Eternamente Juntos escrita por Bianca Dias


Capítulo 8
Em meio a felicidade....


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sei que vocês devem de estar querendo me matar pela demora, mas enfim...
finalmente o capitulo ficou pronto!!
me desculpem qualquer erro de portugues!

boa leitura!



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Em meio a felicidade...

         Senti meu coração vacilar e perder uma batida. Voltando a bater fortemente contra o meu peito e minha respiração acelerar. Achava que minha mente estava apenas pregando uma peça em mim.

         Mas não... Lá estava ele.

         Tão lindo quanto podia me lembrar. Edward estava sentando a poucas carteiras de distancia, me olhando fixamente, como se quisesse se lembrar de alguma coisa.

         Imagens do nosso ultimo encontro vieram a minha mente.

         “- você toca? – perguntei apontando para o objeto em suas mãos.

         - Só sei duas musicas. – ele respondeu. – quer ouvir? – assenti com um movimento com a cabeça.

         Ele colocou novamente a gaita na boca. A minha canção de ninar invadiu o ambiente. Meus olhos já estavam úmidos e tentei a todo custo refrear o choro. Mas já era tarde. Só notei que as lagrimas escorriam, quando uma pequena mão de Edward deslizou pelo meu rosto, secando as lagrimas, sem deixar a musica parar.”

         A imagem do Edward criança seria uma coisa que eu levaria para o resto da minha vida. Ele era simplesmente a coisa mais linda que já tinha visto – perdia apenas para o meu Edward vampiro, de olhos cor de ocre.

         Um turbilhão de sentimentos me atingiam nesse momento; alguns se destacavam sobre os outros me fazendo sentir coisas que meu corpinho infantil de dez anos atrás não seria capaz de suportar: amor, saudade, fascinação e por ultimo a dor. A dor que guardei dentro de mim por tanto tempo veio a tona juntamente com as lembranças que eu tentava a todo custo manter guardadas lá no fundo, por me machucarem muito todas as vezes que as revivia em minha mente.

         Senti meus olhos marejados e uma leve tontura passar Por meu corpo. Apoiei-me rapidamente em uma mesa que estava na minha frente. A menina que estava sentada nela rapidamente se levantou e suas mãos pousaram hesitantes no ar, tentando de alguma forma me ajudar.

         - Está tudo bem? – ela sussurrou.

         - Sim – minha voz estava um pouco rouca pelo susto. Pigarreei.

         - Você está bem? – o professor se aproximou de nós.

         Eu ainda odiava esse tipo de atenção

         Cogitei dizer ao professor que eu não estava nada bem – o que de certa forma, era verdade – e ficaria essa aula tona na enfermaria, ou, com alguma sorte, seria dispensada e poderia ir embora para casa. Tudo isso para tentar ganhar tempo; não tinha certeza se teria coragem suficiente para me aproximar dele. Eu me sentia uma covarde.

         Mas ao mesmo tempo, eu sentia um grande vazio dentro de mim, e alguma coisa lá no fundo me dizia que isso acabaria quando me aproximasse dele, sentasse ao seu lado... Isso. Apenas ficar sentada e quietinha ao seu lado.

         Eu deveria ser capaz disso conseguindo reprimir a vontade de pular no seu colo.

         - Srta.? –o professor perguntou novamente. Só então notei que ele ainda aguardava minha resposta e que ainda estava em uma sala de aula com mais de quarenta pares de olhos me fitando curiosamente. Otimo. Já devem estar pensando que sou louca.

         Não que eu discordasse dessa idéia.

         - E-está tudo bem. – droga Bella. Será que não teria como mentir de maneira pior?

         Ele não pareceu se convencer, mas, assentiu brevemente com a cabeça e foi para a sua mesa. O segui – com as pernas meio tremulas e evitando olhar na direção dele – e lhe entreguei o papel para que pudesse assinar.

         - Srta. Isabella Cullen... – Ele murmurou e se virou para mim – aqui está – me entregou o papel já assinado – pode-se sentar ali. – ele indicou o único lugar vago.

         Do lado dele.

         Me aproximei – tremula – da mesa que o professor indicara a passos lentos e olhos pregados no chão. Não sabia bem o que eu temia ao olhar nos olhos dele, mas algo em mim se recusava a tal ato. Quando finalmente cheguei a carteira, me sentei sem olhar para ele, mas ainda assim, podia sentir seus olhos cravados em mim.

         O professor ainda não havia começado a aula. Ele remexia em alguns papeis em sua mesa e com isso, podia se ouvir o burburinho da turma conversando em voz baixa. E os olhos dele continuavam em cima de mim.

         Não sei bem como aconteceu. Acho que foi mais o reflexo do que tudo, mas em certo momento, meu rosto se virou na direção dele a tempo de ver seus olhos muito verdes me olhando atentamente. Sustentei seu olhar por míseros segundos, antes que suas bochechas corassem levemente e ele desviou o olhar, constrangido. Ele agora era tão... Humano.

         Uma necessidade estranha tomou conta de mim. Uma necessidade quase urgente de poder ouvir sua voz novamente, depois de tantos anos, contado apenas com minha memória fraca e embaçada. Eu precisava ouvir sua voz novamente.

         - Oi – minha voz saiu tão baixa que eu mesma quase não ouvi. Pensei em falar de novo – só que agora, um pouco mais alto –, mas ele virou a cabeça timidamente em minha direção, evitando os meus olhos.

         - Oi – sua voz saiu apenas em sussurro baixo e rouco, mas o suficiente para despertar varias emoções dentro de mim.

         - Sou Isabella Cullen – me apresentei.

         Uma ruga se formou entre suas sobrancelhas – perfeitas – e ele olhou intensamente, como se tentasse resolver um complicado problema de matemática.

         - Nós já nos conhecemos antes? – perguntou ainda sussurrando.

         Tive que morder o lábio para reprimir a vontade louca de falar tudo. Será que ele perguntou isso por que estava se lembrando de alguma coisa?

         - Do que você esta falando?

         Ele deu um sorriso torto que fez meu coração perder uma batida.

         - Edward Swan – ele estendeu sua mão, que eu aceitei sem pensar duas vezes. Uma tão conhecida corrente elétrica passou por meu corpo, me fazendo estremecer levemente. Parece que o mesmo tinha acontecido com ele, pois se soltou do aperto quase que instantaneamente. A ruga entre suas sobrancelhas se vincou mais ainda.

         - Er... – suspirou um tanto nervoso pelo acontecido – talvez você não se lembre mas... quando a gente era criança... a gente se conheceu num parque em Seattle.

         - Ah... acho que me lembro – mentira! Me lembrava de todos os detalhes! Até mesmo das roupinhas ridículas que Alice me fazia vestir. – Ah sim. Você estava tocando uma gaita, não?

         Quando ele já ia responder, o professor chamou atenção da turma.

         - Então gente, hoje começaremos a trabalhar com anatomia celular – ele começou a distribuir os materiais nas carteiras. Essa era a mesma matéria do meu primeiro dia de aula em Forks. Tinha como ter mais coincidências? Acho que não.

         A aula se passou arrastada. Não tive mais oportunidades de conversar com Edward durante a aula, então, tive que guardar bem no fundo da minha mente toda a minha vontade de ouvir sua voz novamente.

         Quando o sinal finalmente bateu, Edward começou a guardar os materiais sem pressa, como se não tivesse com muita vontade de ir para a sua próxima aula. Guardei minhas coisas, igualmente sem pressa.

         - Qual sua próxima aula? – ele perguntou quando eu já estava pendurando a mochila no ombro.

         - Hum – murmurei, enquanto pegava meu horário – Educação Física. E você?

         - Espanhol. Mas eu posso te  acompanhar até sua aula? É no mesmo caminho da minha. – o resto da frase ele falou tão baixo que se eu não estivesse tão perto dele, não teria conseguido ouvir. Quando olhei em seu rosto, percebi suas bochechas levemente coradas. Ele era bonito até mesmo assim.

         - Claro – sorri, vendo seu acanhamento – vamos.

         No caminho para o ginásio, nenhum de nós dois pronunciou nenhuma palavra sequer. Mas eu estava feliz de mais para me incomodar com isso. Eu finalmente estava ao seu lado de novo.

         Rapido de mais – para mim, pelo menos – chegamos ao ginásio, onde eu teria as aulas de Educação Física. Ficamos parados em frente a porta do vestiário feminino, sem saber bem o que falar.

         - Bem... – ele começou – está entregue. – ele deu aquele sorriso torto.

         - Obrigada. – eu não sabia muito bem o que fazer, então só fiz o que tinha vontade. Me aproximei do seu rosto, ficando na ponta do pé e depositei um suave beijo em sua bochecha rosada. Ele não esboçou nenhuma reação.

         Virei-me rapidamente, meio tremula pelo contato com sua pele em direção ao vestiário, ainda o deixando onde estava, sem ter coragem de olhar nos seus olhos.

         Já lá dentro, não tinha mais ninguém. imaginei que todas já tinha ido para aula, então me sentei num dos bancos que havia lá, para tentar colocar minha cabeça no lugar.

         Soltei um suspiro cansado, pensando em tudo que havia acontecido naquela tarde. Eu finalmente havia o reencontrado. Mas o que eu deveria fazer agora?

         - Bella?

         Alice estava agachada na minha frente, me fitando com preocupação.

         - Oi Alice.

         - Bella, por que você não está lá fora?

         - Eu o vi Alice. Ele estuda aqui. Tem uma aula comigo!

         Um sorriso largo tomou conta de sua face.

         - Eu já sabia disso.

         - O que exatamente?

         - Sabia que Edward estaria aqui. Tive uma visão a algum tempo.

         Meu queixo caiu.

         - E não me contou nada?

         - Carlisle me fez prometer que não falaria nada.

         Revirei meus olhos.

         - Ta tudo bem. O problema é que agora eu não sei como agir. O devo fazer a respeito.

         - Olha, o que você acha de irmos para casa agora?

         - Mas Alice, eu ainda tenho aula. Alias, eu já deveria estar lá.

         - Pode deixar isso comigo. Tenho um assunto mais importante para conversar com você agora,

         - E o que seria?

         - Vamos para o carro que eu te explico.

         Eu segui ela em direção ao estacionamento em total silencio. O que seria de tão importante que ela queria conversar comigo. Já dentro do carro, me virei para ela.

         - Tudo bem. Pode começar a falar.

         Ela soltou um suspiro e começou.

         - Bella, antes eu quero que você saiba que não podíamos fazer nada. Se isso tinha que acontecer, nada que faríamos revolveria muita coisa.

         - Alice, você esta começando a me preocupar. É tão sério assim?

         - Sim Bella. E eu estou com medo da sua reação. Não consigo prevê-la ainda.

         - Então fala logo.

         - Bella... o Charlie morreu.

         Eu nunca saberia explicar o sentimento que tomou conta de mim naquele momento. Agora que eu começava a acreditar que seria feliz, apenas por ter a chance de ver Edward todos os dias, acontece isso.

         Apesar de anos sem ver meu pai... eu ainda o amava. Muito.

Continua.... 


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Notas finais do capítulo

então?
o que acharam?

Leitoras novas, sejam bem vidas!!!
comentem muuito viu!!
kkk

Lady_Fany, amei sua recomendação!! muito abrigada!!

gente, to com um blog novo!
eu ainda to aprendendo a mecher nele, mas ja podem visita-lo http://byalautner.blogspot.com/

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Beijos e até a proxima!!!