(...)

Tânia tirou os óculos escuros e praguejou pelo maldito calor do México.
Seu casaco foi tirado e colocado sobre seus braços, cobriu os olhos claros do sol, que parecia que ia lhe cegar...
Esse país jamais mudaria.

Caminhou sobre os saltos altos em sua típica elegância, não olhando para o lado, apenas marcando o ritmo perfeito de cada passada. Avistou Edward sentado...

Tânia – Anthony?

Ed – Bom dia Tânia.

A cumprimentou formalmente, tirando qualquer calor ou animação de um encontro depois de tanto tempo.

Tânia – Bom dia...

Respondeu no mesmo tom, suspirando.

Tânia – Isso aqui não muda, não é mesmo?

Edward não pode deixar de sorrir, era ela quem não mudava, jamais mudaria.

Tânia – Que calor infernal! Estou derretendo...

Ed – Realmente anda abafado esses dias...

O silêncio reinou e caminharam juntos, porém, completamente separados até a saída do hotel. Entraram no carro de Edward, e no mesmo silêncio, pôs o carro em movimento...

Tânia – Não precisa agir como se estivesse traindo Bella se falar comigo.

Ed – Não estou agindo dessa forma... Só que não temos o que falar.

Tânia – Estamos a meses separados, não há nada de novo que queira me contar?

Edward respirou fundo, o semáforo fechado...

Ed – Na realidade tenho...

Tânia sorriu.

Tânia – Quer que eu adivinhe? - se abanou com as mãos.

Ed – Não, não se dê ao trabalho... Estou me casando com Bella daqui a 2 meses.

Sem mudar sua expressão ela assentiu.

Tânia – Parabéns!

Ed – Obrigado.

Tânia – Também tenho novidades...

Edward virou-se e esperou que Tânia prosseguisse...

Tânia – Me casei ontem.

Sem o que falar ou o que fazer, ela lhe mostrou a grossa aliança que usava no dedo, Edward assentiu.

Ed – Parabéns.

Tânia – Agradeço.

Imitou o tom impessoal de Edward.
Chegaram ao hospital, cruzaram a recepção, e de imediato, Edward viu Bella com uma paciente. Na sexta feira ela havia voltado ao serviço.
Mandou-lhe uma piscada, acompanhada de um beijo, recebendo um sorriso e um olhar de que logo se falariam...
Subiu com Tânia até a Oncologia, chegando ao andar percebeu a hesitação de Tânia...

Ed – Tânia?

Ela o olhou e chacoalhou a cabeça como quem acordava de um transe. Deu um primeiro passo inseguro, Edward olhava-a fixamente como quem perguntava se poderiam continuar, e continuaram, por todo o corredor até uma ala onde ficava o apartamento de Emmett...

Emmett sorriu sem poder deixar de sentir seu coração a mil quando alguém bateu a porta...

Rose – Deve ser o Edward, com a Senhora Black.

Romero sorriu, abriu a porta e de imediato deixou que Edward e Tânia entrassem.

Rose – Muito obrigada Senhora Black por ter vindo, muito obrigada mesmo!

Tânia sorriu emocionada diante do agradecimento da mulher de Emmett.

Emmett – Obrigado por ser minha Salvadora...

O ouviu murmurar, com o típico orgulho de um homem, que segurava a voz e o choro.

Tânia – Não há nada para agradecer... E podem me chamar de Tânia.

Romero – Bem, conhecemos a futura doadora... Muito prazer sou Doutor Romero.

Estendeu a mão e Tânia o cumprimentou...

Tânia – Prazer Tânia Mas... – corrigiu-se – Tânia Black. Ainda não me acostumei com esse sobrenome.

Rose – Casou-se?

Tânia assentiu.

Tânia – Na realidade, me casei ontem pela tarde...
Deu de ombros com um sorriso divertido.

Tânia – Como se sente Emmett?

Emmett – Como uma mulherzinha!

Ele respondeu, e todos caíram na risada...

Emmett – Quero chorar, mais não consigo... Não sei o que acontece!

Romero – Está emocionado...

Emmett – Sim, acho que é mesmo isso. Só quero sair daqui, ir para casa, ver a minha filha...

Rose – Irá, meu bem... Logo! Oh Edward, estamos tão animados que nos esquecemos de te agradecer...

Ed – Que isso Rose, não precisa...

Emmett – Largue disso cara! Obrigado de verdade. Se não tivéssemos alguma ligação contigo, sabe Deus quando eu iria receber esse transplante, ou se ainda estaria vivo.

Bella – Ei vocês!

Entrou uma animada Bella no quarto, arrancando cumprimento dos presentes, enfiando a mão no bolso do jaleco em uma típica posição de médica, parando ao lado de Romero perto da cama de Emmett.

Romero – Essa é a futura doadora, Tânia Black...

Bella virou-se olhando Tânia no olhos, se calaram por alguns segundos...

Bella – Já nos conhecemos.

Estendeu a mão para Tânia...

Bella – Olá Tânia, tudo bem?

Encararam-se por mais alguns instantes.

Tânia – Bella. – respondeu, esticando a mão para o cumprimento - Eu estou muito, muito bem e você?

Bella olhou Edward, para depois olhar novamente Tânia.

Bella - Estou muito bem também! Agradeço por sua boa vontade e solidariedade. Jamais poderemos agradecer o seu gesto...

Tânia – Não há de quê, Bella. Não faço nada, do que você não faça, a cada minuto aqui neste hospital...

Bella sorriu assentindo, o clima tenso foi perdido. Tânia seguiu para a sala de exames e no final do dia os resultados deram o parecer: Tânia era compatível...

E em quatro dias, o transplante de Medula Óssea foi realizado, e com total sucesso!

4 semanas depois...

De surpresa e pregando o total susto na família Swan, Andrey Swan Whitlock nasceu na madrugada de quinta feira para sexta do dia 19 de outubro , no Hospital Maternidade San José, às 4:45 da manhã.
Forte, com os olhos claros, cabelos pretos como os da mãe, arrancava suspiros de afeto de todos os presentes.
Alice tinha entrado em trabalho de parto 1 semana antes da data da cesárea, Andrey nasceu de parto normal, completamente saudável e chorão...

A emoção aflorou no coração de Alice, e com lágrimas descendo por todo o rosto, recebeu o beijo apaixonado de seu marido, que agradecia milhares de vezes, a Deus, por ter seu pequeno homem nos braços, saudável, perfeito...

Alice – Oh querido, seja bem vindo!

Ela disse beijando a cabecinha do pequeno antes, que a enfermeira, o levasse para fazer todos os testes padrão...

Jasper – É menino, Bella!

Jasper dizia de forma alta, quase que batendo no peito de orgulho.

Jasper – É menino e vamos jogar bola, passear, ver jogo na televisão no fim de semana! Oh Deus...

Após encher de beijos e cumprimentos sua irmã e cunhado, Bella deixou o quarto com a certeza que Alice estava bem. Olhou Edward sentado na sala de espera, batendo os pés no chão ansioso...

Ali estava ele...

Tão ansioso como se fosse o próprio filho que estivesse nascendo.
Quando a viu, Edward levantou-se de imediato...

Bella – É um menino...

Edward sorriu abraçando-a com força.

Bella - Alice está radiante e Jasper está no céu! É um garoto lindo, forte, e com os pulmões, em perfeito estado! Veio rápido, com muita pressa.


Bella e Edward batizaram, o pequeno Andrey, quatro semanas mais tarde. Com amigos presentes para uma bonita e agradável cerimônia na igreja.

Com Rose, Louise e um Emmett tão mais corado e saudável em um processo rápido e recuperação na primeira fileira, de mãos dadas com as duas mulheres de sua vida.

Seguiram todos para a casa de Alice, onde fariam uma pequena recepção para comemorar o batizado, em poucos minutos a grande casa estava aquecida com amigos, ao som de uma música ambiente, conversavam amistosamente em pequenos círculos.

http://www.youtube.com/watch?v=AuJrEBtmM1Q

Bella recusou a taça de vinho branco, mas aceitou o grande copo de suco natural que outro garçom lhe servira.

De pé observou a maravilhosa visão que a varanda oferecia daquele local da cidade, se debruçou no murinho alto e deixou que o vento lhe acariciasse o rosto...

Ed - Pronta para ser minha esposa no sábado?

Bella sorriu passando as mãos nos braços, sentindo o típico arrepio por seu corpo quando ouvia aquele homem falar...

Ele repousou as mãos em sua cintura, colando seu corpo por trás do dela.

Ed - Não que eu esteja ansioso...

Bella sorriu ainda mais, notando o tom irônico daquela linda voz...

Ed – Mas, é que há dias te vejo distraída, misteriosa... E me subiu o súbito medo de pensar que pode estar em dúvida.

Bella virou-se, sendo cercada por fortes braços que a encurralava entre ele e o murinho.

Bella – Não consigo te esconder nada...

Pôs uma cara séria, tentando ao máximo não gritar e saltitar como uma louca de felicidade. Edward também se tornou sério de imediato.

Bella – Há tempos quero te dizer isso e...

Ed – O que? Que não quer se casar? Acha que é muito cedo? Bella, veja, se quiser podemos esperar mais um pouco até que...

Bella – Eu estou grávida.

Soltou de uma vez só, percebendo que ele continuava a argumentar até que parou por completo de falar.

Ed – Desculpe, acho que não entendi direito o que me dis...

Bella – Estou grávida Edward!

Controlou a emoção e o sorriso ao máximo, mais não pode se contêr ao notar...
Ao notar mais uma vez aquele olhar tão fascinado e iluminado...
Ao notar aquele olhar de pura adoração, emoção, satisfação...

Ed – Meu Deus, Bella...

Ele sussurrou como um desabafo fechou os olhos com força, se encontrava trêmulo...

Ed – Bella...

Disse mais uma vez, agora abrindo os olhos rapidamente embaçados pelas lágrimas, vermelhos de emoção como seu coração que em um compasso acelerado parecia bater mil vezes por segundo...
Ajoelhou ao chão, na frente de Bella segurando sua cintura, enquanto começou a plantar beijos fervorosos no ventre de Bella e gritava:

Eu vou ser pai! Deus, vou ser pai!!!

Todos os olhavam com surpresa, e de certa forma emocionados pela cena.

Alice ao lado de Jasper que segurava o pequeno Andrey adormecido nos braços, lançou um sorriso a irmã que também sorriu.
Bella tinha acabado de lhe dizer, e naquele precioso momento, emocionada, Alice agradeceu a Deus, e aos seus pais por aquele momento...

Baixou o olhar para um Edward completamente fora de si, acariciando-o nos cabelos com carinho, esperando o tempo certo que ele se acalmasse.
Ele a abraçava pela cintura com tanta força que ela não conseguia se mover...
O segurou pelo rosto e fez com que ele se levantasse, ficando de frente para ela.

Ele a pegou no rosto, com as mãos em cada lado de sua face, com tanta delicadeza e ternura, que Bella se sentiu uma boneca de porcelana.
Beijou-lhe os lábios ainda mais delicadamente, colando suas testa, ele tremia por todo o corpo...

Bella – Está me assustando amor...

Edward sorriu e ela acabou alargando seu sorriso ainda mais.

Ed – Eeeu não sei o que dizer... Não consigo sequer, respirar!

Bella deixou escapar uma baixa gargalhada, e em um segundo seu corpo estava colado ao dele em um abraço forte e apaixonado, que tirava os pés de Bella do chão enquanto ele lhe girava lentamente ao ar, colando seus lábios, sorrindo ao mesmo tempo em que repetia que a amava, que sempre a amou, que sempre a amaria...

(...)

Nunca tinha se sentido tão nervoso em sua vida. Seu estômago dava voltas e voltas, sua boca buscava por água a cada 10 minutos.

Suas mãos trêmulas, só pioravam o fato de que em pouco tempo se não se acalmasse, entraria em um estado de nervos irreversível. Não pôde deixar de sorrir do próprio exagero...

Em voz alta ironizou:

Ed – Relaxa Edward, você só vai casar com a mulher da sua vida e a mãe do seu filho...

Fez uma careta e concluiu que conversar,consigo mesmo, naquele instante, não levaria a nada. Respirou fundo...
Bebeu mais um pouco de água, caminhando mais uma vez de um lado para o outro.

Já ouvia o barulho de alguns convidados chegando.
Estavam na casa de campo, onde ele e Bella se casariam ao ar livre, enquanto o sol se punha espalhando pelo céu aquelas nuances magníficas.
Sacudiu o corpo como se fosse se preparar para uma luta de boxe ou uma competição de natação, se ficasse mais alguns segundos naquele quarto, enlouqueceria!

Alguém bateu na porta, e de imediato, Edward foi atender...

Era Alice, completamente bela em um vestido lilás, do mais elegante cetim que chegava até os pés, os cabelos estavam novamente mais cumpridos, coberto por um dos milhares de chapéus elegantes que teriam naquela íntima festa...

Alice – Assim você vai ter um treco, homem!

Edward assentiu com uma careta tão assustada, que Alice foi obrigada a soltar uma de suas gargalhadas!

Alice – Deus!! Edward, você está pálido feito um folha de papel!!

Ed – Essa gravata está me apertando, me matando Alice...

Alice sorriu.

Alice – Eu tinha certeza! Bella mandou-me vir aqui para ver se tinha problemas com a gravata, e vejo que ela acertou em cheio.

Edward sorriu, relaxando ao ouvir o nome de sua mulher.

Alice- Vem cá, deixe-me ver essa gravata...

Ele aproximou-se de Alice que lhe ajustou a gravata perfeitamente.

Alice – Pronto, agora sim está ótima! Está um homem muito bonito, senhor Edward!

Edward sorriu em agradecimento, bebeu outro copo de água sentindo que mais uma vez teria que ir ao banheiro.

Alice – Posso saber o motivo de tanto nervoso?

Ed – Nunca fiz isso antes! Sua irmã quer me matar de nervoso! Mal me recuperei da notícia que vou ser pai e logo esta emoção, ficará viúva antes de termos o bebê!

Alice riu mais uma vez, sobre os saltos altos caminhou até Edward.

Alice – Você é forte, agüentará! Além do mais, não é a primeira vez que você faz isso.

Ed - Oh sim é, com sua irmã, é como se eu fizesse tudo pela primeira vez, acredite Alice, estou à beira de um ataque de nervos!

Sentando-se na cadeira, Edward, balançava uma perna incontrolavelmente pra baixo, pra cima, pra baixo, pra cima...

Ed – E se ela desistir? E se pensar que é cedo, que seria melhor que o bebê nascesse primeiro e...

Alice – Puta Merda! Que homem inseguro! – sorriu – Bella não irá desistir, está fabulosa no quarto no fundo do corredor, tão nervosa e ansiosa como você. Aff, Edward! Às vezes parece que você não veio desse mundo!?! Largue de bobeira homem, ande se levante, os convidados já começaram a chegar.

Um pouco mais calmo, Edward se levantou, respirando fundo, mas antes de sair correu para o banheiro ao som da gargalhada de Alice, que negava com a cabeça...

Desceu junto a Edward e se surpreendeu mais uma vez pela beleza de seu próprio trabalho junto com Bella.

Mais uma vez o campo estava maravilhoso!

Como eram apenas cerca de 100 convidados o lugar estava profundamente aconchegante e romântico. Rosas em lilás e branco estavam por todo parte, em enormes pilastras, que pela noite, se iluminariam misteriosamente.

As mesas estavam elegantemente postas para o jantar, com as toalhas na mesma cor das rosas, todas redondas, repletas de louças de porcelana na cor branca, com o centro decorado com pilastras em miniaturas, rodeadas e trançadas de flores frescas e vividas.

O Dj já estava em seu lugar, as luzes estavam postas e apagadas, somente na espera do suave cair da noite. A mesa central estava no centro das diversas mesas, era toda de vidro, trançada também por rosas, levava o bolo de 5 andares, delicadamente decorado com muito glacê e diferentes tipos de flores sempre seguindo as cores lilás e branco.

Do lado oposto da pista, do lado, se encontrava o local de cerimônia.

Delicado como Bella... Misterioso como Edward...
Majestoso como o amor que ambos sentiam um pelo outro.

Ed – Acompanhei tudo de perto, mas jamais imaginei que fosse ficar assim...

Alice assentiu, na realidade nem ela imaginava.

Alice – O crédito do romance e do mistério cabe totalmente a Bella! Ou seja, ela muito mais fez aqui, do que eu.

Ed – Está tudo maravilhoso! Tem um ótimo gosto Alice!

Alice negou com a cabeça, acenando para Rose, Emmett e Louise que acabavam de chegar.

Alice – Acredite, nada nesta noite estará mais belo ou majestoso do que a minha irmã...

Edward sorriu, tanto para Alice tanto para Emmett que animado vinha em seu cumprimento.
Era impressionante como o amor de sua família, haviam ajudado-o a se recuperar.
Quem o olhava agora, não diria que já esteve à beira da morte.

Pedindo licença saiu em ronda para cumprimentar e agradecer a presença dos outros tão importantes convidados, Flora, Marco, Romero, familiares de Bella, alguns amigos que recentemente Edward tinha feito em seu escritório.

Edward não pôde deixar de sorrir com a ironia do destino, Tânia entrava de mãos dadas com seu marido, que não era ninguém menos, que Jacob Black.

Ali estavam pessoas ligadas a uma poderosa corrente.
Pessoas, ligadas umas nas outras, de forma indireta ou direta.
Pessoas, que se não estivessem no caminho certo, na hora certa, tudo o que, Edward e Bella fizeram para provar que o amor era sim suficiente, teria valido a pena.

Tânia – Deus, está pálido feito uma vela, Edward!

Edward sorriu, somente pelo simples fato, de Tânia chamá-lo pelo primeiro nome.

Ed – Olá Tânia.

Falou com simpatia.

Tânia – Esse é meu marido, Jacob Black, nos conhecemos em Londres...

Jacob olhou bem nos olhos de Edward antes de lhe estender a mão.
Edward retribuiu o olhar à altura, estendendo sua mão para pegar em um aperto firme, a de Jacob.

Ed – Como vai, Jacob?

Edward não deixou o aperto da mão, afrouxar ao cumprimento.

Jacob – Muito bem Edward e você?

Tânia – Jacob conhece a família Swan...

Foi Tânia quem abriu o assunto. Fazendo com que os homens abandonassem as mãos...

Ed – Sim... Ele foi noivo de minha mulher por um tempo, do qual, não me lembro.

Edward decidiu acabar de vez com a situação instável.

Ed – Bem. Então eu e Tânia agradecemos, pelo meu e o seu romance, não ter dado certo...

Tânia sorriu assentindo com a cabeça, notando rapidamente a manobra que Edward havia feito para não entrarem em detalhe sobre o assunto.

Ed – Fiquem à vontade...

Tânia – Oh sim, o lugar está maravilhoso, até o calor está agradável!

Edward sorriu.

Jacob – Mande lembranças a Bella, assim como eu, é um homem de sorte...

Ed – Sim, sou um homem de muita, mais muita sorte!

Olhou profundamente nos olhos de Jacob, como quem indicava que não tinha o mínimo de dúvida em sua constatação.

Ed – E sim, mandarei lembranças suas, à minha mulher... Bem, preciso receber aos outros convidados, se me dão lincença...

Jacob – À vontade.

Edward assentiu com a cabeça e com um leve sorriso deixou o casal a sós, caminhando para perto de Alice que lhe chamava.
Virou-se para trás vendo o beijo que Jacob depositava nos lábios de Tânia.

Sem dúvidas, eles faziam o par ideal... Em todos os sentidos!

Alice – Se apronte, de acordo com minhas contas logo começaremos...

Edward olhou o céu, sentindo mais uma vez seu estômago se revirando.

Ed – Sim, logo o sol começaria a se pôr...

http://www.youtube.com/watch?v=rCZblN6pBqA

Bella colocou por fim o colar que seu pai lhe dera em seu pescoço.
Olhou firmemente no espelho, vendo uma Bella prestes a se casar com o homem de sua vida e com um filho dele em sua barriga.
Levou a mão ao ventre e respirou fundo...

Por Deus, quando em vida poderia se imaginar assim, como se encontrava agora?

Tão absolutamente feliz.

Bella – Obrigado papai... – Disse emocionada. – Pois eu sei que me escuta e mais uma vez eu lhe digo obrigada.

Alguém bateu a porta, e a mesma logo foi aberta.
Era Jasper, com o pequeno Andrey adormecido em seus braços.

Jasper – Deus, Bella!

Bella sorriu, dando uma engraçada voltinha, como a de uma colegial, que provava seu vestido de formatura.

Jasper – Está linda querida!

Voltou a olhar-se no espelho começando por seus olhos, maquiados da forma mais romântica e delicada possível, em uma junção de grande quantidade de mascara para cílios, e uma grande quantidade de sombras claras, o batom rosado que combinou como uma sinfonia em seu rosto.

Sim estava bela.

Misteriosa como seu amado.

Charmosa por natureza.

Os cabelos estavam presos numa trança artística, que chegava até quase o fim de suas costas. A trança recebeu pequenos e inúmeros pontos de strass, e como toque final, uma fina tira de cetim para que não desatasse.

Seu vestido...

Bem seu vestido falava por si só.

Um tecido leve, que se ajustava perfeitamente em suas curvas,
puramente branco, iluminado por uma grossa linha de bordados com pequenos diamantes que subiam em diagonal, desde a borda do vestido até o busto, cintilando brilho a cada movimento que fazia.
O corte reto, com um caimento perfeito quase sem nenhum volume, deixando seu colo completamente exposto, para ser enaltecido pelo maravilhoso colar ganhado por seu pai.

Bella – Acha que Edward irá gostar?

Sua voz saiu mais baixa do que o normal.

Jasper – Edward casaria contigo até se estivesse com os cabelos sujos e bagunçados, em um jeans surrado, com uma camiseta com algum emblema tosco, do tipo “Eu sou sexy”.

Bella gargalhou.

Bella – Ei, eu tenha blusinhas escritas “eu sou sexy”...

Jasper sorriu fazendo uma careta de mau gosto, recebeu um pequeno tapinha no braço.

Bella – Estou nervosa...

Jasper – Eu sei!

Bella – Só isso que irá me dizer? Nenhuma palavra de consolo ou algo parecido?

Jasper – Bem, se não se acalmar, não a deixaremos sair desse quarto, muito menos se casar com o cara que está quase surtando naquele altar... Sua escolha!

Bella arregalou os olhos, antes de fazer uma careta.

Bella – Ok, ok, estou calma! Profundamente calma! Intensamente calma!

Jasper – Agora é sério, venha aqui...

Bella o fez, com as mãos geladas e trêmulas segurou a mão de Jasper.

Jasper – Você está linda, seus olhos estão lindos, o campo está lindo. À tarde se fará maravilhosa! Olhe no espelho Bella, sinta orgulho, sinta felicidade... Porque agora sim querida, agora sim está tudo bem. Levante essa cabeça e deixe de nervoso, entregarei sua mão aquele homem e lhe desejo do fundo do coração que seja feliz... É o que seu pai faria, o que Renee faria... – Bella sorriu emocionada – Não sou muita coisa perto de Charlie, mas sinto-me honrado em conduzi-la até Edward. Sinto-me honrado por fazer parte dessa família, sinto-me honrado Bella, por cumprir com o pedido que seu pai me fez.

Jasper – Pronta?

Bella assentiu, pegando seu buquê nas mãos...

Jasper – Então vamos, o sol já vai se pôr...

Edward sentiu aquele frio na barriga, como se estivesse em queda livre do último andar do edifício mais alto do mundo.
Brincou com os próprios dedos, mantendo as pernas em movimento, sorrindo aos que lhe sorria, afinal ELE ERA O NOIVO!

Ed – Alice, se sua irmã não aparecer em menos de 1 minuto nesse lugar, eu terei um treco, a sério, to falando muito sério!

Alice sorriu, fez um sinal de positivo para uma das organizadoras do evento.

Alice – Se recomponha Edward, está na hora!

Conforme a música calma tocava, todos se colocavam em seus lugares.

Respirando com calma, tentando não deixar transparecer o quanto tremia de nervoso e ansiedade, Edward começou a caminhar.
Alice que entrava junto com ele sorria simpática aos convidados, atravessando o extenso corredor que os levaria para a linda capela montada.

Como a música que embalava o ambiente, Edward parou no altar e permaneceu mexendo com os dedos, avistando como Rose e Emmett adentravam, até ocuparem seus lugares como testemunhas e padrinhos.

Alguns minutos de silêncio foram feitos, para então descer do pequeno carro uma Bella estupidamente bela...

A marcha nupcial se iniciou, alta, forte e intensa, Edward olhou-a dos pés a cabeça, deixou que o nervoso se transformasse em emoção, deixou fluir, deixou que todos os sentimentos transbordassem...

Bella segurou o choro antes mesmo de sair do carro.
Segurou as mãos de Jasper, que com o ar seguro, a conduzia até a entrada do enorme corredor...

Não teve coragem de subir o rosto e olhar Edward, sabia que desabaria e choraria compulsivamente.

Jasper – Respire querida... Estou te levando para o seu homem.

Bella sorriu e uma lágrima escapou de seus olhos, Jasper secou-a e lhe ofereceu o braço.

A marcha nupcial se tornou ainda mais intensa. Bella respirou fundo. Engoliu a saliva e o choro.

Pôs-se a sorrir com toda felicidade que sentia, iluminando com seu sorriso os olhos de quem a assistia, caminhar lentamente rumo ao seu futuro marido...

Seus olhos encontraram os de Jacob que de certa forma lhe sorriu assentindo com a cabeça, ela retribuiu o gesto e fez o mesmo a Tânia.
Virou os olhos para seus amigos, familiares, e com um movimento leve de cabeça os agradeceu também pela presença, viu sua bela irmã se afogando em lágrimas em cima do altar, viu Rose também emocionada e um Emmett todo risonho abraçando sua esposa, ao seu lado avistou um Jasper, que tentava ao máximo controlar o pranto.

Bella sorriu.


Os passos se tornaram mais rápidos, e a distância entre ela e Edward, cada vez menor.

Podia senti-lo gritando por um olhar, gritando por uma explicação, um por que, que em nenhum momento, Bella tinha olhado para ele. Sentindo a emoção lhe transbordar o coração e alma, abaixou os olhos para levantá-los lentamente

E ali estava ele...

Tão emocionado e ofegante como ele se encontrava, conseguiu lhe sorrir tentando com todas as forças controlar o pranto.

Mas não conseguiu...

E o mesmo a invadiu, fazendo com que Bella derramasse lágrimas por todo seu rosto...
Enfim chegaram ao altar, e sem quebrar o contato evidente que o casal fazia entre olhares, Jasper a entregou para Edward, que ainda mais trêmulo avançou em direção a Bella, com seus olhos injetados nos dela.

Ed – Você está linda, amor...

Murmurou-lhe bem baixinho, arrancando uma série de lágrimas e um sorriso tão belo, quanto qualquer outro que ela já havia lhe oferecido.

Bella – Não consigo respirar...

Murmurou de volta, sentindo os lábios de Edward sobre sua testa, em um beijo trêmulo e profundamente afetuoso.

Apertou a mão dela, pousando-a delicadamente em seu braço.

Bella entregou o buquê a sua irmã, Edward que agora segurava suas mãos fortemente, ouvindo as primeiras palavras do Sacerdote...

- Estamos aqui, reunidos...

Será que na cabeça de todas as noivas, em quanto o Sacerdote dizia as breves palavras de início, seus pensamentos eram em unicamente beijar seu futuro marido e gritar de tanta emoção para aliviar essa sensação?
Será que na cabeça de todas as noivas, vinham flashs e cenas que por todo o sempre seriam inesquecíveis em sua memória?
Será que todas as noivas, amavam seus futuros maridos como Bella amava a Edward?

Olhou rapidamente para Edward, vendo um homem completamente entregue... E conseguiu responder sua pergunta.
Não, nenhuma noiva amava seu futuro marido, pai de seu filho, como Bella o amava.

Não, nenhuma noiva pensava unicamente, em plena cerimônia de seu casamento, beijar descontroladamente o noivo. Em nenhuma noiva vinha à cabeça, flashs de lembranças e acontecimentos como vinham em sua cabeça, pois nenhuma noiva tinha vivido o que ela viveu, nenhuma noiva tinha morrido e renascido, nenhuma noiva tinha se apaixonado e se entregado de corpo e alma, a sua própria morte.

Olhou mais uma vez para Edward e dessa vez ele também a olhava...

E foi a vez dela, de olhá-lo com fascinação e veneração.

Ed – Eu te amo...

Disse apenas mimicando com os lábios, sem emitir nenhum som.

Bella – Não mais do que eu te amo...

Ela repetiu o gesto, voltando a assistir a cerimônia bela de seu casamento...

Uma cerimônia terna e rápida, com dizeres lindos e sábios, não só dos homens, mas também de Deus.

- Edward e Bella, viestes aqui para celebrar o vosso Matrimônio. É de  livre e espontânea vontade, e de todo o coração que pretendeis fazê-lo?

Ed – Sim.

Bella – Sim.

http://www.youtube.com/watch?v=yz0bWVyV_5Q

- Uma vez que é vosso propósito contrair o santo Matrimônio, unam as mãos direitas e manifestai o vosso consentimento na presença de Deus...

Edward e Bella viraram-se, ficando um de frente para o outro.
Emocionado, Edward pegou a mão direita de Bella que estava tão fria, como uma manhã de inverno.

Bella com toda calma segurou a mão dele entre a sua, deixando que por longos minutos ele mantivesse seus olhos no dela.
Edward mais calmo e menos trêmulo, porém de maneira nenhuma, menos emocionado.

Ed – Eu, Edward Anthony Masen Cullen...

Respirou fundo, percebendo que sua voz sairia cada vez mais abafada.

Cerrou fortemente o maxilar, por Deus, só precisava falar as benditas palavras.

Ed - Recebo-te por minha esposa Isabella Marie Swan...

Ed - E prometo ser-te fiel...

Assentiu firmemente com a cabeça, dando ainda mais intensidade a promessa.

Ed - Amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias das nossas vidas.

Sorriu.

Bella – Eu, Isabella Marie Swan, recebo-te por meu esposo Edward Anthony Masen Cullen...

Não conseguiu terminar a frase sem derrubar alguns pares de lágrimas, fechou os olhos profundamente, baixando a cabeça por alguns segundos, respirou fundo e com os lábios trêmulos, voltou a erguer a cabeça e olhar nos olhos de Edward.

Bella – E prometo ser-te fiel... Amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias das nossas vidas.

Assentiu com a mesma paixão que ele havia feito.
Respirou fundo, ouvindo o sacerdote abençoar as alianças...

- Abençoe Senhor, estas alianças, que ides entregar um ao outro como sinal de amor e de fidelidade...

Edward pegou a aliança de Bella a colocando no início de seu dedo na mão esquerda, engoliu a saliva antes de começar.

Ed – Bella, receba esta aliança, como o sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

A beijou ternamente, no dedo, onde acabara de colocar a aliança. Estendeu sua mão, e ouviu-a dizer, olhando-o nos olhos, do jeito que só ela sabia fazer...

Bella – Edward, receba esta aliança, como o sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

- E a todos vós, aqui reunidos, abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo. Sendo assim, eu vos declaro Marido e Mulher...

Chuva de aplausos foi alta e eufórica quando o casal se juntou em um beijo intenso e apaixonado. Abraçaram-se.
Com Bella mais uma vez tirando os pés no chão, dobrando as pernas sentindo que jamais poderia deixar de o beija-lo e abraça-lo daquela forma.

Fecharam os olhos sorrindo com muito gosto, antes de correrem sobre a chuva de pétalas de rosas, e tentassem chegar a tempo na ponte.

Segurava com firmeza a mão de Edward, que no meio de gargalhadas também corria, tentando com cada vez mais pressa alcançar o finalzinho do pôr do sol.

Chegaram a ponte, Edward puxou ela contra ele, beijando-a nos lábios, misturando suas respirações...

Bella – Você é maluco! Estão todos nos esperando!

http://www.youtube.com/watch?v=VI2j5YYPnPo


Ed – Que esperem... Preciso de alguns minutos contigo, somente eu e você.

Ed – Escute, apenas escute ok?

Ela assentiu com a cabeça.

Ed – Em tanto tempo, e em tantos acontecimentos, eu me esqueci de te dizer algo, que julgo quase como imperdoável...

Bella franziu a testa.

Ed – Obrigado...

Murmurou com seriedade. Bella se viu estremecida novamente pela emoção.

Ed – Obrigado por ser minha, e por me amar... Obrigado por me aceitar em sua vida e em seu corpo, mesmo quando não passava de alguém incerto e misterioso. Obrigado, por me fazer amar manteiga de amendoim, odiar gravatas e me enlouquecer com seus gemidos. Obrigado por seus olhares, sorrisos, pelo nosso filho! A verdade, é que, eu só gostaria de agradecer por ter me dado a oportunidade de saber o que é amar, em todas as dimensões...

Ele sorriu.

Ed – Então eu te digo mais uma vez... Obrigado Bella por fazer de mim, sua morte, sua própria vida!

Bella permaneceu muda.

Tentou falar mais seus lábios apenas se mexeram e voltaram a se fechar. Tentou sorrir, e, percebeu que era impossível sorrir mais do que já sorria.
Conseguiu por fim dizer, com a voz trêmula e abafada.

Bella – Eu te amo Edward!

O olhou nos olhos, com as duas mãos sobre as bochechas de Edward.

Bella – O que posso eu dizer, quando foi você que livrou meu coração e minha alma de uma eterna solidão? O que posso eu dizer, quando me deu tudo, tudo o que uma mulher podia receber, sabendo tão pouco da vida?

Beijou-lhe os lábios.

Bella – Foi esse seu jeito de me olhar Edward... Como se eu fosse a única mulher do mundo, a mais bela, a mais perfeita...

Edward sorriu, assentindo com a cabeça como quem dizia que ela realmente o era.

Bella – É esse seu jeito de sorrir, como se não estivesse acostumado a sorrir, como se tivesse vergonha de sorrir... É esse seu jeito de me tocar...

Sentiu as mãos dele pegarem em sua cintura.

Bella – Assim, dessa forma, como só você faz, com a força que só você tem...

Colou suas testas, e seu corpo junto ao dele.

Bella – É minha salvação, meu anjo, minha cura... Tome o que quiser de mim!

Aumentou o tom de voz sem conter a emoção.

Bella – Tudo o que eu tenho é seu, tudo o que tem é meu... Ontem, hoje, sempre.

Edward virou-a, encostando-a contra o muro da ponte enquanto lhe tomava os lábios, mostrando que naquele momento, era seu sabor e essência que ele queria.
Apertou-a pela cintura, colando seus corpos, roçando intimidades, avançando e retraindo sua língua, mordiscando, atiçando, amando, como só ele, como só ele poderia fazer...

No céu, o pôr sol espalhou suas cores quentes e majestosas por todo o horizonte.
De mãos dadas, corações e almas unidos, lentamente decidiram voltar para festa.
Foram recebidos por uma salva de palmas animada, de pessoas realmente importantes, que se emocionaram pelo enfeito da maravilhosa cerimônia.

A tarde começou a se esvaecer com a chegada da noite, as luzes das pilastras e velas foram acesas, dando ao ambiente aquele ar romântico e misterioso, sem deixar de ser inocente ou malicioso. Os noivos cumprimentaram a todos, agradecendo com alegria a cada convidado ali presente...

Bella logo foi chamada por Edward, que queria lhe apresentar aos amigos que tinha feito ao longo dos meses no escritório. Enlaçou sua cintura com uma mão, com a outra ocupada com a taça de champanhe, apresentou-lhe a cada um da roda, as esposas de cada um, e aos filhos que dois casais possuíam.

Ed – Roberto trabalha na contabilidade do escritório, Roberto, essa é a minha esposa, Bella...

Bella com toda simpatia cumprimentou cada um dos presentes na roda, gostando dos homens que pareciam honestos e verdadeiros, se identificando com as mulheres que pareciam calmas e simpáticas.

Sorriu para Edward que a olhava nos olhos.
Sorriu do tom possessivo que ele havia lhe apresentado aos homens da roda.

 “Essa é a minha esposa, Bella”

Sim, ela gargalhou de um comentário malicioso que ele tinha feito ao pé de seu ouvido, jogando a cabeça para trás, recebendo pequenos beijinhos em seu pescoço.

O jantar foi servido e uma animada banda começava a tocar, de início músicas ambiente, deixando os convidados confortáveis enquanto se deliciavam com o menu escolhido especialmente por Edward.

Alice olhou sua irmã após tomar outro gole de suco.
Bella estava tão animada e feliz que não conseguia ficar um só minuto parada!
Olhou o novo cunhado que se estava do mesmo jeito, comendo para que Bella também comesse.

Sorriu sozinha...
Era impressionante como combinavam. Como se completavam. Como se formavam em um só corpo.
O modo como comiam, como se olhavam quase que no mesmo instante, como conversavam em silêncio de um modo que ninguém naquela mesa, nem ela Alice, poderia entender era completamente sobrenatural.

Naquele momento Bella a olhou...

Bella – 100 beijos pelos seus pensamentos...

Alice sorriu.

Alice – Nada de mais...

Bella – Ok, desisto! E também me encontro satisfeita...

Ed – Não se encontra não, nem venha me enrolar, já disse que enquanto não comer toda essa comida, não sairemos da mesa...

Bella – Mas, eu não quero mais! Vai filho, diz para o papai que a mamãe já te encheu de comida!

Edward não pode permanecer sério, junto com Alice, Jasper e Délia largaram a sorrir e Bella com uma careta também sorriu.

Depois de servida a sobremesa, os garçons voltaram a circular com as bandejas de vários tipos de bebidas, o Dj começou a entrar em cena, mudando o som ambiente do jantar para músicas mais animadas, que fizeram os convidados se levantarem, animados pelas bebidas,  e soltassem o corpo. Edward e Bella caminharam em direção a Emmett, que abraçado com Rose, observavam Louise, dançando mais à frente com um grupo de crianças de sua idade.

Ed – Não acredito que ficarão aí como velhos!

Rose – Emmett é um bobo. Disse que o pequeno da esquerda está de olho em Louise... Veja se eu posso com isso!?!

Emmett piscou o olho para Edward que largou a sorrir.

Emmett – Mentira dela!

Rose – Ah sim, agora eu que minto? – deu-lhe um tapinha no braço – A verdade é que sempre foi duro para dançar!

Bella - Isso é verdade, me lembro em algumas festas, sempre ficou de lado...

Emmett – Enquanto você e Rose, chacoalhavam as cadeiras até os marmanjos não poderem conter a baba...

Bella – Mais que mentira!

Bella sorriu junto com Rose, que dava outro tapinha no marido.

Bella - Sabe que eu e Rose sempre fomos as mais comportadas!

Rose – A verdade é que você foi a mais comportada! – gargalhou com vontade – Veja só o meu histórico, fugi da faculdade de Medicina, casei-me jovem e grávida sem os meus pais permitirem...

Ed – Uauu, quase ganhou de nós Bella...

Emmett – Eu que sei o quanto Bella foi comportada, não é por nada não, Edward... Mas quase todos da festa pediam para ficar com a Bella, e o pior, ela aceitava...

Bella arregalou os olhos em diversão.

Bella – Mentiroso!

Ed – Ah é Dona Bella?

Bella – É claro que não amor...

Rose – Era sim Edward, eu até que tentava falar para ela não ficar com mais de um, mas, conhece Bella...

Bella – Sua traidora!

Rose gargalhou com vontade, saiu dos braços do marido para dar um forte abraço em Bella.
Bella retribuiu, vendo que Emmett e Edward também se abraçavam daquele jeito meio macho e estranho, foi a vez de Bella gargalhar, os homem jamais mudariam!

Rumaram para a pista de dança, onde Alice chamava a todos...

Alice – Bem, em primeiro agradeço como a irmã da noiva a presença de todos...

Bella sorriu ao ver Alice dentro da cabine do Dj.

Alice – E em segundo, gostaria de fazer um brinde ao casal mais radiante e feliz da noite.

Levantou sua taça, fazendo com que, a maioria dos convidados fizessem o mesmo.

Alice – Então um brinde, ao amor e a felicidade que reina sobre essa casa na noite de hoje. Um brinde ao meu pai e a minha mãe que sem dúvidas estão aqui se divertindo conosco...

Olhou Bella, que firmemente abraçada com o marido, erguiam a taça emocionados.

Alice - Um brinde ao meu sobrinho que logo chega...

Edward pousou a mão no ventre de Bella.

Alice – Um brinde ao amor intenso e inabalável desse belo casal... Felicidades!

Os convidados repetiram a última palavra de Alice, levando a taça ao alto e completando o brinde com um gole da bebida.

Alice – Espero que se divirtam. Bella, Edward, essa é para vocês...

http://www.youtube.com/watch?v=5DyrL1NP2yU

Alice mal terminou a frase e as luzes da pista logo se apagaram, deixando que as lâmpadas coloridas iluminassem o grande local.

O grito animado foi geral, começando a tocar uma música bastante conhecida, Bella arregalou os olhos para Edward, que de olhos fechados com um sorriso malicioso negava com a cabeça.
Sua cunhada era impossível!

Bella – Dança comigo, Senhor Killer?

Edward sorriu, puxando-a contra seu corpo, caminhando com ela até o centro da pista de dança.

Ed – Dessa vez...

Beijou Bella sensualmente, correndo as mãos pela cintura fina, ao som dos gritos e assobios das pessoas que formavam um circulo ao redor deles.

Ed – Eu te levo!

Bella – É mesmo?

Bella provocou Edward, mordendo os lábios, mexendo os pés ao compasso da música, emquanto mexia lentamente os ombros e os quadris...

Bella – Acha que pode comigo agora?

Sussurrou, virando-se de costas para Edward, roçando seus corpos sem deixar de perder o ritmo quente e excitante da música.

Bella – Acha que algo mudou daquela noite para cá?

Virou-se novamente para ele, olhando diretamente nos olhos dele, balançando os quadris e os ombros em um ritmo gostoso, tocando no peito de Edward e logo se afastando...

Ed – Se nada mudou, porque você não chega mais perto?

Ele mordeu o lábio sensualmente, rebolou lentamente o quadril na batida da música...

Ed – Está com medo, moça? – perguntou ele num tom malicioso. – Medo do que o teu marido pode fazer com você, bem aqui, no meio de todas essas pessoas?

Bella respirou fundo, sentindo seu corpo ser invadido por uma onda de excitação. Ele estava estupidamente sexy dançando daquele jeito, o paletó aberto, com a gravata frouxa, os cabelos desalinhados...

Ed – Anda... – estendeu a mão para ela - Deixe que eu te ensine a verdadeira dança cubana.

Bella sorriu, sem poder desviar o olhar do dele, aceitou sua mão, e com um forte puxão, sentiu seu corpo contra o corpo de Edward.

Estava tão colada a ele que ardeu de desejo, tanto por sua própria excitação como pela excitação “evidente” de Edward.

Jogou a cabeça para trás, com ambos rebolando ao mesmo compasso.
Com as mãos Edward percorrendo o corpo com extrema destreza, tocando-a, instigando, sem perder a sensualidade natural do ritmo da música...

Bella – Você está me provocando...

Ed – Peça por água... Alterada, mi amor?

Bella gargalhou, afastando as pernas para que ele encaixasse sua própria perna no meio das dela, segurando-a fortemente pela cintura, enquanto Bella arqueava o corpo para trás, com ele lhe beijando no pescoço, lábios... Rebolando com ela enquanto lentamente baixavam em direção ao chão...

A música se tornou mais alta e sensual, as risadas e os gritos animados se tornaram mais quentes e alegres... Bella endireitou o corpo enlaçando-o pelo pescoço, colando seus seios sobre o peito suado de Edward, arrepiando-se com as mãos ousadas que ele descia por suas pernas e coxas, enquanto ele mordia e lambia os lábios de Bella em uma doce tortura.

Ed – Tem certeza que está bem?

O Filho da Mãe sussurrou ao pé do ouvido, somente para agravar a situação.

Ed - Estou te achando um pouco... Ofegante!

Bella cerrou os olhos agarrando-o pelos cabelos da nunca.

Bella – Quando estivermos sozinhos, você me paga...

Ed – Sério? E qual será a forma de pagamento?

Virou-a de costas, colando seus corpos mais uma vez, arrancando um gemido baixo de Bella, que só os ouvidos dele, puderam escutar.

Bella – Será lenta...

Sorriu maliciosamente, com suas mãos descendo pelo corpo do marido.

Bella - Será intensa, então rápida, para novamente voltar a ser lenta...

Edward gargalhou, naquele tom roco e particular, que Bella tanto amava escutar.

Edward beijou Bella com vontade, colando seus corpos mais uma vez, fazendo com que ela sentisse a ereção absurda que se instalara por baixo das calças...

Bella – Edward! Você é impossível!

Ed – Criação tua baby... – Se esfregou ainda mais nela - Cria especialmente tua... Agora vem... – Disse lentamente, sensualmente. - Se solta, deixa eu te levar...

E Bella deixou...

Olhou sua irmã, que mais a frente, dançava sensualmente com seu marido.

Olhou Rose, que ensinava a Emmett a pegar com facilidade os passos.

Olhou Délia que batia palmas, chacoalhando os ombros exatamente como Renee fazia...

Bella - Ok... – Ela tinha falado no meio de um baixo gemido. – Eu me rendo, Filho da mãe!

Fechou os olhos, arqueando as costas enquanto as mãos de Edward, subia cada vez mais por suas costelas.

Bella - Estamos na festa do nosso casamento!

Ed – Isso mesmo... – disse – Na nossa festa, e sendo nossa, podemos fazer o quisermos.

Bella – Não querido, aqui não podemos fazer o que tem em mente...

Ed - E como sabe o que tenho em mente?

Bella sorriu, olhando nos olhos de Edward, passando os dedos sobre aqueles lábios avermelhados pelos seus beijos.

Bella – Eu pensei que já soubesse... Que às vezes, eu posso ler seus pensamentos.

A dança por fim terminou, no outro segundo a queima de fogos aconteceu, iluminando o céu de diversas cores em diversas intensidades.

Bella – Vem...

Bella murmurou, apenas mexendo os lábios, com a animação da queima de fogos distante de seus ouvidos...

Bella – Eu tenho algo para te mostrar...

E ela havia mostrado!

Como só ela mostraria.

Como só ela poderia ter lhe mostrado o amor...

(...)

Era Julho, em especial dia 22...

Com oito meses de casados, vivendo em uma casa no norte da cidade, eram quase 5 hs da tarde quando Bella tinha entrado em trabalho de parto.

Com os cabelos soltos, com as bochechas rosadas pela grande força que fazia para controlar as contrações, Bella tinha chamado por Edward, que na cozinha, preparava um sanduíche para que comessem naquele finalzinho de tarde...

Bella – Edward?

Respirou fundo, levando a mão sobre a barriga, sentindo uma contração pequena vir e ir aumentando...

Bella – Querido...

Chamou por ele mais uma vez, apertando os olhos, fazendo força para conseguir sentar-se na cama, apoiou as mãos contra a mesma, na tentativa inútil de se levantar...

Bella – Edward...

Afastou os cabelos do rosto, que começava a suar e se tornando cada vez mais rosado, notou a cama molhada, assim como, a calça larga de algodão que usava... Não sabia se chorava ou se sorria!

Edward entrou no quarto com a badeja nas mãos, tremendo com o friozinho que fazia naquela tarde.

Ed – Ei, onde pensa que vai?

Bella – Ter nosso bebê!

Tinha respondido com toda calma, controlando a respiração, como tantas vezes tinha ensinado para suas pacientes em trabalho de parto.

Ed – Oh Deus...

Bella virou-se, vendo um Edward pálido parado no meio do quarto, segurando uma bandeja, que sem dúvidas, iria a instantes para o chão...

Bella – Amor, está tudo....

Antes que ela terminasse de falar, ele havia soltado a bandeja que caira com tudo no chão, passando por cima dos pratos e xícaras que tinham se quebrado,  se ajoelhando na frente de Bella...

Ed – Ok, está tudo sobre controle...

Bella franziu a testa, sentia vontade de rir!

Ed – Se lembra da respiração de cachorrinho? Sim! Faremos ela agora, e eu....

Se levantou todo afobado batendo com o pé na ponta da cama, murmurando um palavrão alto enquanto mancava até o telefone.

Ed – Ligarei para a maternidade e direi que estamos indo, e depois pegarei sua bolsa, a mala do bebê, os documentos e os...

Bella – Edward...

Ed – Respire querida, respire... Mas que merda! Ninguém atende essa PORRA de telefone! Respire...

Demonstrou como era para fazer, gesticulando calma com as mãos, para então bater o telefone com força e rodopiar pelo quarto, como um peru tonto.

Bella – Amor...

Ed – Eu sei, eu sei.

Abriu o armário, pegando a bolsa que Bella havia preparado para ir para a maternidade, prestes a sair do quarto para pegar a bolsa do bebê...

Bella – EDWARD CULLEN!

Bella gritou com força na última contração, fazendo Edward congelar, que ofegante olhava pra Bella com os olhos arregalados...

Bella – Se acalme agora mesmo... E pare de rodar, está me deixando tonta!

Ele tinha assentido, deixando a mala cair ao chão, caminhando na direção dela...

Ed – Estou apavorado!

Bella – Eu sei que está!

Ed – Não estou conseguindo respirar...

Bella – Ótimo, eu também não!

Em meio a um minuto de silêncio os dois acabaram sorrindo da situação.
Bella o segurou pelo braço, respirando fundo, apertando-o com força quando a próxima contração chegou.

Acalmaram-se e se lembraram de cada coisa que teria que fazer, Edward pegou as malas, os documentos e as chaves do carro.

Logo depois levou Bella nos braços até o carro, dirigiu com concentração, sem deixar que a respiração alterada tomasse controle da situação, olhou para ela rapidamente para certificar-se que estava tudo sobre o controle.

Bella estava com os olhos fechados, as mãos sobre sua barriga, tentando a todo custo controlar a respiração...

Ela levou a mão na coxa de Edward na última contração, cravando suas unhas ali, apertando as pernas com a dor, que a cada instante, se tornava mais e mais intensa...

Chegaram ao hospital, e a calma que Edward parecia ter adquirido ao longo do caminho, desapareceu...
Entrou como um doido pela maternidade, cheio de malas, pedindo por ajuda...

As enfermeiras acostumadas com aquela cena, sorriram prestativas, acalmaram o homem que seria pai em breve. Com uma cadeira de rodas locomoveram Bella até quarto onde teria o bebê.

Bella – Amor, precisa se acalmar...

Ed – Quem disse que estou nervoso? Estou calmo!

Bella – Não, não está calmo...

Ed – Estou calmo...

Bella – Não está calmo...

Ed – Estou calmo, sim!

Bella – NÃO, NÃO ESTÁ!!

Ed - Não, não estou calmo...

Ela tinha lhe sorrido, passando a mão no rosto mais suado e rosado, do que seu próprio.

Bella – Esta tudo bem... Já tínhamos conversado sobre isso! Sabemos como acontece...

Ed – Mesmo assim, ainda acho que poderia ser de outra forma...

Segurou as mãos de Bella, que pelas enfermeiras, era preparada para o parto.

Bella – Eu queria assim... Concordamos com isso, sou médica, sei que é mais saudável...

Ed – Não gosto da idéia que sinta tanta dor, está ficando pálida Bella!

Bella – Nosso bebê tem que sair amor!

Ed – Está falando como se eu não soubesse disso! Sei que tem que sair, quero muito que saia, mas...

Alisou o rosto de Bella, beijando-a nos lábios, na testa...

Bella - O que está acontecendo, Edward?

Olhou nos olhos dele, notando que havia algo escondido neles...

Bella - Há algo mais, o que foi amor?

Edward havia lhe beijado as mãos e negado com a cabeça.

Ed – Nada, está tudo bem...

Passou a mão pelos cabelos, bagunçando-os ainda mais, animando-se com a entrada da médica de Bella.

Ed – Ligarei para Alice...

Bella – Não...

Ela negou com a cabeça.

Bella – Fique aqui comigo, me olhe nos olhos... Diga-me o que há.

Ed – Agora não é hora de tentar entrar na minha alma, amor...

O assunto foi cortado pela médica, que animada, saudava aos pais de primeira viagem.
Bella, ciente do procedimento apenas ouviu com a atenção as informações padrões que sua médica informava.

Vestindo o avental, deitou-se para ser examinada pela médica, que concluiu que tinha quatro dedos de dilatação, foi colocada no soro, sendo monitorados tanto seus batimentos, como os batimentos do bebê.
Recebeu a Peridural, que de imediato lhe aliviou a dor.

Cansada e sonolenta permitiu-se fechar os olhos, enquanto esperava que a dilatação aumentasse para em fim começarem o parto.

Segurou com força a mão de seu marido, juntando seu calor ao dele, para que juntos pudessem em fim trazer a pequena Renee ao mundo.

Estavam estranhamente quietos, estranhamente nervosos e emocionados.
Edward beijou Bella mais uma vez na testa e nos lábios, segurando com firmeza sua mão. Não deixando de olhar, com seus olhos atentos, cada reação que Bella pudesse emitir

Se levantou com rapidez ligando para Alice e Rose, que elétricas, disseram que rapidamente chegariam ao hospital.
Desligou o telefone voltando a olhar Bella, seu semblante dizia que havia sentido um grau alto de dor.

Não queria que ela tivesse escolhido o parto normal, mas Bella tinha insistido como médica e como mulher.

Era um momento gracioso para ambos, porém, nada seria mais glorioso para Bella do que dar a luz a própria filha...

Sorriu...

Era uma menina, uma bela e forte menina, que pouco havia dado trabalho, que muito tinha trazido felicidade.

Nesses oito meses que levava casado com Bella, teve a completa certeza naquele instante, que a intensidade jamais ficaria de fora de suas vidas.
Quando ela gritava, ele se calava, o que fazia com que ela gritasse ainda mais...

Quando ele sorria, ela gargalhava, e fazia com que ele sorrisse ainda mais...

Quando ela lhe amava, de forma quente, desejosa e gostosa, ele ardia, ardia como se fosse a primeira vez, fanzendo ele queimar na plenitude êxtase...

Não tinha fim.

Era algo que se renovava a cada dia, com beijos, carícias ou até mesmo discussões...

Voltou a sentar-se e alisar os cabelos dela. Cabelos ainda mais longos...
Cabelos que se perdiam, em suas grandes mãos, a qualquer hora do dia, da tarde, da noite.

Suspirou deixando que sua preocupação tomasse seu coração novamente.

Bella – Eu te sinto...

Ela murmurou, e Edward voltou-se para ela percebendo, que Bella, o olhava profundamente.

Bella – Mesmo quando não fala, te sinto, é impossível que não o sintir, sabe disso!

Sim, Edward assentiu, era mesmo impossível, porque nenhum outro casal naquele mundo criado por Deus, possuía a ligação que possuíam.

Bella – Me dê sua mão...

Edward fez, vendo que ela  guiava suas mãos até seu ventre coberto pelo fino avental.
Edward sorriu, sua garota mexia a todo vapor...

Bella – Ela está bem, está aqui comigo e já começo sentir com mais intensidade que deseja sair.

Ed – É minha primeira garota, mulher, amante, esposa... Essa é minha primeira menina, filha, um pedaço de ti... – Sorriu - Não sei como agir Bella! Nos preparamos tanto para esse momento, e tudo o que sinto, é medo de que algo possa dar errado.

Bella – Nada dará errado...

Ed – Se soubesse a quantidade de mãe que já vim buscar, logo depois...

Calou-se...

Bella – Oh sim... Aí, chegamos ao problema!!

Sorriu com ternura, alisando o próprio ventre com uma mão, enquanto com a outra alisava os cabelos de Edward.

Bella – Sabia que tinha algo... Sabe por que nada me acontecerá?

Edward suspirou, negando com a cabeça, cobrindo a pequena mão que ela levava em seu rosto com sua própria.

Bella – Porque sou sua mulher.

Ed - Bella...

Bella – Não acredita em mim?

Ele sorriu, daquela forma que fazia quando não queria sorrir

Bella - Quer que eu seja mais clara? Sabe por que não posso morrer? Porque já morri, e você me trouxe de volta... A eternidade se lembra? Eu, você e Renee...

Ed – Promete? Porque se algum dia ousar me deixar nesse lugar sozinho, eu juro que vou atrás de ti, somente para te pegar onde quer que você esteja e te trago de volta... Você promete Bella?

Franziu a testa, adicionando uma dose intensa de sentimentos, que Bella não esperava.

Bella – Prometo...

Bella sorriu, soltando um alto suspiro.

Bella – Não pense nisso, apenas olhe nos meus olhos e segure em minhas mãos quando for à hora.

Ed – Sente dor?

Bella assentiu com a cabeça.

Bella – Nada tão insuportável como antes, mais desconfio que já seja a hora...

Apertou os olhos com força, adquirido uma respiração mais ofegante...

Bella – Amor, acha que pode chamar a minha médica?

Mordeu os lábios, sentindo a forte pressão que seu útero fazia, olhou seus batimentos cardíacos e os do bebê, e estavam realmente acelerados...

Naquele mesmo instante a médica entrou com duas enfermeiras.
Bella sorriu assentindo com a cabeça, como quem informava a doutora que realmente era hora.

Dra Carolina - Ok Bella, ainda não faça força, deixe que eu te examine mais uma vez.

Bella assentiu, sentindo um enorme incômodo de ser examinada, logo recebeu a noticia que seu corpo estava pronto, o nervosismo tomou-a.

Sua filha iria nascer...

Dra Caarolina - Vamos lá papai, se vista direitinho, vai me ajudar no parto....

Bella conseguiu sorrir em meio do processo de respiração, levou a mão à barriga e fechou os olhos por alguns instantes. A pressão se fazia quase insuportável, segurou com força a barra da cama onde se encontrava, fechando as pernas, dizendo a si mesma para que não fizesse força.

Bella – Calma querida, mamãe já vai te ajudar...

http://www.youtube.com/watch?v=pmey1k7WXdc

Ed – Respire querida, daquela forma que ensaiamos, respire...

Bella – Segure minha mão...

Ed – Já estou indo, somente vou terminar de colocar a roupa.

Bella – Edward, preciso que segure a minha mão.

Quase gritou, abrindo os olhos com a testa franzida pela dor.

Dra Caarolina - Ok, se acalme, vamos lá! Abra bem as pernas, respire fundo e quando eu disser: “vai, fará força e contaremos até dez...”

Bella assentiu, precisando ouvir o que a médica lhe dizia.
Por mais que soubesse de todo aquele processo era importante ouvir aquilo de alguém.

Edward com rapidez se pôs ao seu lado, segurando sua mão com a firmeza que precisava.

Ed – Estou pronto...

Olhou nos olhos de Bella, vendo o quanto já estavam cheios de lágrimas.

Ed – E você está pronta? Está pronta para trazer nossa filha?

Bella assentiu, a realidade era que estava tão emocionada que não sabia, se ria ou se chorava!

Dra Caarolina – Vamos lá Bella...

Bella assentiu com convicção. Quando a médica disse já, fez toda a força que podia, grudando seu queixo no colo, puxando suas pernas flexionando-as de encontro ao corpo...

Dra Caarolina – Ok, ok, deu! Agora respire, respire fundo, bem fundo...

Bella fez, com seu rosto violentamente corado pela força que fazia, enquanto Edward lhe afastava os cabelos que começavam a grudar na testa, e se permitiu em fim que toda a emoção o assaltasse...

Ed – Está maravilhosa Bella... Está tudo bem!

Bella sorriu, ofegante se preparou para fazer força novamente, e mais uma vez deu tudo de si, até a contagem terminar.
Respirou fundo pelos lábios, não podendo evitar apavorar-se quando sentia cada vez mais dor e pressão, sentindo cada vez mais seu corpo liberando sua criança...

Dra Caarolina - Mais uma vez, vamos lá Bella, 1,2,3....

Bella – Oh Meu Deus...

Deixou que o grito saísse de sua garganta, segurando com força a mão de Edward, que continuava lhe acalmar...

Bella – Não sei se consigo...

Ed – É claro que consegue, está indo bem! Vamos lá, respire, respire...

Bella fez, retomando sua energia pelas palavras de Edward, apertou os olhos, repetindo mais uma vez os movimentos.

Dra Caarolina – Isso Bella, empurre, isso dessa forma... Ela está vindo, mais uma vez e conseguiremos tirar a cabecinha... Respire, não se mexa, apenas respire.

Bella – Não! Eu quero fazer força agora!

Bella tinha gritado, puxando as duas mãos de Edward, empurrando com força por quase mais de dez segundos...

Caarolina – Oh, aqui está, venha ver Edward... Dê sua mão Bella...

Bella colocou a mão sentindo a cabecinha de sua filha, sorriu de felicidade, com as lágrimas saindo pelos olhos.

Ed – Isso querida, mais uma vez, vamos uma última vez.

Bella assentiu, e mais uma vez fechou os olhos e com toda força empurrou, quando suas forças negaram-lhe energia caiu deitada sobre a cama, respirando de forma extremamente ofegante até que...

Aquele fino e especial choro invadiu o quarto...

Como o sol que invade o céu todas as manhãs...

Como a noite invade o horizonte todas as tardes...

Abriu os olhos e viu o rosto pálido e emocionado de Edward, que com os olhos vidrados olhava sua filha.

Tocou seu próprio rosto encharcado de suor e lágrimas, para rapidamente abrir os braços e receber aquele pequeno embrulho ali.

Bella – Oh meu Deus, Edward!

Respirou profundamente, tocando cada parte daquele rostinho gordinho, ainda avermelhado pelo sangue.

Caarolina – Parabéns mamãe, papai.

Bella – Como ela é linda...

Bella – Como é linda minha flor! Olha Edward... Olha como é bela!

Ed – Graças a Deus!

Ele murmurou de olhos fechados, agradecendo de todo ao coração pela grande Força, e por todos os anjos que ali se encontravam naquele momento.

Ed – Obrigado, Senhor meu Deus!

Não pode evitar emocionar-se ao olhar o rostinho pequeno e avermelhado, que estava colado ao rosto suado de Bella...

Sentindo a energia e os sentimentos de Edward, Bella cuidadosamente estendeu a pequena mocinha para os braços do pai.
Que desajeitado, havia lhe pegado nos braços como se fosse de vidro.

Ed – Olá querida...

Havia murmurado, deixando que uma lágrima quente pingasse no rostinho de Renee.

Ed – Seja bem vinda meu amor.

Franziu a testa com a emoção o pegando para valer... Negou com a cabeça, como quem não poderia dizer mais nada, a mão tão pequenina com dedinhos minúsculos agarrou seu dedo.

Ed – Sim... É o papai.

Murmurou com a voz baixa e abafada, intercalado seu olhar entre sua filha e Bella, que os olhava completamente fascinada.

Ed – Cuidarei de tí querida, por todos os dias, em todos os momentos... Cuidarei meu anjo... Olhe Bella, parece que escuta o que eu falo!

Bella assentiu, naquele momento as palavras também lhe faltavam, finalmente cobriu o rosto com as mãos e deixou que o choro da mais pura felicidadea viesse, sentiu os lábios de Edward sobre sua testa, e logo depois sobre seus lábios.

Tocou no rosto de Edward, recebendo de volta o toque cálido de seu marido.

Ed – Eu te amo!

Ele disse em alto e bom tom, emocionado e eletrizado.

Ed – Me deu a coisa mais linda de Deus, eu te amo Bella, eu te amo, eu te amo!

Beijou-a mais uma vez nos lábios, deixando Renee de volta nos braços da mãe.

Edward tirou a roupa descartável e olhou os rostos surpresos de Alice e Rose, que na sala de espera, aguardavam a mais de 20 minutos ao nascimento da mais nova integrante da corrente.

Ed – É linda!

Logo disse para o delírio total de Alice e Rose, que se levantaram aliviadas, sorrindo e felicitando o pai caçula da turma.

Ed – Tem os lábios tão rosados e fofos... Minha filha Alice, minha filha é linda!

Alice – Oh Edward Parabéns!

Abraçou com emoção seu cunhado.

Rose – Digo o mesmo, e te acalme homem!

Abraçou ternamente Edward, que animado a tirou do chão. Logo atrás entrou Jasper com o pequeno Andrey nos braços, pelo sorriso e os olhos de Edward, notou que sua sobrinha já havia nascido.
Deixou seu filho adormecido nos braços da mãe, para poder dar aquele braço em Edward.

Abraço de homens emocionados e radiantes, com aqueles tapas monstros nas costas, em sinal do mais puro orgulho e satisfação.

Jasper – Parabéns cara!

Ed – Valeu Jasper. Caramba cara, é uma emoção sem igual!

Passou a mão pelos cabelos.

Ed – Bella foi maravilhosa, tudo foi maravilhoso!

Rose – E Bella como está?

Ed – Está bem, ótima! Sai para que pudesse se arrumar, tomar um banho, conhece Bella!

Alice – E Renee?

Ed – Já deve estar no berçário... Vamos lá galera, acho que já está no bercinho.

Animados os quatro rumaram para o berçário, separado por um grande vidro.

Délia logo chegou tão emocionada...

Délia – Que Deus a proteja! É a cara de Bella quando nasceu!

Ed – Olhe como é esperta... – Sorriu apoiado no vidro – Oh cara, devemos comemorar! Devemos brindar, fumar charutos, beber champanhe, é isso o que se faz, não é? É isso que se faz quando se recebe uma graça dessas!

As pessoas que passavam por ali sorriam para Edward...
Era impossível que não o fizessem, a animação e felicidade do novo papai contagiava a todos.

A enfermeira levantou Renee e Alice emocionou-se ao ver que realmente se parecia muito com Bella quando menor, beijou seu próprio filho, gargalhando da alegria contagiante que seu cunhado expressava a quem quer que quisesse ver ou sentir...

Às vezes Edward, não parecia ter nascido nesse mundo!

Voltaram para a recepção e após a permissão da médica entram em silêncio no quarto.
Bella repousava adormecida na cama, com os cabelos em um longa trança caídos sobre o ombro e logo abaixo o seio.
Sem nenhuma, com o semblante calmo, porém, exausto.

Alice – Acho melhor virmos mais tarde... Está cansada agora, só eu sei o quanto!

Jasper – É mesmo melhor, porque se Andrey acordar, faminto do jeito que deve estar, tenho a certeza que ninguém nesse hospital dormirá hoje!

Ed – Acho que devem ficar, Bella ficará feliz de vê-los aqui quando acordar...

Sussurrou ainda mais baixo.

Bella – Sem sobra de dúvidas...Adoraria vê-los aqui quando acordar!

A risada foi geral, Edward fez uma careta sabendo que havia sido sua voz em particular, que tinha despertado-a. Era simples assim, jamais mudaria...

Bella – Já babaram em minha filha?

Alice – Oh Bella! – Abraçou com delicadeza e afeto sua irmã... – Parabéns querida!

Bella – Obrigada Ali, viu ela? Viu como é linda?

Alice – Mais é claro que vi minha flor!

Rose – Parabéns Bella!

Bella – Rose, que maravilha ter você aqui! Ande, vem cá me dê um abraço...

Rose – É um pingo de gente, mais os olhos estavam bem abertos, observando tudo! É linda!

Bella – Délia, Oh Deus definitivamente querem me fazer chorar mais do que já chorei...

Délia – Oh menina. Não fale assim que sou eu que choro... - Alisou os cabelos de Bella– Meus parabéns, você merece. A aparência faz jus ao nome, Renee... Antes de parecer contigo é estupidamente aparecida com sua mãe!

Jasper – Se não fossem primos diria que pode até se casar com o meu filho!

Bella – Jasper! Traga esse príncipe para a madrinha dar um beijo!

Jasper o fez, aproveitando para parabenizar a cunhada com um terno abraço.

Quando a noite chegou Edward fez questão de brindar com todos ali presentes, comprando do champanhe mais caro que tinha achado no mercado.
Também fez questão que ele e Jasper fumassem dois dos charutos, que havia ganhado de Emmett.

As comemorações foram longas e quando o relógio bateu mais de 22:00 horas, Bella já se encontrava novamente adormecida e as visitas já haviam ido embora.

Edward segurava Renee nos braços, aquecendo-a com seu calor, protegendo-a do frio da noite de inverno.

Acariciando-a no rostinho tão macio e corado, marcando em sua memória, assim como fazia com Bella, cada traço daquele rosto.

O que poderia dizer do sentimento de ser pai?

Olhou para Bella e já sentindo aquele instinto de protegê-la lhe invadir cada entranha.
Voltou a olhar sua filha e aquele instinto se tornou ainda mais intenso...
Jamais permitiria, que aquela pequena pessoa tão importante em sua vida, sofresse de alguma mal ou de alguma agonia.

A protegeria com toda sua força e determinação.

Cuidaria dela como todo seu amor, e ofereceria a ela e a sua mãe, o mais puro amor de um homem.
Novamente emocionou-se quando Renee, esperta para uma recém nascida, abriu bem os olhos e o olhou, procurando com suas mãozinhas pequeninas o dedo de Edward, sorriu.

Ed – Não podemos fazer barulho... Mamãe está cansada.

Sorriu mais uma vez, percebendo o quão pequenina era.

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Embalando-a nos braços, parou em frente à janela...

Somente a luz do abajur iluminava o interior do quarto, dando ainda mais aquele ar reconfortante, intensificado pelo silêncio da habitação.
Continuou a dar pequenos passos de um lado para o outro, embalando Renee até dormisse completamente.
Sorriu, seu semblante era tão lívido e terno...
Deixou sua filha aquecida no berço ao lado direito de Bella.
Deu a volta e lentamente sentou-se na cama, fazendo o mínimo de movimento para não despertar o sono de Bella.

Seus olhos se baixaram por alguns instantes e seus lábios beijaram a testa de sua esposa, ficou ali, olhando-a durante uma quantidade de tempo que não poderia determinar.

Tocou as mãos de Bella e de imediato, sem assustar-se ou até mesmo alterar-se, ela abriu os olhos. De início procurando os dele, e depois de automático, virando a cabeça para certificar-se de que Renee continuava adormecida, segura e aquecida ali, logo ao seu lado.

Voltou cabeça para Edward e segurou as mãos dele com a sua...


Bella – Olá...

Murmurou voltando a sorrir.

Ed – Olá...

Ele respondeu mais não sorriu, permaneceu sério olhando para ela.

Bella – Ela acordou?

Ed – Apenas alguns minutos, me olhou bem nos olhos e voltou a adormecer...Mas não tardará a acordar.

Bella – Sim, eu sei... – Fechou os olhos respirando calmamente – Parece que durmi um século!

Ed – Faz algumas horas, Délia deixou um beijo, voltou hoje para a casa de praia, volta no final de semana... - Bella assentiu – Alice e Jasper voltam amanhã, Andrey estava impossível, necessitava de um banho e cama.

Bella – Bem sei como é, aquele garotinho é impossível! E Rose?

Ed – Emmett chegava de viagem agora pela noite, ela e Louise iria pegá-lo no aeroporto, foi a primeira vez que viajou a negócio depois de se recuperar, acharam importante recebê-lo no aeroporto.

Bella – Fizeram muito bem, tenho certeza que Emmett irá adorar.

Ed - Acho que vão nos visitar em casa... Falei com sua médica, acho que em três dias poderemos ir para casa.


Bella – Maravilha! Mal vejo a hora de nós três enlouquecermos na nossa nova rotina!

Edward finalmente sorriu...

Ed – Sim, sem sombra de dúvidas será uma nova experiência...

Bella - Sim, assim como todas... Ei, o que foi?

Tocou-lhe o rosto...

Bella – Edward?

O chamou com ternura, esperando pacientemente que ele a olhasse...

E ele fez...

Bella – O que foi? Cansado?

Ele negou com a cabeça.

Bella – Com sono?

Ele novamente negou.

Bella – O que foi amor? Assim está me preocupando...

Ed – Defina emoção Bella.

Bella estremeceu da cabeça aos pés.

Ed - Porque talvez na minha definição esteja faltando algo, e por isso, eu não consiga concretizar em palavras meus sentimentos. Defina plenitude Bella... Defina alegria, surpresa, medo do desconhecido, porque talvez essas também não estejam completas, porque quase não consigo olhar nos seus olhos sem chorar como um bebê! Deus!! Defina amor, porque desconfio que o que sinto dentro do meu coração, ultrapassa as definições que tenho em minha mente. Bella, minha vida, minha alma, meu amor...

Tocou o rosto de Bella acariciando lentamente.

Ed – Ensine-me novamente a lidar com esses sentimentos, porque, querida acredite, me sinto perdido!

Olhou para Renee sorrindo em ternura...

Ed – Contigo parece que sempre estou aprendendo, renascendo...

Aproximou-se mais de Bella, contornando os lábios com o polegar...

Ed – Não sei se poderei proteger a ti e Renee com a força que teu pai te protegeu... Não sei se serei...

Bella botou o dedo sobre os lábios dele, e se sentou, olhou-o nos olhos e deu-lhe um beijo...

Bella – Não há o que temer Edward...

Ele sorriu com fascinação.

Bella - Feche olhos...

Passou lentamente os dedos sobre aqueles olhos eternamente misteriosos.

Bella - Deixa eu te levar...

Sussurrou, aproximando-se do ouvido dele.

Bella - Eu te ensino, sempre ensinei... Sempre ensinarei!

Fim...

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