You Have Me escrita por Nyh_Cah


Capítulo 41
Worry




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Senti a ambulância parar e depois eles tiraram-me lá de dentro e foram em direcção à entrada do hospital. Eles falavam uns com os outros mas eu não conseguia perceber o que eles diziam, eram muito termos técnicos.
- O que se passa? – Perguntou uma voz que eu conhecia demasiado bem. Era a voz do meu pai.
- Pai! – Chamei-o num tom baixo, a minha cabeça ainda doía consideravelmente.
- Rosie? – Perguntou ele surpreendido. – O que se passou com ela? – Perguntou agora mais preocupado.
- Suspeita de traumatismo craniano. Tem estado sempre consciente e queixa-se apenas de dores de cabeça. Também tem um corte considerável. – Explicou um dos paramédicos. – Não sabemos a extensão do traumatismo. 
- Carlisle, eu assumo a partir daqui. – Disse o médico que estava ao lado do meu pai.
- Não, eu fico com ela. – Teimou ele.
- Carlisle, sabes que não podes. Vou tratá-la como se fosse a minha filha, vou fazer todos os exames possíveis para não me escapar nada. Ficas aqui, liga para a tua mulher. Daqui nada venho dar noticias.
- Está bem. – Cedeu o meu pai. Levaram-me para uma sala e primeiro de tudo, suturaram-me o corte que tinha na cabeça. Depois fizeram-me imensos exames. Eu estava exausta e queria fechar os olhos para dormir mas eles não deixavam. Diziam que eu tinha que ficar ainda algumas horas acordada e que ainda havia exames para eu ir fazer.
Passado um tempo, levaram-me para um quarto e pediram-me para eu me manter acordada mais um pouco. Aconcheguei-me melhor na cama e concentrei-me no esforço para não fechar os olhos.

Esme
Estava em casa a acabar o projecto do quarto da Alice. Ia ficar lindo. Já tinha encomendado algumas mobílias e as paredes já estavam pintadas. Estava a dar os últimos retoques quando o telefone de casa toca. Achei estranho. Não era normal ligarem as estas horas. Levantei-me e saí do escritório em direcção ao telefone.
- Estou? – Atendi.
- Fala a Sra. Cullen? – Perguntaram do outro lado.
- Sim, fala.
- Sou o director da escola dos seus filhos. – Disse ele. O que se tinha passado? – Estou a ligar para dizer que a sua filha Rosalie foi para o hospital. – Disse ele.
- Hospital? – Perguntou surpresa. – O que é que aconteceu? – Perguntei.
- Um dos nossos professores encontrou-a numa sala de aula com outra rapariga. Quando ele entrou, ela já estava no chão. Os paramédicos disseram que provavelmente ela tem um traumatismo craniano. – Explicou o director. Traumatismo craniano? Ó meu deus! O que é que tinha acontecido? Era grave, não era apenas uma ida ao hospital porque se tinha cortado ou algo do género. – Levaram-na para o hospital de Forks. – Informou.
- Muito obrigada por avisar.
- De nada. As melhoras para a Rosalie. – Disse ele desligando o telefone. Posei o telefone no móvel da sala e subi as escadas apressadamente. Calcei-me e peguei na minha mala e fui em direcção à garagem. O Carlisle estava no hospital, o que era bom. Dirigi o mais rápido que era permitido. A meio do caminho o meu telemóvel começou a tocar. Atendi, visto que estava com o auricular. Já estava à espera de uma chamada do Carlisle. Ele já devia saber.
- Carl. – Disse preocupada.
- Já sabes? – Perguntou. Conseguia perceber que ele estava frustrado por não o deixarem tratar da filha.
- Já. O director da escola ligou. Como é que ela está, Carl? – Perguntei.
- Estava atordoada mas estava consciente o que pode ser bom sinal. Estava um pouco confusa mas isso é normal nestes casos. De resto não sei mais nada. Um colega meu assumiu o caso, não me deixaram.
- Estou a ir para aí, agora. – Informei-o.
- Fico à tua espera. – Disse ele desligando.
Quando cheguei ao hospital, estacionei o carro na primeira vaga que vi e entrei apressada dentro do hospital. Avistei logo o Carlisle. Ele estava na sala de espera. Ainda tinha a bata e o estetoscópio.
- Querido. – Chamei a atenção dele.
- Esme. – Suspirou ele. Ele estava tão preocupado. – Ainda não vieram dizer nada. Estou tão preocupado.
- Também eu, só espero que não seja nada de grave.
- O que aconteceu?
- O director da escola não me sou explicar. Apenas disse que um professor a encontrou numa sala com outra rapariga e que a Rosie já estava no chão, magoada. – Expliquei-lhe. – Ela depois conta-nos, o que importa agora é que ela fique bem.
Ficámos grande parte da manhã à espera de notícias. Pelo que o Carlisle disse, ela devia estar a fazer imensos exames ao cérebro para se tinha algumas lesões graves ou não. Eu estava a ficar impaciente. Estava há muito tempo sem saber como estava a minha filha. Eu estava com medo que tivesse sido algo de grave.
- Carl, eles nunca mais dizem nada. – Disse com um pouco de medo presente na voz.
- Eles ainda devem estar a fazer os exames. Tem calma, querida. – Eu conseguia perceber que ele estava tão preocupado quanto eu. A Rosei sempre foi a menininha dele. Era a única filha que ele teve por isso o Carlisle sempre a protegeu mais que aos irmãos. Coisas de pais. Aconcheguei-me nele e ficámos à espera de notícias que não tardaram a chegar. Passados uns minutos, veio um médico na nossa direcção.
- Como é que ela está? – Perguntou o Carlisle preocupado.
- Está sonolenta. É normal, sabes disso, Carlisle. Avisei-a para ele não adormecer nas próximas horas, só por precaução. – Disse o médico. – Os exames dela não apontaram nada de grave, apenas um traumatismo leve mas não quer dizer que nos possamos descuidar. Temos que ficar vigilantes nas próximas horas para ver se o traumatismo não piora ou se não tem hemorragias.
- Ela vai ficar internada? – Perguntei desesperada.
- Tem de ser. É essencial que ela esteja a ser vigiada de perto.
- Mas podemos ficar com ela?
- Sim. Não exigiam muito dela. Ela provavelmente está cansada e com dores de cabeça. Ela precisa de repousar. Se notaram algo de estranho no comportamento dela, chamem-me imediatamente. – Disse o médico.
- Podemos vê-la agora? – Perguntou o Carlisle desta vez.
- Sim, por favor, façam para que ela não adormeça. Só mais um pouco. Depois de almoço, ela pode dormir.
- Está bem. – Respondeu o Carlisle. – Ela está em que quarto? – Perguntou.
- Segundo piso, quarto 30. Vou vê-la ao fim da tarde. – Informou ele. – Até logo.
- Até logo, e muito obrigado. – Agradeceu o Carlisle.
- Não tens de agradecer. Sei que farias o mesmo com os meus filhos. – Disse ele retirando-se.
- Vamos vê-la, Carl. – Pedi.
- Sim, vamos. – Disse ele. Subimos até ao segundo piso e fomos em direcção ao quarto trinta. Entrámos sem fazer muito barulho. Via-se que ela estava a fazer um esforço enorme para se manter acordada.
- Mãe! – Chamou ela baixinho.
- Como te sentes, querida? – Perguntei chegando-me ao pé dela.
- Com sono e dói-me a cabeça. – Respondeu ela num tom baixo. – Pai, quando é que eu posso dormir? – Perguntou ela.
- Só depois de almoço, Rosie. Só mais um bocadinho. – Disse o Carlisle carinhosamente para ela. Ela sorriu fraco.
- Queres contar-nos o que se passou? – Perguntou acariciando a sua bochecha. – Se preferires contar depois, nós compreendemos.
- Não me lembro muito bem. Está tudo um pouco confuso na minha cabeça. Eu lembro-me que fui ter com a Helena para perceber porque é que ela foi falar com a Alice, ontem, só que eu acho que acabámos por nos descontrolar e depois só me lembro de estar no chão e o professor aparecer ao pé de mim. – Estava cada vez a ficar mais irritada com essa Helena. Ela só estava a fazer os meus filhos sofrer. Primeiro a Alice e o Jasper e agora a Rose. A Rose poderia ficar gravemente ferida. Será que a Helena não tinha noção das coisas? Comecei a ouvir um telemóvel a tocar. – Não. – Gemeu a Rose. – Mãe, por favor, atende. Não posso mais ouvir esse telemóvel. – Fui até à poltrona onde estavam os pertences dela. Peguei no telemóvel e atendi sem ver quem era.
- Estou? – Perguntei para quem estava do outro lado.
- Mãe? – Perguntou o Jasper. – O que fazes com o telemóvel da Rose? – Perguntou ele confuso.
- Porque estou ao pé dela, querido. – Respondi num tom baixo para não perturbar a Rose.
- Porque é que não foi ela a atender o telemóvel? E porque demorou tanto? – Bombardeou-me com perguntas. – Porque é que estás a falar baixo? O que se passa, mãe? – Fiz sinal que ia sair do quarto para falar mais à vontade. Saiu para o corredor.
- Jasper, a Rose está no hospital. – Disse-lhe.
- O quê? O que é que aconteceu?
- Não sabes? – Perguntei admirada. Normalmente as noticias, na escola, espalhavam-se rapidamente.
- Não sei o quê?
- Um professor de biologia descobriu a tua irmã numa sala de aula deitada no chão. Ela estava com outra rapariga. – Era melhor não dizer já que era com a Helena, depois explicava tudo melhor. – Ela fez um traumatismo craniano leve.
- Ela está bem, mãe? – Perguntou ele preocupado.
- Até agora, não há nada de grave. Ela está apenas com sono e com dores de cabeça. O normal. Mas vai ter que ficar internada pelo menos esta noite.
- Vamos para aí. – Disse ele decidido.
- Não, Jasper. Vocês vão ficar na escola até as aulas acabarem, depois eu deixo-vos vir.
- Mas mãe.
- A tua irmã precisa de descansar. Depois das aulas podem vir cá. E nada de me contrariares!
- Está bem, mãe. – Disse ele. – Diz-lhe que nós vamos vê-la quando as aulas acabarem.
- Eu digo. – Disse docemente. Eu sabia o quanto o Jasper estava preocupado com a irmã. – Até logo, querido. – Despedi-me.
- Até logo, mãe. – Desliguei o telemóvel e voltei para dentro do quarto. O Carlisle estava sentado de frente para ela a fazer carinho no cabelo dela e a falar sobre qualquer coisa.
- Quem era, mãe? – Perguntou baixinho.
- O Jasper. Estava preocupado porque não atendias o telefone. – Disse-lhe. – Ele já queria vir a correr para cá mas eu pedi para virem só depois de as aulas acabarem. – A Rose sorriu fraco.
Até depois de almoço, ficámos a conversar com ela para ver se ela não adormecia. Depois de almoçar, o médico disse que ela já podia dormir. Notava-se que ela estava exausta e que a qualquer momento iria fechar os olhos e dormir. Ela comeu um pouco e depois disso adormeceu de seguida. O Carlisle aproveitou para ir ver os exames dela e falar um pouco com o colega que tratou da Rose. Depois teve que ir trabalhar, ao fim da tarde ele voltava.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam do capitulo? Espero que tenham gostado! Fico à espera dos vossos comentários! (: (:
Beijinhos
S2