Capítulo 3

-Ainda não acredito que conheci o sr. Olivaras! –disse para mim mesma.

Quem será que eu conheceria agora? Continuei andando e olhando para a minha mais nova aquisição... Minha varinha feita com madeira de Salgueiro Lutar e fio de Cabelo da rainha dos Sereianos. Só pra quem pode! Quem me dera essa varinha fosse real, eu sabia muito bem que daqui alguns dias a bateria iria acabar, mas eu a guardaria como recordação e como uma Relíquia.

Será que tem também a Borgin & Burques aqui? Se tinha eu encontraria. Comecei a andar atenta a minha volta a procura da Travessa do Tranco. Foi então que achei uma viela escura... Entrei seguindo sempre a minha frente. Se o mundo bruxo realmente existisse a essa altura pensariam que eu era uma bruxa má e das Trevas. Tinha muita gente estranha e sinistra aqui. Gente encostada pelos cantos escuros, conversando com a parede e falando com suas mãos. Bruxas com verrugas peçonhentas no queixo e dentes quebrados. Nossa! Esses atores eram muito bons. Foi então que um cara curvadão se aproximou de mim.

-Um moçinha não devia estar por aqui sozinha. -disse ele pegando em meu braço.

-Até onde eu sei os atores em parques temáticos não podem encostar na gente. -eu disse retirando o meu braço das mãos dele. -Vou falar com o dono disso aqui! -eu disse assim que outros caras esquisitos se aproximaram de mim, se eles continuassem a me tocar eu ia tocar o barraco! Eles não me conhecem, sou a maior barraqueira que o mundo já viu. Eles que experimentem ver só, posso usar minha varinha feita de Salgueiro Lutador e cabelo de Sereia e eles veriam só o que é bom pra tosse!

-O que esta acontecendo por aqui? -ouvi uma voz de garoto.

-Olha eu estou realmente brava e quero falar com o... -eu disse me virando em direção a voz. -OMG!  Draco Malfoy? -eu vou desmaiar.

-Sumam daqui seus escrotos! -disse o loiro mais lindo do mundo, e também bem boca suja né?Porque vamos combinar ele não podia falar algo mais sutil tipo: FDP? -Você está bem garota? -ele perguntou enquanto olhava para mim.

-Melhor agora. -eu disse toda cheia de charme. Hmmm... Tom Felton na minha frente, e eu não iria aproveitar? Até parece que sou boba.

-Você não devia ter entrado aqui. -disse ele me pegando pelo braço e me arrastando pra fora dali. Porque com ele eu não me importei nenhum pouco por ficar pegando em mim?

-E até onde eu sei você também não devia estar aqui. -eu disse olhando para ele.

-Eu segui você. -disse ele. OMG?! Tom Felton me seguindo? Morri de novo, fatão!

-E porque você me seguiu? -eu mantive a pose controlada, afinal não daria vexame na frente desse gato né?

-Eu vi você entrando aqui e percebi logo de cara que você nunca esteve aqui antes, talvez você seja estrangeira e não sabe que aqui é muito perigoso e que se você for pega em um local como esse pode se meter em encrenca. -disse ele meio... Bravo? Oras ele não interpreta o Draco? E o Draco não é dumal? Argh, que esses atores são doidos.

-Mas até onde eu sei você curte estar num lugar como esse. -eu disse apontando para a travessa logo atrás de nós.

-Nossa sou tão famoso como o Potter? -ele fez cara de espanto, mas eu continuei olhando pressurosa para ele. -Eu não curto mais esse tipo de coisa. -disse ele serio agora.

-E porque não? -perguntei teimosa.

-Digamos que estou revendo meus conceitos. -disse ele me soltando. -Procura não se meter em encrencar ta. -disse ele arrumando seu casaco e soltando meu braço e seguiu em frente sem olhar para trás... OMG eu não acredito que não tirei foto!

-Espera! -eu gritei correndo atrás dele.

-O que foi? -ele parou bruscamente eu dei uma freada brusca antes que desse uma trombada nele.

-Me... Dá... Um... Autógrafo! -eu disse recuperando o fôlego e estendendo um papel e caneta, mas entes tirei a tampa da caneta antes que ele desse bafão igual ao senhor Olivaras.

-Por quê? -ele perguntou confuso.

-Oras... Porque eu sou sua fã! -eu disse o óbvio.

-Minha fã? -ele perguntou. -Finalmente encontro alguém que não faz parte do séqüito de seguidores do santo Potter! -ele disse assinando o papel. -Agora me diga de onde você é...?

-Do Brasil. -eu disse e ele me olhou confuso.

-De qual escola? -ele perguntou.

-Da Academia de Tecnologia Líderes. -eu disse. -É uma escola particular... Odeio lá, meus pais me colocaram para fazer curso técnico, argh! -eu disse relembrando daquele lugar detestável, eu gostava das pessoas e não do lugar, mas isso não vem ao caso o negocio é que eu sou um fracasso em matemática, biologia e etc...

-Nunca ouvi valar dessa escola. -disse ele confuso.

-Deve ser porque a escola é do Brasil. -eu disse.

-É né? -disse ele em um tom intrigado.

-Tira foto comigo? -eu disse retirando minha câmera da minha bolsinha de mão e repetindo o mesmo procedimento que fiz com o sr. Olivaras... Agora imagina só... Minhas amigas vão morrer de inveja! É incrível como esse povo tem inveja de mim! Aff!

Depois de tirar a foto ele ficou me encarando estranho, mas depois se despediu dizendo que tinha que ir embora, e eu fiquei ali abandonada ainda babando na foto que tirei com ele... Essa sim iria virar Relíquia!

Continuei andando, andando e andando até que cheguei à loja de vassouras. Um bando de gente estava parado em frente à vitrine e foi então que eu a vi... A Nimbus 2011! OMG! É tudo tão real, acho que vou comprar uma para a minha coleção de Relíquias, entrei na loja a fim de saber o preço daquela maravilha... 10 mil galões... Caracas! Nunca pensei que um simples lembrancinha do mundo mágico fosse tão cara! Eu só tenho mais 100 galeões e eles me cobram 10 mil? Será que eles aceitam Visa aqui? Se meus pais soubessem que eu estava gastando tanto dinheiro com bobagens eles me arrancariam meu cartão - lindo e super maravilhoso - de crédito!

Sai da loja de vassouras cabisbaixa. Já que eu não podia comprar o que eu queria eu iria me entupir de comida. Procurando um lugar para comer acabei virando uma esquina quando me deparo com a coisa mais colorida que já vi em vida, serio mais colorida que o Restart (¬¬° não acredito que mencionei eles!) uma loja chamada nada mais, nada menos que... GEMIALIDADES WEASLEY! OMG! Morri mais uma vez, fatão!