Diario de um Semideus 2 - As Portas da Morte escrita por H Lounie


Capítulo 18
E o perdedor deve cair




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Quando olhei para trás, vi que Hera estava sendo envolta por uma cortina de lama.

– Não se preocupem comigo, é só a rainha dos céus morrendo aqui! O gigante está acordando, vocês têm apenas segundos!

– Piper, fale com a prisão! – Gritou Leo. - Fale com ela, use seu poder de persuasão, convença Gaia a voltar a dormir. Tente fazê-la soltar Hera.

– Cerro. – Certo? Aquilo parecia uma completa maluquice. – Hum, Gaia? Bela noite não? Que tal voltar a dormir?

Leo começou a usar um tipo de máquina tirada de algum lugar para cortar a grade enquanto Piper parecia estar conseguindo fazer Gaia voltar a dormir. Nico tentava atrasar Quione enquanto eu mexia em minha mochila, a procura da caixa, talvez o tal amuleto pudesse servir para alguma coisa.

De repente, o som de uma pequena explosão me fez parar e derrubar a caixa no chão. Olhei para trás e me deparei com algo que realmente me assustou. Efialtes parecia uma criança levada perto de Porfírio. Era muito mais alto e muito mais cheio de cicatrizes e feridas. Ele vestia uma armadura de bronze completa e parecia trezentas vezes mais assustador do que qualquer coisa que eu já tenha enfrentado na vida. Em seus cabelos verdes haviam machados e espadas presas, como troféus de guerra. Assim que ele abriu os olhos, notei que eram brancos e vazios.

– Estou de volta! Gaia seja louvada! – Urrou o rei gigante.

– Continuem o trabalho, libertem Hera – Sussurrei a Piper e Leo, já puxando a chave de meu pescoço, juntando a caixa do chão, fazendo menção de abri-la.

– NÃO! – Berrou a rainha Hera, atraindo a atenção do gigante para mim.

– Obrigada. – Murmurei sarcástica, olhando para deusa com desprezo, enquanto o gigante sorria para mim.

– Excelente! Um belo aperitivo, de quem és filha? Afrodite?

Ao ver o sorriso debochado nos lábios do gigante, fui tomada por uma súbita coragem, como se pudesse vencer qualquer coisa.

– Eu sou Lyra, filha de Apolo.

– Oh, o deus arqueiro está querendo salvar sua própria pele mandando a bela filha como sacrifício?

Senti um tremor envolver meu corpo e vi que minha pele brilhava fracamente. Reflexos da antiga benção.

– Hei! – Gritou Jason, tentando obviamente desviar a atenção do gigante, mas com apenas um movimento, Porfírio derrubou o filho de Zeus longe.

– Por que não se preocupa comigo, ao invés de pensar em meu pai? Depois de tudo que passei até aqui, não me parece justo ser julgada como algo descartável, que sequer merece atenção. Afinal foram tantas coisas, até morta eu estive. Depois fui acusada de não ser a Lyra e até de ser a Lyra. Fui atacada, raptada e agora estou aqui, em frente de um gigante metido a engraçadinho, que acha que pode conquistar o mundo.

Enquanto eu falava, Jason se levantou. Avançava lentamente por trás do gigante.

– Isso que tem em suas mãos, - começou o gigante, que ainda mantinha um sorriso debochado no rosto. – Dizem ser poderoso. Talvez devesse dar essa caixa a mim.

Apertei a caixa contra meu corpo, querendo – inutilmente – protegê-la.

– Tenho algo que a fará dar. – O gigante sorriu e estalou os dedos.

Na mesma hora, dois terrestres apareceram carregando uma mulher morena, vestida com o que parecia uma toga grega, que gritava a plenos pulmões. Congelei no lugar ao reconhecer aquela voz.

– Mamãe! – Gritei, querendo ir até ela, mas sendo empurrada pelo gigante.

– Não faça isso menina! – Gritou Hera. – Harriet não é sua mãe! Ela nem mesmo se chama Harriet! Concentre-se no gigante!

– Cruel Leto! – Berrou Harriet, olhando para os céus. - Sacia todo teu ódio em minha angústia! Que teu duro coração se regozije, enquanto agora caminho ao meu fim, junto ao túmulo de meus muitos filhos, filhos estes que ordenou que Apolo e Ártemis matassem. Mas onde está o teu triunfo? Ainda assim sou mais rica que tu, que me venceste outra vez.

– Mamãe, o que está fazendo? – Gaguejei, olhando com os olhos cheios de lágrimas para ela.

A mulher se debatia e gritava, tentando se desvencilhar dos terrestres, mas sequer olhou para mim.

– Aí está! – Gritou outra vez. – A garota está viva, fiz o que pediu durante todos esses anos sem reclamar! Ninguém poderá dizer que Níobe não se redimiu pelo que disse a Leto no passado, ora, isso é a verdade. – Minha mãe chorava e amaldiçoava os deuses, gritando que havia me protegido esse tempo todo e que agora desejava que o pior acontecesse a mim. – Escute-me Leto! Venha ver o que fizeram a mim! Ora, eu fui a mais fiel das escravas e qual é minha recompensa agora? Olhe para a maldita garota Leto!

– O que está acontecendo? – Perguntei a Hera, sentindo lágrimas escaparem.

– Decida-se depressa semideusa. – O gigante riu, com os olhos fixos em mim. – Você não tem chance contra mim. Eu sou Porfírio, rei dos gigantes, filho de Gaia. Antigamente, eu me levantei do Tártaro, o abismo do meu pai, para desafiar os deuses e iniciar a guerra, eu roubei a rainha de Zeus. - Ele sorriu para a gaiola da deusa. - Olá, Hera.

– Zeus destruiu você uma vez, maldito gigante! - Hera berrou. - Ele fará isso outra vez.

– Não fará, querida rainha! Zeus não era poderoso o bastante para me matar nem da primeira vez. Ele teve que confiar em um semideus medíocre para ajudá-lo, e mesmo assim, nós quase ganhamos. Desta vez, nós vamos completar o que começamos. Gaia está acordando. Ela tem nos fornecido muitos servos. Nossos exércitos vão abalar a terra e vamos destruir vocês pela raiz.

– Você não ousaria, - Hera disse, mas ela parecia fraca demais até para isso.

Piper continuava sussurrando para a gaiola, e Leo continuava serrando, mas a terra ainda subia dentro da prisão de Hera, agora cobrindo até sua cintura.

– Os Titãs tentaram atacar sua nova casa em Nova Iorque. Ousado, mas ineficiente. – Porfírio continuou. - Gaia é mais inteligente e paciente. E nós, seus melhores filhos, somos muito, muito mais poderosos que Cronos. Nós sabemos como matar vocês olimpianos de uma vez por todas. Vocês devem ser desenterrados completamente como árvores podres, suas mais velhas raízes arrancadas e queimadas.

Porfírio olhou pela primeira vez para Piper e Leo, como se acabasse de perceber que eles estavam ali. Minha mente girou rapidamente tentando encontrar um modo de chamar a atenção do gigante.

– Se você já tem o plano perfeito, porque quer a caixa, o que te interessa nela? – Gritei.

– Você acha mesmo que eu vou dizer isso para você? – O tom de voz dele não me convenceu nenhum um pouco.

– Começo a achar que você nem ao menos sabe o que tem aqui. – Desafiei.

– Menininha, eu fui criado para substituir Zeus, nasci para destruir o Lorde dos céus. Devo tomar seu trono. Devo pegar a esposa dele, ou, se ela não me aceitar, devo deixar a terra consumir sua força de vida. O que você vê é apenas minha forma enfraquecida. Minha força crescerá em breve, até que eu me torne invencível. Então não brinque comigo.

O sorriso de deboche sumiu de seu rosto rasgado e distorcido.

– Me dê a caixa e eu te devolvo sua mãe. – Sentenciou.

– Ela não é minha mãe. – Falei fria.

– Então não se importa que eu a mate, certo?

Congelei no lugar. Aquelas expressões tristes, a voz, as lágrimas que eu via em seus olhos quando eu era criança. Aquela era Harriet, era minha mãe.

– Pense Lyra, pense. – Sussurrou Hera.

– Não. – Gritei para o gigante, já levando a chave para a fechadura.

Ele foi em direção a mulher que gritava desesperadamente, pedindo que eu a ajudasse.

– Dê-me a caixa. Agora!

– Não!

Ele pegou Harriet com uma das mãos. Levantando e colocando-a em minha frente.

– Lyra, minha... Minha filha, me ajude, ele irá me matar.

– Mamãe eu... Fique tranqüila, vai dar tudo certo, esse amuleto irá nos ajudar.

– Lyra, cuidado com suas escolhas, agora pense, porque um amuleto meu seria bom para você? – Gritou Hera.

Pensei no que Hera disse, fazia sentido e se ela não queria que eu usasse o amuleto, talvez ele não fosse algo bom, ou talvez fosse a única coisa capaz de salvar minha mãe das mãos do gigante e talvez ela não quisesse isso.

Porfírio pareceu prestes a discutir, porém antes de fazê-lo, foi atingido por uma súbita compreensão, então se calou. Quando finalmente girei a chave para abrir a caixa, algo me ocorreu. ‘Mas lembre-se: jamais devemos abandonar a esperança, carregue-a com você’ Foi o recado de Ophíon.

Sorri para Porfírio, enquanto o mesmo me olhava sem entender, aparentemente decepcionado por eu não ter aberto a caixa.

– Espero que tenha aproveitado bem seus minutos de vida Porfírio.

Ainda sem entender, ele jogou Harriet contra uma árvore, lançou uma de suas enormes mãos em minha direção, mas foi surpreendido por Jason, que utilizando os ventus, subiu vários metros no ar, até estar a altura da cabeça do gigante. O filho de Zeus gritou, e com a lança que tomou de um terrestre, atingiu a orelha do gigante, ao mesmo tempo que um raio cortava o céu, indo parar junto a lança.

– Mãe! – Gritei, olhando para o lugar onde ela foi lançada, enquanto Jason rodeava o gigante.

Porfírio moveu-se desnorteado, tentando encontrar Jason. Leo ainda trabalhava serrando a prisão, enquanto Piper tentava fazer Gaia dormir.

– Vamos Gaia, volte a dormir, isso mesmo...

– DURMA! – Gritei com toda força e com toda a vontade, sentindo que estava irritada demais com toda aquela situação, vendo até os lobos mais próximos caírem no sono e Piper me olhar assustada.

– Consegui! – Leo gritou e a gaiola de madeira e pedra se desfez no mesmo instante.

– Sim! – Gargalhou Hera, libertando-se totalmente da prisão, tirando o manto negro que cobria seu rosto e revelando uma bela e furiosa mulher. – Agora terei minha vingança.

Porfírio olhou para Hera e encolheu-se, a deusa lançou-lhe um olhar divertido.

– Cubram seus olhos meus heróis!

Fiz o que ela pediu, enquanto a deusa assumia sua verdadeira forma e derrotava Porfírio.

Quando voltei a abrir meus olhos, tudo que vi foram vestígios do que outrora fora uma batalha. O céu repleto de estrelas brilhava calmo, a noite engolia toda a floresta, exceto a clareira em que nos encontrávamos, esse continuava iluminada.

– A morte desatrelada pela ira de Hera. – Falei baixinho, olhando tudo a minha volta.

– Você está bem? – Perguntou Nico, se aproximando de mim. Vi que seus braços tremiam e que havia cortes por todo seu corpo.

– Sim, estou, mas Nico, você... Está congelando. Você lutou com Quione, você... Foi incrível. – Sorri, me aproximando dele, pegando suas duas mãos.

– Filhos do sol são sempre tão... quentes. – Ele sorriu divertido. – O que está fazendo?

A medida que o calor emanava de meu corpo para o dele, os pequenos ferimentos iam desaparecendo.

– Além de quentes – Falei provocativa. – Somos bons em cura. Além do mais, estou me sentindo excepcionalmente poderosa esta noite. É estranho, se quer saber.

– Eu vi o que fez com a prisão e com aqueles lobos, como você...

– Vossa majestade, digo, rainha Hera, eu ahn... eu não posso supor que esse cara, esse tal Porfírio simplesmente se dissolveu e morreu, certo? – Leo falou alto, atraindo a atenção de todos.

– Não, - Hera concordou. - Ao me salvar, e salvar esse lugar, vocês impediram Gaia de acordar. Vocês nos arranjaram algum tempo. Mas Porfírio se ergueu. Ele simplesmente sabia que não deveria ficar aqui, especialmente porque ele ainda não recuperou o seu poder por completo. Gigantes só podem ser mortos em uma combinação de deus e semideus trabalhando juntos. Uma vez que me libertaram...

– Ele fugiu, - Jason completou. - Mas para onde?

– Minha casa. – Sussurrei tremula. Nico me olhou e apertou a mão que ainda mantinha na minha.

– O que disse?

– A Grécia. Ele deve ter fugido para a Grécia. Para destruir a raiz dos deuses. Porfírio sabia o que tinha na caixa, não é mesmo? – Perguntei a Hera. – No fim ele soube que se eu a abrisse deixaria ir embora a esperança, não é?

Todos me olharam confusos, como se eu houvesse acabado de dizer uma besteira.

– O mundo está devastado. – Disse a deusa, olhando para a destruição deixada pelo parque. - Na caixa de Pandora ainda resta a última bondade não destruída pelo egoísmo e ambição do homem. Uma maneira lúdica de mostrar o caminho da redenção. Uma maneira de dizer que nem tudo está perdido. E que a esperança é um dom feminino, é o que mantêm a família unida, é o meu poder. É o meu amuleto.

– Essa caixa que você esteve carregando este tempo todo era a caixa de Pandora? Por que todos queriam a caixa? Pelo que eu sei ninguém nunca quer essa caixa.

– Queriam porque eles não eram capazes de entender o que havia na caixa. Imaginavam mil e uma possibilidades, mil e um tipos de poderes, mas nada que chegasse nem perto desse poder. Lyra mesmo quase deixou a esperança ir, pele sede que tinha de encontrar uma solução para salvar aquela mulher.

Somente quando Hera mencionou Harriet foi que percebi que ela não estava lá.

– Onde minha mãe está? – Perguntei, olhando para todos os lados.

– Ela se foi com os outros.

– Como é possível? Em um momento eu pareço estar no topo do mundo e no momento seguinte o mundo esta desabando sobre mim. A sorte surge, então some, em seguida se repete e volta a desaparecer. – Falei só pare que Nico ouvisse. - Harriet não é minha mãe? – Perguntei depois de algum tempo de silêncio.

– Não. – A deusa da família respondeu fria. – Apenas recentemente descobri isso. Harriet é na verdade Níobe, uma mulher que no passado ofendeu Leto. Leto ordenou que seu pai e sua tia Ártemis matassem todos os filhos daquela pobre mulher, mas mesmo assim acho que Leto não se deu por vencida. Obrigou Níobe a fingir ser sua mãe, se disfarçar no mundo de hoje, no mundo dos mortais e por algum motivo nós deuses não soubemos de nada, algo ocultava nossa visão sobre a verdade, algo nos deixava no silêncio.

– Se ela não é minha mãe então quem é? – Não sabia até que ponto eu queria mesmo saber a verdade.

– Isso eu ainda não sei. Mas espero descobrir algo que obrigue Zeus a matá-la. – Despejou, cheia de veneno.

Sustentei o olhar firme, querendo demonstrar que ela já não me intimidava mais, não nessa noite que eu parecia ter meus poderes em plena atividade.

– Vai levá-los em segurança até o acampamento meio sangue, certo? – Perguntou Thalia.

– Não deve me dizer o que fazer...

– Rainha Hera, por favor. – Suplicou Piper.

– Tudo bem, mas vocês não caçadoras. – Disse Hera, em meio a um suspiro.

Jason estava isolado, pensativo, olhando para as ruínas como se lembrasse de algo.

– Você foi dado a um destino, - Hera disse a ele. - Você foi dado ao meu serviço.

– Porque você forçou minha mãe a isso. Você não suportou ficar sabendo que Zeus teve dois filhos com minha mãe. Saber que ele teve uma queda por ela duas vezes. Eu era o preço que você pediu deixar o resto da minha família em paz.

– Foi a escolha certa pra você também, Jason. - Hera insistiu. - A segunda vez que sua mãe conseguiu o afeto de Zeus, foi porque ela o imaginou com aspectos diferentes, os aspectos de Júpiter. Nunca antes isso havia acontecido, duas crianças, gregas e romanas, nascidas na mesma família. Você teve que ser separado de Thalia. E esse, a casa dos lobos, é o lugar que todos os semideuses do seu tipo começam sua jornada.

– Do tipo dele? – Piper perguntou.

– Ela quer dizer romano,- Falei. – Sky me falou sobre isso, mas eu não acreditei a principio. Parecia-me impossível. Os semideuses romanos são deixados aqui. Então conhecem a deusa Lupa, a mesma loba que criou Rômulo e Remo. Como naquelas histórias.

Hera me olhou surpresa e assentiu, como se não esperasse que eu soubesse tanto.

– E se você for forte o suficiente, você sobrevive.

– O que acontece depois disso? Quer dizer, Jason nunca foi para o acampamento. – Leo parecia estar lutando para absorver tudo.

– Não para o acampamento meio sangue, - Hera concordou.

– Você foi para outro lugar. Onde você ficou todos esses anos. Algum outro lugar para semideuses, mas onde? – Piper olhava Jason com certa admiração. Era obvio que ela gostava dele.

– As memórias estão voltando, mas não o local. Você não vai me dizer, não é? – Perguntou ele à Hera.

– Não, - Hera disse. - Isso é parte de seu destino, Jason. Você precisa encontrar por você mesmo. Mas quando você conseguir, você vai unir dois grandes poderes. Você vai nos ajudar novamente com os gigantes, e o mais importante, novamente com a própria Gaia.

– Você precisa nos ajudar para que possamos te ajudar, - Jason disse, - mas você esta escondendo informações.

– Te dar respostas fariam delas invalidas, - Hera disse. - Isso está no caminho das Moiras. Você precisa forjar seu próprio destino para significar algo. Agora, vocês me surpreenderam. Eu não podia imaginar que fosse possível que essa filha de Apolo... - A deusa balançou sua cabeça. - Chega de falar, vocês tiveram um bom desempenho, semideuses. Mas esse é só o começo. Agora vocês precisam voltar ao acampamento meio sangue, onde vocês irão começar a planejar a próxima fase. Adeus semideus, por hora.

Ela estalou os dedos. Segundos depois estávamos de volta ao acampamento meio sangue, em cima da mesa de Quíron e Sr D.

– É... nós voltamos. – Falei sorrindo para o deus do vinho que nos olhava com cara de poucos amigos.


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