Amor Maroto escrita por Duda Monteiro, CassyDeschamps


Capítulo 39
Capitulo 40




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Eu continuo tendo os sonos estranhos diário, e sempre com a mesma profecia, é eu descobri que aquilo era um profecia, eu me lembrei que ouvi da professora Trelawney. E agora essa merda não sai da minha cabeça. Bem o meu sonho foi assim: Eu estava tipo num desses programas de auditórios trouxas, é estranho eu sei, eu só sei que era parecido com um programa de auditório porque minha mãe e a tia Mione nós forçaram a assistir televisão e essas coisas, elas dizem: Vocês tem que estar preparados para tudo, e também não custa nada conhecer um pouco sobre os trouxas. Bem, voltado, eu estava no palco e tinha um apresentador muito esquisito na minha frente, ele ficava falando sem parar: “Fruto de um grande amor, a herdeira terá que escolher entre o bem e o mau, o certo ou o fácil. Apaixonando-se por dois homens somente um será o correto. Ela terá de escolher entre os dois, se o errado for a sua escolha, o mundo bruxo correrá grandes riscos e uma guerra entre os mundos começará.” Nesse momento sabe o que me aparece? Se você pensou no Damon e no Fred: acertou, eles aparecem do nada no meio do palco, e na minha frente aparece dois botões, eu teria que escolher entre um dos dois, sabe qual eu escolhi? Nenhum, fiquei lá parada até o maldito despertador tocar, e foi uma das poucas vezes que eu agradeci a tia Mione por me dar aquele aparelho maldito.

~*~

As meninas estavam no dormitório, sentadas tentando se concentrar na matéria contida nos livros, logo logo as provas começariam, mas o conteúdo não se fixava em suas mentes. Elas ouvem um pio na janela. Duda se levanta e abre-a. uma coruja entra pela mesma, pousando na mesa de cabeceira de Rose. A morena pega o pergaminho, e coça a cabeça da coruja, que sai voando novamente. Ela desenrola o pergaminho e o le rapidamente, enrolando-o novamente.

–De quem é? –Zoy perguntou, interessada.

–Ninguém importante. –ela respondeu, sem olhar para as amigas.

–Seu cadarço está desamarrado, Rose. –Duda comentou, olhando para a prima.

Rose olhou para seus pés, e lembrou que estava de sandálias. Duda aproveitou a distração da prima, pega o pergaminho de suas mãos e começa a ler em voz alta.

“Rose Weasley, Quero dizer que sinto o mesmo por ti, e que aquele beijo foi o melhor da minha vida. Esperando que responda, Scorpius Malfoy.”

Todas as garotas encaravam Rose de boca escancarada em um perfeito ó maiúsculo.

–Scorpius Malfoy? –Lily perguntou, pegando o pergaminho das mãos de Duda antes que Rose o fizesse.

–Quem diria, hein? Rose WEASLEY e Scorpius MALFOY? –zoou Duda, rindo.

–Oh, Scorpius, meu amooor. –debocharam elas, fazendo Rose virar um pimentão de tão vermelha.

–Eu... –Rose gaguejou, tentando se explicar- Eu vou... tomar banho!

E dizendo isso a morena saiu correndo para dentro do banheiro. As meninas riram, menos Zoy, que estava muito séria.

–Ela disse Scorpius Malfoy? –Zoy perguntou.

–Disse, por quê? –Roberta respondeu.

–Scorpius Malfoy esta saindo com a Karina, da Sonserina!

~*~

Karina, Scorpius, Alvo e Olívia estavam sentados em uma mesa no Três vassouras. Scorpius e Karina se beijavam, e Olivia e Alvo tentando ora se matar com o olhar, ora falar com os amigos. Para os dois estava um tremendo tédio, e a tentação de ir a Dedosdemel engordar estava muito grande. Até a chegada de dois irmãos. David e Dulce entraram no restaurante/lanchonete/lugar de encontro. Alvo levantou de felicidade e puxou a morena para a mesa, trazendo David junto. Alvo deu um beijão em Dulce, enquanto David se sentava ao lado de Olívia.

–Dale Alvo! –disse Scorpius, com cara de safado. Karina riu com ele, deixando Dulce vermelha depois do beijo.

–AAh –disse Karina- você é o namorado da Liv...

–Namorado da Liv? Quem é namorado da Liv? –perguntou Scorpius.

–Ele é meu namorado, Scorpie. –respondeu Olívia, abraçando o braço de David. Scorpius fechou a cara para David.

–Quem deixou você namorar ele?

–Ah, ninguém precisa deixar, Scorpius.

–Precisa sim! Como vou saber se ele é de respeito? –perguntou o loiro.

–Scorpius, não de uma de Draco Malfoy agora. –disse Olívia, começando a se irritar.

–Hum... quero só ver quando o papai descobrir.

–Ele vai dar o mesmo ataque que deu com o Potter. Depois mamãe vai acalmar ele, e fim da história. –retrucou à loira. Scorpius deu de ombros, e começou a beijar Karina novamente.

–Hum, irmão ciumento, hein? –começou David com um sorriso.

–Confesso que não via esse lado dele há anos. –sussurrou a loira.

–Fico triste que tenha invocado esse lado tão... raivoso. –riu David. Ele colocou a mão no rosto dela, e começou a se aproximar...

–EI! TIRA ESSA MÂO DAI! –gritou Scorpius, eles se separaram.

–Você esta sendo extremamente irritante, Scorpius Malfoy! –disse Olívia.

–Esse garoto esta sendo extremamente atrevido, Olívia Malfoy.

A loira bufou.

–Vai pastar, Scorpius. –disse ela.

–Mas Liv!... –protestou ele.

–Mas Liv nada! Você fica agarrando minha melhor amiga a todo segundo! No nosso último aniversário você esqueceu que era meu também e você mal falou comigo nas férias! Ainda vem encher o saco? Poupe-me Scorpius! –retrucou ela, se irritando e saindo, sendo seguida por David.

–Tomou cara. –riu Alvo. Scorpius fuzilou o moreno com o olhar.

~*~

Rose estava andando pelos corredores do castelo. Ela ainda sonhava acordada com seu ultimo beijo com Scorpius Malfoy. Malfoy. Como ela contaria a seu pai que estava saindo com um Malfoy? Tecnicamente ela achava a palavra SAINDO muito forte ainda para o que acontecia entre ela e o loiro. Eles na verdade estavam FICANDO, o que é completamente diferente, certo? Mas mesmo assim, como ela diria a seu pai que estava FICANDO com um Malfoy? Meio impossível. Ou melhor, totalmente impossível.

Rose dobrou mais um corredor e parou abruptamente. Ela sentiu seu rosto ficar vermelho enquanto seu sangue subia há cabeça.

–SCORPIUS MALFOY! –ela berrou, com toda força que seus pulmões lhe concediam.

Scorpius soltou-se da morena que a pouco beijava. Ele olhou em volta, até que seus olhos encontraram os dela. – Ro.. Ro... Rose?

–Rose? –perguntou Karina, ainda encostada na parede- desde quando você chama ela de Rose?

–O QUE VOCE ESTA FAZENDO COM ELA? –Rose berrou novamente, seu rosto ainda mais vermelho.

–Não sei se é óbvio pra você, querida, mas ele estava me beijando. –retruca Karina, com um sorriso sarcástico.

–Talvez queira você saber, querida, que há poucas horas atrás ele estava ME beijando. –retrucou Rose, da mesma forma.

–VOCE ESTAVA FAZENDO O QUE MALFOY? –Karina grita também, empurrando o loiro para longe dela.

–Eu... er.. sabe.. –ele balbuciou.

–VOCE É MEU NAMORADO! COMO PODE BEIJAR OUTRA GAROTA?

Nesse momento Rose se tocou de uma coisa, os dois estavam apenas FICANDO. Ela não podia exigir muito da parte dele, considerando que eles não tinham um compromisso sério. Mas a raiva que ela sentia, era como se eles fossem casados há anos, e ela de repente o via com outra. A dor era a mesma.

Então ela não podia cobrar dele. Mas Karina podia. Ah se podia. E ela estava disposta a ajuda-la em qualquer tipo de vingança contra ele. Ah como estava.

~*~

Keissy estava cansada de mais um longo dia de trabalho. Trabalhar em Hogwarts estava sendo muito mais difícil do que ela imaginava. Após dispensar sua ultima turma do dia, ela se preparou para ir jantar no salão principal. A ruiva andava feliz pelos corredores, parecia que ainda estudava naquele lugar. Às vezes ela desejava poder voltar no tempo –mesmo sabendo que podia- e reviver seus dias de estudante, menos a parte de estudar, é claro.

No dia anterior ela havia ido juntamente com os alunos a Hogsmeade. O povoado estava lotado, todos os alunos e professores aproveitaram o ultimo passeio do ano letivo. Ela ficou sentada no Três Vassouras esperando por Victoire e Teddy, que trariam Jade e John para ver a avó. Keissy havia pensado na possibilidade de aparatar em casa, mas ela não estava se sentindo muito bem nos últimos dias, desconfiava seriamente daquela poção que ela achava ter dado errado, e sem querer inalou um pouco de sua fumaça, em fim, ela pensou melhor e pediu que eles viessem até ela, seria melhor até para as crianças, poderem passear um pouco. Enquanto ela esperava por eles, viu uma cabeleira ruiva entrando acompanhada ao local, ela reconheceu por ser Duda, e o “acompanhamento” era ninguém menos que Damon Crawford. “Mas Duda não estava namorando o Fred?” ela se perguntou, olhando intrigada para ambos. “É ótimo quando os nossos filhos nos deixam a par das novidades” ela pensou sarcasticamente, revirando os olhos. Duda pareceu nota-la ali, e foi nesse momento que ela levou Damon exatamente para o lado oposto do bar/lanchonete/lugar.

Poucos minutos depois Teddy e Victoire aparecem com seus filhos. Eles a cumprimentam, e se sentam com ela há mesa.

–Então, me deixem a par das novidades. –pede Keissy, ainda meio rabugenta.

–Que bicho te mordeu mãe? –pergunta Victoire rindo- Quando foi que eu não te deixei sem saber de algo?

Keissy encolheu os ombros e apontou para Duda, do outro lado do salão. Victoire pareceu compreender tudo. – Não se preocupe mãe. Dessa vez eu também não sabia.

Keissy pareceu se sentir um pouco melhor depois disso. Ela começou a se distrair com os netos. Jade usava um lindo vestido verde-água, que combinava muitíssimo com seu cabelo castanho-avermelhado. Já John usava um conjunto azul marinho com branco, que lhe caia muito bem.

–Estão cuidando bem dos meus netinhos? –perguntou Keissy brincando.

–Oh sim. Ficamos noites sem dormir, tem cheiro de talco de bebe pela casa inteira, mas estamos muito bem, obrigada por perguntar. –responde Teddy.

As duas riem da resposta dele, e se entretêm com as crianças novamente.

Keissy sorriu ao se lembrar da tarde anterior. Ela continuou no corredor, sentiu seu estomago roncar, queria chegar logo ao salão principal, mas ouviu um grito masculino vindo de algum corredor próximo. Mesmo sem muita vontade, ela correu até o som, virando no corredor ela se deparou com sua sobrinha Rose e dois alunos da Sonserina. Rose e a garota Sonserina esmurravam o garoto, que ela reconheceu como sendo o filho da doninha branca, também conhecido com marido de sua amiga, Draco Malfoy. Como era mesmo o nome dele? Escorpião? Scorpius! Scorpius Malfoy.

–EI EI EI! O que estão fazendo? –ela perguntou, chegando até eles.

–Ah, oi tia Keissy. –Rose sorriu- o panaca do Malfoy... estava saindo com nós duas ao mesmo tempo.

–Bem... porque não deixaram pra se vingar dele na aula prática de DCAT então? –Keissy perguntou levantando Scorpius e o puxando pelo colarinho em direção a ala hospitalar.- Pelo menos vocês duas não levariam detenção.

–Foi à raiva do momento... –respondeu a Sonserina, Karina, ela achava.

–Vamos logo para a ala hospitalar, estou morrendo de fome. –concluiu Keissy, subindo as escadarias, sendo seguida pelas duas de perto.

~*~

As semanas foram passando. O final do ano letivo se aproximava e com ele o baile dos formandos. Os professores participariam do baile, como em todos os anos, eles poderiam chamar alguém de fora do corpo docente para acompanha-los, Keissy obviamente chamou Gui. Ela agora já estava a par da vida amorosa de Eduarda. Claro, somente depois de ela colocar a filha contra a parede e enche-la de perguntas. Duda iria ao baile com Damon, obviamente, graças a ele agora Keissy tinha que ir atrás de dois vestidos de baile. O vestido de Duda não seria difícil de encontrar, ela entrava em qualquer tipo de roupa, já o dela... Não podia ser ousado, nem sem estilo, nem muito curto, nem muito degotado, nem muito simples... Ela decidiu que iria ao Beco Diagonal no final de semana. Teria que encontrar o vestido perfeito para ambas.

Ao chegar ao Beco Diagonal no final de semana, Keissy ainda não sabia o modelo de vestido que escolheria. Ao mexer nos cabides e nas peças ela podia ouvir Gui dizendo “Nem pensar! Você não vai usar isso!” ou “Degotado demais, próximo!” ou até “Esse rasgo no lado esta muito alto! Você pode achar uma coisa melhor!”. Parece que não levar Gui junto não mudou muita coisa.

Ao mexer em mais alguns cabides, ela encontrou um vestido perfeito para Duda, roxo, rosa e preto. Perfeito. Para ela seria algo mais claro, menos chamativo talvez? Ela foi para as sessões de vestidos compridos. “Curto nem pensar” ela ouviu a voz de Gui. Ele até que tem razão, não pegaria bem.

Ela encontrou, era mais que perfeito. Teria que fazer alguns ajustes, mas era perfeito. O vestido era salmão claro, ombros baixos, com um detalhe meio floral encima da amarra. Ele descia solto até os pés, e havia uma abertura na cocha, mas podia ser tampada facilmente com a quantidade extra de tecido em volta. Por dentro era feito de pequenas rendas, quando a abertura aparecia, a renda enfeitava ao redor.

Ela e Duda estariam perfeitas no baile.

~*~

–ARGH! –Duda reclamou, tirando mais uma vez o salto- usar salto cansa!

–Você queria o que? Ir para o baile de All Star? Cano longo? –perguntou Roberta, sarcasticamente, tentando em vão, arrumar o cabelo da amiga.

–Exatamente!

–Mas você não vai.

–Porque não? O que importa é eu estar lá, não é? Porque não posso ir como eu quero?

–Porque todas vão estar de salto alto! Ou pelo menos de sapato social. Você vai se sentir mal estando... tão diferente.

–Ninguém vai notar! O vestido é logo, a menos que o Damon resolva... sei lá, me girar no ar, me levantar, ou algo do tipo... de algum jeito que meus pés apareçam, mas ele não vai, porque nós dois somos desajeitados..

–Você é desajeitada, Damon é um pé de valsa.

–Ele me disse que dançava mal!

–Ele dança melhor do que eu! E olha que isso é difícil.

–Em que mundo?

Roberta ignorou o comentário da ruiva e continuou a arrumar as mexas.

–Eu quero ele solto. –Duda disse- e encaracolado. Porque eu nunca usei ele assim.

–Oks... solto e encaracolado então. – concordou Roberta- seu cabelo podia ser mais comprido, não podia?

–E você podia falar menos e trabalhar mais, não podia? –retrucou a ruiva- eu já estou atrasada!

Roberta ajudou Duda com o cabelo, à ruiva já estava com o vestido, e agora colocava o tênis.

–Que desperdício de sapato. –murmurou Roberta, olhando o antigo sapato de salto.

–Pelo menos a mãe soube escolher o vestido. –a ruiva disse sorrindo- eu amei ele.

O vestido de Duda era em duas camadas, a de baixo era um rosa escuro, meio puxado para o roxo, e por cima havia a segunda camada, que era de um preto quase transparente. No busto, as duas cores continuavam a se intercalar. Uma fina alça segurava no vestido sobre os ombros, dando a parecer, quando escondido pelo cabelo, que era um tomara-que-caia.

–Você esta parecendo uma princesa... roqueira. –comentou Roberta.

–Uma princesa roqueira atrasada. –completou Zoy, entrando no quarto- o baile esta prestes a começar, circulando!

Duda riu e saiu do quarto. Ela encontraria Damon na porta do salão comunal. Ele obviamente não poderia entrar no salão, então esperaria do lado de fora. Duda passou pelo salão, atraindo alguns olhares, mas ela os ignorou, e continuou sorrindo até a saída. Damon a esperava ali. Ele estava lindo. Não que não fosse lindo sempre, mas naquele dia estava ainda melhor, digamos, diferente. Ele usava vestes bruxas, de ceda preta, e uma gravata roxa, o que o deixava extremamente combinando com o vestido de Duda. Ela sorriu e apontou para a gravata.

–Juro que é total coincidência. –ele deu de ombros- você esta linda.

–Obrigada. –ela sorriu, engatando o braço ao dele.

O caminho pelos corredores até o Salão Principal passou muito rapidamente, mais do que Duda realmente queria. A entrada do salão estava abarrotada de alunos, todos esperando pelo inicio do baile. Ao que ouvira dizer, a decoração estava fantástica.

As portas do salão finalmente se abriram para seus convidados. Os alunos entraram olhando tudo a sua volta. O teto encantado continuava lá, as estrelas brilhavam, dando uma luz incrível ao salão. A Lua cheia brilhava no céu, iluminando totalmente a pista de dança. Umas poucas tochas estavam acesas, ajudando na iluminação. Uma música suave tocava da velha vitrola, enchendo a todo o salão. Em volta da grande pista de dança, havia pequenas mesas, para quatro pessoas. Do teto, pendiam cortinas brancas, que davam um ar mais festivo ao local.

Aos poucos a pista de dança ia se enchendo de casais. Os dois foram para a pista, meio envergonhados. Duda realmente não sabia dançar nada além do básico que Roberta havia ensinado durante a semana. Damon parecia um professor de dança, formado em uma universidade trouxa, conhecida mundialmente e muito prestigiada. Ou seja, ele era bom. Muito bom.

–Porque esta com essa cara? –ele perguntou.

–Porque não me disse que sabia dançar?

–Porque acha que eu sei dançar?

–Porque esta me respondendo com outras perguntas?

–Porque você me respondeu com uma pergunta?

–Porque era a resposta para a sua pergunta. Outra pergunta. Agora responda.

–Porque pra mim eu não sei dançar. Estou incrivelmente pasmo de que ainda não tenha pisado no seu pé.

–Eu é que estou incrivelmente pasma de eu ainda não ter pisado em você.

Um silencio se instalou entre os dois.

–Como aprendeu a dançar? –ela perguntou.

–Meus pais. São às vezes meio perfeccionistas. Como somos da “alta sociedade” querem que eu me porte como um deles.

–Tecnicamente você é um deles.

–Mas não me sinto como um.

Mais uma vez o silencio reinou, com uma música lenta de fundo.

–E você?

–Eu o que?

–Quando aprendeu a dançar?

–Tecnicamente não aprendi. Sua irmã estava tentando me ensinar à semana toda. Ela esta com os pés bem roxos.

–Mas pelo menos ensinou bem. Considerando que meus pés estão intactos.

–Por enquanto.

Duda olhou novamente pelo salão, enquanto os dois rodopiavam. Ela viu seus pais dançando próximo a mesa principal, onde todos os professores se sentariam. Keissy sorria, parecendo muito feliz. Gui olhava para a mulher, parecendo até estar em forma protetora, mas também sorria.

~*~

Keissy havia acabado de se arrumar quando ouviu uma batida na porta. Ao abri-la deparou-se com Gui observando-a sorridente.

–Olá. Parece até que nos conhecemos, mas não estou lembrado de onde. –ele brincou sorridente.

–É, você me parece um pouco familiar... mas não me lembro desses fios brancos, e nem dessa... barriguinha. –ela brincou também.

–Ei! Essa barriguinha é o meu charme pessoal, pensa que é fácil manter esse corpinho? –ele respondeu, rindo.

–Parece que foi ontem que éramos: jovens, bonitos e sexys. –ela riu.

–Ainda somos bonitos e sexys... já jovens... estamos bem pra nossa idade... ainda mais depois de quatro filhos... trabalho... família. –ele a abraçou.

–Obrigada por vir. –ela disse.

–Ei, acha mesmo que eu ia deixar a MINHA mulher dançar com OUTRO cara?

–Isso são ciúmes, Weasley?

–Você sabe que eu ganho fácil o troféu de ciumento do ano.

–Do século.

–Milênio e não falamos mais nisso.

–Pelo menos eu não sou tão ciumenta.

–Aham, eu e os leitores vamos fingir que acreditamos.

–Leitores? –ela perguntou, sem entender.

–Acha mesmo que quando eu ficar velho demais pra trabalhar, e não tiver nada pra fazer além de cuidar dos nossos netos, eu vou mesmo ficar sem fazer nada? Eu vou escrever um livro sobre você!

–Um livro? –ela perguntou, abismada.

–Sim, sim, um livro! “A história de Keissy Potter Weasley” com o subtítulo “A irmã do garoto que sobreviveu” e “Comentários e opiniões de terceiros” “Por Gui Weasley”. –ele respondeu, entusiasmado. Ela riu.

–Acha mesmo que terá algum leitor?

–O suficiente para dois livros, o segundo falando desse Amor Maroto da Duda/Fred/Damon.

Ela riu novamente.

–Então acho que... sabe... talvez os leitores queiram saber de mais alguma coisa.

–Mais alguma coisa? O que?

–Gui, eu estou grávida.


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