You Have Me escrita por Nyh_Cah


Capítulo 26
The Reaction




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Ficámos todos em silêncio à espera que ele dissesse que estava a brincar connosco. Mas não parecia nada que ele estava a brincar e o Emmet nunca brincou com estas coisas, muito menos a Bella.
- Emmet, o que lhe fizeram? – Perguntei extremamente preocupado. – O que lhe aconteceu?
- O Mike e o Brian da equipa de futebol esfaquearam-na na barriga e no braço. – Disse ele olhando para baixo. Esfaqueada? Porquê? Ó meu deus! Será que ela estava bem?
- Como é que ela está agora? – Perguntou o meu pai com traços de preocupação no rosto.
- Agora, está bem. Estava a dormir quando saímos do quarto. Passámos a noite com ela. – Disse a Bella. – Ela foi operada, ontem à noite por causa do corte na barriga mas está tudo bem. A faca não atingiu nenhum órgão.
- Porque é que lhe fizeram isso? – Perguntou a Rose horrorizada.
- Eles queriam o dinheiro dela para almoçar e ela não quis dar. Então o Mike atirou-a contra os cacifos e tentou tirar o dinheiro à força. Ela deu-lhe uma joelhada e então o Mike passou-se e esfaqueou-a. Depois saí a correr para chamar o Emmet e quando chegámos ao pé dele, eles já tinham ido embora. – Explicou a Bella. A Alice tinha-me dito que estava tudo bem. Porque é que eu chego aqui e a encontro internada no hospital?
- Quero vê-la! – Disse simplesmente. Precisava de estar com ela. Precisava mesmo de ver se ela estava bem, com os meus olhos. – Qual é o quarto dela? – Perguntei.
- É o 93. – Respondeu a Bella abraçando o Edward. Saí do quarto de imediato e dirigi-me até ao quarto 93. Abri lentamente a porta, pois ela ainda podia estar a dormir. Entrei no quarto e ela estava deitada de olhos fechados. Cheguei-me ao pé dela e reparei que ela tinha o braço esquerdo todo coberto com um penso. Acariciei a sua bochecha e ela sorriu.
- Alice. – Disse baixinho. Ela remexeu-se um pouco mas continuou a dormir. – Alice. – Voltei a dizer baixinho.
- Quero dormir… - Resmungou ela. Não voltei a chamá-la. Ia esperar que ela acordasse, ela precisava de descansar. Puxei uma das poltronas e pu-la ao lado da cama. Fiquei a vê-la dormir. Eu adorava vê-la dormir, ela parecia uma autêntica fada.
Só passada uma hora é que ela acordou. Começou por remexer-se mais e depois levou a mão à cara para esfregar os olhos. Quando os abriu olhou para o tecto e depois para a janela. Acho que estava confusa e não se lembrava que estava num hospital. Depois olhou para onde eu estava.
- Jasper! – Exclamou ela realmente feliz quando me viu. – Já estás cá. – Disse esticando o braço direito para me acariciar a bochecha.
- Como te sentes? – Perguntei preocupado.
- Estou bem, dentro dos possíveis.
- Tu disseste-me que estava tudo bem…
- E estava até ontem. – Disse ela olhando para o braço.
- Não interessa, o que interessa é que agora estás bem. – Disse beijando a sua bochecha.
- Tive saudades. – Disse ela.
- Eu também. – Respondi beijando os seus lábios ternamente. – Sabes quem está aqui no hospital internada? – Perguntei-lhe. Ela ia adorar ver a minha mãe, para não falar que a minha mãe também iria adorar vê-la.
- Quem? – Perguntou ela curiosa.
- A minha mãe. – Ela abriu um enorme sorriso.
- Ela está cá? Posso vê-la? – Perguntou ela rapidamente.
- Sim, veio, hoje de manhã e podes vê-la. Não sei, é se o médico te deixa sair do quarto para ires visitar a minha mãe.
- Tem de deixar, eu quero ir vê-la. Também só tenho uns cortezinhos, não é nada de especial. – Disse ela. Ri-me. Uns cortezinhos. Ela tinha um corte gigantesco no braço e ainda não tinha visto o da barriga. Neste momento, o médico entrou no quarto.
- Bom dia. – Disse ele. – Só quero ver como estão os cortes. Não queremos que infectem. – Explicou ele. A Alice afirmou com a cabeça e ele aproximou-se dela. Primeiro viu o do braço. Sem o penso, o corte do braço tinha mesmo muito mau aspecto. Deve ter doído tanto. Depois o médico examinou o da barriga, não era tão grande como o do braço mas notava-se que tinha sido mais profundo. A Alice não se queixou uma única vez, mas eu acreditava que ela tinha dores.
- Desculpe, doutor, posso fazer-lhe uma pergunta? – Perguntei
- Claro.
- Será que a Alice poderá ir visitar outra paciente que está aqui internada?
- Só numa cadeira de rodas e com muito cuidado. Não queremos que os pontos rebentem. Está bem? Muito cuidado. – Advertiu o médico.
- Está bem, muito obrigada.
- O resto de um bom dia. – Despediu-se o médico abrindo a porta do quarto. Fui pegar numa cadeira de rodas que uma das enfermeiras nos emprestou e levei-a para o quarto onde a Alice estava internada. Pus a cadeira ao pé da cama dela e depois dirigi-me a ela e peguei-a ao colo. Não queria correr o risco de ela ao sair da cama, rebentar os pontos. Pousei-a na cadeira.
- Está tudo bem? – Perguntei para ter a certeza que ela não estava com dores. Ela afirmou com a cabeça. – Se começares a sentir dores avisa, está bem?
- Sim, eu aviso. – Respondeu ela sorrindo. Empurrei a cadeira de rodas e fizemos o caminho até ao quarto onde a minha mãe estava instalada calmamente. De vez em quando, ela queixava-se de dores no corte da barriga mas dizia depois que passava. Quando chegámos ao quarto, abri a porta e depois empurrei a Alice lá para dentro.
- Trouxe uma visita. – Disse entrando no quarto com a Alice. Ainda estavam lá todos.
- Alice. – Exclamou a minha mãe. – Está tudo bem contigo, querida? – Perguntou a minha mãe preocupada.
- Sim, foi só uns cortezinhos. E a Esme como está?
- Eu estou bem, querida.
- Alice, não chames a isso, cortezinhos. – Disse o Emmet. Eu ri-me. Ele tinha razão. Aquilo não era cortezinhos nenhuns. Então o do braço, que ia desde o ombro até ao pulso.  
- Sim, Alice. O Emmet tem razão. – Disse a Bella. – Isso não são cortezinhos. – Só de pensar que a Bella e o Emmet viram aqueles cortes abertos, ficava em pânico. Deve ter havido tanto sangue.
- Está bem. Eu não chamo mais de cortezinhos. – Disse ela sorrindo um pouco.
- Alice, posso ver os cortes? – Perguntou o meu pai. Ele ainda estava extremamente preocupado. Ela afirmou com a cabeça e eu empurrei a cadeira até onde o meu pai estava. Ela puxou a manga para cima. – Até onde o corte vai?
- Vai desde o ombro até ao pulso. – Respondeu ela com cara de dor.
- Ok, posso tirar o penso para ver como está? Eu depois volto a meter. – Perguntou o meu pai. Ela voltou a afirmar com a cabeça. O meu pai descolou um pouco do penso e examinou-o. – Não está a infectar, o que é bom, Alice. – Explicou voltando a colar o penso. Ela desceu a manga e depois subiu um pouco a camisola. O meu pai fez o que tinha feito com o corte do braço e depois sorriu brevemente para a Alice.
- Querido, como é que está esse? – Perguntou a minha mãe ainda preocupada.
- Está bom também. Se não infectarem, vais ficar boa num instante, Alice.
- Obrigada, Carlisle. – Disse ela sorrindo para ele. Adorava o facto que a Alice e os meus pais se dessem tão bem. Eles tratavam-na como se ela fosse uma filha.
- Querida, vais ficar internada quanto tempo? – Perguntou a minha mãe para a Alice.
- Não sei. O médico não disse nada sobre isso. – Respondeu a Alice. – Mas espero que não seja muito tempo. Não gosto de hospitais. – Ri-me. Eu até compreendia-a, desde que veio para o orfanato que tem vindo para o hospital algumas vezes. Primeiro porque se tentou suicidar, depois foi quando os pontos rebentaram e agora isto.
Ficámos mais algum tempo no quarto da minha mãe. Ela estava tão feliz lá, como se aquela fosse a sua verdadeira família. Ao fim de um bocado, comecei a perceber que ela estava desconfortável. Devia estar a sentir dores. Ela estava a conversar animadamente com a Rose e a Bella. Cheguei-me por trás dela.
- Estás bem? – Sussurrei ao ouvido dela. Ela afirmou com a cabeça relutantemente. – Não me parece.
- Só estou cansada e com um pouco de dores, mas acho que é de estar sentada. – Disse ela para mim.
- É melhor ires para o quarto. Descansar um pouco. – Sugeri.
- Não quero. – Disse ela. Eu sabia que ela queria continuar aqui.
- Precisas de descansar Alice.
- Eu sei, mas quero ficar mais um bocado. – Pediu ela.
Acabámos por almoçar ali e ficar mais um pouco da tarde no quarto da minha mãe. Quando comecei a ver que ela estava mesmo com dores, levei-a para o quarto. Por ela, ela continuava ali, mas ela tinha que descansar. Mal a deitei na cama, ela adormeceu devido à exaustão. Enquanto ela dormia, fui até ao quarto da minha mãe, ver como é que ela estava e para estar um pouco com ela.
Quando entrei no quarto dela, ela estava deitada a ver televisão e estava apenas o meu pai no quarto.
- Querido, a Alice, como está? – Perguntou ela um pouco preocupada.
- Está bem, mas mal a pus na cama, ela adormeceu. Estava exausta. – Disse-lhes. – Onde estão os outros? – Perguntei.
- Foram para casa descansar. – Respondeu o meu pai.
- Querido, não poderiam pôr me a mim e a Alice no mesmo quarto? – Perguntou a minha mãe pensativa. – Assim, ela não ficava sozinha.
- Vou ver o que posso fazer, querida. – Disse ele, saindo do quarto para ver se podia pôr as duas no mesmo quarto. Fiquei com a minha mãe enquanto o meu pai via se era possível pôr a Alice no mesmo quarto que a minha mãe. Quando ele chegou, veio com duas enfermeiras.
- Vais ter que ir para um quarto maior. – Informou o meu pai sorrindo para a minha mãe. Ela abriu um sorriso enorme.
- Obrigada, querido. Já avisaram a Alice? – Perguntou.
- Ela estava a dormir quando eu fui lá, por isso, vamos apenas muda-la. Ela não se deve importar.
As enfermeiras levaram a minha mãe para outro quarto. Era definitivamente maior e a Alice já estava lá. Estava a dormir, ainda. Fiquei mais um pouco com elas mas depois a minha mãe convenceu-me a ir para casa descansar. Desde manhã cedo que estava aqui no hospital.


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Notas finais do capítulo

Oláa! Bem, está aqui mais um capitulo! (: Espero que continuem a gostar da fic e que continuem a comentá-la. :p Espero ansiosamente os vossos comentários. Ahh, também quero avisar que vou postar um texto na minha fic de poemas chamada Some Moments, espero que apareçam la para ler e comentem.
Beijinhos
S2