Alucard estava deitado em seu caixão, como todas as manhãs, até ser perturbado por batuques na tampa do leito. Tentou ignorar uma, duas... três vezes, na quarta ia matar o infeliz responsável por isso. Abriu a tampa com violência e raiva que foi embora depois de notar a figura a sua frente... Uma garotinha sorridente de olhos tão azuis, mas tão azuis que parecia uma piscina cristalina, a menina parecia ter 6 anos ou mais possuía cabelos de um louro tão claro que parecia branco com a luz mais forte, ele era liso na raiz e no comprimento para encaracolar nas pontas.

“Alice o que você quer? Porque me acordou no meio do dia?”

“Mamãe disse para mim: ‘Se você se comportar no médico durante toda a semana, te compro um vestido novo’, eu me comportei... e agora eu ganho um vestido novinho!!”

“Ah é claro, ela faz a promessa e sou eu que tenho que cumprir...” Alucard sai de seu caixão sendo seguido pela menina que segurava um coelhinho rosa de pelúcia. “Peque o cartão com sua mãe que iremos...”

Com isso a garotinha saiu saltitante das masmorras, seu sorriso enorme a acompanhava, ela corria pelos corredores e escadas até o escritório de sua mãe. Alice parou na frente da porta dupla que estava fechada, deu uma arrumada no vestido xadrez rosa e amarelo, encostou na maçaneta e abriu a porta com toda a cautela do mundo.

“Sim, Alice?!” Integra tirou os olhos dos papeis e encarou a garotinha que agora estava bem na sua frente.

“Papai disse que vai me levar! Só falta o cartão de crédito...” Alice tinha um sorriso cada vez maior.

E sim meus amigos, depois de muito lutar, Integra conseguiu o que mais queria: casar-se e ter um herdeiro com o homem que escolhesse, com o homem que achava digno de pertencer a sua família, obviamente seus ancestrais se remexeram no túmulo quando ela fez sua escolha, mas sua mãe provavelmente estaria muito feliz com a sabia decisão, a sabia decisão que vem direto do coração com as mais verdadeiras e puras intenções.

Integra teve um pequeno devaneio em quando olhava o rosto delicadamente angelical de sua filha, lembrou da expressão horrorizada no rosto de seus vários admiradores, quando ela anunciou seu noivado com Alucard, ah sim, para começar foi ele quem a pediu em noivado, lembrou da fatídica noite.

_____Inicio do flash back de Integra______

Era uma noite bela com a lua cheia parecendo milhões de vezes maior que a Terra e milhões de vezes mais próxima da mesma. Mas para Integra era uma noite insuportável, tinha acabado, acabado o tempo lhe dado, o curto período de 4 anos para que ela encolhesse o marido ideal, amanhã  teria de noivar com um infeliz rapaz da nobreza, infeliz porque Integra faria da vida dele um genuíno inferno. Sua cabeça latejava parecendo que ia explodir, fechou os olhos por um segundo e quando os abriu deu de cara com Alucard que a encarava como se fosse a própria Monalisa.

“Seu tempo acabou não é?”

“Veio aqui só para me lembrar disso?”

“Não, vim aqui para perguntar...”

“Não estou com cabeça para responder seja lá o que for”

“Integra, se casaria com o primeiro homem que viesse lhe pedir a mão nesse exato momento?”

“É claro que não”

“Me diga Integra” Alucard sentara na escrivaninha “Você vive dizendo que nenhum homem é digno de casar contigo, mas como seria um homem assim?”

“Para começar eu tenho que ama-lo e ele á mim, teria de ser confiável, inteligente...”

“Independente, ALTO, nobre, MORENO, respeitos para com sua condição virginal, VAMPIRO, que não queira sua organização, seu dinheiro e seu poder, que possa proteger tanto á você quanto a criança...”Alucard tinha um sorriso malicioso, e apenas esperava sua mestra criticar a comparação de um homem perfeito com o vampiro.

“Mais ou menos isso... com exceção do alto, moreno e vampiro...”

“Hora Integra, está obvio que me ama e eu tenho todas essas qualidades”

“Onde que eu não vejo?”

“Sou extremamente confiável já que te pertenço em todos os sentidos, tenho a inteligência de séculos, tecnicamente sou nobre na verdade príncipe, quero te  porque  amo e não porque quero seu corpo, seu dinheiro ou sua organização...”

“Espere! O que disse?”

“O que ouviu Integra...” Alucard puxou a Hellsing para m beijo, que logo foi correspondido e Alucard não parecia surpreso com isso, o beijo durou um, dois, três...quatro minutos quando Integra o quebrou.

“Quero meu anel com uma pedra bem grande para poder exibi-lo...”

“Como quiser minha mestra...”

______Fim do Flash back e Integra______

Integra foi tirada de suas memórias pela voz de Alice:

“Papai, o que ouve com a mamãe, faz uns 3 minutos que ela está paralisada...”

Integra a olhou e acariciou os cabelos, enquanto Alucard se desprendia da sombra de uma das paredes.

“Nossa! Faz tempo que não tem um devaneio Integra, devaneio com direito a Flash back...”

Integra fez uma cara maldosa o encarando. Pegou um cartão que estava sobre a escrivaninha e deu na mão de Alucard.

“Juízo Alucard! Sei que adora estraga-la _Integra apontava para Alice_ mimando-a de toda forma possível”

“Não se preocupe... minha querida Integra, vamos nos conter ao máximo”

Alice despediu-se da mãe com um beijo e saiu ao lado do pai que pôs a mão em seu ombro.