Capitulo 5 - Planos

Samy PDV

Raios! É tudo uma armadilha! Por que fui acreditar naquela carta? Como você pude ser tão burra?

Me pergunto a todo momento como você pode ser tão burra.

Fique quieta consciência! Dessa vez a coisa é muito séria!

- Ora, ora! Que bom vê-la senhorita Snape. - o cara de cobra falou irônico.

- Ora, ora! Que péssimo vê-lo Voldinho! - respondi mostrando não estar com medo dele, e dos amiguinhos. E eu não estava mesmo com medo dele, pelo menos não por mim. O meu medo era que algo acontecesse ao Fred.

- Como sempre, querendo bancar a engraçadinha. Mas, agora você não tem os seus amiguinhos para defendê-la Snape. - ele falou com um pequeno sorriso, maquiavélico, mas era um sorriso.

- Ah! Se o Harryzinho te derrotou quando era apenas um bebê, por que eu não conseguiria? - perguntei com um sorriso triunfante.

- Sabe, a sua insolência, pode acabar causando a morte do seu namoradinho. - retrucou seco.

- Você não... - parei no meio da frase ao ver um comensal, segurar pelos braços um ruivo inconsciente, e o jogando no chão em seguida. - FRED! - gritei e tentei correr na sua direção, mas um feitiço não verbal me jogou para trás.

- Se quiser que ele continue vivo, é melhor que fique quietinha e faça o que eu mando, estamos entendidos? - o cara de cobra perguntou, olhei para o Fred e temendo que fizesse algo a ele assenti. - ESTAMOS ENTENDIDOS? - o cara de cobra perguntou novamente aumentando o tom de voz e vi um sorriso maligno em sua face. Careta pra mim é fome querido!

Mas, espera! Primeiro o cara fala que é pra eu ficar quieta, e depois espera que eu fale algo? Poxa! Ele tem que se decidir, ou eu fico calada, ou eu falo, não da pra eu fazer os dois ao mesmo tempo! Mas, não é bom contrariar gente doente não é? Principalmente psicopatas, então...

- Sim. Eu... Eu faço o que quiser. Mas não o machuque. - respondi sentindo um nó na garganta. - Solte o Fred. - eu estava quase implorando. - Por... Favor...

- Excelente. Mas, eu não irei solta-lo, ele é a garantia de que você fará tudo o que eu mandar. - falou se virando.

- O QUE? Não! Eu... Eu não farei nada se você não o libertar. - tentei ‘ameaçá-lo’.

- Você está em uma posição favorável apenas a mim, por isso não está sujeita a fazer ameaças, e acredite você não é uma ultima opção. Eu poderia muito bem matar você e o seu namoradinho, mas NÃO, estou sendo generoso e lhe oferecendo a opção de me servir para salvar a vida daquele traidor de sangue. - ele parou de falar e aponto para o Fred. - Mas, NÃO, você não vê e reconhece como estou sendo bom, eu SEMPRE fui bom, faço um favor imenso ao mundo bruxo, eu o purifico. Livro a todos de seres asquerosos como ele... - mais uma vez apontou para o Fred. -... e não posso esquecer dos sangues-ruins é claro, que são outros que devem ser eliminados. VEJAM! COMO ME AGRADECEM! Dizem que sou mal, tentam me matar, aprender... TODOS deviam apoiar a minha causa. A anos tento abrir os olhos de todos, a anos tento mostrar que eles deviam me idolatrar e agradecer, mas ninguém, absolutamente NINGUÉM consegue ver isso.

- VOCÊ é que não consegue ver que o que está fazendo é errado. Você não passa de um psicopata, de um ser desprezível. VOCÊ enoja a todos que tem juízo, e sabem distinguir o certo do errado. E eu não tenho medo de você, a única coisa que eu sinto, é nojo, desprezo e pena, muita pena Riddle.

- Eu não sou um Riddle! Meu nome é Voldemort, LORDE VOLDEMORT. - ele berrou.

- Não adianta você ficar gritando a plenos pulmões que seu nome é Voldemort, por que não consegue fazer nem com que você mesmo acredite nisso, Tom.

- GAROTA INSOLENTE! COMO OUSA SE DIRIGIR ASSIM AO MESTRE? - Bellatrix Lestrange veio na minha direção empunhando uma varinha.

- Não! Bellatrix! Deixe, eu tenho planos melhores para ela, mas para começar... Draco, acorde o traidor de sangue, vamos brincar um pouquinho e é melhor que ele esteja acordado para que ele se divirta conosco. - falou e seu olhar adquiriu um brilho estranho.

Pela primeira vez desde que tinha chegado, olhei para o Draco, olhei em seus olhos. Mas não consegui ver nenhum sentimento. Abaixei a cabeça, decepcionada... Aquele não era o meu Draco, era apenas um dos aliados de Voldemort.

- Samy. - ouvi a voz de Fred me chamar. Quando me virei para olhá-lo, o Malfoy começou a torturá-lo. Numa tentativa falha de abafar seus gritos de dor, Fred mordeu os próprios lábios com muita força. Sangue jorrava de sua boca, e sua face estava contorcida em dor.

- Não. Não. Eu imploro! Pode me torturar, matar, o que quiser. Mas deixe-o em paz. - cai de joelhos no chão enquanto suplicava.

- Como eu estou de bom humor... Bellatrix, apague a memória do traidor de sangue e deixe-o, deixe-o, jogado em algu lugar próximo a casa dos Weasley´s. Se tiver algum lugar com animais selvagens e famintos, melhor ainda. - falou com um sorriso sádico.

- Sim mestre. - ela respondeu enquanto fazia uma reverência exagerada e logo saiu levando o Fred com um feitiço de levitação.

- E você... Vamos ter uma conversinha particular. - ele continuava com um sorriso sádico. - SAIAM TODOS DAQUI! - elevou a voz e logo todos os comensais aparataram. O Malfoy antes de sair me mandou um olhar de desculpas que fiz questão de ignorar.

- Você Snape, de agora em diante será minha espiã. - ele falou.

- Eu... O QUE? - perguntei. Ele só pode estar brincando.

- Não. Eu NÃO estou com brincadeiras. Ou acha que estou? - perguntou e pelo tom de voz parecia não estar brincando. Mas, não há como saber se eu for olhar pela cara, afinal, a cara dele não muda, continua a mesma cara de cobra, e além disso, a cara dele é de mal amado. Bem, está ai uma boa explicação, o cara é mal amado, por isso é desse jeito.

Ele praticamente rosnou para mim quando disse:

- Mais uma gracinha, e não será apenas o seu namoradinho que será torturado, como toda a família dele, e todos os seus amiguinhos.

Fiquei calada e tentei ‘calar’ meus pensamentos.

- Como eu já disse, você será minha espiã. E terá que me falar tudo o que o Potter e os outros membros da ordem da fênix estiverem tramando. E eu estarei o tempo todo vigiando sua mente por isso não tente bancar a engraçadinha. - ele falou e saiu.

O QUE? Ele fala que eu tenho que bancar a agente dupla e sai me deixando sozinha? Como eu vou voltar para a casa dos Weasley´s?

E como resposta aos meus problemas, eis que surge... SEVERO SNAPE! Será se não tinha ninguém melhor, ou pelo menos um pouquinho menos pior para você mandar não Merlin? O QUE FOI QUE EU TE FIZ? POSSO SABER?

Eu diria que... Nasceu seria a resposta mais sensata.

Vem cá! Por acaso eu te chamei na conversa? Não! Não chamei! Essa conversa é entre mim e o desgraçado do Merlin, então, CAI FORA!

Que saco! Quanto mais eu rezo... Opa! Eu nunca rezei... Não que eu me lembre... Será se é por isso que Merlin me odeia tanto?

É, vou passar a rezar para Merlin todas as noites... Ou não!

Harry PDV

Depois de ver Voldemort e Olivaras, depois de ver que eu não fui forte o suficiente para acabar com a minha ligação com Voldemort, comecei a pensar que era melhor se eu fosse sozinho e o mais rápido possível em busca das horcruxes. Minha mente trabalhava a mil procurando um jeito de conseguir ir sem que ninguém percebesse e tentasse me impedir, mil e um planos, mil e uma estratégias, mínimas chances.

- Harry! Harry! - Gina vinha correndo na minha direção, seus cabelos ruivos pareciam dançar com o vento, uma dança ensaiada, coreografada; o som dos pássaros formava a orquestra que os regia. E o som da sua voz, me fazia esquecer tudo e a todos, mesmo se fosse apenas por poucos segundos.

E à medida que ela se aproximava, os batimentos do meu coração aumentavam. Mas, ao ver sua expressão, preocupada, angustiada, meu coração deu um solavanco. Algo estava errado.