Tudo que Eu Poderia Pedir escrita por karinaa_


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, esse cap tem bastante coisa *-*
eu achei super legal escrever, ja que mosta o lado ciumento do Chuck *-*
A fic ta em reta final e Segunda feira sai o ultimo cap ='(



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Já havíamos terminado de comer e resolvemos dar um passeio pelos jardins, idéia do Chuck na verdade que estava com um ótimo humor essa noite, Serena é claro ficou insinuando o motivo e pela cara de confuso do Nate, graças a Deus ele não entendeu.

Fomos em direção ao carvalho e eu sentei no balanço, Chuck sentou encostado na arvore no mesmo lugar da outra vez que ficamos ali, Serena se sentou no chão do lado do balanço e Nate se sentou do lado de Chuck.

- Ai, não acredito que o dia já acabou, só tivemos um dia de aula e eu já não agüento mais. – todos riram do meu comentário e eu fingi uma cara de triste e fiz biquinho – estou falando sério, química é um inferno, eu me sinto uma burra na aula.

- Isso é verdade, eu tive que ajudar ela a aula inteira – Nate piscou pra mim e eu sorri.

- Blair! Química é moleza, eu te ajudo se você quiser.

- Serena você não tem aula com ela, está na minha sala – Porque tudo que o Chuck falava, soava malicioso pra mim?

- Ah – ela bufou e ficou desapontada.

- Não importa Serena, qualquer coisa você me ajuda no dever de casa – pisquei pra ela.

- Achei que esse papel era meu, não? – Chuck olhava maliciosamente para mim, mas pude notar que o sorriso que se formava em seu rosto quando eu assentia a sua pergunta era sincero.

Ficamos ali jogando conversa fora por mais alguns minutos até Serena reclamar que estava cansada demais e queria dormir, estávamos levantando para ir pros dormitórios quando Nate pegou meu braço.

- Quero falar com você. – seu olhar estava intenso e então ele se virou pra os outros que haviam parado de andar – podem ir agente encontra vocês depois.

Chuck que estava com uma cara feia danada teve que ser puxado pela Serena pra poder se mexer.

- Então Nate, o que foi? – fiz a cara mais sincera que pude. Ele respirou fundo e começou a falar.

- Olha Blair eu sei que é cedo pra te falar isso, e que agente só se conhece há alguns dias e sei que você não é esse tipo de garota apressada, se é que você me entende, e eu queria falar que desde que você chegou e agente começou a conversar, você, sua voz, seu jeitinho, tudo me encantou, e despertou um sentimento que eu nunca senti por nenhuma outra garota – ele falava olhando nos meus olhos, e eu sentia como se eu fosse derreter sobre aquele olhar, mas ele estava falando que gostava de mim e eu fiquei sem reação.

- Oh, Nate eu não sei o que dizer – ele suspirou e tocou minha bochecha com o polegar.

- Eu só quero ouvir uma coisa, diga se você quer ser a minha namorada? – nessa hora tudo passou pela minha cabeça, o fato que eu não conhecia ele direito, o meu beijo com Chuck e a sensação que ele despertava em mim, os olhos azuis profundos do Nate, sua gentileza comigo desde que cheguei, eu não sabia o que dizer não conseguia pensar.

- Eu... Eu... Er... Nate será que eu posso te responder isso amanhã? – pronto, foi só o que eu conseguia falar e pra minha sorte ele sorriu.

- É claro que pode Blair, eu sei que te peguei desprevenida, espero sua resposta.

- Obrigada por entender, pode subir se quiser, eu vou ficar um pouco mais aqui.

Ele assentiu e foi andando. Oh meu Deus, o que eu ia falar pra ele? Eu não sabia nem o que eu sentia pelo Nate, ele me fazia delirar com aqueles olhos é claro, mas eu não conseguia esquecer aquela sensação de quando eu beijei o Chuck. E por falar no demônio...

- Eu ouvi a conversa de vocês, não vou me desculpar por isso, o que você vai dizer ao seu príncipe encantado? – a voz dele era ríspida e sem vida, não parecia o Chuck de hoje à tarde, parecia... Um monstro.

- Eu não sei Chuck, estava pensando até você vir aqui me interromper.

- Me desculpe interromper seu momento de Oh Meu Deus o Nate me ama – ele falava como se estivesse falando com uma coisa nojenta e asquerosa.

- Olha aqui Chuck eu não te fiz nada, não há razão pra você falar assim comigo.

- Eu falo com você do jeito que eu quiser e você não significa nada pra mim pra me dizer como eu devo te tratar. – dizendo isso meus olhos instantaneamente se encheram de lagrimas embaçando minha visão, eu pisquei duas vezes pra me livrar delas. – quando Nate disse “eu sei que você não é esse tipo de garota” sabe que eu tive a vontade de vir e dizer ao contrario? – ele agora gritava e eu percebi que tinha recuado e já estava encostada na arvore e ele a alguns centímetros de distancia – eu queria dizer, não Nate ela é daquelas garotas, chegou aqui há dois dias e já ficou lá se agarrando comigo como aquelas vagabundas, e agora você esta querendo namorar com ela, e se eu fosse você ficava de olho, quem sabe no dia seguinte ela ta com outro já.

- Eu não sou esse tipo de garota – eu gritei ainda mais alto que ele – se você pensa assim problema é seu, eu não te fiz nada Chuck não sei por que você está agindo assim, e quer saber, eu não quis responder nada ao Nate porque a primeira coisa que veio na minha cabeça quando ele falava tudo aquilo foi você Chuck, foi a tarde que tivemos hoje, mas depois de tudo isso que você me falou eu já sei o que pensa sobre mim e acho que já tenho a resposta pra dar ao Nate.

Ele me olhava com os olhos vidrados de espanto, talvez ele não esperasse que eu gritasse, ou não esperasse que eu falasse sobre nossa tarde, a face dele se contorceu e eu pude notar dor e nojo, ele olhou pra mim com os olhos frios de novo e se foi.

Eu cai de joelhos e não pude agüentar mais, as lagrimas me invadiram como um tsunami, me encostei na arvore abaixei a cabeça e abracei meus joelhos.

Não conseguia mais parar de chorar, tudo o que ele havia dito, eu não conseguia entender porque, eu achei que fosse por ciúmes, mas se fosse só isso ele não teria dito coisas horríveis sobre mim, eu não conseguia entender. Decidi que era melhor eu ir pra cama, não havia ninguém no jardim e eu imaginei que se a diretora me pegasse aqui fora eu estaria ferrada. Caminhei rápido até o prédio e entrei no elevador, o corredor do penúltimo andar estava completamente vazio. Abri a porta com cuidado e de vagar e entrei. Serena e Nate já estavam dormindo, ótimo.

Chuck estava sentado em sua cama olhando para a sacada. Eu peguei uma folha do meu caderno e escrevi um “nunca mais fale comigo”, coloquei o bilhete ao lado dele e ele leu. Naquele momento senti meu mundo desabar, Chuck olhava pra mim com os olhos cheios de lagrimas e eu não conseguia segurar as que ensopavam os meus olhos.

Deitei-me ainda chorando, mas ordenei meus olhos a pararem para que eu não acordasse os outros. Eu só queria que Chuck entendesse que não foi culpa minha o que o Nate disse, eu não fui lá e pedi pra ele falar tudo aquilo pra mim, queria desesperadamente que ele entendesse isso.

Mas Chuck entendia, não só entendia como também se arrependia de ter dito tudo o que disse pra única garota que ele amou. Sim ele amava Blair, mais do que amava a si próprio, ela não era como as outras garotas e ele sabia disso, ela era meiga e especial, ela era tímida e engraçada ao mesmo tempo, uma hora ela estava ali séria e discutindo com ele por ele ser pervertido e no momento seguinte ela estava sorrindo pra si mesma e perdida em pensamentos (ah como ele adorava a cara dela quando ela encostava o rosto na janela do refeitório e ficava perdida olhando o céu com aqueles olhos cor de chocolates sonhadores), a risada dela despertava nele a vontade de rir, e por ele, ficaria olhando para ela a vida inteira, mas ele havia estragado tudo e se odiava por isso.

Mas ele ficou revoltado, o ódio que ele estava sentindo naquele momento que ouviu Nate pedir a garota que ele amava em namoro foi o fim para ele. Mas o ódio não era da Blair e também não era do Nate, ele tinha ódio de si mesmo por não ser uma pessoa melhor, uma pessoa que a Blair pudesse gostar, ele tinha ódio, pois o Nate era o garoto perfeito, gentil e sincero, e que nunca seria capaz de magoar a Blair, e ele? Ele era um garoto frio, ele só queria saber de beber e dormir com todas as prostitutas que conseguisse, ele era um monstro e magoaria a Blair. Como ela iria gostar dele quando ela tem o príncipe do Nate? Como ela iria gostar dele com ele sendo Chuck Bass?

Mas Blair o amava, amava por ele ser Chuck Bass. O garoto que a fascinava, o garoto que em uma hora esta fazendo piadinhas e que na outra esta contando seus problemas para ela, o garoto pervertido que por baixo tem sentimentos.

Ah como ela adorava aquele sorriso torto dele, o olhar malicioso, o sorriso sincero que ela havia visto na tarde que passaram juntos. Como ela amava o jeito como ele olhava pra ela, como se ela fosse linda e perfeita, o jeito como ele brincava com os cabelos soltos dela enquanto ela tentava fazer o dever, o jeito pervertido e malicioso dele falar.

O Nate podia ser um príncipe, gentil, carinhoso e ter os olhos azuis lindos que a deixavam abismada, mas era apenas isso, ela não se arrepiava quando estava com ele, ela não ficava tímida e com borboletas no estomago, isso era com Chuck, sim com o Chuck ela se arrepiava, sentia faíscas voarem sempre que ele encostava nela.

Ela sabia que Nate nunca a magoaria que seria o namorado perfeito que toda garota sempre quis e que com Chuck as coisas seriam difíceis e ela sairia machucada no final da historia, porem era dele que ela gostava, era com ele que era queria ficar, foi com ele que ela deu seu primeiro beijo essa tarde, mesmo ele não sabendo disso.

Acordei no dia seguinte com o despertador, minha vontade de sair da cama era a mesma que eu tinha de ir pra aula: nenhuma.

- Ah não acredito que já é hora da escola, queria ter outro médico hoje – Serena se levantou e se trancou no banheiro, ótimo agora eu teria que ficar aqui com esses dois.

Nate se levantou e eu percebi que ele usava apenas o short do pijama, ele veio até a minha cama.

- Bom dia Blair – ele me deu um beijo na bochecha e eu suspirei, me arrisquei olhar pro Chuck e ele estava de cabeça baixa.

- Bom dia Nate – forcei um sorriso pra ele e depois me dirigi ao Chuck – bom dia pra você também. – mas ele não respondeu, apenas foi pra sacada.

Como eu odeio silêncios constrangedores. Para minha sorte Serena saio e foi a minha vez de me trancar no banheiro, estava com os olhos inchados é claro, porém nada que a maquiagem não resolva.

Coloquei o uniforme levando o máximo de tempo possível, escovei os dentes, estava calor então decidi que não precisava do casaquinho, e resolvi prender o cabelo.

Sai do banheiro e Nate foi o próximo. Chuck continuava sentado na cama de cabeça baixa e Serena olhava pra ele de cenho franzido.

- Sem piadinhas hoje Chuck? – ele bufou.

- Não estou com animo S. da um tempo – ela deu de ombros.

- Blair vamos descendo ou você prefere esperar os meninos?

- Acho melhor agente ir descendo.

Saímos do quarto e o corredor ainda estava vazio, fomos para o elevador e Serena estava me olhando com uma cara confusa.

- O que foi? – ela bufou.

- Você ainda não me contou o que o Nate queria falar com você ontem dãar! – ela falou como se fosse obvio e eu tive que rir.

- Ele me pediu em namoro!

- Ah meu deus Blair, não acredito! – ela começou a dar gritinhos histéricos de surpresa e de repente parou e me encarou – e você disse o que?

- Disse que tinha que pensar e respondia hoje.

- E o que você vai dizer?

- Não faço idéia. – e não fazia mesmo.

- Você tem que falar que sim! Nate é perfeito Blair, ele te trata bem e tudo mais.

- Eu sei Serena, mas sei lá.

- É por causa do Chuck não é? Você ficou balançada por causa do beijo de vocês. – por mais que eu odiasse admitir isso Serena estava certa. Assenti com a cabeça a ela ficou em silencio.

O resto do dia passou tranquilamente, e Nate não veio me pressionar e tampouco ficou perguntando se eu tinha a resposta. Estávamos saindo do refeitório quando eu o puxei para o jardim.

- Nate, sinto muito, mas eu ainda não posso responder sua pergunta. – ele assentiu calmo.

- Tudo bem Blair, eu sei que foi meio rápido isso – eu ri.

- Com certeza.

- Vamos? – ele pegou na minha mão e fomos caminhando até o prédio.

A noite foi tranqüila e as aulas também. Era hora do almoço e eu notei que o Chuck não tinha aparecido no refeitório. Pedi licença ao Nate e a Serena e sai pra ver se eu o encontrava.

Ele estava encostado na parede do ginásio conversando com os garotos do futebol, na verdade eles pareciam meio irritados, cheguei mais perto e pude ouvir a conversa.

- Olha aqui Chuck, não me interessa se você é amigo do Nate, nós conversamos e achamos que é melhor pro time se ele não ficar perto daquela novata. – o que? Eles queriam o Nate longe de mim?

- Eu já disse, e vou repetir pela ultima vez, o Nate pediu ela em namoro, eu não vou separar os dois porque um bando de idiotas acha que isso vai tirar a concentração dele.

O cara que estava falando com o Chuck começou a rir feito um louco.

- O Nate, pediu a novata sem graça em namoro? Conta outra Charles. Ela é só uma novata, e, além disso, ela é muito idiota com todo aquele jeito de santa puritana. O Nathaniel deve ter levado ela pra cama e agora ela obriga o cara a namorar com ela.

Quando o cara terminou de falar o Chuck o pegou pela gola da camisa e o tacou na parede.

- Escuta aqui, a Blair é uma garota incrível ta legal? Ela é a garota mais linda, inteligente, e pura desse colégio. O Nate tem sorte de ter uma garota como ela. E não é você e esse seu bando de mulas que vão falar o que ela é ou deixa de ser, porque a Blair, ela é fascinante, ela é meiga, inteligente, é engraçada, ela é boa de mais pra todos vocês juntos. Então se eu ouvir vocês falando qualquer coisa dela, pode apostar, que eu quebro a cara de todos vocês. E quando ao Nate, se ela aceitar, o problema é deles, eu não vou fazer nada. E é melhor vocês também não fazerem. – ele terminou de falar e cuspiu na cara do garoto, que ficou roxo berinjela de raiva.

Eu estava pasma, Chuck Bass brigou com os “amigos” dele por minha causa? Defendeu-me na frente de todos esses garotos? Eu não tinha palavras capazes de expressar o que eu senti no momento que ele disse tudo aquilo sobre mim. Será que eu estava certa, e o motivo dele ter explodido aquele dia foi ciúmes?

Estava tão distraída pensando que eu não reparei que ainda estava parada ali e que Chuck estava na minha frente com cara de espanto.

- O que você ouviu? – ele me olhava como se eu nunca devesse ter visto aquilo.

- O suficiente.

- A partir de que parte?

- “Olha aqui Chuck não me interessa se você é amigo do Nate...” – respondi com a melhor imitação da voz do garoto que eu nem sei o nome. E pra minha sorte ele riu.

- Me desculpe por eles, não vou fazer nada pra atrapalhar seu namoro com o Nate – mesmo tentando aparentar naturalidade, eu sentia a dor naquelas palavras e isso doía em mim também.

- Não estou namorando o Nate, não dei uma resposta a ele ainda – não sei por que eu disse isso, não sei mesmo, simplesmente escapou, ele suspirou.

- Você devia dizer sim. – eu bufei.

- Eu digo o que eu quiser e você não significa nada pra mim pra me dizer o que eu devo fazer – ele arregalou os olhos e eu pude ver o medo em seu rosto – relaxa Chuck, só estou usando as palavras que você me disse aquele dia, e a propósito era só uma brincadeira – eu ri e ele relaxou um pouco.

Estávamos perto do carvalho e eu nem percebi que estávamos andando. Mas já que estávamos aqui eu tinha que tirar o máximo de informações que eu podia dele.

- Chuck por que disse tudo àquilo de mim para eles? – ele não esperava por essa.

- Porque é verdade. – eu não esperava por tanta sinceridade logo de cara.

- E por que você me defendeu?

Ele ficou calado e olhou o chão. Naquele momento ele me parecia frágil e a minha vontade era de abraçá-lo e nunca mais soltar.

- Não sei. – ele suspirou. Mas eu estava decidida a conseguir a verdade, e não desistiria até que ele me falasse tudo.

- Teve um motivo Chuck, um motivo por você ter me defendido, por você ter falado aquelas coisas sobre mim, por você ter ficado tão bravo quando Nate pediu pra namorar comigo, por você ter chorado aquela noite.

Dizendo isso eu percebi que talvez eu tivesse razão. Talvez Chuck estivesse com ciúmes, talvez ele... Gostasse de mim! Não, isso não era possível, ou era?

- Você quer a verdade? Eu vou te contar a verdade. Mas não agora, é hora da aula. Quando acabar a aula me encontre no ginásio e eu te conto a verdade.

Ele saiu em disparada para a sala e eu fui para a minha também. Nate ja estava lá e me olhava com curiosidade.

Ótimo, eu tinha que pensar em algo para falar pra ele.


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Notas finais do capítulo

eai gostaram? *---*
espero que sim, ai o Chuck ficou todo fofo né, nos pensamentos dele rs.
Eu fiz essa parte dos sentimentos dele e do da Blair como se fosse uma terceira pessoa narrando, acho que ficou bom né -*
proximo cap é o ultimo, buuua, nem queria parar de escrever =(



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