The Story Of a Fighter Girl: The Secret escrita por Mona


Capítulo 24
O Segredo


Notas iniciais do capítulo

Bom, esse era para ser o último capítulo, mas percebi que ia ficar muito grande e dividi em dois rsss Espero que gostem e aproveitem os últimos suspiros da fanfic (ai que triste) E A REVELAÇÃO DO GRANDIOSO SEGREDO MOAHAHA :D



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Tudo ficou turvo à minha volta. Eu achei que ia desmaiar. Levei minhas mãos à boca, num espanto enorme. Eu não deveria estar tão chocada, já era de se esperar algo assim do Rupert, mas eu estava mais abalada pelo fato de ter feito algo tão horrível com alguém inocente.

O arrependimento de antes ficava cada vez maior, eu sentia um terrível aperto no coração e tive vontade de me defenestrar ou me atirar de um penhasco. Eu sentei no banco em frente à fonte. Eu estava tão decepcionada comigo mesmo, com o que eu tinha feito, que eu nem reparei que era o lugar que eu sempre evitava.

Rupert ficou em pé a minha frente, me analisando. Não vi sua expressão, eu estava olhando para o além, pensando na pobre Kathy...

–Por quê...? –sussurrei.

–Por que eu fiz tudo isso? Porque eu queria você de volta Sophie...

Aquilo me deixou ainda mais confusa. Sai do meu transe e olhei para o rosto do menino a minha frente, que permanecia frio.

–Desde aquele baile você não é mais a mesma. Você se preocupa muito mais com a aparência, com seu cabelo, com suas roupas, que esqueceu totalmente daquilo que realmente importa, a sua paixão.

–A luta... –falei ainda em tom de sussurro, juntando minhas duas mãos que desciam da minha boca.

–Pelo menos você se lembra do que costumava amar.

–Eu não me esqueci da luta, eu apenas comecei a me importar com outras coisas além de socos. –falei um pouco irritada.

Rupert suspirou.

–Você não percebeu... Você não percebeu que piorou, que não ganha todas como costumava. Agora seu cabelo a atrapalha, pois você não o prende mais, as suas roupas atrapalham, pois não são mais simples moletons. Você ficou mais bonita, sim, mas mais fútil também. Eu não quero que volte a ser o primata de antes, -olhei com ele com raiva nessa frase- mas eu quero que volte a se importar com seu futuro brilhante como antes.

Eu sorri. Eu simplesmente sorri.

Rupert sentou do meu lado enquanto um sorriso bobo durava no meu rosto. Eu estava relembrando essas últimas lutas e ele tinha razão, eu piorei muito e me tornei uma menina frágil como qualquer outra. Eu tinha perdido a única coisa que tinha de especial.

–Obrigada. –eu disse para ele, e ele sorriu também. –Mas não podia ter arrumado outra maneira ao invés dessas pegadinhas toscas?

–Será que você também esqueceu que eu sou extremamente infantil?

–E por que incriminou Kathy?

–Achei que era alguém que você suspeitaria na hora, tanto é que foi o que aconteceu. Nunca achei que você fosse fazer algo tão absurdo quanto estragar a aparência da garota. Meu objetivo era você voltar a ser, digamos assim, revoltada e simplesmente bater nela...

–É... Um soco a afetaria menos que uma parte do cabelo raspada. –nós rimos.

Exatamente nessa hora ouvimos um barulho no bosque, e ficamos subitamente em silêncio. Olhamos para trás, mas não conseguimos enxergar nada. O ruído de galhos e folhas sendo pisados continuou, como se a pessoa estivesse se aproximando.

Nós dois nos entreolhamos e Rupert fez sinal de silêncio, colocando o dedo indicador na frente da boca. Ele segurou meu braço e me arrastou para detrás da fonte. Eu estava com medo de que fosse algum professor ou zelador da escola.

O barulho cessou e foi substituído por passos. Isso indicava que a pessoa já havia saído do bosque e estava a alguns metros de nós, já no piso de pedras que cercava a fonte. Rupert me puxou novamente, dessa vez para detrás de uma árvore mais além. Ele se inclinou e espirou por entre as folhas.

–Quem é? –sussurrei o mais baixo que pude.

Ele sorriu de lado para mim, e percebi que não era ninguém perigoso.

– Kathryn Champoudry! –ele disse em voz alta, saindo do esconderijo- O que a leva a essa honrada visita?

–Eu vi da janela da classe você e Sophie vindo para cá e gostaria de saber o que os dois pombinhos iam estavam fazendo no bosque no horário de aula. –ela disse com o delicado rosto coberto de irritação.

–Bom, eu estava matando aula. E Sophie está suspensa. E as janelas da classe não são viradas para o bosque. –sua voz levava um toque de deboche.

–Tudo bem, eu estava no meu quarto... Achei que não haveria problema matar aula pelo menos hoje, que estou tão abalada emocionalmente com o que sua amada me provocou.

–Eu não sou a amada dele! –eu saí de trás da árvore, olhando para Kathrine pela primeira vez desde que havíamos saído da sala do diretor, há algumas horas.

Fiquei espantada, ela estava um tanto quanto diferente. Não porque estava com uma faixa careca no coro cabeludo, e sim porque estava de peruca! Sim, peruca! Ela havia raspado totalmente as madeixas sedosas e as substituído por fios falsos que caiam até a altura do ombro e eram negros. O que eu achei ainda mais espantoso foi como ela e Rupert ficaram parecidos, os dois com o mesmo tom de cabelo e o cor dos olhos parecidos. Eu realmente acharia que fossem parentes se eu não os conhecesse e se Kathy não fosse absurdamente mais bonita que ele.

–Você parece espantada querida, acho que notou o meu novo visual.

Eu não aguentei, explodi em gargalhadas. E fui acompanhada pelo Rupert.

–Ria enquanto pode, neta de assassina!

Nós dois paramos subitamente e olhamos para a menina furiosa a nossa frente. Entreolhamo-nos, um pouco confusos.

–Ah, então você não se lembra... Por que será que você nunca contou para ninguém porque sua tia-avó foi presa?

–Sua tia-avó está na prisão? –Rupert me perguntou com uma expressão engraçada.

Cale-a-boca francesinha! A história da minha família não é da sua conta nem mais de ninguém! –ela riu cruelmente.

–Eu tenho fontes seguras de que você vem de uma família mortal.

Avancei com tudo para ela, mas Rupert tocou meu ombro um pouco antes de alcança-la. Eu virei para trás, nervosa por ele ter me interrompido, mas me deparei com uma expressão em seu rosto que nunca havia visto antes: medo.

–Sophie... –ele sussurrou- É verdade?

–Não... Não tem nada a ver comigo Rupert... Minha tia-avó cometeu sim um crime há alguns anos, mas isso não quer dizer que eu seja criminosa também!

–E sabe o que mais, querido Rupert? O assassinato foi cometido por enforcamento, sem ajuda de nenhum instrumento. Diziam que a tia-avó dela era muito boa nas lutas. –eu estava prestes a arrancar o coração de Kathy, quando ele me interrompeu.

–Você deveria ter me contado...

–Você teria ficado como está agora, com medo!

–Sabe por que eu estou com medo? Porque você é violenta Sophie, porque você poderia muito bem matar alguém com as próprias mãos.

–Há poucos minutos você estava dizendo que queria que eu voltasse a ser mais violenta!

–Há poucos minutos eu não sabia que você tinha sangue criminoso.

–Isso é ridículo Rupert! –algumas gotas salgadas começaram a rolar nas minhas bochechas.

Rupert olhava para mim com ar de decepção e um pouco de medo. Eu virei como um touro para a Kathy, me segurando para não continuar a o derramamento de sangue da minha família.

–E como você sabe de tudo isso?

–Eu sei de tudo, e sobre tudo Sophie. –uma voz meiga saiu de trás das árvores, outro ser detestável e uma velha inimiga se juntava a festa- Meu pai trabalha na delegacia da cidade. Achei que você soubesse.

–Lucy... –falei cuspindo seu nome- O que você ganhou em contar tudo isso a ela?

As duas se olharam e sorriram. Ah que ótimo, uma conspiração de perfeições contra mim.

–Viramos amigas e agora podemos manipular a escola juntas. É muito mais vantajoso se unir a ela do que tentar conquistar seus adoradores. –revirei os olhos.

–Vocês são ridículas...

–Bom, Sophie, a sua reputação na escola já era ruim. Agora eu e minha amiguinha Lucy vamos sair por aí espalhando boatos sobre como seus familiares são monstros. –Kathy disse, rindo, e cruzou os braços com os de Lucy, como se fossem melhores amigas desde sempre.

Elas começaram a andar de voltar para o bosque enquanto eu me acabava em lágrimas, ajoelhando no chão e escondendo meu rosto nas mãos. Eu havia esquecido totalmente que Rupert ainda estava atrás de mim, quieto feito estátua.

Depois de alguns segundos molhando meu rosto inteiro, minhas mãos e meu cachecol, senti ele se aproximar de mim e ajoelhar ao meu lado. Rupert colocou a mão no meu ombro e eu não sabia exatamente se ele iria me consolar ou me empurrar ainda mais para o chão.

Eu parei de chorar, suspirando algumas vezes e afastando minhas mãos de meu rosto. Virei-me para olhá-lo. Ele me observava com uma estranha expressão de dó. Estranha porque eu nunca havia visto ele assim antes, na verdade todo esse seguimento de acontecimentos mostraram várias faces desconhecidas de Rupert.

–Eu não tenho medo de você. –ele sussurrou- Eu apenas me assustei um pouco com a revelação. A culpa não é sua. E você não é uma assassina só porque a irmã da sua avó era, nem é um parente tão próximo.

–Você precisa saber outro segredo. O segredo mais obscuro de todos que eu possuo. Apenas eu sei, todos que sabiam estão mortos, mas vou confiá-lo a você.

Ele assentiu com a cabeça, como se dissesse “pode me dizer, eu aguento”. Suspirei e levantamos.

–Meus pais não morreram num acidente de carro como todos acham. Minha tia-avó os assassinou. Eles estavam dentro de um carro discutindo quando ela tirou uma arma e atirou nos dois. Ela fez parecer que era um acidente de trânsito, mas quando eu fiz três anos descobriram.

Mais lágrimas vieram e Rupert me deu um abraço consolador, que eu retribuí.

–Fique tranquila, seu segredo está seguro comigo.



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Notas finais do capítulo

OHMYGOD EU VOU CHORAR ANTECIPADAMENTE DHAWIHUDIUBDEHDI Ok, eu me controlo... Por favor não me matem, deixem para fazer isso no próximo capítulo rsss (brincadeirinha gatos). Já vou dando uma despedida: ADORO VOCÊS MEUS LEITORES LINDOS E ESPERAM QUE TENHAM AMADO A JORNADA PELA HISTÓRIA DE SOPHIE TANTO QUANTO EU AMEI!!! Vou sentir saudades ;-; Até o próximo e último capítulo gatos e gatas do meu Brasil! PS: ficou enorme essa nota, credo...



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