O Cativeiro escrita por Paola_B_B


Capítulo 11
X.


Notas iniciais do capítulo

Olá :D Alguém aí percebeu que eu respondi todos os comentários atrasados desta fic?? Aeee o/

Muito obrigada pelo carinho de todos e espero que gostem do capítulo de hoje.

Agradecimento especial para a AmandaMasen que deixou uma recomendação :D A primeira da fic *o* Muito Obrigada amora!



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X.

Possui cabelos loiros cortados bem curtos, olhos azuis claros quase brancos e um corpo trabalhado. Ama a velocidade, ama carros, ama o perigo. É famoso por nunca perder rachas em que participa. É constantemente desafiado por garotos que pensam que são melhores, mas ele simplesmente faz da corrida uma arte na qual ele é o mestre. Seu nome é Amun.

Gostava de organizar disputas nas ruas de Nova Iorque. Lucrando 30% das apostas por noite ganhou muito dinheiro de maneira fácil. Os rachas sempre causavam muita confusão o que chamava a atenção das autoridades para ele.

Amun achava ainda mais divertido quando a policia aparecia. Ao escutar a sirene na esquina próxima ele andava até seu carro e esperava ser cercado pelos carros para só então queimar seus pneus no asfalto e dar ré em direção a uma garagem que acabara de ser aberta por um de seus aliados. A polícia o seguia por dentro do estacionamento, mas não era tão rápida e tão boa para desviar de todos os pilares e achar a outra saída com facilidade.

O piloto então pisava no acelerador e virava em uma esquina e depois em outra até finalmente entrar na garagem de seu prédio. Amun ainda tinha a cara de pau de encostar-se ao portão de entrada do edifício e rir ao ver os policiais passando reto pela rua.

Em uma destas escapadas conheceu Charlie disfarçado juntamente com uma agente. O FBI já sabia onde Amun morava e após muitas investigações conseguiram se infiltrar. O agente Swan conseguiu a confiança do piloto mesmo não sendo um grande motorista. A verdade é que a agente que trabalhava junto a Charlie era muito mais foda que Amun e então o chamou pára um racha no qual venceu.

Fora a primeira pessoa a vencê-lo. Amun se apaixonou pela agente e Charlie fez questão de incentivá-lo a investir em sua “irmã”. Confiando cegamente na garota Amun contou aos agentes simplesmente tudo sobre seus esquemas. Dês da etapa de como ele chamava as pessoas para participarem dos rachas até os traficantes que circulavam por perto no começo da competição.

Em uma armadilha bem bolada os agentes prenderam - dentre traficantes, pilotos e usuários de drogas - Amun e mais 36 pessoas envolvidas nos esquemas.

Assim que saiu da prisão ele se encontrou com James. Um homem de longos cabelos loiros sempre presos em um rabo de cavalo baixo. Olhos de um azul profundo e maliciosos. Seu temperamento é completamente sádico. Alguém com quem não se pode brincar, pois ele virará o jogo a seu favor.

Cresceu em uma comunidade pobre, seu pai morreu ao assaltar a pessoa errada e sua mãe não conseguiu segurar o filho quando ele começou a andar em más companhias. Acabou virando um grande ladrão de carros e com sua gangue assolava famílias de classe média em diversos bairros.

Quando se encontrou com Amun contou-lhe o plano que ele e outros que foram pegos por Charlie Swan estavam planejando. E o piloto não pensou duas vezes antes de entrar no esquema.

Todos tinham cede de vingança por um homem que trabalhava em busca de um bem melhor.

*/*/*

A garota soltou um grunhido completamente irritada. A irmã simplesmente desligou o telefone em sua cara. Como ousa? Seus pais não lhe deram educação? Alice era sempre assim, achava que o mundo girava ao seu redor!

Isabella ainda com celular na mão ligou para a casa de seus pais. Mas foi inútil já que com o som alto das conversas e da música durante o jantar ninguém escutou o telefone tocar. Grunhiu mais uma vez antes de deitar novamente em sua cama e tapar o rosto com as cobertas.

- Hun! Essa é nova agora! Nerd safado! – bufou baixinho para ela mesma.

Mas ela não estava brava com a irmã? O fato de Edward estar com outra mulher ignorando o fato de seu pai quase jogá-la para cima dele feriu seu orgulho, mesmo que ela nunca admita esse fato.

*/*/*

Jasper e Alice sentaram-se um ao lado do outro, estavam em um papo animado sobre as lideres de torcida do colégio e seus cérebros - ou falta deles. O adolescente decidiu puxar um papo quando eles estavam indo da cozinha para a sala de jantar. A garota que não era nem de perto do tipo quietinha correspondeu extremamente animada e saltitante por finalmente estar conversando com sua grande paixão.

O agente McCarty segurava uma grande gargalhada que se formava em sua garganta. Era tão irônico que a garota tivesse uma concepção a respeito de seu amigo. Pelo menos agora sua bola iria baixar lindamente e Edward iria abaixar seu nariz quando o assunto fosse mulheres.

Edward estava sentado ao lado da doutora Halle. Quieto. Completamente quieto. E isso era fora do normal. O agente Masen gostava de conversar, gostava de falar e se divertir. Este fato é perceptível a qualquer um – incluindo seu chefe.

- Qual o problema Edward? Está tão quieto.

O agente deu um sorriso forçado ao - futuro sogro - chefe. Charlie franziu a testa ao vê-lo dar de ombros, mas percebeu que não era algo que o agente falaria em frente a todos na mesa.

- Não se preocupe chefe. Masen está com o ego ferido. – Emmett finalmente soltou sua gargalhada.

Ninguém exceto Jasper e Alice entendeu a graça, mas a risada de McCarty era tão estrondosa que qualquer um que a escutava também tinha vontade de rir. Edward bufou e só não mandou o amigo tomar no cu por respeito à mesa.

Rosálie ficou preocupada com a feição do amigo. Não era normal ele ficar daquele jeito simplesmente por nada. Além do mais, mais cedo Edward estava impossível com seus planos maquiavélicos. Então do nada ele fica chateado e com o olhar um tanto triste.

- O que há de errado? – perguntou docemente em tom baixo para que somente ele escutasse.

Edward sorriu levemente para a loira.

- Não está mais brava comigo?

A mulher bufou.

- Vá se foder Edward!

McCarty ouviu a pequena conversa dos dois amigos e riu mais uma vez com o gênio da doutora.

- A filha mais velha do chefe acha que Edward é um nerd pau mandando.

Explicou o agente a doutora que estava sentada ao seu lado. Ele usou um tom baixo para que ninguém mais escutasse além dos dois. Rosálie riu.

- Você não podia esperar que ela nunca fosse pensar nada a seu respeito. – ponderou a mulher.

- Eu sei disso, mas...

- Uma coisa é pensar que ela diz algo, outra e saber o que ela diz exatamente.

- É – bufou Masen fazendo seus amigos rirem.

O jantar seguiu normalmente com muita diversão, conversas e piadas por todos os lados. Jasper e Alice ajudaram Renée a tirar a mesa. Os dois mantinham um papo animado achando coisas em comum que nunca pensaram que teriam.

- Porque eu nunca falei com você no colégio? – se perguntou Jasper divertido, mas ele não esperava a resposta de sua mais nova amiga.

- Porque você estava ocupado de mais sendo o top dos populares.

O loiro se encolheu com as palavras de Alice. Poderia conhecê-la há apenas algumas horas, porém ela foi a única que jogou em sua cara o que ele sempre soube. O ensino médio é duro, não queria ser um perdedor. Já possuía uma história de vida da qual os outros não perdoariam se soubessem. Órfão seria facilmente rechaçado pelos “amigos”. Então sempre fingiu ser o garoto de ouro, o perfeito, para ter sua popularidade intacta.

E agora vendo essa peculiar garota - que não era a mais popular do colégio, mas também não se esforçava para isso, pois o que importava para ela é ser ela mesma do que algo mentiroso - sentiu-se mal por ele mesmo. Mas também sentiu uma esperança crescente dentro de seu peito preenchendo o que antes era vazio de verdadeiros sentimentos.

Percebeu que essa menina completamente tagarela e enérgica era a chance de ele poder ser ele mesmo pela primeira vez. E sentiu uma enorme necessidade de mantê-la ao seu lado como sua amiga, sua única amiga.

Alice observou curiosamente o loiro ficar em silêncio com o que ela disse. Talvez não o conhecesse do jeito que imaginava. Qualquer outro garoto popular iria dar uma risada despreocupada não ligando para suas palavras. Mas ela percebeu que Jasper era muito mais profundo do que qualquer outro que já conhecera. Sentia que ele tinha dentro de si algo muito bom para mostrar, porém escondia nas entranhas de seu ser.

Ela respeitou seu silêncio. Abriu o armário colocando os dois copos sobre a mesa da cozinha e depois invadiu a geladeira atrás de uma garrafa de coca-cola. Jasper olhou curioso para a baixinha.

- O que foi?

- Nada... – o loiro riu mexendo a cabeça de um lado para o outro.

A dos cabelos espetados sentiu suas bochechas flamejarem e olhou para si mesma atrás de qualquer coisa bizarra em seu corpo que o fizesse rir. Não encontrando nada ela fez um bico enorme que Jasper achou adorável.

- Se você não me disser eu vou pensar que tem alguma alface grudada em meus dentes ou então chocolate espalhado pela minha testa!

- Oh! Não é nada disso! – riu o loiro com a imaginação da mais nova amiga e então ficou encabulado de repente. – É que pensei que você fosse o tipo de garota adepta aos lights e zeros.

Apontou para o copo de refrigerantes em sua mão. Alice deu de ombros e então sorriu.

- Minha mãe fica apavorada se eu entro nessas dietas loucas, ela diz que sou magra demais.

- Eu não diria demais... Diria que você tem as medidas certas.

A garota corou estrondosamente com as palavras de sua paixão. Jasper então arregalou os olhos para o que havia mencionado. Não teve essa intenção, mas agora vendo o sentido de suas palavras reparou melhor em Alice. Ela estava longe de ser o tipo de garota que o atraía. Gostava mais das com curvas. Mas algo em Brandon o seduzia. Não sabia ao certo o que exatamente, mas sentiu tão certo pensar nela como alguém além de apenas amiga que não conteve um largo sorriso.

- Estou curioso.

- Sobre o que?

- Se seu pai é Swan porque seu sobrenome é Brandon?

Alice fez uma careta.

- Se não quiser responder, tudo bem.

- Não, não! Não é isso. É que é meio complicado. Vamos lá para a sala e então eu te explico.

A maioria dos agentes já voltara para a sala de estar animadamente. Assim que todos se reuniram Charlie propôs um brinde ao trabalho árduo, porém bem sucedido. Depois dos longos meses haviam finalmente enquadrado aquela corja do tráfico. Apesar de aquele tal de Garrett Moore ainda ser uma incógnita para o chefe do FBI, não pode deixar de parabenizar o bom trabalho dos agentes.

- Lembrando que se não fosse a competência do agente Masen nós nunca teríamos chego ao mandante! – disse a agente Denali com um olhar cheio de malícia para Edward, tentando um fracassado puxar de saco.

O ruivo odiava aquela merda de bajulação e apenas revirou os olhos dando as costas à mulher olhando para o lado de fora da janela. Ele sabia muito bem que não tinham chego ao mandante, que todo aquele esquema escondia algo muito maior. O chefe Swan resolveu não informar aos outros agentes sobre esse fato, somente os agentes que estavam no comando da operação sabiam.

Eles brindaram animadamente, não ligavam que Edward não estava olhando. Apesar de não terem chego ao ponto que desejavam, foram muito além do que teriam conseguido sem o agente. Gostando ou não, Masen merecia todas as conglomerações a ele empregadas. Em outra ocasião Rosálie iria dar uma de suas analises para o fato do amigo não gostar de atenção, mas neste momento ela estava ocupada demais conversando com McCarty.

Os mais jovens da festa sentaram-se lado a lado na escada e Alice começou a contar sua história.

- Então é isso... Eu sou adotada e a única coisa que conheço de minha família biológica é o sobrenome.

Jasper assentiu com a história da garota. Ele se identificou com a tristeza em seus olhos, porém acreditou que para ela era pior. Ele poderia ter perdido os pais, mas em compensação ele tinha boas memórias de lindos momentos vivenciados com eles. Alice não tinha nenhuma memória e ainda tinha que conviver com a certeza de que eles a abandonaram. E ainda assim ela parecia feliz com sua vida.

- Hey baixinha! Bora jogar novamente? – gritou Emmett do outro lado da sala.

- Não cansou de apanhar não grandão? – zoou Alice levantando da escada e mandando uma piscadela para Jasper que riu.

Os agentes fizeram um coro em provocação a McCarty e a partir desse momento o jantar formal virou uma grande brincadeira de criança.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram?