O Cativeiro escrita por Paola_B_B


Capítulo 21
XX.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, como prometido aqui está o capítulo ^^
Está bem focado em Bella e Edward e o próximo também será.

Nessa parte eles contaram um pouqinho dos seus relacionamentos fiasquentos xD

Espero que gostem :D



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XX.

Céu e oceano se encontrando no horizonte não se trata de uma comparação que se faça jus ao encontro perfeito dos olhares do casal aprisionado por terroristas. Verde e azul-esverdeado se ligavam em uma cumplicidade de um mesmo sentimento crescendo dentro de cada um.

Após perceberem que o encontro casual em meio a rua não fora esquecido por nenhuma das partes, sentiram algo mudar em seus corações. A incerteza de que não podiam ser correspondidos desapareceu e uma vontade avassaladora de conhecer aquela pessoas a sua frente surgiu.

Isabella ainda envergonhada com a confissão gaguejou sem jeito.

- Eu não costumo ficar encarando as pessoas na rua, sabe? – fez uma careta.

Edward não conseguia conter o sorriso de seu rosto. No momento tudo o que ele sentia era felicidade. Esquecera completamente onde estava.

- Eu também não costumo fazer isso. Geralmente é Emmett que encara descaradamente. – revirou os olhos ao lembrar-se das diversas vezes que seu amigo virava o rosto acompanhando uma mulher passar e ainda assoviava. – Mas com você foi automático.

Eu simplesmente não conseguia retornar meu rosto. Eu não queria fazê-lo. Pensou sem ter coragem de proferir em voz alta. Isabella o encarava de maneira sonhadora. Sentia-se em um conto de fadas. Mas então se lembrou que princesas não eram atrapalhadas como ela. Príncipes não eram agentes do FBI. Castelos não eram cativeiros. E por Deus ela não tinha mais 7 anos para pensar em contos de fadas!

Mas é inevitável! Ele é tão doce! Pensou ao notar as orelhas do agente esquentando em vergonha após confessar que tinha a encarado.

Feliz, porém sem graça o ruivo resolveu matar a vontade que estava de saber mais sobre Isabella. Lembrou-se que Charlie sempre dizia que se sua Bella odiava acordar cedo. Se xingava mentalmente por não ter prestado mais atenção em cada palavra que o chefe Swan dissera sobre a filha.

- Espera. Quando eu te vi ainda era de manhã. – murmurou o agente pensativo. – Seu pai sempre diz que você odeia acordar cedo.

Isabella arregalou seus olhos por saber que seu pai falava tanto assim dela a ponto de contar seus defeitos.

- Não é que eu não goste de acordar cedo, é só que nada de bom acontece comigo antes das 10 horas. Geralmente eu caio da cama ou tropeço nos lençóis, quando não bato com a cara na porta do banheiro. – bufou revirando seus olhos.

- O fato é que você não acorda. – palpitou risonho o agente.

A morena pensou por alguns segundos e então sorriu.

- Acho que você está certo.

- Mas como essa coisa de atrapalhada na parte da manhã começou? Foi sempre assim?

- Na verdade eu sou atrapalhada sempre. – Edward sorriu para mais uma careta de Isabella. – Mas o negocio de não gostar de acordar cedo foi na escola. Nunca fiz parte do grupo das descoladas, geralmente era do grupo que as descoladas gostavam de pisar. E não sei porque elas tinham preferência por infernizar a minha vida. Até o dia que eu pulei no pescoço da loira.

O ruivo arregalou seus olhos.

- Brigou na escola?

Isabella sentiu-se enrubescer.

- Eu tenho uma mão pesada se você quer saber e unhas realmente poderosas.

Edward não conseguiu se segurar e gargalhou.

- Não consigo imaginar você brigando na escola!

- Não me subestime agente Masen. – estreitou os olhos de brincadeira. – Eu era praticamente um garoto na escola. Se duvida pergunte a Heidi, ela se lembra de mim.

- Bem... Acho que estou feliz por este garoto ter se tornado esta mulher a minha frente. – Edward lhe mandou uma piscadela brincalhona.

A morena riu. A vergonha que sentia na presença de Masen estava cada vez menor e agora os dois conversavam mais a vontade, sem medo de duplos sentidos em suas frases.

- Quando entrei no colegial as coisas melhoraram um pouco. Não era a que chamava a atenção, mas também não era a pisoteada. - suas bochechas coraram sem querer entrar no assunto de namorados.

Pois foi graças ao seu primeiro namorado que as coisas melhoraram no colegial. Mas não queria falar nisso. Não agora. Edward percebeu pela expressão da morena que havia algo mais em suas palavras, mas resolveu perguntar mais tarde.

- Resumindo, você não gosta de acordar cedo, pois ficou traumatizada pelas coisas ruins que aconteceram na sua infância e adolescência. - analisou o agente e sorriu para o largo sorriso de concordância que Isabella lhe mandou. - Então eu devo ter traumatizado de outra maneira. - murmurou revendo sua infância me sua mente.

- Vai me dizer que sua infância foi ruim? - perguntou incrédula.

- Ruim é apelido, foi péssima. Eu era o ruivinho sardento que vivia com a cabeça enfiada no vaso sanitário.

Isabella arregalou os olhos sem conseguir visualizar Edward criança sendo maltratado pelos maiores. Não conseguia ver um homem com o maxilar que o agente possuía sendo contrariado. Simplesmente sua imaginação não colaborava.

- Aposto que se algum desses que te maltratavam te encontrar na rua qualquer dia desses não ousará lembrar da infância.

- Está certa, já encontrei um deles. - sorriu Edward com a lembrança da feição do homem completamente medrosa. - Mas não foi por minha causa. Emmett adorava exibir seus músculos e bateu com prazer nos idiotas que me incomodavam. Não que eu não tivesse capacidade, mas eu não gostava de brigar na escola. Geralmente minha mãe era chamada e fazia um escândalo no meio do pátio. No outro dia eu tinha que agüentar a escola inteira falando comigo com voz de bebê. Eddiezinho você se machucou? O que fizeram com o meu bebê?!

O rosto do ruivo se tornou um misto de vergonha e raiva. Isabella não se conteve e gargalhou.

- Não ria de mim. - pediu Masen com um bico, ficando completamente parecido com uma criança de 5 anos de idade.

- Desculpe... – a morena tentou - inutilmente - segurar o riso. – Mas é que isso é a cara da Esme. Oh Edward! Sinto muito, você tem muitos mais motivos para ficar traumatizado.

- Pode ter certeza. Não te contei nem metade das histórias de quando eu era criança. Claro que assim como você quando eu entrei o colegial as coisas melhoraram consideravelmente em certo ponto... Já em outros. - Isabella o olhou com curiosidade o instigando a continuar. - Bem, o que Emmett me ajudava quando éramos crianças ele resolveu balancear me zoando no colegial em relação as minhas namoradas.

A morena ergueu uma sobrancelha interessada no assunto. Em sua mente rodava todos os tipos de mulheres que Edward poderia se interessar para que fosse zoado.

- Ele diz que eu me interesso pelas garotas mais inusitadas. - fez uma careta. - Não posso negar que ele esteja certo.

- O que seria uma garota inusitada?

Edward soltou um riso sem graça e passou a mão pelo cabelo de maneira nervosa.

- Você vai rir de mim. - murmurou com uma careta.

- Ah! Não vou não... Eu acho.

- Definitivamente você vai rir de mim.

- Para de fazer doce Edward, conta... - a morena tentou imitar os olhos pidões da irmã e pareceu dar certo, pois o agente aceitou de mal grado.

Envergonhado proferiu.

- Durante o colegial eu tive duas namoradas. A primeira foi Zafrina, ela er... Falava com esquilos. - a boca de Isabella foi ao chão.

Então sem se conter começou a rir.

- Você disse que não ia rir. - cobrou Edward cada vez mais envergonhado, seu pescoço já estava tão vermelho quanto as suas orelhas. - Não vou contar as outras. - disse emburrado.

- Ah não! Eu paro de rir ok? - se segurou Isabella.

Edward fez uma careta por não conseguir negar nada a mulher.

- Minha outra namorada se chamava Jennifer. Ela tomava uns remédios fortes para a cabeça. Até aí ela era uma garota normal e Emmett até que não me zoava tanto. Só que um dia ela se esqueceu de tomar o remédio... No intervalo eu já era conhecido como o namorado da CrazyJenny que fora levada presa em camisa de força. E ainda tive que ficar escutando meu melhor amigo dizendo Eu sabia que tinha algo de errado com ela. Edward não namora pessoas normais.

A morena não se conteve em rir. Não pela pobre garota louca, mas pela imitação da voz grossa de Emmett.

- E o pior que parece praga, a coisa seguiu até quando eu terminei o colégio. Saí com uma garota que tinha uma plantação de maconha na varanda. Depois com uma bipolar que ameaçou se jogar da janela de seu apartamento no térreo se eu não fizesse voz de bebê para conversar com ela. E para fechar com chave de ouro, namorei uma mulher que gostava de bater. Louca. Completamente. Num dia ela era toda ingênua e meiga no outro ela estava em cima de mim com um chicote de coro. Louca!

Isabella apertou suas pernas para não fazer xixi de tanto que ria. Obviamente o agente não gostou de nenhuma das mulheres com quem iniciou um romance. Parecia que ele tinha tanto azar para o amor quanto ela.

- Suas histórias são páreas para os meus fiascos românticos. – disse ela quando finalmente controlou o riso.

Apesar de extremamente envergonhado, Edward gostou de ver o riso de Isabella e em conseqüência disto ele sorria com o rosto completamente vermelho. O agente estreitou os olhos para as palavras da amada.

- Como assim seus fiascos românticos? Duvido que você tenha uma história párea para as minhas péssimas escolhas.

- Quer apostar agente Masen? – brincou ela não percebendo o quão sexy soou sua frase para Edward.

O ruivo riu disfarçadamente e Isabella entendeu como um estímulo a começar.

- Bem... Eu só namorei uma pessoa no colegial. – começou perdida em lembranças.

Edward notou que a expressão da mulher não era muito animada. Pressentiu que essa história não teria um final muito feliz.

- Namoramos por três anos, eu me via completamente apaixonada por John. Foi meu primeiro em tudo sabe? – olhou com as bochechas coradas o agente que assentiu levemente.

- Foi graças a ele que sua vida melhorou no colegial? – perguntou Edward.

A garota corou assentindo. Droga! Como ele percebeu? Edward sorriu pensando em como Isabella é um completo livro aberto.

- Mas então ele chegou num dia e disse que a paixão que sentia por mim tinha acabado e que não queria mais nada. Eu fiquei super mal sem saber o que eu tinha feito de tão errado para ele deixar de me amar. Como uma adolescente idiota que eu era fiquei correndo atrás dele, até o dia que o peguei transando com uma garota dentro de seu carro. – estremeceu com a lembrança.

- Ainda gosta dele? – a pergunta soou como um sussurro.

A mulher de grandes olhos verdes se espantou com a pergunta e então sorriu tranquilamente.

- O único sentimento que ainda tenho por John é nostalgia. Por mais que o término de nosso namoro tenha sido complicado nós vivemos três anos de boas lembranças. Ele foi meu primeiro amor, não tem como esquecer. É claro que nos anos seguintes eu tinha vontade de arrancar suas partes baixas com um alicate, mas isso não vem ao caso. – Edward arregalou os olhos fazendo-a rir. – Relaxa eu só estou brincando.

- Eu espero mesmo, não pode fazer esse tipo de brincadeira comigo, eu já te contei meu histórico de garotas... Não me traumatize ainda mais.

- Ok, ok. Desculpe. – pediu risonha. – Bem, depois de John os fiascos de relacionamentos em minha vida fizeram fila. Eu fiquei bem para baixo com o fim do meu namoro e minhas amigas resolveram arranjar seus amigos para mim.

Edward ergueu uma sobrancelha conhecendo muito bem aquela história de “Quero te apresentar uma pessoa”, sempre dava merda. Ele tinha experiência própria.

- O primeiro cara foi tranqüilo por algumas semanas. Eu estava feliz, estava me apaixonando novamente. Estava completamente encantada. Ele era gentil, cavalheiro, engraçado, muitas vezes o chamei de perfeito. Só que você conhece aquele ditado que homem perfeito ou é casado ou é gay? Pois é, eu o peguei no flagra analisando uma revista de homens nus.

Swan ficou com uma expressão de tédio enquanto Edward soltava alguns risos.

- Dei um pé na bunda nele e fiquei completamente revoltada com as minhas amigas que me arranjaram um homem gay... Depois de um tempo acabei me encontrando novamente com esse cara, ele acabou virando meu amigo e foi dele que surgiu George. Bem apessoado, educado... E totalmente fresco. Fomos jantar em um restaurante Frances e ele ficou cheio de si mostrando que sabia ler o cardápio. Até aí tudo bem, ele estava tentando impressionar. Relevei. Foi então que apareceu uma barata no prato dele.

- Nojento. – murmurou Edward com uma careta.

A morena assentiu concordando.

- Sim. Um homem normal diria isso, ou não diria nada e chamaria o garçom avisando o ocorrido. Depois levaria sua acompanhante para um lugar descente.

- O que foi que ele fez?

- Pulou em cima da cadeira e berrou como uma garotinha. Nunca passei tanta vergonha em toda a minha vida. Eu cheguei ao cúmulo de tirar meu próprio sapato e esmagar a barata para que ele parasse de fazer tanto escândalo. E mesmo depois disso ele continuou pulando e berrando Bichinho! Bichinho! Bichinho!

 Edward gargalhou. Bichinho?

- Pois é... E a fila aumenta. Saí com outro cara que na hora “H” me aparece com uma cueca de elefantinho. Foi a coisa mais broxante que ele poderia ter feito. Comecei a rir tanto que ele acabou me abandonando no motel e eu ainda tive que pagar a conta.

O agente ficou chocado com a coragem do homem. Pelo amor de Deus! Cueca de elefantinho? E então riu da pobre moça azarada.

- Então finalmente o último da lista. Patrick. Mais atrapalhado do que eu. Acabamos incendiando, literalmente, a casa de seus avós. Ele pós a culpa em mim e eu o mandei para aq1uele lugar.

Isabella encarou os olhos arregalados do homem ao seu lado.

- Como vocês colocaram fogo em uma casa? – ela fez uma careta antes de responder.

- Noite romântica, lençol de ceda, velas espalhadas pela casa e um casal que tropeça no vento não é uma combinação muito boa.

Masen riu.

- Somos dois azarados para o amor. Emmett fala que meu problema é me apaixonar rápido de mais.

- Não acho que se apaixonar rápido demais seja o problema. Acho que se apaixonar rápido de mais pela pessoa errada é o problema.

O clima de repente ficou pesado entre os dois. Eles tinham plena consciência dos sentimentos que possuíam um pelo outro.

- E pensar que todo esse papo surgiu da vontade que eu tinha de perguntar o porquê de você ter acordado cedo naquele dia, mesmo não gostando de fazê-lo. – murmurou Edward abismado.

Isabella sorriu envergonhada.

- Acordei cedo para dar uma desculpa ao meu pai para não ir ao jantar. Não queria te conhecer.

- Sério? – espantou-se, pois neste mesmo dia estava puto da cara por não ter arranjado uma desculpa para faltar ao jantar.

- Não leve a mal. Depois de todas as minhas histórias você entende o meu pessimismo em te conhecer não é?

- Sem problemas. Espero que você tenha entendido o meu lado também.

A morena riu.

- Com certeza.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? Sexta feira que vem tem mais ;)