O Amigo do Casaco Negro. escrita por Thata-chan


Capítulo 1
Um dia um tanto normal.




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バイ タタ。                                黒いコートの友人.

  

Capítulo 1- Um dia um tanto normal.

      

Férias, de um ano muito comum.

   As crianças brincavam, os adultos trabalhavam e o dia e as noites passavam. Aquela cidade era peculiar o suficiente para despertar o interesse de seus moradores. O dia era sempre crepúsculo, não importando a hora. Assim, foi nomeada de Twilight Town.

   Mas nada que fosse preocupante.

  Sim, eram férias de verão, a época onde os felizes estudantes não precisavam ir à escola, e podiam aproveitar sua liberdade. Assim como brincar com os amigos, e nada como aprontar também.

  -Ei, então, o que vamos fazer em nossas férias? -Dissera Hayner, o loiro com casaco camuflado.

  -Podemos logo adiantar a lição de casa! -Sugeriu Ollete, a estudante morena de regata laranja.

  -Não, não... o que você acha, Roxas? -Discordou Pence, o moreno de camisa vermelha.

O silêncio preencheu o lugar, e todos ficaram parados ansiosos por alguma idéia.

  -Bem, eu não sei... -E por último, Roxas disse sentado em cima de uma caixa um tanto velha e que a qualquer momento, aquilo poderia desabar.

O loiro -Roxas- não tinha nenhum interesse no que devia, ou queria fazer nas férias. Ultimamente, sua vida estava um pouco além do normal. Sonhos estranhos, garotas fantasmas, pessoas esquisitas, de tudo isso ele era rodeado ultimamente.

Assim, o grupo que estava no esconderijo que ficava a baixo dos trilhos do trem, enfim, se decidiu:

  -Ei, podemos ir à praia, o que acham? -Disse Hayner.

  -Boa idéia! -Assim o coro surgiu de Pence e Ollete.

  -E então, Roxas? -O garoto se virou para o outro igualmente loiro, se certificando de que o amigo iria junto.

  -Podem ir na frente, eu já vou.

A sombra naquele lugar escuro que projetava a luz através dos buracos do trilho, se mexiam, e festejavam, o sol, a alegria, e como se tivessem vida, atiçaram o menino pensativo que alí sobrara.

  -Tá, tá, já estou indo... -Reclamou.-

E assim, saindo do esconderijo -não tão escondido- correu tranquilamente até uma das ruas onde encontrou os outros três amigos.

  -Mas o que houve? -Roxas perguntou com os olhos arregalados e o cenho levantado.

  -Não temos dinheiro para as passagens. -Respondeu Pence.

  -Nós juntamos tudo que tínhamos, mas ainda sim, de nada adiantou. -Disse Ollete desanimada, perdendo o sonho de visitar a praia.

-Bom, eu tenho somente 110 munny. -Pausa.- Desculpe.

  -A passagem do trem abaixou, mas ainda sim, está longe de nossas condições. Cada passagem são 500 munny. E somos em quatro, então... São 2000 munny. -Completou Hayner.

  -Bom, Roxas tem 110 munny, eu tenho 380, Ollete tem 80 e somando com os 250 munny de Hayner, temos 850. E isso paga apenas uma passagem e meia. -Pausa. -Precisamos ter 1150 munny. -Calculou Pence.

  -Podemos arranjar emprego, o que acham? -Sugeriu Roxas.

  -Sim, sim! Boa idéia, Roxas! -O brilho dos olhos de Ollete finalmente voltou com a idéia surpreendente de Roxas.

  -Bom, se são 1150 munny, vamos dividir o que cada um tem que conseguir, justo, não? -Pence levantou a questão.

  -São aproximadamente 288 munny para cada um. Teremos que trabalhar duro, então. -Falou Hayner.

  -Porque não trabalhamos e ganhamos o que temos de ganhar, e no final do dia somamos? Seria mais fácil. -Roxas discordou; porém corretamente.

E assim se fez; o grupo trabalhou bravamente e no final do dia, finalmente puderam se encontrar de novo e ver se o dinheiro iria dar para comprar as passagens de trem.

  -Eu tenho 280. -Disse Hayner;

  -E eu 500. -Festejou e zombou Ollete.

  -Bom, tenho 300.-Completou Pence.

  -E eu 600! -Zombou ainda mais de Ollete, que ficou corada.

  -Puxa! -Pence se surpreendeu. -Temos 830 munny de sobra! O que iremos fazer?

  -Vamos comprar sea-salt ice cream! -Já pulando de alegria, Roxas sugeriu.

E assim a noite surgira na cidade. Os aventureiros certamente iriam pra praia no dia seguinte, e aproveitar o sol e calor, e comprar o tão delicioso sorvete que não era doce, nem salgado, mas sim os dois.

Os amigos foram para casa com o anoitecer, ansiosos para que o próximo dia certamente chegasse.

Hayner não tinha palavras, contou tudo à família, que ficou animada que o filho estivesse feliz.

Pence de nada falou, mas mesmo assim, não se sentiu culpado ao esconder isso da família.

Ollete festejou tanto que os pais ficaram preocupados e souberam do acontecido;

Já Roxas não teria como comemorar com alguém, pois era solitário em seu pequeno quarto enfeitado, de frente para a linda cidade.

   E o amanhecer acontecera.

Algo como sinos de uma torre de relógio tocavam e tocavam para que os habitantes acordassem e começassem sua longa jornada até o dia seguinte. Roxas abria sua janela ao lado da cama, e fitava como as nuvens e o sol simulavam perfeitamente o crepúsculo, mesmo ainda sendo de manhã.

A criança de longe não estava tão animada quanto os amigos, porém ainda sim estava feliz por finalmente poder deixar a cidade e ir para a praia pela primeira vez. Sim, era a primeira vez que os olhos inocentes de Roxas iriam observar a linda vista de uma praia, e brincar livremente.

Então, o grupo se reuniu como sempre no esconderijo, -não tão escondido- e decidiu:

  -Bom, vamos comprar melancia e sea-salt ice cream com o dinheiro que sobrou! -Disse um tanto feliz Hayner.

  -Não temos tempo a perder, vamos logo! -Dissera Pence.

O caminho até a estação não era muito longe, e quando o grupo chegou, fizeram uma parada em frente ao mesmo.

  -E então, vamos? -Dissera Hayner.

  -Vamos! Nós esperamos aqui enquanto você compra os bilhetes, Hayner! -Uma indireta ao amigo vinda de Pence.

  -Ok, ok.... -E então Hayner fora entrar na estação para comprar os bilhetes.

A empolgação de Roxas não ajudara na felicidade dos amigos, eles realmente achavam que Roxas estava meio que maluco, com afirmações duvidosas e "aparições" estranhas da qual os amigos nunca viram.

  -Roxas, você está bem? -Ollete perguntou, com receio de algo.

  -Sim. -O loiro parecia fitar o céu ou algo nele.

  -Mas o que você está olhando? -Pence perguntou.

  -Ah bem, nada.

E então, Hayner volta com os bilhetes na mão gritando:

  -Vamos pessoal! Vamos!

  -Vamos... Roxas? -Ollete se virou para o amigo percebendo que ele não estava indo em direção à Hayner.

  -Podem ir. Eu vou logo atrás. -Ainda fitando algo lá em cima.

  -Se assim deseja...

Roxas nem escutou a amiga. Ele estava curioso em saber que estaria lá na torre do relógio. Parecia ser alguém.

Ele subiu até o topo, onde costumava ficar com seus amigos tomando sorvete, e assim, saciou sua curiosidade.

  -Quem é você? -Roxas disse assustado.

O sujeito se virou, e viu que, o garoto realmente conseguia vê-lo.

  -Ah... -E então, entrou em pânico. -Eu não sou ninguém... Uhh... -Tentou falhamente assustar o loiro com técnicas... Infantis. -Você não viu nada... -E assim, o sujeito foi para o outro lado do relógio.

Roxas sempre foi curioso. Costumava se lembrar de quando saía com os amigos explorar a cidade em busca de lugares secretos ou objetos brilhantes. E dessa vez não foi diferente. Assim como o sujeito fez, foi para o outro lado do relógio.

  -Eu não vou te machucar... -Roxas disse como se estivesse à frente de um E.T.

E então o homem se virou de novo, agora mais calmo.

  -Mas o que diabos você quer comigo? -O ruivo emburrou.

  -Bem... Eu gostaria de saber quem é você. -Pausa. -Eu não quero ir à praia. Apesar de nunca ter ido.

  -Meu nome é A-x-e-l. Memorizou?

  -Azel?

  -Não... a-X-e-l. Com 'X'! -Simulou a pronúncia das letras para que Roxas pudesse memorizar.

  -Ahh... Meu nome é Roxas. Com 'X' também. -Silêncio. -Mas então... O que faz aqui? -Disse o mais inocente possível, mesmo que inconscientemente.

  -Eu estou... Relaxando. Esse lugar é muito bonito... E me faz feliz.

  -Mas... Que cabelos espetados! -Roxas mudou totalmente de assunto tentando tocar nos afiados cabelos do ruivo.

  -NÃO! Não toque em mim! -E então, bateu sua mão na do loiro, repelindo o interesse do pequeno.

  -Mas porque? O que há em você que não posso tocá-lo? -Disse sorridente.

  -Apenas. Não. Toque. -Ao contrário de Roxas, Axel disse seriamente.

Depois dessa deixa, Roxas não disse nada. Apenas se levantou, e saiu andando, e o Ruivo nada disse.

  Ele desceu até a estação, mas percebeu os Amigos não estavam lá. Roxas andou em direção ao trem, mas o bilheteiro chamou-lhe:

  -Ei... Você é Roxas?

O loiro parou e se virou.

  -Ah, sou sim. Porque?

  -Seus amigos disseram para entregar isto para você. -E então o bilheteiro entregou uma carta a Roxas.

" Roxas.

Desculpe por não esperar, mas nós queríamos aproveitar o dia e, nos tocamos que o dinheiro servirá para estadia em algum hotel. Mas você ainda pode vir! Estaremos esperando!

                                                                                                                                   Hayner, Pence e Ollete."

  Junto à carta, havia o bilhete de trem do qual o levaria para a praia.

-Ah, bem... –Sem saber o que fazer, Roxas apenas aceitou a carta e o bilhete.

Então andou em direção ao trem, e atravessou a porta.

~w~w~w~w~w~w~w~

-Lindo... –Disse hipnotizado. –Mas, onde será que eles estão?

-Roxas! Roxas! –Escutou uma voz feminina chamando seu nome.

-Hã? Ollete?

A garota se aproxima do loiro.

-Vamos, temos que aproveitar essa linda praia!

Sendo puxado pela garota, o loiro segue para a praia.

-Puxa, que maravilhoso! –Disse impressionado.

-Muito não é? Bem, vamos entrar no mar! –Disse avistando os outros dois amigos.

Roxas tirou seu casaco, ficando apenas com uma regata branca e sua calça cinza.

-Você não trouxe roupas, Roxas? –Pence perguntou.

-Trouxe, estão em uma mochila.

Longas horas de diversão se passavam. Longas horas com amigos. Longas horas.

Era final da tarde, já quase anoitecendo.

-Ei, Hayner, você disse que tinha arranjado um alojamento, não é? –Roxas perguntou.

-Sim, sim! Com o dinheiro que temos conseguimos alguns dias de estadia.

-Isso é ótimo! Bom, já está anoitecendo. Acho que precisamos ir.

As crianças saíram da praia em direção ao alojamento. É claro que preferiam dizer que era um hotel do que um alojamento.

A caminho da estadia, as crianças admiravam as ruas iluminadas, as lojas decoradas, tudo lhe chamavam a atenção.

Logo, Roxas percebeu um movimento estranho logo ao lado. Ele tentou convencer os amigos do que estava escutando, mas nenhum deles escutou-o. Então resolveu investigar o que era e que depois se encontrava com os amigos o alojamento.

Passos cuidadosos e com o olhar fixo, Roxas tentava decifrar que barulhos eram aqueles.

-Eu já te disse para não fazer barulho! –Disse uma voz ao fundo.

-Desculpe! Eu já não disse desculpa? –Disse uma segunda voz.

-Ta tá! Agora fique quieto!

Mas o que são essas vozes? Pensou Roxas.

Então, o garoto decidido, seguiu mais passos em direção ao desconhecido.

Já noite, o loiro pensou em não demorar, pois poderia se tornar perigosa aquela situação.

-Alguém ai? –Perguntou Roxas curioso.

Não escutou nada.

-Por favor, alguém ai? –Fez uma pausa. –Estou perdido. –Disse blefando.

Então, dois homens de casacos pretos apareceram a sua frente. De início, o loiro estranhou, mas percebeu que não eram perigosos.

-Eu estou perdido, alguém pode me ajudar?-Roxas continuou blefando.

Os homens de preto não podiam ser identificados porque um capuz igualmente negro cobria seus rostos.

-Bem, para onde você deveria ir? –Disse o primeiro com voz calma.

-O alojamento da praia. Eu me perdi de meus amigos.

-Bem... Você volta, vira à direita, e depois, segue dois quarteirões, e vire à esquerda. –Disse o outro meio irritado.

-Sabe, eu não tenho um bom senso de direção.

-Nós podemos levá-lo! –Disse o homem da segunda voz.

-Claro eu não! –Gritou o outro. –E, aliás, não está com medo de nós? –Disse se virando para Roxas.

-Por algum motivo não. –Pausa. –Mas... Custa vocês me guiarem até lá?

O silêncio seguinte fora interrompido por um toque de celular.

-Alô? –Roxas atendeu.

-Roxas? Onde você está? –Hayner disse preocupado.

-Hayner? Ah, eu já estou a caminho, não se preocupe.

-Tudo bem. Lembre-se, estamos no quarto 501.

-Ok. Tchau. –Roxas então desligou o telefone.

-Parece que tem gente procurando por você. –Disse o primeiro homem.

-Por favor, poderiam me dizer seus nomes? –Roxas pausou, pensando em uma razão para a pergunta. –É que suas vestes são iguais e não consigo distinguir vocês.

-Não é necessário. Você nunca mais nos verá novamente. –Então disse o mesmo homem, o mais sério.

E como solicitado, os dois homens guiaram Roxas até o alojamento que se despediram logo em seguida.

Mas o loiro queria mais. Ele queria saber quem eram os dois homens gentis.

-Vocês realmente não podem me dizer seus nomes? –Roxas suplicou.

-Não. Agora vai. –Disse o primeiro homem de voz mais grossa com os braços cruzados.

Roxas então adentrou as escadas que iam para a recepção do alojamento. Pegou a chave no balcão, subiu as escadas para o andar, e abriu o quarto 501.

-Roxas! –Ollete correu em sua direção, abraçando-o. –Você está bem!

-Claro que estou!

-Estávamos preocupados com você. –Pence disse.

-Mas está tudo bem agora.

A noite passara agitada. Logo após a chegada de Roxas, todos jantaram e brincaram um pouco antes de dormir. Porque afinal, eles queriam dormir cedo para que no próximo dia possam aproveitar a praia.

-Ah, acho que nunca vou me cansar dessa praia! –Disse Hayner adentrando na areia.

-É verdade Hayner! –Continuou Pence.

A manhã fora puro descanso. O sol estava lindo, e o mar estava tranquilo.

Mas aquilo não duraria para sempre. Os dias de descanso estavam terminando e as crianças deveriam aproveitar o melhor do tempo.

-Eu não acredito que só temos mais um dia! –Ollete reclamou.

-Eu não quero ir embora! –Hayner continuou.

Roxas não parecia prestar atenção na conversa dos amigos, ele parecia hipnotizado com o céu.

-Roxas! –Gritou Pence para tirá-lo do transe.

-Hã? O que foi? –Disse Roxas balançando a cabeça.

-Você está muito disperso hoje! –Pausa. –Aliás, você está muito disperso ultimamente! –Ollete continuou.

-Ah, Ollete... Não é nada! Eu já disse!

-Você não está mais conversando, brincando, rindo...

-Ollete, deixe-o em paz. –Disse Hayner sério.

Ollete nada disse. Apenas consentiu.

-Então... –Disse Pence sentando-se ao lado de Roxas. –Roxas, aquele barulho que você disse ter escutado ontem... Você achou o autor desse barulho?

-Ah... Bem... Mais ou menos.

-Como assim?

-Eu encontrei duas pessoas conversando, mas elas estavam com um manto negro e um capuz. Não pude identificá-las.

-Nossa, que assustador!

-Nem tanto, aquelas duas pessoas não pareciam perigosas. Aliás, nem sabia se eram homem ou mulher.

-Nossa... Mas, você não se perdeu a caminho para o alojamento? –Continuou Pence interessado. –E, e... O que você disse ás pessoas de manto negro?

-Ah, eu disse que estava perdido, e após muita discussão entre eles, eles me guiaram até o alojamento.

-Ah, então não eram perigosos. Entendo. –Pence assentiu.

-Pence... Você acredita em mim?

Pence parou por alguns segundos e sorriu para Roxas.

-É claro que sim! Porque não acreditaria? Você é meu amigo!


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Notas finais do capítulo

Reviews? =D