Insensata escrita por CarolB


Capítulo 16
Despedida - Explicação


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores!
Aqui mais um capítulo para vocês, foi complicado de escrever... Mas eu acho que ficou bom.
Eu me inspirei em uma música, ela é bem bonita, e tem a ver com o capítulo, se vocês quiserem escuta-lá enquanto lêem, se não quiserem também ignorem kk
Lost in Paradise >> http://www.vagalume.com.br/evanescence/lost-in-paradise.html
Boa Leitura! :)



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POV LUCY

Estou a mais de um ano ás sombras de John, trancafiada aqui nessa mansão onde só vejo a luz do dia pela varanda porque nem ao menos no jardim sou permitida a circular.

Recebo tudo aqui no meu quarto, todas as mordomias de uma princesa. A luz do sol, o calor é tudo para mim... é o que me faz segura. Já que ao cair da noite, John volta para casa e assim de princesa eu passo a ser boneca, brinquedo.

Ninguem sabe, e ninguém saberá. Que tive um filho durante esse ano de tortura, uma pequena menina que a toda gestação, mas nasceu fraca e não resistiu. Chorei por muitos dias, quase cheguei a depressão quando Wendy me deu a notícia que minha filha não tinha resistido.

John nem ligou para nossa filha, não sei o que seria pior para a minha pequena, viver com um pai desses ou morrer.

Mas eu não aguentava mais tudo isso, a dívida de minha irmã já estava paga, sou uma mulher livre e voltarei para casa.

Fiz questão de guardar na cabeça o número da casa dos Cullens, sei que Clarissa seria a única que poderia me ajudar sair daqui. Então peguei o telefone da mansão e liguei para a casa de Clarissa.

Falei com Esme, mãe de Ciss, e pedi para falar com Clarissa.

Mas um dos capangas de John o avisou, que eu estava chamando ajuda, e ele imediatamente veio. Wendy me avisou quando estacionaram o carro a frente da casa, e o desespero tomou conta de mim assim como as lágrimas.

Dessa vez ele me mataria, ele não tem mais motivos para me deixar viva.

Tentei falar com Clarissa as pressas e em meio aos soluços, dessa vez seria meu fim. Passei rapidamente o local para ela me encontrar enquanto Wendy tentava enrolar John na sala de estar para que ele não viesse ao meu encontro, mas de nada adiantou.

Ele entrou no quarto de hóspedes no qual fiz a ligação, e me viu colocar o telefone na base.

- Sua traidora! – Ele ficou furioso assim que me encolhi – Mas dessa vez não vai ser você quem vai pagar, será a vagabunda da sua irmã!

- Não! Ela não fez nada!

Ele se aproximou de mim e prendeu meu rosto entre suas mãos e me beijou urgente, mas o mordi, e de resposta levei um bom tapa em meu rosto deixando a marca de seus cinco dedos em minha bochecha.

- Traga Leylla – Ordenou a o capanga que me entregou

Tomara que Clarissa chegue a tempo.

Algumas horas depois...

Eu e minha irmã chorávamos ao chão do quarto, havíamos sido espancadas como se fossemos um nada, uma coisa sem vida, como se não sentíssemos dor alguma.

- John pare! – Tentava proteger minha irmã com meu corpo, já que ela era menor

- Foi você quem escolheu a tudo isso – Nos acertava com chutes e pontapés sem dó – Marcos, segure-a

O capanga veio até mim e me puxou para longe de minha irmã que desabou de vez no chão sem o meu apoio. Ela chorava desesperada e sangrava.

- Já me diverti o suficiente com você – John falou a Leylla, e tirou da calça uma arma – Foi bom fazer negócios com você

Minha irmã deu uma última olhada para mim e fechou os olhos com força, como se ela já soubesse seu destino. Começei a gritar desesperada por socorro quando John se aproximou mais dela, e atirou várias vezes em seu peito.

- Cale a boca – Gritou vindo se virando para mim, me aquietei imediatamente, dando a se escutar somente meus soluços.

Veio em passos lentos até mim, com um olhar sacana, o qual eu via todas as noites. Guardou a arma, e pediu para que Marcos me soltasse, e nos deixasse a sós.

- Vá a cidade, compre o que comer – Ordenou sem tirar os olhos de mim – Preciso de alguns momentos a sós com a minha princesa

Princesa?! Onde que eu não estou vendo? Estou mais para uma escrava sexual sendo torturada até a morte!

Ele nos deixou a sós e ele se aproximou mais de mim, suas mãos começaram a subir pelo meu braço, o mais delicadamente que ele conseguiu. Eu fiquei imóvel, estava apavorada.

- Você ainda tem a chance de mudar de ideia – Assim que suas mãos chegaram aos meus ombros, desceram novamente pelo meu peito até chegaram nos seios – E não acabar igual a sua irmãzinha

As lágrimas não me abandonavam nem o medo, mas eu preferia morrer do que passar tudo de novo. Enquanto as palavras não chegavam a minha boca, imagens de todos a que eu amava vinham em minha cabeça. Até os breves relances de minha filha sendo levada do quarto eu pude ver. Não, eu tinha que acabar com isso.

Recuperei minha consciência, e as palavras junto a minha força vieram à tona.

- Nunca! Seu assassino! – Minhas mãos criaram vida e acertaram com uma força extremamente exagerada em sua face, exagerada nada, morrer seria pouco para esse desgraçado.

Ele se afastou um pouco por conta do impacto da minha mão, aproveitei para correr, mas ele foi mais rápido e agarrou meu cabelo.

Ele me puxou para trás me arremessando ao chão. Pude vê-lo andar a minha volta antes de acertar um chute bem em meu estomago, meu corpo até se levantou um pouco do chão.

- Para! – Escutei uma voz gritar a porta

Clarissa.. Ela veio.

- Lucy!

Ela estava com um homem, não me lembro dele. Mas ela saiu de seus braços e veio até mim.

- Clarissa... foge – Tentei salvar minha amiga, antes que John a fizesse alguma coisa

Ela me segurou forte em seus pequenos braços, não desistiria de mim. Estávamos perdidos.

- Minha irmã... – Tentei falar, mas os soluços eram insistentes, já que minha última esperança estava em perigo

Buscou no quarto e empalideceu ainda mais quando seu olhar encontrou minha irmã sem vida, ainda assim, vendo que iriamos todos morrer ali ela não me deixou, me manteve ali, em seus braços.

- Então esse foi o socorro que você chamou vadia? – Me insultou mais uma vez – Bem... pelos menos você vai ter uma companhia lá no inferno, depois que eu matar todos vocês – Esse era o decreto final

- Não! – Gritamos em sincronia

Nos abraçamos forte assim que John sacou novamente a arma, apontando a nós com pressa a puxar o gatilho.

Eu tinha que fazer alguma coisa, não deixar que minha vida se passasse em vão, que minha história fosse ser uma inútil garota que fez as escolhas erradas pensando ser as certas e sofreu por isso. Clarissa não merecia isso, minha amiga tinha muito para viver, e ser feliz. Por isso deixaria que ela fosse feliz por mim.

Antes que ele pudesse puxar o gatilho, usei minhas últimas forças, e me coloquei sobre Clarissa, fazer de minha morte, uma morte digna.

Logo após do estralo senti o meu peito sendo bruscamente atravessado por algo pequeno, uma dor indescritível. Insuportável, mas pelo menos seria a última e por uma boa causa.

Caí sobre ela.

Não conseguia ver nada, meus olhos permaneciam fechados, as lágrimas não cessaram, a dor era constante. Não queria ver a minha morte.

O homem que acompanhava Clarissa, me tirou de cima dela, e me colocou com cuidado ao seu lado. As batidas do meu coração começaram a enfraquecer, lentas e com intervalos maiores entre elas.

Minha amiga pareceu estar ferida também, mas estava viva, ela e o homem vieram me examinar e falavam algo que nem me esforcei a escutar. Eles estavam bem, ela viveria.

- Adeus Ciss... – A encarei sorrindo, feliz por ter não ter morrido em vão

- Não! – Ela gritou perto demais assim eu pude escutar, e se debruçou em meu peito

Ela soltou seu peso, e prendeu minha respiração que já estava fraca. Tossi com a falta de ar.

- Clarissa se você quiser me matar mais rápido fala – Brinquei, não queria que suas últimas lembranças minhas fossem de tristeza... o que seria inevitável... mas tudo bem.

Toda cuidadosa, deitou minha cabeça em seu colo, e chorava dizendo.

- Lucy eu vou cuidar de você – Insistia no impossível – Vamos sair dessa

- Clarissa, uma bala atravessou meu peito e você ainda acha que eu vou sair dessa viva? – Respirava com dificuldade  – Foi bom ter conhecido você, minha amiga – Uma última lágrima de felicidade escorreu por minha face

- Shiu Lucy! Eu não vou te perder! Não menos um em minha vida não! – Minha vista foi escurecendo, logo eu não podia ver mais nada nítido

- Seja feliz... Eu te amo – Acariciei sua bochecha

Minha mão tombou ao lado, minhas forças já se foram.

Ela gritava desesperado algo que eu já não podia distinguir o que era.

Meu coração começou a falhar, e as batidas foram diminuindo... foram poucos os segundos até o último suspiro me dar as boas vindas a eterna paz.

WENDY – POV (Breve)

Estava agora fugindo com meu noivo Carl e minha filha Lara, de Spokane. Ao menos tentar fugir da fúria do meu ex patrão, já que eu havia tentado ajudar mais que uma vez sua mulher, Lucy, planejar sua fuga.

Lucy era jovem linda, sofria demais nas mãos de John, mas o que mais eu poderia fazer? Só tentar ajuda-la, mas de nada adiantou.

Mas salvei das garras de John a sua única coisa preciosa, a sua única herdeira. Lara.

Sim Lara é filha de Lucy, a pequena menina nasceu tão frágil, e seu pai tão grosseiro e sem coração pediu para que eu não desse mais distrações e tristezas para a mãe, pediu para que eu me livrasse da menina.

Não posso ter filhos, sou estéril, e Carl sempre quis ter uma criança. Doeu-me o coração de escutar aquelas palavras de John, eu nunca seria capaz de fazer isso! Por isso resolvi adota-la, cria-la... Sem o conhecimento da mãe, pois me daria problemas mais tarde, talvez um dia quando ela não estiver mais ao domínio de John, eu possa entregar-lhe sua filha.

- Wendy nosso vôo! – Carl me chamava a atenção no portão de entrada

Estávamos partindo para Itália, tenho alguns parentes lá, John não me encontrará tão cedo.

Corri até meu noivo que brincava com Lara nos braços.

Ela ria lindamente, exibindo os grandes olhos verdes de sua mãe e os loiros cachos de seu pai. A aconcheguei em meus braços, e nos apressamos para embarcarmos, quando John der por minha falta quero estar bem longe daqui, e com minha família fora de perigo.


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Notas finais do capítulo

Então pessoal gostaram?
Comentem eu preciso saber :(
Pelo que vocês já devem ter percebido vamos ter novos problemas logo mais não kk
Mas assim que é bom kk
A meus queridos, espero que tenham gostado... E eu ficaria muito feliz se vocês comentassem colocando a suas opniões.
E ideias também quem quiser me ajudar kk Talvez eu possa até colocar na história
Obrigado pela atenção.
(Vou tentar manter um capítulo por semana como antes, ok?)
Beijinhos até a próxima ;*