The Missys Diary - Before Its Too Late escrita por Janine Moraes, gabis, Meri, Lady B


Capítulo 7
Capítulo 7 - Pitanguinha


Notas iniciais do capítulo

Bem, a Gabi não veio hoje porque ela ta estudando pro Enem e tudo o mais. o capítulo está pronto a semanas, só que faltava corrigir e a Gabi não tinha tempo... Então, deixei a preguiça de lado e fiz isso eu mesma. Claro que provavelmente está cheio de erros e não tão legal, porque faltou a competência da Gabi, mas quebra o galho. Ui, que nota da autora séria. Nem parece eu. KKK Ai ai, voltando. Esse capítulo ta gigante, é tipo dois em um, que eu fiquei com preguiça de dividir. Algo me diz que eu fiz algo errado. Gabizita, me perdoe. Mesmo o capítulo sendo muito sem noção, eu gostei.



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Capitulo 7


_Bitch.


_Também te amo!_Gritei, empolgada. Já a levando para comprar pipoca, o problema é que estávamos sem ideias de como acabar com o encontro. Quando entramos na sala de cinema eles ainda não estavam lá.



_Vamos enrolar um pouco aqui, pra vermos onde eles vão sentar.


_Não precisamos esperar. Breno vai vir até nós.


_Como assim?


_Ele não vai perder a oportunidade de agarrar outra na minha frente._Comentei, a puxando para um lugar confortável, bem naqueles lugares que tem só duas poltronas e tudo o mais. Ficamos esperando, entediadas. Até que eles apareceram, Breno carregando as duas pipocas e os refrigerantes, praticamente caindo. Enquanto a bonitona andava toda serelepe atrás dele, sem segurar um grão.


Como eu havia dito, Breno parou, virando o pescoço para todos os lados, até que me viu. Pude até ver o sorrisinho nele enquanto ele se sentava a duas poltronas a frente da nossa. A garota sentou-se perto de e quando eles se ajeitaram o filme começou. Nessa hora o plano foi por água abaixo. O filme era legal, uma comédia romântica até que original, só lembrei do plano quando Kari começou a rir escandalosamente fazendo Breno e a fulana se separarem.


Eles olharam pra trás e nós disfarçamos. Então... comendo pipoca eu comecei a engasgar. Tendo um ataque horroroso de tosse. Achei que eu ia morrer, nem planejei nem nada, foi totalmente natural. Eu quase morri engasgada no meio do cinema com um grãozinho de pipoca! Claro que isso chamou a atenção deles.


_Missy... Para com isso. Já deu. _Ela riu baixo, então pareceu perceber mesmo que eu estava morrendo. _MELISSA. Eu estou ficando preocupada... BRENO ELA TA MORRENDO!


Breno largou a pipoca no colo da menina e veio me acudir. Ele me deu um tapão nas costas, que esta doendo até agora. Depois de eu expulsá-lo, o amaldiçoando por salvar minha vida, ele voltou a sentar perto da garota. Eu não tive pique, nem pulmão pra continuar tentando fazer eles se separarem. Ainda consigo sentir o grão de pipoca dançando macarena da minha garganta até pulmão. Mas... tanto faz.


Saímos do cinema e, mais calminhas e sem tantos planos assassinos, fomos tomar sorvete. Eu tinha até esquecido de Breno momentaneamente, é sério. Estava tentando me focar no grande sundae da plaquinha. Que meu Deus, engordei 5 quilos só de olhar. Delícia! Eu e Kari pegamos dois gigantes sundaes. Nem reparamos em Breno atrás de nós... Ta, eu reparei. Tanto que fiquei tentando seduzir o carinha do sorvete, mas ele parecia meio gay e ficou prestando mais atenção em Breno. Whatever.


Eu paguei meu lindo sundae e esperei Kari. Mas como ela é muito esperta... Pega o Sundae e vira com tudo, batendo na linda camisa branca do Breno. O melecando até a alma. O melhor foi a cara de ‘ops’ dela. Foi tão espontânea que eu quase acreditei que foi um acidente.


_Breno...


_Não precisa se desculpar, eu compro outra camisa.


_Eu? Me desculpar com você? Fumou o que estrupício? Você vai ter é que pagar um outro sorvete pra mim.


_Você ta brincando né? Olha o que você fez na minha camisa!_Ele apontou a linda obra de arte que a Kari fez. Ta artística, ta bonita, ta alimentícia!_ Está cheia de sorvete.


_Quem mandou estar atrás de mim?


_Olha todo o sorvete aqui, Kari. Você ferrou minha blusa.


_Eu to vendo o sorvete... Mas espera que eu faça o que? Lamba seu peitoral de franguinho? Ah, vai sonhando. Vai guardando suas fantasias pervertidas pra Missy porque eu...


_Karina!_Gritei.


_Ah, me desculpe._Ela deu de ombros ao ver minha cara psicótica_ De qualquer forma, sou uma menina de respeito e você é um vândalo que se jogou na frente do meu sorvete. Quero um novo!


_Eu me joguei na frente do seu sorvete?


_Sim. Pare de enrolar e paga logo. Deixa de ser mão de vaca, seu franguinho._Mutações genéticas entre animais da fazenda a gente se vê por aqui!


_Não vou pagar seu sorvete.


_Você. Vai. Pagar. O. Meu. Sorvete!_Ela quase gritou chamando a atenção de todos a sua volta._Eu grito pelo shopping inteiro até você me pagar o sorvete.


_Af._Ele pagou o sundae para Karina, que me arrastou feliz da vida para as lojas. Andamos o shopping inteiro e eu nem precisei exatamente seguir Breno. Ele fazia o favor de nos seguir e tentar abraçar a garota na nossa frente. Eu tentei ignorar, mas sentia os surtos psicóticos correndo pelas minhas veias. Então, numa hora, quando estávamos sentadas no banco. Ele sentou um banco atrás de nós e começou a beijar a garota.


_O Breno vai virar Brena. Quero fazer ele virar a Ariadna. Arrancar o mal pelo nariz.


_Não seria pela raiz?


_É pra ele poder sentir o cheiro da dor também._WTF? O que eu acabei de dizer? Af, esquece.


_Ei, Missy. Olha aquilo ali!_Olhei na direção que ela apontava. Havia umas duas mulheres, rodeadas por crianças, em frente a uma loja de jogos. Enchendo aquelas bexigas em forma de animais. Ah, droga! Olhei para Kari. Seus olhinhos brilhavam, e um sorriso infantil brincava em seus lábios. A única coisa que pude pensar antes de me afastar foi. “Criatura divina, deus das crianças, dos animais, amigas psicóticas, irmão gêmeo do Melocoton da Eliana, me daí forças para aguentar tal humilhação pelo que vou passar, amém! “


Dito e feito, Karina me arrastou pelo mar de criançinhas. Aqueles anões melequentos [oi?] e xexelentos. Kari parecia uma criança.


_Quer um balão no formato de alguma coisa?


_Eu quero um avião, um gato, um cachorro, e uma Barbie.


_Barbie não sei fazer, querida.


_E Susi? Polly? Boneca de porcelana parecidas com gueixas da China?


_Como você quer uma boneca/gueixa em forma de porcelana, Kari? Isso aqui são balões!!!! Você tem o que na cabeça? Vento??? E além do mais, gueixas são do Japão! Carambolas! Vou ter que te deportar?


_Ah, ops.


_Faz um balão dela mesma, moça. Faz um jumento aí._Kari me ignorou e vi a mulher prender a risada.


_Bem, já que não pode fazer nenhuma Barbie. Tudo bem... _TUDO BEM? Tinham drogado a minha amiga? Kari nunca dizia ‘tudo bem’, principalmente nessas coisas. Ela era pior do que criança e eu não estou exagerando._Quero só um gatinho, pode ser?


_Claaaro._Revirei os olhos. A moça se dirigiu a mim._E você, vai querer um balão em formato de que?


_Um revólver.


_Revolver? Eu não sei fazer um revólver.


_Uma faca? Espada? Garfo?


_Eu só faço animais.


_Af, que falta de cultura. Nenhuma arma que induza crianças a arrancar os olhos da outra??? Um dia eu meti um garfo na testa da minha prima sabia? E eu fui uma criança muito feliz nesse dia. Crianças tem que aprender a se banhar em sangue! É cultura mundial. E espadas deviam ser obrigatórias. Já ouviu falar em Star Wars? Espadas que brilham e talz? Cultura mundial , minha filha.Cul-tu-ra.


_Hum, sinto muito por isso._Ela disse, com cara de star acostumada com gente esquisita e sem noção como a gente._ Posso te ajudar em mais alguma coisa?


_Pode sair da minha frente, obrigada._Ui, como ela é bandida! Virei às costas enquanto tentava me afastar de Kari, com balãozinhos de várias formas. Paramos perto de uma loja e acabamos esbarrando um ‘conhecido’. Ele fez cara de nojinho enquanto nos deixava pra trás.


Era um gay que a um tempinho atrás tinha dado em cima de Breno em uma aposta que o fez comigo. Ele andava todo empinado, com a sua melhor carinha de ‘mamãe quero ser” e soltando piscadelas a torto e a direito. Vi pelo canto do olho Breno ir pra praça de alimentação. Quase na mesma direção que nosso amigo purpurinado. Um plano maligno começou a se formar em minha mente. Puxei Kari, enquanto voava atrás do meu amigo rosa choque.


Suspirei e parei em frente ao meu amigo bombado, com cabelo do Neymar e olhar de Rick Martin. Mas o jeito como ele colocava a mão na cintura era muito Shakira. Todo mundo canta LOKA LOKA LOKA, VIVA LA VIDA LOKA!


_Hum, oi.


_Oi. Já vou avisando, não gosto da fruta, estrupiciazinhas.


_Não queremos que você nos pegue. Queremos que você pegue um amigo nosso._Kari simples e direta. Me assustei levemente.


_Cadê? Cadê que eu quero ver!_Peguei ele por um braço, enquanto Kari pegava ele pelo outro. Paramos na praça de alimentação.


_Lembra daquele garoto ali? _Apontei para Breno, que sentava com seu lanche do Burguer King. E a garota com uma saladinha a sua frente.


_Lembro. Como poderia esquecer do garoto pitanga?


_Pitanga?


_Uruuum. A única coisa que você quer quando vê ele é chup..._Kari explodiu em uma gargalhada histérica ao meu lado.


_Pois é. _Eu disse, controlando o riso._Você estava certo. Ele é super gay. Mas ainda não saiu do armário. O Mário que o diga.


Percebi que Kari disfarçava uma risada com uma tosse e eu ri junto. Ele esperou impaciente que parássemos de rir. Murmurando algo como ‘bibas loucas’.


_Mas e aquela garota?


_Fachada1 Ela é baranga até pros héteros, fala sério.


_Tem razão, Mona. _Ele piscou pra mim, me dando um tapa no braço que me fez tropeçar. Depois soltou uma risada._Ela é muita magrela, só um panda pra querer um bambu daqueles.


_Isso aê, amigãaa.


_Gostei de você, diva arrasante da boca estrelada._Boca estrelada? Ok, vamos passar essa.


_Ain, eu também gostei de você amigãa da cor do pecado. _What? Sim, eu disse isso. O que eu não faço por vingança, né? Tossi de leve e sorri com camaradagem._Você seria um ótimo cunhado. E talz. Eu sei que você não tem vergonha do que você quer então... Olha aqui. O número dele.


_Será? Ele parece bem arisco._Lembrei imediatamente da marca de miojo.


_Mas ele é tipo miojo, três minutos... bem é. Mas ser difícil torna as coisas mais interessantes. Ele só precisa de uma boa conversinha e ta no papo!


_Hum, acho que vou falar com ele.


_ISSO!!! _Eu disse, já empurrando ele._Vai com tudo e chupa essa pitanga, amiga! Vai lá, seja a Lady Gaga e viva seu Bad Romance!


Então ele foi. Deslizando pela área de alimentação, parecendo a Gisele da balada purpurinada, nos deixando lá, rindo. Olhei para Kari que ria satisfeita com seus balões.


_E agora, Missy? O que a gente faz?


_Fazemos nossa melhor poker face e assistimos ao show!


Eu e Kari nos esgueiramos. Ficando num lugar em que podíamos ver. O gay sentou ao lado de Breno, descruzando as pernas de uma forma que pudesse ver bem o ‘material’. Vi a garota ao lado dele arregalar os olhos e se afastar com a cadeira. Breno ficou em pé, quase caindo para trás. Podia ver seu rosto ficando vermelho daqui.


_Oxi....


_Oi, minha pitanguinha._Comecei a rir com Kari, o negócio já tinha começado bem.


_Pitanguinha? Cara... Você ta me confundindo, eu nem te conheço.


_Não me engana que eu sei que você gosta!


_Ta louco? Gosto do que? Ta louco?_ Breno estava entrando em pânico, já estava todo desajeitado e vermelho.


_To ALOKA por você, amorzinho. Desde que te vi, fiquei loouca por você._Comecei a rir do olhar sexy da nossa Shakira.


_Sai fora, cara!_Breno disse, puxando a garota pela mão. O gay, insistente não desistiu. Indo atrás dele e bloqueando a saída dos dois.


_Ai, não precisa esconder, bonequinho. Vem aqui me pegar, vem._O gay esticou os braços e Breno se afastou, vermelho de raiva.


_Sai daqui, rapaz! Num te pego nem com você travestido de Megan Fox.


_Eu sou melhor que a Megan Fox, meu bem. Além de me fantasiar de vadia, ainda me visto de transformes. Apertou no lugar certo e o carro se transforma. Hihihihahaha. Consigo até te fazer ver estrelas. Ao infinito e além, amorzinho. _O gay piscou para Breno e vi Kari se contorcer ainda mais do meu lado. Eu sentia meus olhos marejarem, de tanto que eu estava rindo.


_Sai fora!


_Tipo assim... A gente podia ir na minha casa e eu tenho um CD do Sandy e Junior. Aí nós vamos pular pular pular! Feito pipoca um dos braços do outro.


_Não ta vendo que eu to acompanhado não?


_Acompanhado? Mais uma pra você me enganar né? A gente se encontra toda sexta-feira, depois da balada e você vai tentar disfarçar com uma sirigaita? Ai, amorzinho._Fiquei Barbie na caixa com a cara de pau do cara. Kari se dobrava ao meio tapando a boca, rindo. Eu limpei as lágrimas, querendo enxergar a cena. Sentindo minha barriga doer por causa das risadas. _Como você pode fazer isso comigo? Lembra da parada gay no ano passado? Eu te conheci, você me conheceu. Tudo ao som do Robocob Gay. Quer musiquinha mais romântica? Você jurou que em todos os hotéis, seu HABBO seria meu...


_OPA OPA! Não precisa dizer mais nada._A garota se livrou de Breno, se afastando._To fora!


A cara de Breno foi impagável enquanto a garota ia embora. Sacudindo a cabeça, incrédulo. O rosto começando a ficar roxo e então ele explodiu.


_Seu filho de uma quenga!_Ele gritou._ Porque fez isso?


_Pra você não ter desculpas e se jogar em meus braços, amorzinho. Não precisa mais enganar ninguém, nem se iludir. Não tenha medo. Podemos viver nossa história de amor ao som de Jota Quest!


Começamos a rir muito, sem perceber que estávamos fazendo barulho. Vi Breno olhar em nossa direção. Vesgo de raiva.Opa. Então, previ o que ele ia fazer.


_CORRE NEGADAA!_Gritei, em pânico. Vendo ele vir em nossa direção. Puxei uma Kari, praticamente a arrastando enquanto corríamos de Breno pelo shopping. Depois de alguns corredores entramos no banheiro feminino.


_Sua Judas!!_Breno gritou antes que fechássemos a porta com tudo. Isso me fez rir ainda mais, lembrando da música da Lady Gaga. JU DA DA DAS, JU DA JUDAAAS. Comecei a cantar a musiquinha no banheiro. Pura alegria e felicidade. Então começamos a rir muito. Kari acabou deitada no chão de tanto que ria.


Devemos ter ficado trancadas no banheiro por umas duas horas, sem coragem de ir enfrentar a fúria da Pitanguinha. Então, finalmente saímos do banheiro e viemos para casa. Antes disso, é claro, acabamos até consolando nosso amigo Shakira/RickMartin da favela. Ele estava inconsolável, contava mesmo que iria acabar passando a noite com o Pitanguinha. Mas como boas amigãaas não deixamos ele desanimar. E ajudamos ele a escolher lindas mensagens de texto para mandar para o Breno.



“Me chama de satélite e dorme com a bunda virada pra lua. Seduz mil. :9”


“Você é da Fiat?Porque seu traseiro é do tipo. ;)”


“Eu procurei "tesão" no Aurélio, e teu nome tava incluído. rawr”


“Amorzinho, você deve comer ouro. Porque sua bunda é um tesouro. *-*”


“Vou te roubar pra mim, porque roubar pra comer não é pecado.”


“Sabia que eu tenho dois transformers? Implantei mais um”


“Branca de Neve da minha arvore de pitanguinha! Vem aqui no meu cafofo que eu vou lhe mostrar porque me chamam de Mestre.”


E a mais top da balada: “Não fique correndo atrás daquela baranga. Se ela não te dá bola, eu te dou duas!”


Entre outras mensagens de amor que fariam você se derreter de tanta inveja. Ai ai... Depois de mandar as mensagens, fomos pra casa. E cá estou eu, escrevendo no diário enquanto Kari toma banho, porque vai dormir aqui. Ela me disse que quer assistir um filme de terror, o que é muito... legal. Porque Kari assistindo filme de terror é muito engraçado. Então, vou indo lá.



***


Acho que meu coração vai saltar da boca. Não sei se choro ou dou risada. O fato é que... Caramba. Eu to morrendo de rir aqui. Minha letra então ta ninds. Ta, deixa eu contar.


Eu e Kari estávamos assistindo um filme de terror. Que confesso. Eu estava assustada. Kari a cada segundo gritava. Todas as luzes da casa estavam acesas. Todas mesmo! Kari me disse que era pra espantar os espíritos do mal que poderiam sair da TV. Todos fazem um coro de: AHAM, CLÁUDIA. Mas confesso,eu me sentia melhor com a luz acesa.


Estávamos na parte mais assustadora do filme. Quando o mocinho tapado está descendo as escadas, que lembraram as minhas. Eu e Kari estávamos começando a pipoca completamente concentradas. Então, para nosso desespero. A luz acaba.


Isso aí. A luz acaba! E as duas pessoas mais medrosas da face da terra entram em pânico, é lógico. Nos abraçamos, derrubando a pipoca pra todo lado.


_AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH._Gritamos, de olhos fechados.


_TEM ALGUÉM AQUI. SOCOROOOOO._Kari se desesperou._ EU NÃO QUERO MORRER, SOU VIRGEM AINDA!


_Porque virgem?_Sussurrei. Confusa.


_Assassinos sempre matam as virgens por ultimo, um cara num filme disse.


_Eles sempre matam as virgens PRIMEIRO, sua jumenta._Esperei a reação dela, pra ver se ela cairia nessa. Porque fala sério, nem eu sabia quem eles matam primeiro. Contanto que não seja eu, estou na mais pura Nice!


_Sério?


_Arran.


_SOCOOORROOOO. EU NÃO SOU VIRGEM. É SÉRIO. PROMESSA JURADINHA. _Ela se desesperou de novo, gritando e pulando._PERGUNTA PRO CRISTIANO RONALDO O QUE ELE FAZ NOS MEUS SONHOS. SOCORROOOOOOOOOOOOOO!


_Cala a boca, Kari!


_Estou tentando me salvar, dá licença?_Ela colocou a mão na cintura, me encarando.


_Shhhh, eu to ouvindo passos._Isso não a fez se acalmar, ela se apertou a mim. Então ouvimos um barulho perto da escada. Algo caindo.


_AHHHHHHHHHHH._Gritamos juntas. Kari pulou no sofá, em pé, segurando uma vassoura.


Ainda gritando acendi o abajur e a sala ficou levemente iluminada. Alguém estava sentado no chão, pernas abertas e gemia de dor. Percebi que ele tinha caído. Então, Kari gritou.


_VOCE É VIRGEM, SEU TARADO?_Um tarado virgem? Hum... Okay, então._ PRA MIM NÃO ME IMPORTA. VOU TE MATAR PRIMEIRO DESGRAÇADOOOO.


Ela gritou enquanto o ser levantava gritando também e correndo de Kari, que pegou uma vassoura no processo. Demorei dois segundos para perceber que era Breno, então comecei a rir, correndo atrás de Kari. Eles foram parar no quintal, que curiosamente tinha as luzes acesas.


_EU VOU TE MATAAAAAAAAR, POR TENTAR ME AMEAÇAR. SEU PEDÓFILO DECRÉPITO. SEU ASSASSINO. CEREAL KILLER!!!


Cereal? O tigrão do ponto de ônibus ficaria orgulhoso de Kari.


_KARI! CHEGA! SOU EU. PÁRA! CARAMBA. ISSO DÓI!! VOCÊ QUER QUEBRAR ESSA DROGA NA MINHA CABEÇA?!_Breno estava encolhido, enquanto Kari batia nele. Ela parou, confusa.


_Mãe?


_Mãe o cacete! SOU EU. O BRENO!


_Ah... Oi pitanguinha._Comecei a rir, apoiada na porta. Breno olhou para mim, com raiva.


_O que estava fazendo? _Perguntei, mas já adivinhando. Ele tinha apagado as luzes, óbvio. Por isso que as daqui de fora estavam ligadas. Sou inteligente, demais, demais. #soufoda Ele revirou os olhos, sem dizer nada._Estava tentando nos assustar?


_Eu consegui, não foi?


_A troco de uma surra é claro.


_Podia ter sido pior...


_Você podia ter levado uma surra de bunda._Kari bocuda disse e eu comecei a rir. Breno ameaçou se levantar, completamente raivoso, mas ela apontou a vassoura e ele se aquietou.


_Porque fizeram aquilo no shopping?


_Aquilo o que?_Me fiz de inocente, assobiando e tudo o mais. Cadê o peroba pra passar na minha cara de pau?


_Melissa! Vai dizer que você não teve nada a ver com aquele... af... dando em cima de mim.


_Que culpa eu tenho se você arrasa corações, desde os mais parrudos? Devia ficar feliz, ta podendo escolher não._Eu quase chamei de ele de Janete, quase.


_Argh!


_ Se eu tivesse um carro, juro que tinha te atropelado na saída do shopping


_Pois é, você não tem carro. Tu não tem nem motoca. Devia ter ido com aquele carinha lá, a Shakira, ela sim tem carro. Ouvi dizer que ela tem uma embreagem..._Pisquei marota.


_MELISSA!_Ele gritou vermelho de ódio.


_Certo, certo. Já acabou de dar piti? Está tarde...


_Sua mãe disse pra eu ficar de olho em você.


_Pronto, já me viu. To inteirinha, bonitinha, sem mortes, sem machucados. Agora vaza.


_Você acha que é assim fácil? Estragar meu encontro? _Ele se referir ao encontro fez minha raiva resurgir, duplicada._Me fazer passar vergonha daquele jeito.


_Primeiro. Sim, eu acho que foi muito fácil. Segundo, to me lixando com a lixa de unha da Shakira pro seu encontro. Terceiro, você nem precisa da minha ajuda pra passar vergonha.


_Vai ter volta...


_Então melhor você ir, sacou?_Então ele virou as costas e saiu. Me senti meio deprimida. Muito pipoca sem sal. Meio pão de três dias sabe? Caída, mas ainda assim meio dura. Uma merdinha ambulante.


_Vamos terminar o filme?


_E tem energia?


_O Breno ligou a energia, não ligou?_Ela me olhou de olhos arregalados.


_BREEENOOOOO!_Gritei, mas ele já estava longe. Kari me olhou em pânico e eu comecei a xingar de todos os palavrões possíveis enquanto ia lá no escuro tentar arrumar a caixa de energia.





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Notas finais do capítulo

N/A: Esse capítulo foi MUITO musical UAHSAUHSAUHSA Só faltou Broz nessa bagaça. "Sim, sim, sim, esse amor é tão profundo! Você é a minha prometida e vou gritar pra todo mundo!". Ok, parei. KK Isso é muito velho! Eu ando uma porcaria pra escrever então se ficou chato, fazer o quê, né? KK Sorry =(
Pois bem, o que acharam do capítulo gigantesco? *-* Vou ver se escrevo o outro com a Gabi e posto ainda essa semana. Me desejem sorte.
Ps: Sabe o que eu percebi? Missy's Diary não tem nenhuma recomendaçãozinha... Que dó. Que dó. Então, se alguém quiser deixar alguma, a gente liga muito ta? A gente adora! KKK Todo mundo querendo me dar peroba de presente pra minha cara de pau, aposto. =( Obrigada por lerem!



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