The Story Of a Fighter Girl: The Secret escrita por Mona


Capítulo 25
A Luva


Notas iniciais do capítulo

OLÁ QUERIDINHOS! Então, finalmente chegamos ao fim... o fim de tudo... o fim da história de Sophie, o fim O FIIIM ok parei. Eu teria postado mais cedo se MINHA INTERNET NÃO FOSSE UMA PORCARIA. Espero que não esteja tão dramático, se bem que ta sim rssss Vou sentir falta dessa história... De todos os personagens, de escrever sobre Sophie... Bom, chega de melancolia e vamos ao final de tudo! Beijinhos muito beijinhos e espero que vocês continuem lendo minhas histórias e não me abandonem por completo :3 Obrigada a todos e não me matem por esse final dhuasdhiasnfcuihs



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Passamos alguns minutos abraçados, estava reconfortante demais para deixá-lo. Rupert me afastou, porém, fitando meus olhos com seu característico sorriso torto.


–Sophie eu acho que você já percebeu o que realmente se passa aqui, a não ser que você seja burra. –eu revirei os olhos.

–Vai se declarar para mim agora? –falei em tom de deboche.

–Na verdade, é óbvio demais. –não pude esconder meu sorriso.

–Mas... E agora? O... O que faremos?

Seu sorriso foi substituído por uma expressão pensativa. Ele suspirou.

–Não podemos ficar juntos.

–O que?

–Sophie, você é diferente da maioria das meninas e eu quero que continue sendo assim. Eu te admiro. Você é forte e independente, mas não quero te ver magoada. -eu me sentia a pessoa mais confusa do mundo com essas frases- Nós somos jovens demais para dizer que iria durar para sempre. E eu tenho certeza que você mudaria de ideia depois de passar algum tempo comigo, porque eu não vou mudar e nós sabemos disso.

Eu ri. Era a coisa mais ridícula que eu já tinha ouvido na minha vida.

–Olha, se eu não te soquei todos esses anos e não desisti de você, o que faz você pensar que seria diferente daqui para frente? –ele revirou os olhos.

–Nós não seriamos apenas amigos.

–Isso ia facilitar! –ele suspirou, olhando para mim com expressão de desaprovação.

–Não Sophie...

–Sim! Escuta-me!

–Eu não vou ficar aqui para sempre, meu pai vai se mudar de novo...

–Existe internet e celular hoje em dia.

–Não, não é a mesma coisa...

–Pare de arrumar desculpas! –ele me deu tapinhas na cabeça, já que era mais alto que eu.

–Adeus Sophie. –Rupert me deu um breve beijo, e tudo parou a minha volta, mas ele rapidamente se virou e começou a andar de volta para o bosque.

–Você não pode me dar esperanças de que ficaríamos juntos e depois ir embora...

Ele não parou e nem se virou. Eu corri e o abracei, mas ele continuou. Eu deixei-o ir.

Rupert se mudou para a Austrália três dias depois do acontecido. Nós nunca nos falamos desde então. Eu não contei para ninguém sobre nossa conversa, nem mesmo para Livvie. E eu sei que ele fez o mesmo. No seu último dia, seus poucos amigos se reuniram em seu quarto para se despedir. Eu não fui. Livvie tentou me convencer, mas eu odeio despedidas. No dia seguinte, não vê-lo na escola foi um enorme aperto no coração, mas eu continuei em silêncio como se eu nem ligasse.

Os boatos sobre mim, mesmo sendo verdadeiros, não duraram muito. As pessoas acharam uma história muito absurda e não acreditaram nas duas perfeições, vulgo Lucy e Kathy, que continuam “melhores amigas”.

Depois de terminar o High School, eu acabei arrumando emprego em uma pequena competição de luta livre feminina. Pippa armou o maior barraco para deixarem uma menina de dezessete anos competir contra outras entre 22 e 25 anos.

Depois de ganhar esse torneio medíocre, minha carreira como lutadora profissional avançou, e muito. Treinadores do país inteiro me procuravam, e eu comecei a ficar conhecida. Comprei uma grande casa perto de Pippa, e a visito constantemente. Até hoje, com meus 32 anos, nunca me casei. Adotei uma menina órfã de seis anos chamada Elizabeth. Todos diziam que ela era encrenca e que nunca acharia um lar. Bom, eu a amo e tento dar tanto conforto quanto minha querida tutora me deu.

Livvie seguiu a carreira de direito e se tornou uma advogada excelente, até eu a contratei. Ela casou-se com Miguel aos 25 anos e tiveram duas lindas meninas; uma ruiva de olhos verdes, Kemlyn, a cara do pai; e outra extremamente parecida com a mãe, Alice, com cabelos cacheados e castanhos e olhos âmbar. Nos vemos até hoje e continuamos grandes amigas.

Perdi contato com Luke quando ele se mudou para Nova York, com o sonho de ser diretor. Ele disse que assim que fizesse sucesso, voltaria para nos visitar. Ele já lançou dois filmes de sucesso e nada de voltar, mas semana passada recebi um e-mail dele dizendo que virá em breve.

Nunca mais ouvi falar de Lucy, muito menos de Champoudry. Livvie tem a hipótese que as duas vivem juntas em um apartamento alugado vivendo de pensões e com milhares de gatos. Achei uma ideia maldosa, mas ri muito com ela.

E quanto a Rupert... Bem... Rupert ficou famoso por ganhar uma famosa competição de tiro russa tendo apenas 20 anos. Ele viajou o mundo, ganhando muito dinheiro com sua profissão. Sei de tudo isso apenas através de revistas e pela internet, nós nunca mais nos falamos. Lendo uma de suas entrevistas mais recentes, porém, eu descobri que ele nunca se casou, morava sozinho em uma mansão no interior da Inglaterra. Bom, isso até...

Há poucos dias eu estava saindo para mais um treino, quando recebi uma carta. Achei um tanto quanto estranho, eu nunca recebia cartas a não serem contas e multas. Não havia remetente. Eu não a abri, joguei em cima da mesa e sai de casa, pois estava atrasada. Quando retornei da academia onde treinava, Livvie estava sentada na entrada da minha casa com uma expressão triste.

–Livvie? O que houve? –ela olhou para mim e percebi que algo estava errado. Ela me estendeu um jornal- O que é isso? –eu disse, pegando-o.

Na página em que ela havia aberto eu li “Campeão de torneios de tiros morre aos 32 anos em acidente de helicóptero”. O jornal caiu da minha mão, eu já imaginava o que havia acontecido. Entrei em casa e quase bati a porta na cara de Livvie.

–Você não vai ler o resto?

Eu a olhei com os olhos cheios de água e balancei a cabeça negativamente, batendo a porta em seguida. Sentei no sofá desejando que o que eu havia lido era mentira, ou não era quem eu estava pensando. Vi a carta em cima da mesa e decidi a ler.

“Querida Sophie,

Como é engraçado te chamar de querida, eu nunca fiz isso antes a não ser usando meu sarcasmo que você odeia. Estou escrevendo essa carta do hospital, na verdade estou a ditando para a enfermeira, ela é quem está escrevendo. O maldito helicóptero que eu comprei deu problema e caiu... Não deveria ter gastado dinheiro com uma coisa tão ridícula como um helicóptero, mas eu não sou fã de carros... Bom, eu pensei em enviá-la a um parente querido, mas eu não possuo nenhum parente querido.

Eu só queria te dizer que eu me arrependo todos os dias daquele maldito adeus que eu te dei há vários e vários anos. Eu não sei se para você tem sido tão difícil quanto para mim é, achar alguém que tome seu lugar. Pelo que eu saiba sim, porque ouvi dizer que você também não teve nenhum relacionamento de longo tempo... Bom, agora eu estou morrendo e não vou poder ir atrás de você como eu queria. Apesar de que não sei se você me aceitaria de volta, os anos pioraram minha personalidade que já era ruim...

Obrigado por tudo, mesmo assim. E você poderia fazer um favor para mim? Seja feliz. Aproveite a vida. Cuide bem de Elizabeth (sim, eu sei da adoção) e a ensine a ser tão maravilhosa quanto você é.

Bom, eu já vou indo porque não sei se tenho muito tempo de vida. Eu não vou dar adeus, não vou cometer o mesmo erro. Ninguém sabe o que se espera além-vida, quem sabe não é como naqueles péssimos filmes românticos que dois amantes se encontram no Paraíso? Então vou apenas lhe dizer, até logo.

Até logo Sophie!

PS: você nunca olhou muito bem para o único presente que eu te dei, não é? Teria facilitado tudo, sua desatenta.”

Sentei-me no chão, com a carta na mão, ao ler as últimas palavras. Nenhuma lágrima descia de meus olhos. Eu sentia uma tristeza tão grande dentro de mim que não conseguia pensar em chorar.

Depois de alguns minutos tentando processar tudo o que eu havia lido, me levantei e guardei a carta no envelope. A primeira coisa que eu pensei foi em correr para o mais próximo hospital para ver se Rupert estava lá, vivo e com aquele sorriso sarcástico que eu amava. Percebi que seria realmente estúpido de minha parte fazer isso. A segunda coisa foi em correr e chorar nos braços de Livvie, que ainda estava na porta de casa, mas eu não sentia vontade de chorar. Em seguida pensei em Liz, minha filha. Eu sentia vontade de abraçá-la e não largar nunca mais, mas ela estava na escola...

Dei um suspiro longo e profundo, e uma luz acendeu em minha cabeça. “A luva!” Sim, a luva de boxe que Rupert me deu há vários anos. Aquela linda luva que guardei com tanto carinho e deixava debaixo da minha cama e olhava de tempos em tempos para relembrar os momentos em que a recebi. A carta mencionava a luva.

Corri para meu quarto, me agachando e retirando uma antiga caixa de debaixo da cama. Ela estava um pouco empoeirada, mas não havia tempo de limpá-la. Tirei-a da caixa e uma onda de lembranças maravilhosas e ao mesmo tempo dolorosas me invadiu. Abracei as luvas vermelhas e comecei a olhá-las com mais cuidado, tentando entender o que Rupert queria me dizer em seu “PS”.

Finalmente achei, eram três pequenas palavras escritas com caneta esferográfica em um canto dentro da mão esquerda. Eu as li cem vezes, com uma enorme felicidade e uma tristeza ainda maior. Por fim, meus olhos transbordaram e uma lágrima caiu em cima das palavras já meio desgastadas: “eu te amo”.








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