No capítulo anterior...

“Ulquiorra postou-se ao lado de Inoue, apertando-a contra seu corpo. Sentiu o nervosismo da humana, então virou-a para sí.

 Uma simples troca de olhares que durou menos de um segundo serviu para confirmar: Estava tudo bem. E enquanto Inoue confiasse nele, tudo estaria.”

Ulquiorra lançou um olhar suplicante à Aizen, como se lhe pedisse algo. Aizen entendeu o recado, e por mais inexplicável que isso pareça, o atendeu.

—Estou atrapalhando, não é? –disse ele. —Certo, certo. Estou indo.

Cabisbaixa, Inoue não acreditava no que ouvia. Mas só teve coragem de olhar para cima quando ouviu a porta bater, confirmando a saída de Aizen.

—O que...

—Ele concordou em te deixar viva. –Disse Ulquiorra. —Eu disse que eu...

—Você disse que...? –encorajou Inoue.

—Eu disse que te amava. –disse Ulquiorra, surpreendendo Inoue, que arqueou uma sobrancelha.

Além de surpresa, Inoue estava perplexa. Era a primeira vez que alguém dissera que a amava. Isso era tão... Inacreditável.

Quem diria que um dia alguém amaria a desajeitada garotinha ruiva, que sempre tivera gostos estranhos? E quem diria que esse alguém seria um Arrankar, com o coração frio como uma pedra de gelo?

Instantaneamente, as bochechas de Inoue coraram e com vergonha, ela abaixou a cabeça, olhando para os pés.

—Eu... Também. –ela se pegou dizendo depois de alguns minutos.

—Você também o quê? –perguntou Ulquiorra, não tinha entendido.

Inoue deu um sorrisinho devido a inocência de Ulquiorra. —Eu também te amo. –disse ela, aproximando-se dele para um longo beijo.

Eles aproveitaram intensamente esse momento. Foi bom terem aproveitado, porque os próximos não foram tão doces assim.

O único erro do Arrankar, foi esquecer-se da sua regra número um: Não confiar em ninguém.

Aizen era conhecido por muitas coisas, mas não por cumprir promessas. Apesar de ter dito que não, a vida de Inoue corria perigo nesse exato momento.