Sex On The Beach escrita por Miss Malfoy


Capítulo 1
One.


Notas iniciais do capítulo

IDEIA MALUCA!
IDEIA MALUCA!

Ok, e aaí vai mais uma ideia maluca.
Espero que vocês gostem dessa.
Fiz o máximo possível pra deixar com aquela pitada de adolescencia, sabe?
Aquela coisa bem Sexo, Drogas e Rock and Roll.










Enjoy It! (yn)



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Eu não sabia ao certo o que tinha acontecido para que nós ficassemos desse jeito. Eu não sabia porque tinhamos chegado à um ponto tão crítico daquele relacionamento. Mas no fiundo, eu não queria saber. Eu não queria descobrir a razão para que ela começasse a brigar comigo por qualquer coisa, a razão por eu ter simplesmente enjoado dela... Estremecia só de pensar.

Lembrava de quando eu não sabia o que sentia por ela. De quando eu era ingênuo à ponto de ficar me perguntando porque Annabeth Chase causava sensações tão estranhas em mim. Agora eu queria desesperadamente saber como tirá-la de perto de mim.

O que aconteceu? Porque um casal que todos julgavam em perfeitas condições se tornou tão amargo e ridículo? Eu nunca tive a resposta para aquela pergunta. Só sei que tudo desandou naquela manhã.

Eu e Annabeth tinhamos brigado na noite passada. Por um motivo estremamente bobo. A verdade era que eu já nem me lembrava mais, porém sentia uma raiva tão sinistra que não falei com ela no café-da-manhã. Pude ver que seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar e pela primeira vez não senti pena. Ela já tinha tentado usar sua fragilidade para me fazer de bobo vezes demais para que eu ligasse agora.

As atividades foram passando lentamente diante dos meus olhos. Pela primeira vez o meu verão estava sendo entediante e monótono, de modo que eu quase desejei sumir do Acampamento e voltar pra casa.

Mas eu sabia que aquela briga não duraria tanto tempo. Orgulhosa e insegura como ela era, no final do dia viria discutir comigo, até que nossa briga virasse um festival de lágrimas e eu a desculpasse por qualquer coisa que tivesse feito. Assim poderiamos recomeçar a brigar no dia seguinte. E foi exatamente isso que aconteceu. Mas não do jeito que eu esperava.

Estava no pátio, com Grover e algumas amigas. Conversavamos furiosamente sobre a próxima festa que seria dada, dessa vez, pelo Chalé de Hermes, quando aconteceu.

-Percy! - escutei sua voz mesmo que ela estivesse longe.

Ela parecia furiosa. Os cabelos louros esvoaçando nas costas, os olhos tempestuosos estreitos focados apenas em mim. Grover e as filhas de Afrodite que estavam comigo se encolheram. Eu não os culpava. Também me encolhi ao vê-la daquele jeito.

-Bom, a gente se vê outra hora cara... - Grover disse, indo embora o mais rápido que pode.

"Vão começar a brigar novamente", escutei uma das filhas de Afrodite falarem ao longe. Concordei com ela mentalmente. Iamos começar a brigar novamente. Ela parou em frente à mim, os olhos me fuzilando. Eu suspirei pesarosamente.

-O que foi Annabeth? - perguntei, a voz sem emoção.

-Acabou Percy Jackson. Nosso namoro, e qualquer coisa que nós possamos ter, ACABOU! - Ela praticamente cuspiu as palavras.

-Eu... O quê?!

E de repente, com aquelas poucas palavras, eu entrei em desespero. Eu e ela podiamos brigar todo o santo dia, nos alfinetar e falar mal um do outro pelas costas, mas tudo o que eu menos queria era que aquilo acabasse.

Era psicótico, intenso e maluco, mas era desse jeito que eu gostava que as coisas fossem. E agora ela me dizia simplesmente do nada que as coisas tinham acabado? Como é que ela esperava que eu levasse isso numa boa? Como ela esperava que eu fosse enteder aquilo?

-É isso mesmo o que eu estou falando Jackson! ACABOU.

Praticamente todo o Acampamento já sabia que tinha acabado. Mas eu ainda não tinha entendido.

-Do que é que você está falando?! Porquê está simplesmente terminando comigo? - perguntei, o desespero visível em minha voz.

-Porque eu já me cansei disso, Percy! Eu já estou farta de passar todos os dias brigando com você sem conseguir ter alguns segundos de paz! Como é que você espera que nosso namoro vá pra frente desse jeito? Você é controlador, egoísta e ciumento, eu não aguento mais!

Minha boca se escancarou.

-Eu?! Eu sou controlador, egoísta e ciumento? Aonde nessa sua cabecinha brilhante você achou isso? Se estamos apontando defeitos, porque não se lembra do quanto você é mandona e infantil? Do quanto todas as vezes que começamos a brigar você NUNCA adimite que fez alguma coisa errada?

-Uma coisa é nós brigarmos, outra é você simplesmente dizer para o Acampamento inteiro coisa terríveis sobre mim!

Então eu vi seu rosto se contorcer em uma dor que não era física, e uma lágrima teimosa manchar seu lindo rosto. O rosto que eu tanto amava.

Eu achava que sabia do que se tratava. Tinha ido à uma festa depois de uma briga nossa, e digamos que bebi igual a um condenado. Parecia que o mundo ia acabar no dia seguinte de tão rápido que eu virava o álcool. Mas será que eu podia ter falado alguma coisa tão ruim assim?

Aquilo não podia acabar, não podia. Eu não podia permitir que aquilo acontecesse por causa de algum erro meu.

-Não... Annabeth, por favor... - tentei em vão.

-Esquece. - ela falou, fria. - Eu não aguento mais Percy. Não vou permitir mais que isso aconteça. Pode ficar por aí com as suas vagabundas de Afrodite. Eu não ligo mais.

Dito isso, ela saiu correndo direto para o seu Chalé, derrubando lágrimas de angustia pelo caminho. Deixando para trás um Percy Jackson completamente deprimido.

Agora quem tinha lágrimas nos olhos era eu. Comecei a cogitar a ideia de que Ártemis talvez estivesse certa sobre nós, homens. Mas como é que eu podia saber? Como é que eu podia me lembrar do que tinha dito? Comecei a me sentir o garoto mais idiota de todo o mundo. Eu tinha perdido Annabeth para sempre, disso eu tinha extrema certeza, já que ela nunca mais voltaria comigo dependendo do grau dos meus insultos.

Eu tinha acabado de perder a mulher que eu mais amava. De repente me dei conta de que nunca tinha dito isso à ela. Nunca tinha dito que a amava. Nunca tinha dito que ela era uma das únicas garotas com quem eu ficaria, quem eu escolheria para estar ao meu lado.

Deuses, o que foi que eu fiz? , me lamentei. O que foi que eu fiz para merecer isso?

-Jackson? Tá tudo bem? - escutei alguém perguntando as minhas costas.

Me dei conta de que estava realmente chorando. Em pleno pátio. Quem tinha me perguntado se estava bem era Clarisse, por mais estraordinário que pudesse parecer. Eu, é claro, não consegui responder por causa das lágrimas.

-Vem, vem com a gente. - ela falou.

Clarisse agarrou meu braço sem o mínimo pudor, usando toda a sua força para me arrastar para longe dos olhares curiosos que os outros Campistas me lançavam. Percebi que estavamos na floresta ao julgar o silêncio ocasional.

-Agora me fala, o que foi que aconteceu?

Aquela não era Clarisse. Levantei o rosto, e percebi que três garotas me encaravam. Clarisse La Rue, com seus cabelos castanhos e olhos verdes, a expressão feroz de sempre no rosto redondo, ainda segurando meu braço.

Thalia Grace, os cabelos negros e escorridos que combinavam com suas roupas pretas e o piercing espetado no nariz fino e rebelde.

E por fim, Silena Beugard, os cabelos castanhos em ondas perfeitas, os olhos azuis cintilando, e o rosto jovial de uma modelo muito linda.

As três pareciam realmente interessadas em qualquer coisa que eu tivesse a dizer, mas como eu não conseguia cessar as lágrimas, foi um pouco difícil dizer algo coerente. Silena veio mais para junto de mim e me abraçou, lançando um olhar feio para a pergunta de Thalia.

-Não pergunte nada disso agora! Ele acabou de terminar com o amor da vida dele, - uma nova onda de soluços se apoderou de mim. - e provavelmente não quer falar disso. Vamos apenas apoiá-lo.

-Bom, a culpa não é minha se fiquei curiosa... - comentou Thalia, rolando os olhos.

-Tá... Tá tudo... Bem Silena... - murmurei, entre os soluços.

Assim que me acalmei o suficiente para conseguir falar, eu as olhei. Pareciam realmente preocupadas comigo se é que é possível. Mas porque elas estariam?

-Eu... Não sei exatamente como as coisas aconteceram... Ela só me disse que tinha acabado tudo entre nós e que não aguentava mais nossas brigas. Também falou algo sobre eu ter dito coisas horríveis sobre ela, algo que não me lembro de ter feito...

Fiz um pausa, fitando o chão apreensivo.

-Eu não consigo acreditar que isso aconteceu. A gente podia brigar e tudo o mais, mas eu... Eu amava ela.

Silena deu um sorriso brilhante ao meu lado, os olhos cintilando só de ouvir a palavra amor.

-Mas você nunca disse nada disso, certo? - Thalia perguntou, tentando se bondosa.

-Ela te contou, não foi? - perguntei.

-U-hum. Ela reclamava que você nunca demonstrava nada por ela.

Eu suspirei. Não conseguia acreditar naquilo. Como é que estava acontecendo? Eu achava que nunca iria acontecer, que talvez nós até tivessemos filhos e envelhecessemos juntos... Mas pelo jeito as coisas não eram assim, certo?

Pelo jeito, o amor era só mais uma barreira. Era só mais alguma coisa para fazer nossas vidas ficarem cada vez mais difíceis. Eu não precisava de amor, declarei. Não precisava mais de amor, nem de garotas, porque isso só atrasava a minha vida.

Para quê viver uma vida inteira tentando agradar alguém que você ama, pra que no final essa pessoa diga simplesmente que se cansou dos seus defeitos, sem mencionar uma única coisa boa que você possa ter feito por ela? Pra quê passar a maior parte do seu tempo com essa pessoa para escutá-la reclamando o tempo todo sobre tudo? E a cima de tudo, pra quê desejar tanto essa pessoa, já que ela sempre negava tudo o que você queria?

Chega!, pensei. Chega que qualquer coisa que tiver a ver com amor! Eu já fui vítima dos encantos de Annabeth por tempo demais. E por mais que eu à amasse, nunca iria dar obraço a torcer. Eu era orgulhoso e realmente egoísta, não iria correr atrás dela para que voltasse para mim. Mesmo sabendo que era isso o que as garotas queriam.

-Percy, porque você não vai atrás dela e... - Silena começou.

-Não. - interrompi, frio. - Não vou ficar correndo atrás dela. Não aguento mais as criancices dela.

-Mas... Você estava dizendo que a amava agora a pouco. - Falou Thalia, sarcasticamente.

-Eu sei o que eu disse. O problema é que é sempre assim. A gente briga, eu vou atrás dela e tenho que adimitir que estou errado sobre algo ridículo. Dessa vez não.

-Você não a quer de volta? - Clarisse perguntou, estática.

-Eu... Quer saber? Não! Eu não quero mais ficar preso a uma garota só! Olhe em volta. Esse lugar esta cheio de meninas lindas. Vocês por exemplo.

Silena corou furiosamente, Clarisse deu um sorriso discreto, e Thalia rolou os olhos, se divertindo com o meu surto piscicótico contra o amor.

-Ok, aqui está o que vamos fazer, - Thalia disse, se agachando para ficar a minha altura. - eu, você, a Clarisse e a Si, vamos experimentar tudo o que a gente puder. Você vai beijar quantas garotas conseguir, curtir a sua vida de solteiro, e no final do verão, a gente vê se essa história vai continuar.

Um sorriso brincou em meus lábios. Eu sequei as lágrimas que ainda estavam em meu rosto, e olhei para seus olhos azuis elétricos. Estavam com um brilho malicioso.

-Está dizendo que acha que eu não aguento até lá? - perguntei, rindo.

-Estou dizendo que vai ter o verão mais divertido da sua vida. - ela falou.

-Eu aceito! - disse Silena, estridentemente, levantando os braços para o alto.

-Tá, tanto faz. - Clarisse declarou quando olhamos para ela.

-Ótimo. Então Percy, pode deixar que o seu verão vai ser... Eletrizante. - ela disse, piscando.

Eu ri novamente, e elas me acompanharam. De um certo modo a ideia de Thalia era perfeita. Eu tinha dezessete anos e nunca tinha beijado nenhuma garota que não fosse Annabeth. Não tinha experimentado nada do que qualquer adolescente da minha idade precisava experimentar.

E comecei a sentir uma raiva que encobria a angustia do termino do meu namoro. Se ela não era madura o suficiente para simplesmente conversar comigo, então que assim fosse! Eu ia ter o melhor verão da minha vida e ponto final. Queria ver ela tirar de mim.

Bom, e ainda tinha o fato de que, quando se é adolescente, você quer que todas as coisas ruins que aconteceram sumam. Quer que elas só desapareçam, e faz questão de contribuir para isso. Portanto, eu botei um sorriso no rosto, guardei aquele assunto no fundo do meu cerebro e decidi que agora, eu seria um cara livre. Um cara que não precisa de uma única garota, mas sim de todas. Isso me pareceu muito mais divertido do que um relacionamento.

-Ok. - eu disse à elas. - Vamos botar esse acampamento pra baixo.

Elas riram, mais animadas do que nunca.

-Esse é o meu garoto. - Clarisse disse, me dando um soco no braço. ( Que doeu, pra falar a verdade. )

No dia seguinte, eu já tinha me recuperado do choque. Annabeth parecia bem decidida a me evitar e parecer o mais independente possível. Ela passava com suas irmãs, o nariz em pé e a expressão impassível. Me olhava como se um fosse uma barata nojenta ou algo do tipo.

Eu não podia reclamar, já que passei a andar com Silena, Thalia, Clarisse, e as muitas filhas de Afrodite interessadas em mim agora que eu era solteiro.

-Cara, você vai faturar! - Grover dizia, ansioso todas as vezes que eu recebia beijinhos e acenos das garotas.

Então, a primeira chance para botar o negócio de "melhores férias de verão" em prática chegou aquela noite mesmo. A festa no Chalé de Hermes seria por volta das oito horas da noite e terminaria antes do sol raiar.

-Essa É a nossa chance! - Silena comentou feliz.

-Pode deixar que eu arranjo os bagulhos. - Thalia falou, muito séria.

-Aaaah... Como é que é? - perguntei, inexperiente e ingenuo como era.

-Acorda Percy! A bagaça pra gente chapar. - ela disse, impaciente.

-Desde quando você fuma? - perguntei, erguendo a sobrancelha.

-Desde que descobri que sou filha de Deuses Gregos e que eles na verdade, estão pouco se lixando pra qualquer coisa que tenha à ver conosco.

-Muito justo. - falei, agora rindo de sua raiva.

-Então, caprichem na roupa meninas, e você, - Silena falou, apontando para mim. - fica por minha conta.

-Deuses me acudam. - falei às fazendo rir.

Ok, então, talvez eu estivesse planejando me tornar um cara sem coração e galinha. Mas quão mal é isso se você está se divertindo com seus amigos? E além do mais, eu ia finalmente descobrir o que é que era me divertir de verdade, porque com Annabeth, era só enrolação.


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