrás dela. Restando apenas eu e Angela.

– E o que você pretende fazer agora? – Perguntei a vampira ao meu lado.

– Vou para a Itália, só para eu não ter a sensação de estar mentindo para meus pais. – ela sorriu. Despediu-se de mim e foi embora.

– Que emoção! – comentei comigo mesma. – Mais uma vampira assassina
solta no mundo por mim. – Enxuguei minha lágrima imaginaria de emoção e fui
andando lentamente para minha casa descansar um pouco.

Fim da primeira dimensão