Me Ame escrita por Lúcia Hill


Capítulo 31
Capitulo - Há Esperança.


Notas iniciais do capítulo

Na vida temos que ter fé para continuarmos, vivos.



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Sometimes I stare out my window

My thoughts all drift into space

Sometimes I wonder if there´s a better place

(Tell me)

Where do fallen angels go

I just don´t know

Where do fallen angels go

They just keep falling



A música se repetia constantemente, aqueles meses foram difícil demais, Jensen mal saia de casa com a ausência de Ellen que permanecia internada em coma, eram dias torturantes, vivia se perguntando se Deus iria permitir que ela despertasse daquele coma.
Meu Deus, por isso– pensou com os olhos ainda fechados, seu respirar era lento e pesado.
O pequeno Dylan, já estava preste a completar um ano de vida, a casa estava cada dia mais silenciosa, Jensen se perdia em pensamentos.
Era um dia frio de outono, o céu estava com um tom de cinza escuro as ultimas folhas se desprendiam dos galhos, o telefone tocou despertando o de seu transe profundo.

–Alô? - soou longe.

–Jensen, esta tudo bem, me parece cansado ou algo parecido. - soou a voz do Doutor Jonnhy.

Jensen coçou o rosto e respondeu de forma deprimida.

–Esses últimos meses, não consigo mais pensar em nada a não ser quando Ellen poderá retornar para casa. - grunhiu - Será que os novos exames poderão me aliviar essa tormenta? - questionou por fim.

Houve um longo suspirar do outro lado do fio, aqueles novos exames poderiam tanto trazer pontos positivos como negativos, o velho medico já havia falado com Jensen a respeito da saúde de sua esposa, que a maior parte do que a jovem tinha eram causados por um stress muito alto causando lhe vários problemas emocionais acarretando uma doença real.

–Sim e não, o estado dela continua o mesmo. - respondeu de forma ríspida.

A como daria tudo para voltar ao tempo e não ter aceitado aquele maldito convite para a reunião.

–Às vezes me questiono, sabe. - soou confuso.

–A qual respeito? - perguntou.

Jensen tapou a boca com mão, seus olhos estavam rasos de agua, amava aquela mulher mais que a si mesmo seu desejo por Ellen era surreal e uma forma doentia às vezes.

–Sobre novos avanços da medicina, minha esposa esta internada e eu nem ao menos se o que ela tem, mais que Droga. - por fim praguejou angustiado.

A voz do velho Jonnhy soou tranqüilizadora do outro lado.

–Tudo sairá bem, pois minha primeira suspeita é que sua esposa estava sofrendo de algum problema cardiovascular, deixe me explicar melhor. - pausou por um minuto, concluiu - Ela deve ter algum tipo de problema no coração que veio lhe afetar a parte do celebro por onde as memórias são gravadas, a casos disso por mais que seja irreal são verídicos, talvez seja genético, vamos dizer um problema emocional que afetou suas funções celebrais causando lhe um coma regressivo.

Jensen se mexeu no pequeno divã branco, lembrou que Abuela comentou com ele no primeiro ocorrido, uma doença genética causaria tudo isso, por mais que duvidamos sim de fatos essas doenças que nem damos muita questão são as principais vilãs do nosso tempo, classificadas como Psicogênicas¹ a vilã de nossa geração.

–Rezo que seja apenas isso. - soou fraco e distante a voz de Jensen.

A canção ecoava perdida no ar, a noite estava fria e as horas pareciam não passar, a dor é a pior das armas sentimentais que os homens possuem nada é mais torturante e penosa igual a ela, a dor da saudade, o vazio no peito, essa era a forma que Jensen Peterson se sentia naquele instante.

So many ashes are scattered

So many rivers run dry

Sometimes your Heaven is Hell

and you don´t know why

....

Can you hear me

Can you hear me

Somewhere out there there´s a shining light

And I got to be with you tonight.

Aquele vazio, a amarga lagrima que despedaçava seu coração oprimido, quase o levando a loucura total. Você pode me ouvir?

Apenas me ouvir e sentir a mesma dor que sinto agora, essa maldita dor que não passa que faz questão de me prender na escura e gélida solidão.

Ah Ellen, o quanto sinto sua ausência...– murmurou baixinho com corpo desfalecido no divã, era deprimente, pensava o como ela devia estar sofrendo naquele quarto vazio de Hospital querendo reagir, enquanto a vida seguia de forma normal e vagarosa do lado de fora.

Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida.

Platão.



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Notas finais do capítulo

Boa Leitura!
(¹Origem psicológicas.
Por exemplo: Doenças psicogênicas:
Elas não existem fisicamente, mas o doente pensa existir.
Noutros casos até passam a existir fisicamente devido ao que se chama somatização, ou seja, a mente provoca a doença física. É o caso de certas pessoas que têm gastrites por somatizar situações de stress)



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