Devaneios escrita por Nicole


Capítulo 7
You Took My Heart


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Obrigada por lerem e deixar reviews!|
Já havia postado essa, mas to sem inspiração e decidi colocar aqui -qq



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"O momento mais forte do amor, é quando sabemos que ele precisa morrer, mas não temos força para matá-lo."

Essa frase me define. Quero dizer... Nos define. Não tive força para acabar com nosso amor e o destino teve que fazer isso por mim de uma maneira completamente triste e deprimente. Ainda sinto as lágrimas em meus olhos quando vejo seu rosto em meus pensamentos durante o dia. A noite é único momento em que não posso fugir desses pensamentos mortais.

Penso em seu sorriso sedutor, em seu olhar inocente e em suas covinhas charmosas. E tudo isso só me faz chorar e chorar até sentir que não tenho mais água e que irei ficar desidratada se chorar mais uma lágrima.

Faço o mesmo caminho que percorro toda noite: Cama, cozinha, geladeira, pia. Pego uma caixinha de comprimidos em cima do balcão que você costumava se apoiar para me beijar mais demoradamente. Tomo um seguido por um longo gole d’água.

Abro a porta e saio da casa para espairecer minha mente, mas só o que consigo foram mais imagens me assombrando.

O que há de errado comigo? Por que não posso simplesmente... Esquecê-lo? Só a simples menção a isso faz meu coração se apertar. O vento joga meus cabelos para trás e bate em meu rosto fazendo mais lágrimas aparecerem.

Sinto seus braços me envolverem pela cintura, sua respiração em meu pescoço, suas mãos quentes percorrendo uma linha por debaixo de minha blusa, sua voz baixa e calmante dizendo apenas três palavras....

Entro e fecho as portas e janelas. Me apoio na pia e bebo mais um copo cheio d’água. Me viro e subo as escadas calmamente torcendo para não cair.

Me sento na cama e outro jorro de imagens chega em minha mente.

Estava em um parque perto de minha antiga casa esperando por John. Ele não chegava nunca e isso estava me deixando nervosa. Um tempinho depois senti duas mãos tampando minha visão.

-Adivinha quem é? – disse a voz doce que eu escutava todo dia.

Me virei e o beijei ali mesmo, no meio de todos. Nada mais importava. Somente eu e John.

Voltei á realidade. A triste e dura realidade. A dor me corroia por dentro e eu só queria fechar meus olhos e dormir depois de tantas lágrimas derramadas. Infelizmente isso não deu certo.

- Por quê? Por que meu Deus?

Estava na casa de John quando ele sai correndo do nada e volta todo animado com um grande sorriso.

- O que foi John?

- Preciso lhe pedir algo... E tem que ser agora.

- Tá. O que é?

Puxou minha mão e se ajoelhou no chão. Oh meu deus! O que está acontecendo?

- Mary Claire Smith, eu prometo te amar e te proteger pelo resto da minha vida. Quer se casar comigo?

Fiquei petrificada na hora e só depois de algum tempo consegui extrair um “SIM” da minha boca.

Estava deitada na cama pensando em tudo isso. Como ele pode ir e não me levar com ele? Não tem graça uma vida sem ele. É como o céu sem o sol ou a lua.

Avistei uma faca em um canto do quarto. O que uma faca fazia ali? Eu não tinha a mínima idéia, mas que ela parecia muito boa, sim. Boa para um suicídio.

Só vi o que estava fazendo há alguns passos da faca. Vi o rosto de John e algumas palavras: “Eu te amo. Não faça isso comigo Claire.”

Só bastou isso e em segundos eu estava com as cobertas cobrindo minha cabeça. A cama balançava por meus soluços. Não consegui evitá-los por mais que tentasse. Era algo que tinha que sair. A dor tinha que sair de mim de um jeito ou de outro.

Enquanto eu gritava escandalosamente contra o travesseiro, minhas forças se esvaíam. Não tinha mais força para respirar de repente. Para andar, correr. Para falar.

A mais falante da família agora era a caladinha. John era a razão da minha existência e tudo o que eu fazia era dele. Para ele.

Me lembro de quando descobri sobre sua doença. John havia tido uma crise de tosse com sangue durante o trabalho e larguei tudo para ir ao hospital vê-lo.

Ele respirava por tubos. Comia por tubos. O médico me chamou em um canto e disse o que ele tinha. É incrível como duas palavras fazem seu mundo desabar: câncer pulmonar.

Tudo ficou escuro e nada mais fazia sentido. John morreria e eu não podia fazer nada.

Os últimos meses que passamos juntos foram os melhores: Viajamos pelo mundo. Itália, Brasil, Alemanha, Até na china nós fomos. Tudo foi perfeito!

Até quando ele deu sua primeira crise de tosse com sangue. Tivemos que correr para o hospital e o médico disse que não teria mais jeito e que não podiam fazer nada.

Me faltaram as palavras. Tudo se resumia a uma palavra “Morte”.

O dia em que você morreu foi trágico. Foi horrível. Foi o fim. Para mim e você.

O aparelho parou de trabalhar e uma linha grande apareceu em sua tela. A mensagme não pareceu real. Tudo estava perdido. Você morrera e meu coração foi junto contigo.

Você o levou com você.


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