Me Ame escrita por Lúcia Hill


Capítulo 26
Capitulo - Novas Ameaças


Notas iniciais do capítulo

Depois de uma maré de Calma, Lilian resolve frustrar os planos de Jensen e Ellen novamente, estaria ela disposta a matar para se livrar da Garota e seu bebê?!



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Ellen já podia sentir o peso da barriga, seus pés estavam inchados pelo efeito da gravidez, sentou-se no sofá e ligou a TV, estava muito feliz e, ao mesmo tempo, preocupada com as medidas que o destino estava colocando em sua frente, encostou a cabeça ainda mais, para relaxar ao máximo.

Tudo vai dar certo. – pensava longe, com os olhos fixos no noticiário da manhã, o apartamento estava silencioso. Abuela havia saído para fazer sua feira para semana, mas o som do telefone tocando despertou-a de seu transe.

– Alô? – sua voz estava um pouco mais cansada como de costume.

– Ellen? – era uma voz masculina, porém, não era Jensen.

– Sim? Quem deseja? – perguntou, ajeitando-se no sofá.

Houve um silêncio cortante, porém o dono daquela voz rude continuou.

– Queria apenas me certificar que está em sua casa? – soou ameaçador.

Ellen se endireitou no sofá e olhou rapidamente em todo canto da sala, seu coração começou a bater fora do compasso. Aquilo só poderia ser uma brincadeirinha de muito mau gosto, sua respiração começou a ficar um pouco mais rápida e pesada.

– Olha aqui, seu babaca, isso não tem graça nenhuma, seja lá quem você é, acho melhor parar com isso. – grunhiu.

Ellen pode ouvir a risada aguda e estridente do outro lado da linha, desligou o telefone antes que dissesse mais alguma coisa, temia pela vida de seu bebê, que ainda estava em sua barriga em segurança, para sua surpresa, o telefone tocou novamente.

– Olha aqui, imbecil, irei chamar a polícia, entendeu? – berrou com a voz chorosa.

– Ellen? Está tudo bem? – perguntou Jensen, assustado com a reação dela.

Ellen encostou-se ao sofá, com a mão sobre o peito, alguém estava tentando tirá-la de si e, pelo visto, havia conseguido, estava assustada e agoniada.

– Estou indo para ai agora, espere-me, vamos conversar certinho. – soou preocupada sua voz.

– Ta.

Assim que Ellen desligou, temeu que ligassem novamente, fazendo as mesmas perguntas ou ameaças, segurou fortemente o braço do sofá e fechou os olhos, tentando se distrair.

_____

O telefone celular de Lilian começou a tocar em meio à reunião das mulheres da alta sociedade. Toda sem graça, ela sorriu para as demais, que a encaram, e saiu rapidamente do ambiente.

– Alô? – soou seca.

– Dona Lilian, fiz como o pedido, dei um susto na golpista. – grunhiu.

Lilian passou uma mão pelos cabelos soltos e sorriu, satisfeita, afastou-se um pouco mais da porta e perguntou baixo:

– E a reação dela, ou melhor, sua voz, como foi? – mantinha seus olhos fixos na imensa janela de vidro, que tinha como vista a praça verde.

O rapaz riu.

– Medo total, qual será o próximo plano, senhora? – perguntou ansioso.

Lilian aproximou-se da janela, colocou uma mão sobre o vidro grosso e sorriu.

– O sequestro, é claro.

Houve um breve silêncio, estaria mesmo disposta a sequestrar a jovem? Ou seria apenas um blefe?

– Tem certeza, senhora? – perguntou um pouco assustado.

Lilian riu alto, mas logo colocou a mão sobre a boca, para abafar o som do riso, virou-se para certificar que não estava sendo vigiada por ninguém.

– Claro que sim, idiota. – grunhiu.

– Tudo bem. – respondeu.

– Te ligo daqui alguns dias.

Desligou antes de o rapaz responder de volta, ele colocou o telefone no gancho e saiu lentamente, sem que ninguém desconfiasse, mas antes de virar a esquina, pode notar um carro prata luxuoso parar na frente do pequeno apartamento e um rapaz loiro sair de dentro dele, rapidamente pensou que esse seria o filho da senhora que o tinha contratado para dar um fim na jovem e em seu bebê.

Jensen subiu as escadas, desesperado, apertou a campainha e aguardou alguém abrir. Ellen encaminhou-se até a janela, para ver quem estava lá em baixo, para seu alívio era Jensen, rapidamente andou até a porta, abriu-a, dando acesso para ele, sem mais delongas, ela grudou nos braços dele e se desmanchou em lágrimas.

– Tudo bem. Estou aqui. – disse, afagando seus longos cabelos negros.

Ellen se afastou um pouco e disse com a voz chorosa:

– Não sei quem foi, mas estava... – pausou bruscamente, tentando lembrar.

Jensen segurou delicadamente no braço dela e a levou até o sofá, ajudou a sentar-se e se ajoelhou do lado.

– Fique calma, irei dar um jeito de te levar para outro lugar até nossa casa ficar pronta. – disse carinhosamente, segurando a mão dela.

Ellen apenas o encarava, seu rosto ainda estava vermelho e molhado, Jensen a abraçou, aconchegando-a em seu peito, para confortá-la.

– Tudo vai ficar bem.

Jensen não queria nem se quer pensar que tudo isso poderia ser as armações de sua mãe novamente. Depois de longos três meses, ela estaria aprontando isso?

Não demorou muito, Abuela chegou com algumas sacolas de verduras.

– Está tudo bem? – perguntou preocupada ao perceber o rosto de Ellen ainda vermelho.

Jensen levantou-se e balançou a cabeça de forma negativa.

– Alguém ligou aqui, fazendo ameaças. – falou cabisbaixo.

Abuela aproximou-se de Ellen, que permanecia no sofá, passou a mão sobre a testa dela, virando-se para Jensen e pediu:

– Ajude-me a levá-la para o quarto, pois não está muito bem.

Sem demora, Jensen segurou-a em seus braços e a carregou até o quarto. Abuela ajeitou a cama e ele, por fim, deitou-a devagar, esse susto havia feito muito mal para ela e justamente nessa época que ela estava um pouco mais frágil e indefesa.

– Pode ir, ela precisa descansar agora. – disse com os olhos fixos em Ellen.

Jensen encarou Abuela.

– Tem certeza? – perguntou.

Ela virou-se para ele e sorriu, pousou uma mão sobre o braço dele, coberto ainda pelo jaleco branco.

– Sim, aliás, você ainda está em horário de serviço, pode deixar que cuido dela. – sorriu.

Jensen aproximou-se da cama, abaixou-se um pouco e beijou a testa dela, sussurrando em seu ouvido:

– Não demoro.

Levantou-se e saiu rumo à porta, estava um pouco aflito e tenso por causa do ocorrido, ainda tinha que retornar para o Hospital e deixar Ellen sozinha deixava-o angustiado.

Lilian estaria mesmo disposta a colocar seu terrível plano de sequestro em ação, com a ajuda do rapaz que contratara.

Como sempre se diz, existem algumas coisas que fazemos que não podem retroceder, ou pior, poderia acontecer no decorrer de sua atitude. Ninguém além de Jensen desconfiava dela.

Espero que seja apenas uma bobagem, não quero ter que realmente escolher. – pensou cabisbaixo.


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Notas finais do capítulo

Boa Leitura!