as Duas Surpresas . escrita por Natalia


Capítulo 5
Visita Inesperada .


Notas iniciais do capítulo

ooi gente ! espero que gosteem !



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O filme tinha acabado, mas Sara ainda não tinha planos para se deitar ou dormir. Eram exatamente oito da noite quando o filme acabou, o que a dava tempo de chegar ao Laboratório antes que o turno começasse.

MS: Aonde você vai ? – Ela perguntou quando a mãe estava saindo.

SS: Digamos que eu vou visitar alguns amigos. – Ela piscou pra Mel que entendeu que ela ia ao Laboratório. – Amo vocês. – Ela disse antes de sair.

Ela foi até a garagem e pegou o carro. Dirigiu com o que ainda lhe restava de calma, já que ela estava tomada pelo nervosismo de ver todos de novo. Mas, principalmente, de ver Grissom de novo. Vê-lo era seu maior sonho e seu pior pesadelo. Será que ele já tinha outra ? Será que estava mais feliz sem ela ? É claro que era. Foi ele que a traiu pra começo de conversa ! E ela ficou com esses pensamentos até chegar ao Laboratório Criminal de Las Vegas. Ela entrou e, como de costume, encontrou Judy no balcão da recepção.

SS: Oi, Judy ! – Ela falou sorrindo.

J: Sara ! Que bom ver você. Eles estão na sala de convivência. – As duas sorriram e Sara seguiu pra lá.

Conforme ela seguia em direção à sala, ia atraindo olhares curiosos pra ela. Hodges foi o primeiro a vir falar com ela.

DH: Sara ! Está de volta ? – Ela sorriu.

SS: Não, Hodges, apenas visitando alguns amigos. – Ele assentiu, sorriu e seguiu para o trabalho.

Sara sentia muitas saudades dali, mas ela não podia voltar. As meninas estavam bem ali, mas ela não podia voltar. A menos que quisesse se machucar ainda mais. Chegou na sala de convivência e todos estavam entretidos com alguma coisa. Eles nem a viram entrar e pegar uma xícara de café. Só notaram Sara ali quando ela se sentou ao lado de Catherine em uma das cadeiras.

CW: Sara ! – Ela exclamou surpresa.

SS: Pensei que não fosse me ver ! – Ela disse enquanto abraçava a amiga.

NS: Sara ! – Ele acabava de entrar na sala de convivência e foi direto abraçar a amiga. – O que a trouxe de volta ?

SS: Eu não estou de volta, só vim resolver algumas coisas na cidade. – Ela piscou pro Greg que sorriu.

GS: Quando você disse que viria eu não pensei que seria tão cedo. – Ele falou depois que Warrick cumprimentou Sara.

CW: Você sabia que ela estava na cidade e não nos avisou ? – Ela fingiu estar brava.

GS: Foi ela que pediu. – Ele disse em sua defesa. Sara riu. De repente, um garoto loiro de olhos verdes adentra a sala.

NW (Nate Willows): Mãe, Lindsay pediu pra lhe entregar isso. – Ele entregou uma pequena sacola rosa para Catherine.

CW: Obrigada, Nate. – Ela disse e ele saiu.

SS: Nate é um nome que eu tenho ouvido muito lá em casa. – Ela disse pro Greg.

GS: Maddy ? – Ele perguntou.

SS: Carol. – Ela esclareceu. – Eu ainda acho que a Maddy gosta do Brian. – Ela piscou pra Greg que sorriu.

GS: Eu sabia que ela não resistiria. – Sara riu e deu um leve tapa no ombro do amigo.

Todos olhavam curiosos para eles. Sara, por um momento, esquecera que os amigos não sabiam sobre Maddy e Carol. Agora ela estava encrencada.

CW: Eu sabia que conhecia aquele gênio de algum lugar. – Ela sorriu. – Elas vieram aqui com o Brian ontem. Você não pode negar que elas são filhas do...

GG: Sara ?! – Aquela voz terrivelmente conhecida exclamou. Ela se virou lentamente pra ele e, por um momento, quando seus olhos se encontraram ela percebeu o quanto sentia falta dele. Também esqueceu por um momento como se respirava, mas isso é detalhe diante do que acontecia ali.

SS: Grissom. – Ela tentou dizer, já que não passou de um sussurro. Catherine resolveu fazer algo e, discretamente, mandou que todos os outros CSIs saíssem da sala para deixá-los a sós.

GG: O que faz aqui ? – Ele perguntou um pouco seco. “Ótimo, Grissom, estrague tudo”, ele pensou.

SS: Eu até entendo que você não queira me ver, porque, acredite, essa era a última coisa que eu queria no momento, mas eles são meus amigos. Por muitos anos eles foram a família que eu nunca tive. Por acaso, quando eu fui embora de Vegas, eu perdi o direito de visitar a família quando eu quisesse ou precisasse ? – Ela já tinha aumentado o tom de voz, mas não chegava a gritar.

GG: Não, Sara, é só que eu não esperava te ver tão cedo. – Ele disse sem olhar pra ela.

SS: Claro que não. Depois que você me traiu, não esperava me ver nunca mais na sua vida, certo ? – Ela levantou uma das sobrancelhas. – Você estava errado, Grissom.

GG: Sara, eu... – Como sempre, ele não encontrava palavras para dizer o quanto a amava ou o quanto se arrependia por ter feito o que fez quinze anos atrás ou o quanto ele sentia a falta dela.

SS: Como sempre você não sabe o que dizer, não é mesmo ? – Ela riu sem humor.

GG: Sara, se me dá licença, eu tenho trabalho a fazer. – Ele falou e se virou. Ia se virando, mas a ouviu sussurrar.

SS: Porque o trabalho vem antes de tudo.

Ela saiu e encontrou o restante dos CSIs na recepção. Foi até eles e se despediu.

SS: O “chefinho” – Ela fez aspas no ar. – está querendo trabalhar. É melhor vocês irem logo. Ah, Greg ! – Ele se virou pra ela. – Melinda e Carol vão sair no sábado e, como eu realmente quero que aqueles dois se acertem, mande o Brian ir lá em casa. Quem sabe ele e Maddy não se acertem. – Ela piscou e saiu.

Pegou o carro e dirigiu sem rumo. Aquela cidade foi, em muitos aspectos, boa pra ela. Ela cresceu profissionalmente e ainda conseguiu uma família. Uma família que ela nunca teve, era assim que ela se referia aos CSIs. Mas, por outro lado, teve muitas decepções. Por muitas vezes, ela teve que agüentar o que Catherine falava sem retrucar. Por muitas vezes, ela teve que ver a si mesma ser passada pra trás. Por muitas vezes, ela sofreu com os casos de abuso. E por muitos anos ela teve que esperar pelo homem que amava, apenas porque ele tinha medo que de repente ela o deixasse por alguém mais novo, mas... quando ela finalmente consegue ter o homem que ama, ele a trai com outra mulher muito mais bonita do que ela. Ela dera tudo o que tinha a ele, mas ele simplesmente jogou tudo fora e cortou seu coração em pedaços. Se ela soubesse o que ele realmente sentia por ela, talvez ela não tivesse feito nada a respeito daquele amor que tantas vezes ela julgou ser absurdo. Que tantas vezes ela julgou ser impossível apenas porque ele tinha medo. Medo de perder o emprego, medo de ela trocá-lo por outro, medo, medo, medo... Essa podia ser a palavra que caracterizava Gil Grissom: medo. Ele era um covarde.

SS: Covarde ! – Sara falou sozinha no carro e só aí percebeu que estava chorando. Há alguns anos ela prometeu a si mesma que nunca mais choraria por ele, essa era uma coisa que ela não podia fazer.


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Notas finais do capítulo

E então ? Catherine é muito esperta, isso eu tenho que admitir... rs
Beijinhos, flores. s2



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