O Cativeiro escrita por Paola_B_B


Capítulo 19
XVIII.


Notas iniciais do capítulo

Gente me perdoem pelo atraso. Essa definitivamente não foi a minha semana =/ Sengunda feira tive que lidar com um plágio descarado que me deixou muito chateada, e agora no final de semana minha net resolve não funcionar. Mas chega de baixo astral! Aí está o cap e espero que gostem dele ^^ Agradeço de coração por todos os comentários que recebi! Apesar de estar em falta em respondê-los eu leio todos ok!



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XVIII.

Uma tímida batida na porta fez com que o jovem virasse o rosto naquela direção e murmurasse um “entre” sem muito entusiasmo.

Uma cabeleira loira apareceu. Um sorriso largo estendia-se no rosto da doutora.

- Hey Jazz... Você tem visita.

O loiro ficou curioso com o entusiasmo da irmã e então sorriu largo ao entender o motivo.

- Alice! - exclamou feliz.

Mas a garota não retribuiu sua alegria. Estava abalada demais para colocar o mais leve sorriso no rosto. Era muita culpa para carregar sob seus ombros. A quase morte de sua paixão secreta, o seqüestro de sua irmã, a tristeza de sua mãe, o desespero de seu pai. De alguma forma na mente da adolescente sua família estar desmoronando era sua culpa.

Vendo toda aquela tristeza no rosto da amada, o sorriso de Jasper desapareceu.

A doutora Halle percebeu o clima e resolveu se retirar com uma desculpa qualquer de seu telefone estar tocando.

Alice ergueu seus grandes olhos inundados por lágrimas não caídas e olhou Jasper de braços abertos. Então simplesmente correu se jogando em seu peito. O loiro soltou um gemido de dor.

- Desculpe.

- Tudo bem.

O abraço entre os dois era um tanto quanto inusitado, quer dizer, tecnicamente eles conversaram somente por dois dias. Mal se conheciam. E mesmo assim já compartilhavam de um mesmo sentimento.

Percebendo este fato Alice se afastou com o rosto corado. Jasper sorriu sem se importar há quanto tempo se conheciam. Levou sua mão ao rosto de Alice e limpou com delicadeza as lágrimas que insistiam em cair.

- Sinto muito por sua irmã. - murmurou o garoto.

- Era para ter sido eu em vez dela. - sussurrou agoniada a dos cabelos espetados.

Jasper arregalou seus olhos e disse enfezado.

- Não diga besteira Alice!

A garota ergueu seus olhos assustada para o tom de repreensão.

- Rose me contou o que aconteceu. Emmett tem falado com ela sobre os acontecimentos e ele contou a suspeita de Edward. Eles não queriam seqüestrar você Alice, eles queriam sua irmã, dês do princípio.

Ela nada respondeu, apenas sentiu mais lágrimas se acumularem. Jasper a puxou para mais perto a abraçando com o máximo de força que seus braços podiam empregar.

- E se alguma coisa acontecer com ela? - perguntou desespera entre seus soluços.

- Nada vai acontecer com ela. Edward não vai deixar!

Sim. Edward não deixaria nada de mal acontecer com a mulher por quem estava apaixonado.

*/*/*

A noite parecia durar uma eternidade para os envolvidos em toda confusão. Os membros do GTCCS estavam em grande discórdia. Não fazia parte dos planos que um agente fosse seqüestrado também.

- O fato é que ele deve ser um dos grandes. Swan não mandaria qualquer agente para fazer a troca pela sua filha. Podemos acrescentar mais “dinheiro” para trocar pelos dois.

O Arquiteto não gostou nada daquela idéia. Ganância. Isso sempre fodia os planos.

- Não seja idiota! Quanto mais tempo mantermos o agente aqui, pior será! A garota não é treinada para fugas, ele é! Devemos matá-lo de uma vez!

Marcus massageou suas têmporas, aquela discussão era inútil. Cansado proferiu.

- Será que não percebem que o problema não é o que faremos com o agente e sim o porquê dele estar aqui? Obviamente ele passou pelas ordens do Swan. Agora porque ele fez isso? Com que objetivo? Qual é o seu plano? Nós não sabemos disso e mesmo que Eleazar tente tirar dele essa informação demoraremos o tempo suficiente para foder com o plano. Se é que já não está fodido.

- Eu tirei do agente o GPS, Arquiteto. Não tem como acharem ele. – revirou os olhos Fernandes.

Sim, Marcus sabia, porém algo em sua cabeça apitava um sinal de perigo.

- Ainda acho que devemos matar o agente e levar a garota para outro local.

- Não podemos sair daqui, chamaremos muita atenção.

- Pedimos mais dinheiro e devolvemos o agente.

- Está louco?!

E a discussão seguiu pela noite. O plano de Edward poderia ser o mais insano, porém já começara a dar certo. O GTCCS já não era mais tão unido como no início e agora os membros já pensavam em abandonar o plano e fugir antes que desse ainda mais merda.

*/*/*

A noite também estava sendo longa para o casal no cativeiro. Apesar da exaustão nenhum dos dois estava disposto a fechar os olhos e dormir. A tensão de estar naquele local inóspito juntamente com a tensão do estranho magnetismo de seus corpos os provocava grande insônia.

Isabella queria se bater por seu corpo reagir daquela maneira ao agente. Não conseguia aceitar aquele estranho e bom preenchimento em seu peito. Estava na merda de um cativeiro podendo ser morta a qualquer momento e ainda assim um sorriso tímido insistia em aparecer em seu rosto cada vez que escutava o coração do agente bater em seu peito.

Edward não sentia seus ferimentos, não sabia se a dor era anulada pela tensão da situação ou o pelo fato de que sua paixão estava com o rosto colado contra seu peito enquanto seus braços rodeavam seu pequeno corpo. Não pode deixar de notar que ela parecia mais quente do que quando a encontrou. Isso era bom.

O silêncio entre os dois era constrangedor. Os dois achavam aquele abraço certo demais, porém não tinham consciência da opinião do outro.

O agente Masen pigarreou procurando algo para quebrar aquele tão pesado silêncio, mas não encontrou nada em sua mente.

- Eu ainda não sei seu nome. – murmurou a mulher timidamente.

Edward arregalou seus olhos surpreso, mas sua expressão suavizou rapidamente dando lugar a um pequeno sorriso malicioso.

- Bem... – seu tom era divertido. – Você sabe quem eu sou, até tem apelidos carinhosos para a minha pessoa.

A morena franziu a testa completamente confusa e afastou-se do peito do agente para fitar-lhe o rosto.

- Você deve estar enganado, não conheço voc...

- Nerd, pau mandado, espinhento, senhor chato...

A boca de Isabella foi ao chão. Edward a observava divertido enquanto ela analisava seu rosto chocada. Seus olhos varriam cada detalhe sem acreditar. Estupefata sentou sobre seus joelhos em um movimento rápido e soltou finalmente o ar dizendo um chocado:

- Não acredito!

O agente riu baixinho quando ela segurou seu rosto entre suas mãos e começou a o virar de um lado para o outro atrás de alguma imperfeição. Não perceberam de início o quão próximos estavam.

- Não pode ser! Onde estão as suas espinhas! – procurava indignada pelo rosto, pescoço e começo das costas do agente.

Edward riu segurando a pequena cintura de Isabella e a afastando de cima dele. Em seu intimo sua vontade era puxá-la para mais perto, mas este ato estava errado e provavelmente a assustaria.

- Eu não acredito que você pé o queridinho do papai! – a morena ainda estava indignada com o fato.

- E o que esperava? Um nerd espinhento que segue todas as ordens de seu pai sem contestá-las? – sorriu torto.

Isabella fez um biquinho que Masen logo apelidou de fodidamente encantador, e cruzou os braços no peito como uma perfeita criança de 5 anos.

- É. – admitiu.

Edward segurou-se para não gargalhar alto.

- E no lugar desse nerd eu encontro você.

Olhou-o de cima a baixo sem perceber o quão sexy foi seu ato. O ruivo engoliu em seco e perguntou roucamente.

- Decepcionada?

A pele branca das bochechas da mulher tornaram-se vermelhas em tempo Record. Ele só podia estar brincando com a sua cara! Como, diabos, ficaria decepcionada com um homem no melhor estilo modelo de cuecas?! Limpou a garganta antes de respondê-lo.

- Na verdade estou surpresa. E um pouco envergonhada por ter feito um prejulgamento seu. – sorriu tímida.

- Bem... Não fique envergonhada, digamos que eu também não fui isento de pensamentos errados em relação a você.

Isabella o olhou com extrema curiosidade.

- É mesmo?

Foi a vez de Edward sentir seu rosto esquentar e a morena o achou ainda mais fofo constrangido.

- Bem... Eu achava que você fosse alguma patricinha mimada.

A mulher arregalou os olhos.

- Porque achava isso?

- É meio absurdo. É que seu pai fala tanto em você e em suas qualidades que eu acabava me irritando sabe? – sim ela sabia, passara por isso em casa, porém o motivo da raiva era o agente. – Charlie sempre dizia que você é uma mulher decidida e sempre consegue tudo o que quer. Pensei que era daquelas que batiam o pé fazendo birra.

- Não sou assim. – Isabella fez uma careta fazendo Edward sorrir levemente.

- Agora eu sei que não. Eu disse que era absurdo.

- Não se sinta mal, eu também sentia raiva de você. Papai só faltava marcar a data do nosso casamento.

A morena mordeu a língua assim que terminou sua frase, pois um silêncio se instaurou entre os dois. Como seu olhar estava perdido por causa da indignação não pode ver o sorriso divertido do agente.

- Entendo o que quer dizer. – disse finalmente Edward fazendo com que Isabella notasse o brilho intenso do oceano azul-esverdeado que eram os olhos do agente. – Acho que devemos começar novamente. Sem pré julgamentos ou empurrões de nossos pais. Sou Edward Antony Masen, prazer em conhecê-la.

O agente estendeu sua mão para uma surpresa mulher. A morena então sorriu de maneira alegre apertando a mão do agente.

- É um prazer conhecê-lo Edward. Eu sou Isabella Marie Swan.

O ruivo não conseguiu evitar se deliciar ao ouvir seu próprio nome saindo da boca da morena. E achou melhor ainda a visão dela sob seus joelhos vestindo sua jaqueta do FBI, com seus longos cabelos castanhos espalhados sobre seus ombros. Evitou olhar sua blusa manchada de sangue na região da barriga ou então suas belas pernas encobertas por uma surrada calça jeans.

Os dois tinham sorrisos em seus rostos sabendo dentro de seus corações que aquele estava longe de ser um local ideal para se conhecer alguém e que poderiam ter se conhecido há muito tempo se não fossem suas próprias arrogâncias e prejulgamentos. Mas de alguma forma sentiam que este momento estava acontecendo no lugar certo e na hora certa.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram?