Eu Te Dou Meu Coração. escrita por Bellaah


Capítulo 5
Capítulo 4 - Amizade começada.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. :D



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Capítulo anterior:

Era um cartaz,que dizia:

Eu aceito sair com você,Sr.Persistente.” Deu de ombros e agachou de novo pegando outro cartaz. “Mas,só se for para tomar sorvete na pracinha que fica perto da minha casa,ás sete horas.”

Sorrir largamente,por ter finalmente conseguido,e ergui o dedo polegar,concordando com o que ela pedia.Ela sorriu mais uma vez e balançando a cabeça como se achasse aquilo muito engraçada mais ao mesmo tempo estranho,entrou dentro de casa.

- Consegui. – Gritei assim que a porta se fechou,dando um pulo alto e erguendo um braço para cima,como se desse um murro no ar,em forma de comemoração.

Não importava se ela estava me vendo ou não,ou se uma mãe e um filho,que acabavam de passar por mim agora e me vira fazer aquilo,me achassem um louco.O importante é que finalmente ela aceitou e eu consegui alguma coisa que queria na minha vida.

Isso me deixava totalmente feliz,coisa que não sentia demasiadamente,por muito tempo.

Capítulo 4 – Amizade começada.

Música:

 - Robert Pattinson – Never Think -

Edward PDV

- Se eu tive que fazer tudo isso só para você aceitar tomar um sorvete comigo,imagina o que eu teria que fazer para te chamar para um jantar a luz de velas. – Comentei divertido,enquanto eu e Isabella,acabávamos de sair da sorveteria que tinha na pracinha que ficava próximo á sua casa,com um sorvete de casquinha na mão e nos direcionando para um banco desocupado que tinha ali perto.

Ela gargalhou,pendendo a cabeça para trás e depois voltou a se concentrar em seu sorvete.

- Garanto que seria bem mais difícil. – Comentou entrando na brincadeira.

- Mais difícil que isso? – Perguntei assustado. – Eu tive que concordar com todas as idéias daquela sua amiga maluca. – Completei meio resignado.

Bella gargalhou novamente e me olhou sorridente.

- Eu sabia que aquela maluca tinha um dedo nisso tudo.

- Oh! Mas,não vá dizer...

- Não se preocupe,eu já sabia antes mesmo de você me dizer. – Interrompeu meu pedido para não dizer a Alice que eu contara sobre ela está envolvida no plano.

Música:

- Robert Pattinson – Never Think –

Chegamos ao banco e eu esperei Bella se sentar,cruzando as pernas em forma de borboleta,para logo depois eu sentar ao seu lado.

- Por que decidiu,finalmente,sair comigo? – Perguntei enquanto ela tomava concentrada o seu sorvete.

Ela me olhou um pouco divertida e fez um expressão meio irônica.

- Bem,além de ter um maluco sempre me perseguindo com cartazes e folhinhas para um simples pedido de saída... – Falou divertida e eu sorri. – Eu concluir que talvez não tivesse nada demais. – Deu de ombros e voltou ao seu sorvete.

- Como assim? “Talvez” Não tivesse nada demais? – Perguntei curioso,sempre fitando sua face e incapaz de tirar meus olhos dela.

Ela suspirou pesadamente,e olhou para frente,pensativa.

- Não sei...- Olhou para mim. - Talvez agora seja difícil afastar você da minha vida. – Murmurou enquanto me fitava com um sorriso.Passamos um bom tempo assim,até eu sorrir e desviar o olhar para tomar o meu sorvete.

- Que bom.Porque eu não ia me afastar mesmo. – Falei dando de ombros enquanto colocava uma colher de sorvete na boca.

Ela gargalhou de novo e eu percebi que gostava de ouvi-la fazer isso.

- Edward. – Meu nome falado por sua voz sempre me fazia senti um certo calafrio. – Agora me responda com sinceridade,por que eu? – Sorriu como se achasse alguma coisa engraçada. – O pessoal do colégio te chama de Bonitinho estranho,porque você não dar bola para ninguém,ai vem você e faz esse monte de coisa só para consegui sair comigo.

- Bonitinho estranho? – Perguntei divertido,estranhando o apelido.Ela assentiu com um sorriso.Revirei os olhos. – È meio frustrante saber que não consegui ser invisível como pretendia ser. – Voltei o olhar para o sorvete.

Senti ela se aproximando mais de mim,e me virei para ela,que parecia meio confusa.

- Por que invisível? – Perguntou parecendo realmente querer saber e se esquecendo totalmente da pergunta que ela tinha feito anteriormente.

Dei de ombros.

- Não sei... – Olhei para ela. – Acho que não consigo me envolver muito com as pessoas,eu não consigo conversar com elas sem me decepcionar de algum modo de seus atos. – Bufei e voltei o olhar para a frente. – Como se eu fosse perfeito. – Fui irônico.

Ela ficou calada por algum tempo,e percebi que olhava para o mesmo lugar que eu,pensativa.

- Eu não entendo. – Comentou depois de um tempo. – Se é assim,porque fez tanta questão de conversar comigo já que tem medo de se decepcionar? – Perguntou,retomando,quase sem querer,sua pergunta anterior.

Ainda olhando para a frente,dei de ombros,como se não entendesse meu próprio pensamento.

- Eu sinto que você é diferente das pessoas comuns. – Falei e olhei para ela. – Olha só... – Apontei para o seu rosto. – Você tem o olhar cheio de vida e até agora que estamos conversando nem se quer começou a falar sobre coisas fúteis.Só em você me ignorar no começo,eu já percebia que você era diferente.

Ela ficou corada,exatamente como eu gostava de ver,e abaixou a cabeça com um sorriso meio encabulado no rosto.

- Assim você me deixa sem graça. – Ouvi-a murmurar enquanto pegava um colher de sorvete e colocava na boca.

- Desculpa,não era minha intenção... – Falei brincalhão e voltei a ficar um pouco sério. – È só que eu precisava dizer que eu preciso de pessoas assim em minha vida,principalmente você. – Concluir e olhei para ela,que também me fitou mais confusa ainda e mesmo assim sorridente.

(...)

- Quer dizer que desde que seu pai morreu você sempre mantém esse olhar triste no rosto e se afastou das pessoas? – Bella perguntou com uma expressão séria,enquanto andávamos em uma das ruas de Seattle voltando para a sua casa.

Dei de ombros.

- È,é algo irracional. – Comentei. – Não se trata só de saber que ele está morto,na verdade,eu nem fazia questão de vê-lo vivo,é só que...minha mãe fica tanto tempo assim por causa das decepções deles,que eu acho errado ser mais feliz que ela.

Bella franziu o cenho,e desviou o rosto olhando para a frente,pensativa.

- Mas,que decepções foram essas? – Perguntou curiosa.

Olhei para ela,tentando saber porque ela queria saber daquilo.Ninguém nunca quisera saber da minha vida e novamente Bella era diferente dessas mesmas pessoas.Ela perguntava realmente parecendo se importar com o próximo,de ajudar o próximo.

- Você realmente quer saber da minha vida? – Perguntei com um sorriso sem muito ânimo. – Ela não é muito agradável.

- Tenha certeza que... – Ela parou no meio da frase,como se fosse dizer algo que não podia,e eu ergui a sobrancelha esperando que ela continuasse. – Que eu quero saber sim sobre ela. – Suspirou. – Afinal,acho que o melhor motivo para saímos para tomar esse sorvete,é conhecer um ao outro.

Desviei o olhar dela e pensei sobre aquilo.Realmente,ela estava certa,em todo o tempo quis aquele encontro procurando saber mais da vida daquela garota tão diferente.Coloquei as mãos no bolso da calça e suspirei.

- Meu pai traia minha mãe... – Comecei,fazendo minha mente começar a se lembrar dos momentos dolorosos da minha infância. – Não eram simples traições.Era com todo tipo de mulher. – Bufei. – O pior era que ele dizia sempre para a minha mãe,como se fosse para se vangloriar de que apesar de tudo o que ele fazia,minha mãe continuava a amá-lo. – Balancei a cabeça negativamente para mim mesmo e sentia o olhar de Bella cravado em mim. – E ele estava certo.Apesar de meu pai trair ela e também sempre beber chegando em casa agressivo,sempre gritando com ela e as vezes quase chegando a bater,só não batendo porque eu impedia,minha mãe continuava a amá-lo. – Sorrir sarcástico e me calei,com uma expressão triste ao me lembrar desses momentos e do quanto meu pai magoara minha mãe. – Às vezes o amor é complicado de se entender.

Bella ficou um pouco calada ao meu lado,até eu ouvi ela suspirar.

- E como ele morreu? – Perguntou curiosa.

- Do próprio veneno. – Respondi bufando e olhei para ela. – De tanto beber.

Bella deu um sorriso torto não muito animado e depois desviou o olhar do meu como se tivesse incomodada agora.

- Eu entendo que sua vida pode ter sido triste,Edward e que sua mãe tenha sofrido. – Começou com um tom firme de repente. - Mas acho que você não deveria ficar com esse negócio de ter medo de ser mais feliz que sua mãe. – Riu meio sem ânimo e depois olhou para mim.Seus olhos pareciam mais intensos,já que brilhavam tanto. – Na verdade,eu acho que você deveria ser feliz e fazer o possível para ela ser feliz também. – Deu de ombros. – Não sei,eu acho que isso são problemas que pode acontecer em qualquer família e que qualquer pessoa poderia se recuperar dele.Não é como se nós quiséssemos ficar pelo o resto da vida lamentando por uma coisa que já passou e que não tem mais volta. – Falou de repente concentrada no que dizia e depois olhou para mim,segurando meu braço e me parando no lugar,fazendo-a fitar. – O único que pode fazer ela feliz de novo Edward,é você... – Sua voz saia com intensidade,com se quisesse que eu entendesse realmente o que ela falava. – Você não tem que acompanhar ela na tristeza e viver sempre do jeito que está vivendo.Triste,hesitante em fazer tudo ou não sei,com medo de se decepcionar com as pessoas.Elas erram,todos erram,seu pai também errou,mas eu acho que você e sua mãe deveriam deixar isso para lá e tentar esquecer,afinal ele nem está mais aqui para vocês continuarem infelizes como eram quando ele estava vivo. – Encolheu os ombros como se estivesse relaxando. – O que eu to dizendo é que podemos mudar as nossas vidas e as atitudes das pessoas que nos cercam,se simplesmente mudamos a nós mesmos. – Sua voz saiu mais baixa,mas cheia de uma empolgação impulsionadora.

No inicio fiquei mudo e sem saber o que pensar,depois fiquei realmente surpreso pelas as suas palavras.Não que eu não esperasse uma atitude dessas vindo dela,já que ela era uma pessoa tão diferente das pouquíssimas que eu conhecia,mas era como se ela quisesse que eu mudasse,quisesse que eu fosse feliz,como se ela realmente se importasse e entendesse o que eu sentia.

Suas palavras foram e podiam ser para qualquer um,um remédio para o bom humor,na verdade só em olhar os seus olhos cheio de vida e de alegria demasiada,qualquer um sentiria vontade de viver sem hesitação: “ Poxa,aquela garota é demais.” Era exatamente nisso que eu estava pensando,enquanto lhe encarava meio espantado e sem saber o que dizer depois de suas palavras fortes demais para mim,que nunca consegui pensar nisso tudo e ter coragem para fazer isso,mas agora,por ouvi Bella falar,como se realmente fosse fácil,sentia uma vontade louca de chegar em casa e abraçar minha mãe,beijar-lhe o rosto e dizer que ela não precisava mais ficar daquele jeito,porque decepções todos temos na vida e o importante é saber contorná-los.

Percebi Bella abaixar a cabeça quando eu não disse nada e só continuava a fitá-la.

- Desculpe-me,eu acho que me meti muito na sua vida. – Ouvi-a sussurrar,parecendo um pouco constrangida.

- Não,não,não. – Falei rapidamente,levantando o seu rosto com o meu dedo indicador e levantando o seu rosto para me fitar. – Na verdade,ninguém nunca me disse isso tão direto e com tanta vontade. – Sorri satisfeito,um sorriso grande que nunca costumava dar. – È bom saber que há alguém na minha vida agora para me dizer e que realmente se preocupa comigo.

Novamente ela ficou corada e eu passei meu dedão em sua bochecha direita,dizendo para mim mesmo,que nunca vira pessoa mais bonita que ela.Tanto por dentro,tanto por fora.

Bella sorriu e suspirou,fazendo até seu hálito com cheiro de morangos,penetrar em minhas narinas e fazer as sensações que sempre sentia ao está ao lado dela,se tornarem ainda mais forte.Ela engoliu em seco e levantou uma mão,pegando a minha que estava em seu rosto.

- Fico feliz que você não tenha se chateado. – Suspirou e se afastou de mim,como se evitasse uma aproximação entre nós. – Espero que você consiga segui com o conselho e ver o quanto viver a única vida que temos é importante.

Balancei a cabeça em afirmativa.

- Se eu tiver você do lado acho que eu consigo. – Falei com voz firme e ela novamente deu aquela gargalhada gostosa de se ouvi.

- A felicidade bobinho,não depende dos outros,depende de você. – Falou mais animada e batendo com seu dedo indicador no meu nariz. – Agora será que podemos ir? – Perguntou já começando a andar na minha frente. – Estou com frio.

Fitei o local de onde ela tinha acabado e sorri.

- Ela é incrível. – Murmurei para mim mesmo.

- Hei,vamos. – Ouvi Bella gritar,e sair dos meus pensamentos,dando de ombros e começando a ir atrás dela.

(...)

- Está entregue. – Falei quando chegamos á porta da casa dela.

- Sim senhor e viva. – Brincou.

- Viva. – Repeti. – Ta vendo? Não te fiz mal nenhum. – Comentei entrando em sua brincadeira.

Ela sorriu largamente e voltou-se para a porta,começando a girar a chave na maçaneta e abrindo-a logo depois.Antes que entrasse se virou para mim.

- Te vejo no Colégio? – Perguntou e como eu fiquei feliz com aquela pergunta.

- Claro que sim. – Respondi animado. – Então somos amigos agora?

Ela deu de ombros,como se dizesse que não tinha mais nada a fazer a respeito daquilo.

- Sim,somos amigos. – Confirmou e levantou uma sobrancelha. – Mas,com uma condição.

- Ah! Condições para ser seu amigo? Tudo bem,eu aceito todas.

- Prometa que nunca vai se apaixonar por mim. – Foi direta e sem hesitar.

Fiquei um pouco confuso com aquele seu comentário e me perguntava se conseguiria ficar sem me apaixonar por ela,já que sentia as sensações de sempre,sabendo que não eram sensações de uma simples amizade.Eu nunca havia me apaixonado,e sempre repudiava as pessoas apaixonadas,acho que conseguiria lutar com qualquer paixão que surgisse por Isabella e assim poder ser seu amigo.Era melhor tê-la por perto aceitando essa sua condição,do que vê-la longe.

- Nossa,nunca,ninguém foi tão direta assim comigo. – Exclamei.

Ela gargalhou,achando alguma coisa engraçada.

- Claro,você nunca gosta de se aproximar das pessoas. – Voltou a fica séria. – Então,promete?

Suspirei e dei de ombros.

- Prometo.

Ela sorriu mais largamente e venho me dar um beijo em meu rosto.

- Te vejo amanhã então. – Se despediu já entrando dentro de casa.

- Bella. – Chamei antes que ela fechasse a porta,ela parou e me olhou interrogativamente. – Eu falei sobre a minha vida,falta você falar sobre a sua.

Ela ficou pensativa por alguns segundos,como se estivesse lembrando de algo ou querendo evitar falar algo,mas logo seu sorriso voltou ao rosto.

- Teremos tempo suficiente para isso. – Respondeu e eu assenti,já me afastando da porta.

- Assim espero.Tchau. – Me despedi e ela sorriu,fechando a porta logo depois.

Fiquei fitando aquela porta fechada e pensando o quanto a noite havia sido agradável,agradável como nunca  tinha sido em minha vida.

(...)

Música:

- Oasis. – Stop crying your heart -

Cheguei em casa e abrir a porta da mesma com a chave que eu peguei antes de sair.Quando eu entrei dentro de casa tudo estava escuro.

Em todo o percurso da casa de Bella até a minha,fiquei pensando no que ela havia me dito sobre eu mudar de vida e conseqüentemente a da minha mãe.Pensei que eu poderia tentar fazer o que ela me disse para fazer,aliás eu já estava cansado de sofrer por minha mãe e também vê-la sofrer pelos os cantos depois de dois anos da morte do meu pai.

Talvez,se eu conversasse com ela,expondo todos os meus sentimentos e tudo que sempre sentia ao vê-la sempre tão triste pelos os cantos,ela pudesse mudar.Não que fosse algo fácil mudar repentinamente e dizer: “Aaah! Eu sou muito feliz”,mas é só questão de tentar,afinal quem não se arrisca não aproveita nada.

Podia ter as esperanças de minha mãe mudar se eu mudasse,talvez se eu ficasse feliz e tentasse contagiá-la com minha felicidade,ela visse o quanto de mal ela estava fazendo para si própria.

Sentei no sofá,ainda no escuro da sala da minha casa,fitando o vazio da a minha frente.

Ou será que eu estava apenas me iludido,por aquilo tudo ter sido dito pela a garota que mais admirava agora? Não,não podia ser ilusão,Bella falara com tanta certeza,como se já tivesse passado por tudo aquilo e soubesse bem o que falava.Aquelas palavras não podiam ser ilusão vindo de uma garota tão cheia de vida.

Qual é? Eu podia ter sim a força de tentar mudar a minha vida,afinal se não fosse eu quem mais séria? Eu não havia percebido,mas com  insistência eu consegui conquistar a amizade de Bella,consegui uma coisa da qual queria na minha vida,fiz com que finalmente algo desse certo para mim.

Se eu usasse dessa mesma insistência para continuar a ser feliz como estava hoje e não deixar que a tristeza de minha mãe afetasse a mim também,demonstrando que ela pode ser capaz de fazer qualquer coisa também,minha vida poderia mudar como nunca mudou.

Não se tratava de esperar que a vida se mudasse sozinha,mas tratava de mim ajudar para que isso acontecesse,afinal nós só seguimos o caminho que queremos e aqueles caminhos de tristeza e felicidade sempre estivera em minha vida,o problema é que eu nunca enxergava e só Bella foi capaz de me mostrar esses caminhos e ainda por cima indicar o melhor a seguir.

Sorrir comigo mesmo,e encostei minha cabeça no encosto do sofá,com minhas mãos sobre ela.Estava satisfeito com aquele pensamento e sabia que tinha que executar aquilo,tinha que conversar com minha mãe antes que toda essa empolgação e magia da presença de Bella saísse de mim.

Como se escutasse meus pensamentos,ouvir os passos de minha mãe vindo do corredor dos quartos.Logo apareceu na minha vista e ligou a luz da sala,olhando para mim interrogativamente e estranhamente como se visse algo diferente na minha face.Podia saber o que era,o sorriso.

Levantei-me e a passos largos fui até a ela,a abraçando fortemente,como nunca tinha feito em minha vida.Ela me abraçou também,parecendo está meu hesitante ao circundar os braços na minha cintura.

- Edward,você está bem? – Perguntou no meu ouvido parecendo mesmo bastante confusa.

- Sim,mãe. – Falei com confiança em seu ouvido e logo depois me afastei dela para fitá-la. – Bem como nunca me senti na vida. – Falei com intensidade.

Ela me olhou ainda mais estranhamente,como se não estivesse me reconhecendo.Podia entendê-la,afinal ela nunca me vira daquele jeito.

- Mãe... – Falei com um sorriso torto no rosto,pegando seus ombros e olhando-a olho nos olhos. – Eu quero mudar e..e quero que você também mude. – Minhas palavras sairam firme.

- Edward? – Ela murmurou,parecendo perplexa.

- Mãe,me escuta.Eu sei que papai lhe fez sofrer muito e que deixou marcas que talvez nem sejam possíveis de ser apagadas no seu coração,mas mãe,nossa vida está aqui,a dele já se foi,já não nos atormenta mais,então não tem sentido a gente ficar sofrendo com isso.A gente.Porque eu simplesmente não consigo ficar feliz se vejo a minha mãe triste. – Os olhos dela estavam cheios de lágrimas por causa da força que usava em minha palavras. – Vamos tentar mudar,vamos tentar ser felizes? Se a senhora não aceitar vim comigo nessa mudança,não se preocupe,mesmo assim eu estarei ao seu lado,só que feliz demonstrado-lhe o quanto isso é importante. – Uma lágrima caiu do seu olho e eu enxuguei suavemente com as pontas do meu dedo. – Vamos ao menos tentar,mãe.Pessoas que são persistentes sempre conseguem o que quer. – Finalizei e suspirei,como se um peso incrível tivesse saído das minhas costas.

Minha mãe ficou me olhando por algum tempo,enquanto as lágrimas jorravam por seus olhos que pareciam está orgulhosos do que eu acabara de falar ali.

- Oh! Meu filho. – Ela exclamou de repente novamente abraçando minha cintura. – Como você cresceu e se tornou um rapaz bonito e esperto. – Sua estava um pouco embargada. – Desculpe-me por não prestar muita atenção em você,mas prometo que a partir de agora... – Se afastou de mim e passou sua mão em minha face. – Eu vou tentar ser feliz.Já que você parece ser tão capaz disso,eu acho que posso acompanhá-lo nisso também. – Falou emocionada e eu sorri,já sentido uma lágrima descer em minha face.

Sem mais palavras para aquele momento de amor materno,da qual era difícil de se ter em minha vida,abracei minha mãe mais fortemente,feliz por saber que ela tentaria,assim como eu,ser feliz.

(...)

Bella PDV

Deitada no sofá espirrei mais uma vez,fazendo novamente esparmos de moleza passar por todo o meu corpo.

Ontem,assim que entrei dentro de casa,depois de sair com Edward,comecei a me senti tonta e fraca.Disse para minha avó e ela constatou minha temperatura,dizendo que estava um pouco alta e que talvez eu estivesse começando a ficar com febre.

Claro,que meio assustada com tudo isso,ela ligou,apesar de ser tarde,para o Doutor Morgan Flints,que estava acompanhando o meu problema desde do inicio.Tentei impedi-la que fizesse isso,mas quando ela enfiava alguma coisa em sua cabeça,principalmente essa coisa se tratando de mim e deixando-a preocupada,ela era teimosa que nem uma mula.

Acabou que o Doutor disse que a febre era apenas uma mera conseqüência do meu corpo está estranhando os batimentos do meu coração diminuindo e que logo iria passar,que minha avó não tinha motivos para se preocupar.

Portanto,minha avó sendo teimosa como era,acabou querendo cuidar de mim por quase toda a noite,me dando remédio,passando panos frios em meu rosto,por mais que eu dizesse que não estava tão quente assim,me dando água,botando termômetro no meu braço,até que eu a intimei a ir dormir,dizendo que se ela não fosse deixaria de tomar o remédio que ela queria que eu tomasse.Adiantou,apesar de ela fazer um muxoxo,foi dormir,deixando todos os seus instrumentos de enfermeira no armário de cabeceira ao meu lado,caso eu precisasse

Quando acordei hoje de manhã,ainda sentia uma moleza no corpo,e acabei não indo para o Colégio e ficando em casa para descansar e acabar de vez com aquele resfriado repentino.

Agora estava aqui no sofá da minha casa,assistindo qualquer coisa que passava na televisão,enquanto esperava minha avó cuidadosa e complexada,fazer o almoço,que ela fez questão de fazer dizendo que eu não estava em condições para fazer nada.

Espirrei de novo,e passei o canal de TV,quando de repente a campainha toca.

- Vóó,deixe que eu atendo,e nem saia dessa cozinha,eu ainda conseguindo andar. – Gritei já me levantando do sofá,percebendo que já ouvia passos dela andar pela a cozinha quando a campainha tocou.

Minha reclamação foi bastante séria,para ela voltar ao que estava fazendo e me deixar abrir a porta.

Assim que abrir a porta,soltei um espirro involuntário e logo depois cocei o nariz com a palma da minha mão por ele está incrivelmente irritante.

- Você está bem? – A voz rouca e masculina,fez-me lembrar que havia alguém me observando.

- Edward? – Falei com um sorriso sem graça. – O que faz aqui? – Perguntei meio confusa.

- Eu senti sua falta hoje no colégio e vim ver se você estava bem. – Me olhou mais analisador e sorriu. – Vejo que não. –Comentou.

- È só um resfriado idiota,que vai parar hoje mesmo. – Falei emburrada com a gripe e querendo me convencer daquilo,afinal hoje era quinta,e eu tinha que ir trabalhar.

Edward sorriu com meu engraçado mau humor.

- Vi para te trazer isso também. – Tirou um buquê de rosas vermelhas detrás de suas costas e me mostrou. – È para agradecer pelo o conselho que você me deu ontem.Foi de muita,muita serventia. – Explicou enquanto eu admirava com os olhos brilhantes o buquê de flores.

Nunca havia recebido um buquê de flores,era bom receber antes que minha vida acabasse.

Peguei o buquê com delicadeza de suas mãos e cheirei uma rosa,constando que o cheiro era realmente muito bom.

- Obrigada... – Olhei para ele curiosa,lembrando do que ele havia dito do conselho. – Você...?

- Conversei com minha mãe. – Falou sorridente e eu retribuir bastante satisfeita por aquilo. – E nós dois fizemos uma promessa de que tentaríamos ser felizes e deixar os fantasmas do passado para lá. – Parecia animado com aquilo e eu gostava de ver o seu olhar tão feliz.

- Que bom,Edward.Eu fico realmente feliz por isso. – Comentei realmente feliz por meu conselho ter servido para alguma coisa.

- Tudo por sua causa. – Falou olhando nos meus olhos e depois sorriu,meio especulativo. – Por isso,vim chamar minha amiga,para me acompanhar a noite em uma pizzaria,o que acha? – Perguntou empolgado.

Gostei quando ele usou o amiga.Queria que o nosso relacionamento fosse somente amizade,por mais que isso me incomodasse um pouco também,como se eu  quisesse muito mais que isso.Eu não podia,e lembrar que teria Edward do meu lado pelo menos como amigo,me deixava um pouco mais satisfeita.

Portanto,mesmo querendo ir com ele á pizzaria,tinha o meu trabalho no StarBucks,e não era algo que eu podia dispensar já que ganhava por show feito,então teria que negar o pedido de Edward e dizer para ele me chamar outro dia.

- Aaah,sinto muito Edward... – Falei tristemente. – Mas,eu não posso.

- Aah,não,você não vai começar.... – Ele falou parecendo meio temeroso.

- Não,não. – Falei rapidamente,antes que ele achasse que eu tivesse voltado ao meu momento de dificuldade em aceitar uma saída com ele. – È que eu tenho um compromisso hoje á noite. – Expliquei,não querendo dizer o compromisso e revelar o meu trabalho,coisa que não gostava de revelar para ninguém.

- Que compromisso? – Ele perguntou meio cabisbaixo.

- È um compromisso importante,que eu não posso faltar. – Falei em tom firme,já demonstrado-lhe que não ia falar sobre o que era.

Ele comprimiu os lábios,como se estivesse impedido de se fazer alguma atitude e depois suspirou me olhando com os seus olhos habitualmente triste.

- Aaah,tudo bem. – O tom melancólico de sua voz,deu uma pontada não muito agradável em meu coração.

Não queria que ele se sentisse rejeitado,de maneira alguma eu o estava rejeitando.È que simplesmente eu precisava do dinheiro do trabalho para ajudar minha avó e principalmente não queria lhe contar sobre o que eu fazia.Isso era meio constrangedor para mim.Eu não conseguia me imaginar cantando em frente á Edward,talvez,se ele fosse desconhecido.Ás vezes é mais tranqüilizador mostrar seu talento para alguém que não conhece e que nunca mais vai encontrar,do que para a alguém que conhece e sempre lhe encontrara para dizer  o que achou.

- Mas,nós podemos sair outro dia. – Falei de repente quando ele fez menção de ir embora.

- Ama...

- Sábado. – Cortei logo,antes que ele dizesse amanhã e eu tivesse que,mais uma vez,rejeitar seu dia proposto.

Ele suspirou e deu de ombros como se não pudesse fazer nada.

- Tudo bem. –Concordou com a voz mais leve,me deixando mais tranqüila. – Eu não vou obrigá-la,já que você prefere ir para esse compromisso e...

- Não é que eu prefira Edward,é que eu necessito. – Cortei a frase dele rapidamente,antes que ele viesse com aquele lance de baixa-estima ou seja lá o que for.

Ele olhou para mim meio confuso,e ficou assim por algum tempo,como se quisesse ver ali no meu rosto,do que se tratava esse meio compromisso,depois franziu o cenho e relaxou,como se tivesse lembrado de algo.

- Tudo bem... – Bufou e revirou os olhos. – Olha eu aqui,com meu lance de tristeza. – Sua voz estava mais animada.

Suspirei aliviada e assenti.

- Mas,a gente se ver amanhã no Colégio,certo?

Assentiu com um sorriso no rosto,feliz por aquilo.Eu gostava de está ao lado de Edward,é como se ele pudesse me tornar mais feliz do que eu já era.

- Então tá,espero que você melhore. – Gesticulou com as mãos para mim. – Até amanhã. – Sorrir e eu me aproximei para lhe dar um beijo no rosto como fiz ontem a noite.

Era bom senti a textura de sua pele em meus lábios.Ele sorriu ainda mais grande para mim,quando eu voltei a fitá-lo e se afastou,gesticulando um tchau com a mão.Me despedi também,logo depois entrando e fechando a porta atrás de mim,com as flores nas mãos e com uma certa preocupação.

Os sentimentos,que eu sabia que não era de amiga,que Edward me fazia senti e eu era obrigada a suportar,estavam cada vez mais fortes.

Minha avó estava na soleira da cozinha,me observando com um sorriso.

- Amigo,não é? – Perguntou sarcástica. – Hmm,sei.

- Não comece. – Falei seriamente séria e apontando um dedo para ela,para que entendesse bem meu recado ameaçador.

Ela sorriu mais largamente e eu bufei,indo logo depois me sentar no sofá,pensativa e ainda com as flores na mão,até minha avó ir até mim e pegá-las das minhas mãos.

- Coloca no meu quarto. – Comentei,querendo que as flores ficassem enfeitando o meu quarto e me lembrando  dele sempre que olharia para elas.

- Tudo bem,eu só vou arrumar um vaso para as rosas que o SEU NAMORADO lhe deu. – Falou,enfatizando a palavra seu namorado,totalmente irônica,enquanto passava da sala para cozinha.

- Vóóóóóóóó. – Gritei,expressando minha raiva pela a sua brincadeira e logo depois sorri,não resistindo ao ar de diversão que minha avó sempre dava nessa casa.

Edward PDV

Esperava um pouco distante da casa de Bella,escondido detrás de um muro alto para que ela não me visse como me viu na época que eu estava lhe seguindo.O que eu estava fazendo? Simples,estava extremamente curioso sobre o que ela ia fazer agora a noite que não aceitou o meu convite e estava disposto a segui-la.

O que me deixou ainda mais com uma pulga na orelha foi o que ela disse sobre necessitar fazer o que ela ia fazer e ainda mais quando ela estava tão hesitante ao falar sobre isso.

Concluir,que era algo que ela fazia e que não queria contar para ninguém.Mas,me perguntava se finalmente iria ver algum defeito em Isabella? Afinal,em todo esse tempo em que a conhecia não consegui encontrar uma só característica sua que me deixasse decepcionado.

Será que o que Isabella ia fazer ia mudar minha visão sobre a garota,me decepcionando agora de forma bastante violenta já que me encantei tanto com ela?

Não sabia responder e tinha medo do que ia fazer.Estava fazendo isso por pura curiosidade e saber o que ela estava escondendo de mim.Afinal,quando se esconde algo de alguém nunca é uma coisa boa.

Eu queria conhecer todos os lados de sua vida,e se fosse preciso,segui-la para não sei aonde exatamente as 21:00,o horário que acabava de dar em meu relógio e que eu via Bella sair de casa,eu iria segui.

Vi quando ela trancou a porta de casa,colocando a chave em uma calça escura que ela usava.Estava vestida de maneira diferente,um pouco mais arrumada,com o seu salto pequeno e agulha,uma blusa branca de mangas e uma jaqueta por cima.

Ela começou a se aproximar de onde eu estava,e eu me encostei mais na parede que estava escondido,rezando para que ela não me visse aqui.Engoli em seco quando eu vi ela passar direto e entrar na rua que ficava secundária a sua.

Assim que ela sumiu naquele ponto da rua,corri até lá e esperei que ela se distanciasse mais um pouco da esquina e que mais pedestres que passavam por ali,entrassem mais na minha frente.Quando eu via um distância considerável entre nós dois,sair da esquina e comecei a andar como qualquer pessoa normal,sempre vendo os seus passos e atento se ela não olharia para trás.

(...)

Depois de andar por uns bons vinte minutos,sempre seguindo Bella,e perdendo ela no último segundo quando ela dobrara em uma rua e tive que esperar os carros que passavam por umas da ruas movimentadas de Seattle.

Assim que pude passar,entrei na rua que havia visto Bella entrar,no entanto  não conseguia mais ver rastro dele.A rua era longa então não tinha como ela já ter sumido,por dobrar na próxima rua,então ela só poderia ter entrado em algum lugar por essa rua.

O estranho era que a rua era composta de vários bares e era um pouco movimentada,com casais e pedestres saindo e entrando nesses bares.Suspirei,me encostei na parede,pensando onde Bella poderia ter se metido.Aliás,o que ela poderia fazer em uma rua que era composta apenas por bares? Bufei,se tratando de Bella,não poderia ser algo tão grave.Bem,era o que eu realmente esperava.

Determinado á encontrar ela,comecei a andar pela a rua,sempre olhando dentro dos bares,procurando por ela.À vezes alguns eram bastante movimentados e assim dificultava a minha busca.

Portanto minha esperança voltou,quando ao passar pelo o bar que parecia ser o mais cheio e também o mais confortável e bonito daquela rua,eu parei ao ouvir a música que era cantada lá dentro e ouvido o quanto a voz da garota que cantava era bonita.

Virei a cabeça e olhei o nome do bar,e uma placa grande brilhante com um copo de cerveja e um violão do lado dizia StarBucks.Quando ia sair dali e voltar,desistindo para a casa,ouvi novamente a voz da garota que cantava e meio confuso,constatei que se parecia bastante com a de Bella.

Meio sem esperanças e acreditando que aquilo era apenas um coincidência de voz,entrei no bar só para comprovar de que Bella não estava ali.Portanto,a surpresa,ao passar pela a porta do bar,fez a minha boca se abrir,quando vi Bella em cima do palco e cantando concentrada uma música,tocando um violão.

Então era isso que ela fazia? Cantava em uma bar temático?

Sorri para mim mesmo,satisfeito.


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Notas finais do capítulo

Músicas:
Never Think - Robert Pattinson

Link 1 : http://www.youtube.com/watch?v=11u7O-hYMRg

Link 2: http://www.4shared.com/audio/mR6ohFGW/10_Robert_Pattinson_-_Never_th.htm

Stop crying your heart - Oasis

Link 1 : http://www.youtube.com/watch?v=mVq-MU7ojVY

Link 2 :http://www.4shared.com/audio/tjDa_EzS/04_-_Stop_Crying_Your_Heart_Ou.htm

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