Sex On The Beach escrita por Miss Malfoy


Capítulo 7
Seven.


Notas iniciais do capítulo

OLÁ MEUS AMORES!!!!
Já deu pra ver que eu to feliz, Porque? Porque esse capítulo é o melhor, que vai deixar vocês sabendo da nossa pequena história!
Então...








Boa Leitura!



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E na minha frente, Thalia e Annabeth se levantaram também, chocadas ao me verem ali, mas com expressões de culpa no rosto. Elas sabiam que eu tinha escutado. E agora, sabiam que teriam que me dar uma boa explicação para toda aquela história. Caminhei até ficar na outra margem do lago, e cruzei os braços. Meus olhos iam de Thalia para Annabeth. Era aqui que isso terminava.

- Percy... - Thalia babulciou. - Você...

- Ouviu? - terminei, ríspidamente. - Ouvi. Podem me dizer por favor o que é que aconteceu? Porque eu tenho que ser o último a saber dessas coisas?!

Elas continuaram a me olhar. Annabeth parecia me analisar, como se não me visse à muito tempo. Evitei aqueles olhos penetrantes que há alguns dias eu desejava tão intensamente que me fitassem. Eu tinha de ser forte. Ainda mais porque a minha maior vontade naquele momento era tomá-la em meus braços e beijar tudo o que estivesse ao meu alcance.

- Ok... Então, vocês falam pelas minhas costas, mas eu não tenho o direito de saber a verdade?

- Percy, não é isso... - Thalia tentou. Mas ao ouvi-la pronunciar tais palavras só me deu mais raiva.

- Não venha me dizer que não é o que estou pensando! Eu escutei o que vocês falaram! Qual é a de vocês? Sou a nova esperiência social de vocês?

- Percy! - Annabeth gritou.

Eu a fitei, tentando acalmar meu peito que descia e subia lentamente, como se eu tivesse corrido uma maratona. Annabeth também arfava, e Thalia tinha lágrimas nos olhos.

Eu respirei fundo, tentando me acalmar. Porque tinham escondido tanto de mim? Era o que eu estava determinado a descobrir.

- Ok, podem me contar tudo o que aconteceu, e não economizem palavras.

Cruzei os braços com força contra o peito, e esperei pelas palavras vazias de desculpas, seguidas de uma história real, de algo que eu estava temendo à algum tempo, mas que era a verdade necessária.

Thalia respirou profundamente umas duas vezes, e então caminhou até mim, seguida de Annabeth.

- Acho que devo uma verdade à vocês dois. - ela disse, com rancor visível na voz. - Quando estavamos na festa, na festa que antecedeu o rompimento de vocês... Bom, Percy estava me contando que vocês tinham brigado.

Eu assenti. Me lembrava daquele dia. Tínhamos tido a briga mais violenta do nosso relacionamento, e eu fui procurar consolo e me esconder dela ao mesmo tempo. Mas a outra parte da festa ficava meio... Perdida na minha mente.

- Bom, o Nico deu um copo pra ele e... Acho que vocês deduzem o que aconteceu. Você tem um fraco com alcóol Pers. - eu corei com essa linha. - Mais pra frente da festa, você não estava no seu estado normal, e eu também não... Aconteceu.

Sua última palavra foi dita com tanta mágoa que eu era capaz de sentir pena. Mas naquele momento eu tinha isolado todos os meus sentimentos, e estava frio como gelo. Aconteceu... Aquilo com certeza se referia ao tal beijo.

Ao ver que ela estava quase sem forças para continuar, cheguei mais perto e disse:

- Continue.

Ela assentiu e engoliu o choro.

- Aconteceu... Você me beijou.

Franzi a testa inconcientemente. Eu a tinha beijado então. E de repente algumas coisas começaram a fazer sentido. Como ela ficava estranha quando estavamos sozinhos, ou quando trocavamos uma intimidade maior do que um abraço... Ela se sentia culpada? Ou não tinha gostado muito da experiência passada?

- Eu te beijei? Eu te beijei? - perguntei, tentando enteder o que mais tinha acontecido.

- Beijou. - ela disse, sacudindo a cabeça freneticamente. - Mas nenhum de nós estava no estado normal, por isso eu nem percebi o que estava fazendo. Ninguém sabe desse beijo porque estavamos numa parte da praia que é um tanto escondida... Mas a Annie viu.

Agora seus olhos tinham se enchido de lágrimas. Annabeth escutava tudo tão atenta, que aquilo parecia mais uma das nossas aulas de Grego Antigo. Seus olhos também estavam cheios de lágrimas...

Ao vê-la daquele modo, comecei a lembrar de como ela ficava quando brigavamos... De como ela ficava linda daquele jeito, e de como eu me sentia culpado só por ver aquelas lágrimas, que nem tinham sido formadas por minha causa. Me lembrei das discussões sem fundamente, e de como eu odiava quando ela me culpava de coisas inúteis. De como nossas tardes tranquilas costumavam ser perfeitas, e de como ela ficava zangada quando não dava a mínima para suas explicações sobre os monumentos históricos...

Sorri com aquilo. Mas logo voltei a olhar para Thalia, aquilo não podia esperar.

- E ela achou que eu estava traíndo ela. - concluí.

- Não achei coisa nenhuma! Estando bêbado ou não, você beijou outra garota Perseu! - ela gritou, se virando para mim.

- Eu nem me lembro do que aconteceu! Acha que eu teria esperado esse tempo todo se soubesse o que aconteceu? - me virei, agora furioso para Thalia. - Porque não me contou isso antes?!

Ela recuou um passo e deu um soluço, deixando uma lágrima escorrer pelo rosto bonito.

- Porque quando tentei explicar à ela... Ela foi horrível comigo.

Annabeth corou e baixou a cabeça. Percebi que não queria saber o que ela tinha dito à Thalia. Mas continuei escutando atentamente.

- Eu realmente fui horrível... - Annie falou baixinho.

- Então eu fiquei com raiva, e decidi que não ia contar nada pra nenhum dos dois. Mas eu estava com raiva, depois que tudo aconteceu, eu queria contar pra vocês... Mas simplesmente não queria que ficassem bravos comigo... Eu sinto muito...

Thalia parecia desesperada. As lágrimas rolavam soltas por seu rosto, fazendo com que toda a perfeição que eu via nela ficasse mais humana. Tive pena. Tive vontade de abraçá-la e aconchegá-la em meu peito, aceitar suas desculpas. Eu sentia rancor, sentia aceitação... Parecia que a verdade tinha acendido alguma coisa dentro de mim.

Eu olhei Annabeth, que tinha lágrimas nos olhos, olhei Thalia, que chorava sem parar... E fiz o que devia fazer. Não sei ao certo se entendia Thalia e seus motivos, mas eu não ia acusar a única pessoa que realmente me ajudou enquanto eu estava mal.

Acabei com a distância entre mim e minha prima, e a abracei. De todo o meu coração, eu a perdoava. Não sei se era molenga demais, ou se eu realmente sabia pelo que ela tinha passado. Mas eu a amava. E era um amor fraternal que eu só ntendia naquele momento. Ela enlaçou meu pescoço e soluçou no meu cangote. Senti outros braços envolta de nós, e recebi depois de tanto tempo, o toque quente de Annabeth Chase.

Quando o momento fraternal acabou, Thalia enxugou os olhos, assoou o nariz audivelmente e sorriu fracamente para nós, e sem dizer mais nada, saiu do lugar me deixando à sós com Annabeth.

E pela primeira vez, desde que eu tinha quinze anos, olhei para ela direito. Os olhos cinzentos que me faziam pirar, os lábios bonitos e rosados, o nariz arrebitado e o cabelo louro que caía em lindas ondas. Como eu podia ter pensado que ficaria melhor sem ela? Como eu podia ter cogitado a ideia de passar minha vida sem ela ao meu lado? Era engraçado como nós apenas percebiamos como amamos alguém, somente quando perdemos essa pessoa?

Olhei maravilhado para ela. Caminhei inconcientemente em sua direção, chegando cada vez mais perto, até poder tocar seu rosto. A pele alva e macia e eu estremeci ao confirmar isso. Seus olhos se fecharam, e sua expressão se tornou serena.

Era um momento só nosso. Em que nem o Acampamento, nem o jogo, nem Beckendorf e Chris que estavam observando existiam. Erámos eu e ela.

- Você tem que me perdoar Anne... - eu disse, calmo. - Eu... Fico completamente perdido sem você. Sinto falta de tudo. Até das nossas discussões. - ela deu uma risada baixa, o som fez meu coração se contrair. - Você tem que me perdoar...

Me aproximei até narizes se tocarem. Nossas respirações ofegantes se confunidram, e eu senti uma descarga elétrica passar pelo meu corpo. Eu havia esperado por aquilo... Eu havia ansiado por aquilo.

Ela passou uma mão pela minha nuca, ainda com os olhos fechados, e puxou minha boca para a dela. Foi nostaugico. Frenético. Para mim, melhor do que passar um dia inteiro em baixo d'água. A sensação de seus lábios tocando os meus novamente, era algo familiar e dilicioso. Aquele gosto que eu tanto conhecia, a doçura de seu toque, por mais que fosse mínimo, era melhor do qe qualquer droga pra mim. Melhor do que qualquer bebida... Era o que ia me submeter à ela sempre que ela quisesse.

Annabeth me afastou e abriu os olhos, claros e transparentes, me fitando com um amor que eu nunca tinha visto antes.

- Annabeth... - sussurrei para o vento.

Era incrível como só aquela palavra me arrepiava.

- Eu te amo. - completei. - Eu devia ter te falado isso muito antes. Devia ter te falado isso quando tínhamos quatorze anos. Eu te amo.

E de repente, aquelas palavrinhas se tornaram a coisa mais importante do mundo para mim. Abracei-a pela cintura e levantei seu corpo do chão. Aquela proximidade que me causava arrepios de prazer.

- Eu te amo, Te amo mais do qeu a qualquer outra coisa no mundo. E se não me aceitar de volta... Acho que estarei arruinado para todo o sempre.

Um sorriso débil foi brotando de seus lábios, fazendo com que o ânimo crescesse em meu peito. Então começamos a rir sem nenhum propósito. Sem nenhum motivo aparente. Riamos como bobos, como se estivessemos diante de alguma coisa realmente engraçada.

Eu ria, porque finalmente tinha entendido tudo o que andava acontecendo comigo. Aquele vazio que sentia de repente... Era ela. Era ela que me faltava. Sentia falta de sua voz superior me dizendo o que fazer. Tinha saudades de como ela prendia o cabelo no insistente rabo-de-cavalo, mesmo que eu dissesse que seus cachos eram lindos. E era isso o que me faltava. Essa rotina maluca, deprimente, mas totalmente minha.

- Eu também te amo Percy. - ela disse.

Era muito bom escutar aquilo. Entendi porque ela sempre discutia da minha falta de tato.

- Que bom que exclarecemos isso.

Ela riu. E eu beijei cade centímetro seu que estava descoberto, querendo reconhecer aquele território que seria para sempre meu daqui pra frente.

Caça à bandeira? Eu tinha coisas mais importantes para fazer naquele momento. Como ter minha namorada novamente. Mas se bem que... Larguei ela por um segundo, e prendi suas mãos nas costas. Ela riu. Sabia o que eu ia fazer, e parecia não ligar. Eu tabém não ligaria.

- Óh, quer dizer que sou sua refém agora? - ela disse.

Foi minha vez de dar risada. Grudei meus lábios no pé do seu ouvido, truques que tinha aprendido em minhas pequenas aventuras, e sussurrei:

- É isso mesmo sabidinha.

Ela deu uma risada baixa e brave, eu atravessei o lago, ainda a carregando, e me apoderei da bandeira de sua equipe. Beckendorf, Thalia e Chris saltaram do arbusto, sorrindo como bobões.

- É! - Falou Chris, tentando esconder a lágrima que enxugava. - É isso aí! A gente ganhou!

Nós rimos, e eu soltei Annie, para que pudesse tomar seus lábios em um beijo urgente novamente.

Eu me sentia tão feliz. Me sentia mais feliz do que jamais naquele mês, porque tudo o que eu tinha ansiado estava acontecendo. Tinha sonhado várias vezes com aquele momento, e agora, tudo soava melhor do que nos sonhos. O gosto de seus lábios era incrível.

Mas tudo o que eu pensava, era em como podíamos brigar tanto? Como eu podia não ter dado o devido valor à aquela mulher?  Eu tinha tudo quando ela estava ao meu lado.

Assim que anunciamos que eu tinha roubado a bandeira, fomos rodeados pelo time e parabenizados. Mas eu tinha planos melhores para aquele momento, por isso me desfiz dos vários "parabéns" e "boa Percy!", e levei Annabeth para o meu lugar favorito no Acampamento inteiro; A praia.

Caminhávamos de mãos dadas, sentindo a areia fofa sob nossos pés e a brisa marítima lambendo nossos cabelos para trás. Eu olhava seu rosto, tão lindo e tão sereno, e agradecia aos deuses por terem me deixado conhecê-la.

- Sabia que eu te amo? - falei, mais uma vez, só porque as palavras estavam soando tão bem.

Ela riu, e me lançou um olhar penetrante, que eu podia jurar ter lido meus mais secretos desejos.

- Você já disse isso umas trezentas vezes Percy.

- Eu sei. Mais você merece. Eu nunca me dei conta do quanto te amo, nunca tinha te dito que te amava. Por isso prometo que vou fazer isso todos os dias. - um sorriso incrível emoldurou seu rosto.

- Me desculpe, ok? Me desculpe por ter sido sempre tão chata e controladora... Eu... Eu não consigo simplesmente me entregar e pronto...

- Hey, shhh... -  disse, colocando o indicador entre seus lábios. Ela se calou. - Você NÃO precisa me pedir desculpas. A gente tá bem agora, e é isso o que importa.

Ela concordou com a cabeça, e ali, ao pôr do sol, me beijou novamente selando o que seria o começo de um relacionamento perfeito. Ou quase.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
É uma pena estarmos tão perto do fim, porque eu to amando essa historia!
Prometo colocar uma cena MUITO PICANTE de Percabeth no próximo cap, pra encerrar com chave de ouro, ok?

Amo vocês pessoal,
Reviews?