Enfim noite de Natal, Ellen tinha acabado de pegar o ônibus das 17h para chegar no horário no hospital, as ruas estavam vazias, o hospital então nem se fala era um silêncio total, Ellen entrou assinou a sua ficha e foi direto para o banheiro trocar de roupa.

–Ellen, amiga você não ia folgar hoje?

–Não – avistou a moça através do espelho – E você, Judy?

–Nem te falo. - se aproximou do espelho- Briguei com o meu noivo e resolvi vim fazer umas horas extras. - riu.

–Só você mesmo – retribuiu o sorriso enquanto guardava suas coisas na bolsa. - Bom te vejo depois.

–Tudo bem.

Ellen saiu do banheiro e seguiu em direção do terceiro andar do hospital , para pegar os medicamentos dos pacientes do Dr. Steven , mas quando por fim voltava com aquele monte de medicamentos nas mão não viu o rapaz na sua frente e acabou esbarrando nele, ficou furiosa e gritou de raiva.

–Não olha para onde anda. - mal encarou o rapaz parado na sua frente.

–Acho que você quem devia tomar, mas cuidado. – ele se abaixou para ajudá-la.

–Não precisa, eu.... – por fim o encarou ficou muda quando viu o crachá Dr. Ryan Olyphant. – Meu Deus... é quero dizer .. me desculpa .

Ele sorriu com o jeito estabanado da moça falar.

–Tudo bem, relevarei hoje.- sorriu.

“Que sorriso”-pensou ela ainda o encarando, balançou a cabeça e terminou de pegar os medicamentos.

–Serio, não sei o que deu em mim... - tentou explicar.

–Não tem problema, mas alias como você se chama? – ele a fitou.

–Sou Ellen Rodrigues, enfermeira padrão do setor de pequenas cirurgias. - ela não o encarou ainda sem graça pela atitude anterior.

–Serio, então era você quem procurava. - sorriu.

Ela fez uma careta sem entender nada do que ele estava falando.

–Eu?

–Sim, você será minha assistente.

Ela engoliu seco, mas apenas sorriu.

–Enfim tenho que ir medicar os pacientes do Dr. Steven , mas qualquer coisa me procure no setor abaixo, se tiver algum problema.

Antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa Ellen saiu apressada como se fosso o diabo correndo da cruz, entrou no elevador, seu coração estava acelerado apertou os botões e desceu um andar.

–Boa noite seu Ramos – sorriu da porta para o velho senhor deitada.

–Boa noite menina Ellen. - retribuiu o sorriso.

–Vamos medicar o senhor. – se aproximou da cama verificou o soro.

–Menina, hoje você não esta em casa por que, não é Natal? –ele a fitava com seus olhos cansados.

–Sim é, mas pra mim é apenas uma noite normal. - sorriu pegando outro soro na mesa.

Ela tinha toda razão desde que seu avô faleceu os Natais em sua casa sempre tem sido um desastre.

–Tenha uma boa noite. - sorriu, mas antes de sair disse parada na porta. - Feliz Natal senhor Ramos.

O velhinho sorriu da cama.

–Você também menina Ellen.

As horas estavam voando , era quase meia noite , quando ouviu alguém a chamá-la , fechou os olhos e rezou para que não fosse Jensen ... Mas.

–Ellen, espere. - correu ate ao cansá-la.

–Sim. - se virou sem o encarar.

–Olha.. é afinal por que esta brava comigo .- os olhos verdes de Jensen a encarava de uma certa forma que a perturbava.

–Não estou brava com você. - sorriu sem olhar para ele.

–A esta sim ... olha nem me encara, se foi por causa do beijo ... é.

Ela o encarou.

–Não Jensen, já te disse que não é isso.

–Então olha para mim. - a encarou.

Ela levantou os olhos e por fim o encarou.

–Pronto. - Ellen tentou sair, mas foi impedida pela mão dele, ela o encarou.

–Não consigo, mas ficar um minuto sem pensar em você..

Mas passos o interromperam de falar, ela respirou fundo tento pensar em algo para dizer, mas seus pensamentos voaram da mente, Jensen a deixou sozinha ali parada no corredor.

–Ellen.

Estava encostada na parede de olhos fechados.

–Sim. - abriu rapidamente os olhos. - Dr. Ryan, o senhor não iria só nos visitar e começar amanha?- o encarou.

–Não eu.. vim trabalhar hoje – sorriu.

O sorriso dele a deixava confuso era uma mistura de algo a mais.

–O doutor precisa de ajuda?

–Não é que a vi ai parada, achei que esteve dormindo.

–Não – riu da expressão dele.

–Então tudo bem eu irei, até o. - a encarou e sorriu confuso, mas tropeçou na caixa que Ellen havia deixado no chão.

Ela tentou segurar no braço dele, mas não evitou a queda, e acabou caindo em cima dele.

–Minha nossa, perdão – disse se levantando de cima dele.

–Tudo bem. - sorriu. –Eu também, sou um desastre em pessoa.

–Mas a culpa foi uma, não devia ter deixado a caixa no chão. – sorriu em graça.

–Mas..... enfim hoje é natal , e .- pausou a fitou e continuou.- Noite feliz .. essas coisas.

– Entendo, para mim é mas uma noite e pronto.- o encarou.

–Você não acredita no Natal – riu incrédulo com sua própria pergunta.

–Pra falar a verdade, - pensou – Não... nunca acreditei nessas coisas que todos inventa.

–Mas o Natal é o aniversario de nascimento de Jesus. – a fitou.

–E apenas um dia comum como os outros... mas , é tenho que voltar a fazer meu serviço . – sorriu e se virou o deixando sozinho no corredor.

Sua mente estava atormentada demais para pensar em qualquer outra coisa.