Sentimentos de Um Arrancar. escrita por thammy-chan


Capítulo 6
Um inesperado fim.


Notas iniciais do capítulo

Olá. Este é o último capítulo da fic, mas pode ser o penúltimo. Só depende de vocês. "Como assim é o último mas pode não ser?" Tudo explicado nas notas finais. LEIAM as notas finais, por favor.Sem mais enrolações, espero que gostem.



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No capítulo anterior...

 “—NÃO ME PEÇA NADA! –Irritou-se Aizen, jogando Inoue com uma força enorme na parede, que despedaçou.
O rosto de Orihime estava coberto de sangue que escorria de sua testa, e ela sentia-se tonta.

A visão de Inoue estava fraca e turva, diminuindo cada vez mais. Ela também foi perdendo os outros sentidos, até desmaiar.

Onde será que Ulquiorra estava agora? Isso seria o que Inoue diria se não estivesse inconsciente.”

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O rosto delicado de Inoue repousava no colo de Aizen. Sem todo o sangue que estava ali minutos atrás, – já que o próprio Aizen fez os curativos necessários – seu rosto parecia tranquilo, tinha pequenas cicatrizes, que Aizen contornava silenciosamente com os dedos.

Um sentimento que ele nunca tivera antes o invadiu ao olhar as pequenas imperfeições no rosto da garota. Culpa. O que Orihime fez para merecer aquilo, afinal? Ela não era  capaz de machucar uma mosca sequer, por qual motivo despertou a fúria de Aizen até aquele ponto?

Não. Aizen sacudiu a cabeça para dissipar seus pensamentos. Sempre foi tão cruel com as pessoas, com ou sem motivo. Além do mais, Inoue deu um motivo para ele se sentir ofendido. Ela não se interessou por ele, o ofendeu.

—Eu a machuquei. –Aizen pensava em voz alta. —Eu tive todo o trabalho do mundo para mantê-la segura e acabei machucando-a! Isso não tem desculpa.

Aizen continuava perdido em seus pensamentos.

—Não tem desculpa. –repetiu.

—Não mesmo. –soou uma voz furiosa, porém baixa.

Lá, do mais profundo sono de Orihime, ela podia ouvir tudo. O desembainhar da espada, os passos pesados, as palavras irônicas, as risadas sem humor. E por fim, a luta.

Aizen colocou Inoue no chão sem muita delicadeza.

—Tem certeza de que pretende resolver isso assim, cuarto espada? –provocou Aizen, para lembrar Ulquiorra de seu lugar.

—Posso ser apenas a quarta pessoa mais forte do que você, Aizen-sama. –retrucou Ulquiorra, entediado. —Mas minha determinação e inteligência ultrapassam a sua. O que me dá mais chances de ganhar.

Aizen deu uma risada seca.

—Fico feliz que ainda tenha esperança, Schiffer. Não se preocupe, a esmagarei de uma só vez.

—Não seria menos destrutivo lutar lá fora?  –questionou Grimmjow, que ao lado de Nnoitra estava encostado na porta.

—Talvez. –assentiu Aizen, que sem uma palavra a mais começou a andar para o grande terreno a céu aberto que tinha fora do castelo. Ulquiorra o acompanhou.

Fora da porta era possível dizer o quanto a notícia da luta se espalhou: Todos que moravam em las noches –com a exceção de Inoue, que estava desacordada – estavam no corredor para ver quem ganharia. O primeiro a sair da sala, seria o vencedor. Enquanto o outro, provavelmente estaria morto lá dentro.

Aizen foi o primeiro a sair da sala. O caos se espalhou pelo local, assim como gritos de “Eu sabia que seria você, Aizen-sama.” “Ulquiorra não é de nada mesmo!” “Ei, otários, eu não disse que seria o Aizen a sair vivo dessa?

Aizen não respondeu nenhum comentário, tinha uma expressão de tédio em seu rosto.

Quando viram Ulquiorra logo atrás, os gritos cessaram e foram substituídos por sussurros. “Mas o quê é isso? Aizen-sama não o matou?” “Ouvi dizer que foi apenas uma discussão, não uma briga.” “Pois eu já ouvi dizer que Aizen-sama foi piedoso com Ulquiorra, e deu uma segunda chance para ele viver.” "Não, isso é muito improvável."

—Calem a boca, seus animais. –vociferou Aizen. —Poupem seus comentários inúteis para si mesmos. A única coisa que aconteceu, foi que a batalha foi transferida para o lado de fora, a fim de não estragar o castelo.

Todos atenderam prontamente as ordens, nem mais um piu foi ouvido. No mais absoluto silêncio, cada morador daquele castelo foi até o lado de fora. Seria um dia decisivo para Las Noches.


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Inoue sentia-se desesperada. Podia ouvir gritos vindos lá de fora, além de sentir o chão frio encostando-se a sua bochecha. Lutava para abrir os olhos, mas foi impedida pela escuridão que insistia em mantê-la cega.

Forçou-se a levantar mesmo de olhos fechados. Conseguiu fazê-lo, depois de tropeçar duas vezes. Assim que ficou de pé, seus olhos abriram. Inoue analisou o local.

Havia manchas de sangue nas paredes claras. Seu próprio sangue, pensou. O que a fez lembrar de que suas costas doíam do arremessamento contra a parede.

Estranhou a quietude momentânea do local, e então lembrou-se da conversa recente que ouvira.

Não seria menos destrutivo lutar lá fora?”
“Talvez."


Com um estalo, Inoue pôs-se a correr desesperadamente pelos corredores. Novamente, ouviu gritos. Finalmente chegou ao lado de fora.

Havia pessoas lá. Muitas delas, por sinal. Inoue nem sabia que tantas pessoas assim viviam em Las Noches. Ficou na ponta dos pés para tentar avistar Ulquiorra e Aizen, mas as pessoas haviam formado um pequeno círculo em um grande local, onde provavelmente a luta estava acontecendo.

Além dos gritos, ela conseguia ouvir o som das espadas se chocando muito rapidamente. Empurrou todos para abrir espaço e quando conseguiu sentiu-se paralisada com a cena.

Dizer que ambos estavam sangrando seria o maior eufemismo do ano. Estavam ensopados de sangue, tinha até formado uma poça no chão.

Aizen tinha a maior parte de seus ferimentos no tórax e rosto. Ulquiorra, por outro lado, parecia ter ferimentos mais sérios em sua perna direita e em seu pescoço. Ambos lutavam contra si mesmos para respirar.

Arfando, Aizen estava esparramado no chão. Ulquiorra mantia seu pé na barriga de Aizen, para impedi-lo de se levantar. Um silêncio instalou-se no meio dos gritos.

Os dois estavam em uma luta bem justa. Sem bankai, cero, shunpo nem nada do tipo. Só o poder puro da habilidade com espadas e a sorte de cada um.

Ulquiorra percebeu a presença de Inoue e virou-se para vê-la.

Um milésimo de segundo de distração foi o suficiente para Aizen conseguir levantar-se.

Aproveitando-se da surpresa de Ulquiorra, que cambaleou para trás, Aizen conseguiu atingi-lo com outro golpe, fazendo-o cair.

Um “Ooh” em uníssono ecoou pelo ar de Las Noches.

Ulquiorra, de joelhos, tinha sua longa espada fincada no chão e apoiava-se na ponta dela. Ofegando, tentava se levantar.
Não conseguia, estava fraco demais.

Aizen, igualmente ofegando, ainda estava de pé.  Estava tão cansado quando Ulquiorra, porém teve mais sorte que ele.

—Sorte. –Aizen riu. —Parece que você não tem muita, cuarto espada.

A maioria dos curiosos que olhavam a luta, riram. Grande parte não viu graça, mas tinha medo o suficiente de Aizen para não querer irritá-lo

Ulquiorra parecia derrotado. Lançou um olhar melancólico para Inoue, que se debulhava em lágrimas antecipadamente.

—Não morra. –os lábios de Inoue disseram, mas não saiu nenhum som. Ulquiorra entendeu mesmo assim.

—Desculpe. –foi a resposta dele, no mesmo tom. —Eu... Te amo.

Sussurros carregados de indignação espalharam-se pelo local. “O que Ulquiorra acabou de dizer? Que absurdo!” “Espadas não podem ter sentimentos, muito menos o Schiffer!” “Ulquiorra disse que ama uma humana? Logo ele que despreza humanos?” “Quem é esse lixo para despertar o amor de Ulquiorra-san?

Aizen apontou sua espada para Ulquiorra e preparou-se para o golpe final.

Num impulso, Inoue correu o mais rápido que conseguia, enquanto simultaneamente Ulquiorra gritava “não”. Jogou-se na frente dele, o abraçou e tomou os lábios dele para si.
Eu te amo mais. –disse sibilando, desesperada.

Mais sussurros no lado de fora do castelo.

Aizen não tinha a intenção de matá-la, mas foi tudo rápido demais. O golpe atingiu em cheio a cabeça de Inoue e de Ulquiorra.

Aizen foi o que mais gritou.

E foi assim, abraçados e ao som dos gritos de Aizen, que Ulquiorra e Inoue morreram. Havia uma expressão de tranquilidade no rosto dos dois, eu arriscaria até dizer felicidade.

A morte não era uma coisa ruim, afinal. Era a mudança para um lugar melhor.

Depois de todo esse tempo, finalmente Orihime e Schiffer ficariam juntos. Para sempre.


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Notas finais do capítulo

Antes de tudo quero explicar o que falei nas notas do capítulo: Esse pode ou não ser o fim da fic, depende de vocês. "Mas como assim, thammy?" Simples, estou fazendo essa proposta em todas as minhas fics com a intenção de fazer aparecer os leitores fantasmas. Nessa, por exemplo, tem 15 pessoas que acompanham a fic. Nem todas deixam review, foram as que lêem mas não acompanham e fora os leitores que lêem mas não tem conta no Nyah. Então, se até o dia 8 de agosto a fic tiver mais 10 reviews, eu escrevo um capítulo especial, que se passará depois do fim, com no mínimo 4 mil palavras. (lembrando que os capítulos postados aqui mal chegam a 1.000) Então é isso queridos leitores. 10 reviews por um capítulo extra com quatro mil palavras. E sobre o fim da fic, a minha intenção desde o começo era matá-los no final. Queria fazer as pessoas entenderem que a morte não é necessariamente um final triste. Nesse caso não foi. A morte não acaba com as coisas, ela transporta as coisas para uma dimensão mais feliz e com menos problemas. Beijos!