Helen era uma garota confiante. Loira dos olhos verdes, era uma menina realmente linda, com um belo corpo e uma personalidade forte. Ela era a representante de sua classe, a turma 2-A. A típica pessoa boa em tudo, boa nos esportes, boa nos estudos, em qualquer tarefa que executasse ela obteria sucesso. Uma pessoa alegre, engraçada e gentil. Até o dia em que ele apareceu. O novo professor de inglês, Blake, era alto, cabelos negros e olhos castanhos. Corpo e feições dignas de um deus grego. Simpático, gente boa, calmo... Tudo que qualquer garota pediu a Deus. Mas Helen não. Ela o via como seu professor, até o dia em que ela foi lhe mostrar o relatório sobre as aulas.

- Aqui professor. Tudo sobre as tarefas, trabalhos, faltas, etc.

- Muito obrigado, Helen. Não sei o que seria de mim sem sua ajuda. Eu como professor novo, tenho que garantir que meu trabalho seja bem feito.

- Não se preocupe. O senhor é ótimo professor, ensina muito bem, seu cargo está garantido.

- Fico feliz que me veja dessa maneira. Se bem que...

- Se bem que?

- Gostaria que me visse de OUTRA maneira.

- Co-como é, senhor?

- Nada não. Desculpe tomar seu tempo.

- Que nada. Não é problema nenhum. Bom, com sua licença. – a loira já estava saindo.

Ao abrir a porta, ela despencou sobre Helen, uma das dobradiças estava quebrada. O jovem professor saiu correndo na direção da moça e a puxou para longe. Seus braços a envolveram e seu corpo ficou colado ao corpo dela, em um abraço protetor. Eles se afastaram uns dois metros do local onde a porta caiu.

- Que perigo! – disse Blake.

- Eu já pedi para consertarem isso! – Helen estava revoltada, ela bateu um pé no chão em sinal de protesto.

- Sempre tão... – ele riu – Enérgica.

- Enérgica? – o adjetivo havia lhe chamado a atenção.

Ambos trocaram olhares e ficaram sutilmente corados. Blake acariciou o rosto de Helen e depois passou uma mecha de seu cabelo loira para trás de sua orelha.

- Pro-profe... – Helen gaguejava.

- Blake. – corrigiu o jovem.

Blake se deixou levar, aproximou seu rosto do dela e seus lábios se tocaram. Helen fechou os olhos, fora hipnotizada pelo toque quente das mãos dele, que tomavam sua nuca e sua cintura. As mãos dela seguiram automaticamente para o cabelo dele, onde seus dedos se misturaram com os macios fios cor de ébano. Mas então, como em um estalo, ambos voltaram a si e se afastaram em um salto. Helen cobriu a boca com as mãos e Blake colocou uma mão sobre a testa.

- O que nós fizemos? – perguntou Helen.

- Olha... Desculpe. Eu não...

- Não. Não foi culpa sua... Não SÓ sua...

- Helen...

- Desculpe. Agora, eu preciso realmente ir. Eu... Sinto muito. – Helen caminhou até a saída e pulou a porta no chão.

- Helen. – ela dirigiu o olhar ao professor – Ninguém... Precisa saber disso.

- C-claro. Ninguém. – ela se despediu e saiu.