Encontro Marcado Finalizada escrita por vivimaciel, Amy Kawaii


Capítulo 36
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Olá, moças! Quero agradecer a: TaynaCullen, juh_Pattinson e Mariza, pela as belíssimas indicações da fic. Meninas, vocês não imaginam o quão feliz eu fiquei e o quanto agradeço de coração.Bem... Como todas sabem estamos chegando ao fim. Este será o penúltimo capítulo, logo e em breve, vocês terão o último. Peço que me perdoem alguns erros, esse capítulo não foi betado, mas como eu estava em cólicas para postar decidi por postá-lo assim mesmo, espero que não reparem.************************************************************PEÇO QUE ESCUTEM TODAS AS MÚSICAS DO CAPÍTULO, SEM ELAS, O CLIMA E EMOÇÃO NÃO SÃO OS MESMOS.************************************************************CAIXA DE LENCINHOS A POSTOS? BORAAAAAAAAA LERRRRRRRR!!!!



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Bella abriu os olhos e percebeu que não estava mais no hospital...

Voltou a fechá-los, sentindo seus pés sobre a grama em uma temperatura perfeita.
Aspirou o perfume tão singelo do ar que denunciava o ambiente limpo, calmo e de paz onde se encontrava...
Sua cabeça não latejava de forma violentamente intensa.
Seu corpo não era sacudido por espasmos dolorosos, e a constante vontade de vomitar, não faziam mais parte de seu organismo...

Voltou a abrir os olhos e avistou o campo extenso, coberto por um céu jamais visto em terra, de profundo azul e o mais doce cantar de pássaros. As árvores davam a luz e o toque final ao extenso lugar. Respirou profundamente, era o lugar mais belo que já tinha estado!

Seus pés se moveram mais uma vez e seu corpo foi tomado pela sensação enorme de conforto. Sentia-se leve e acolhida. Caminhou por longos segundos, com os cabelos batendo contra o seu rosto, enquanto caia como uma cascata com cachos, por suas costas.
Olhou suas mãos pequenas e bem coradas, tocou seus cabelos sedosos e pode sorrir olhando mais uma vez para o céu.

Onde estava? Que lugar era esse?

A sensação de conforto, após uma dor tão intensa era grande, que tinha se esquecido de fazer a grande pergunta...

Havia morrido?

Escutou seu nome ser chamado e virou-se...


Com os cabelos em câmera lenta, batendo contra o rosto tão belo e natural.
Seus olhos emocionados se fecharam, e Bella levou a mão sobre o coração, que ainda batia...

Em poucos segundos era envolvida por um abraço imenso e forte.

Repleto de todas as emoções que precisava sentir naquele momento.

Olhou os olhos do homem que estava em sua frente.

OH Deus como o amava!

Tocou aquele rosto tão conhecido com suas pequenas mãos, correndo aqueles traços com o polegar lentamente, repetidamente...

Bella – Como eu senti sua falta...

Conseguiu dizer emocionada, não conseguia conter seu coração acelerado.

Bella – Só Deus sabe como senti sua falta, papai!

Charlie sorriu carinhosamente e acariciou-a nos cabelos, enquanto aqueles olhos tão brilhantes e conhecidos, mergulhavam em sua alma.

Bella também sorriu. Era só o que podia fazer.

Estava envolvida em um manto poderoso de amor e afeto, que a dor, não poderia aproximar-se de sua alma.

Bella - Está tão lindo...

O beijou nas bochechas e voltou abraçá-lo, com Charlie erguendo-a, tirando-lhe os pés do chão.

Bella – Estou aqui contigo para sempre?

Voltou a olhá-lo nos olhos, não conseguindo guardar tanta emoção.

Bella – Ficarei aqui contigo?

Perguntou como uma menina alegre, como que se pergunta quando ganharia a próxima boneca.

Bella - Cadê a mamãe? Pensei que ela me esperaria também... Oh papai, não sabe a falta que me fez!

Bella negou com a cabeça e outro sorriso trêmulo escapou de seus lábios rosados.

Bella – Em um certo momento, pensei que estava sozinha. Foi tão assustador... Foi um grande pesadelo e...

Mirou os olhos de Charlie, percebendo que seu pai não mais sorria.

Bella – Não foi um pesadelo, não é?

Charlie assentiu. Palavras não eram necessárias, Bella conseguia... Conseguia ouvi-lo dizer, que sim, no mais profundo de sua alma.

Bella – Por quê?

Fez a grande pergunta, sem alterar a paz interior que sentia.

Bella – Por que escolheu me deixar?

Charlie – Não fui eu que escolhi meu bem...

Pode dizer finalmente, voltando a acariá-la no rosto de forma lenta e carinhosa.

CharlieFoi você quem escolheu...

Bella negou com a cabeça.

Charlie
Sim meu amor, foi você, com isso aqui...

Colocou a mão sobre o peito de Bella, onde guardava seu coração.

Bella – Não pai. Você é o homem de minha vida, eu jamais, jamais permitiria que me deixasse.

Charlie – Mas precisava. Havia dois homens em sua vida Bella, e depois de um certo tempo, o primeiro precisava deixar que o segundo entrasse. Aquele homem é o segundo homem de sua vida.

Bella fechou os olhos, levando a mão sobre a mão de seu pai, que repousava sobre seu coração, suas narinas tornaram-se levemente coradas...

Edward...

Onde Edward estava?

Voltou a abrir os olhos emocionados e sorriu mais uma vez para seu pai.

Bella - Não sabe o que diz papai. Você é meu sangue, minha existência, sem você... Nada faz sentido!

Charlie É claro que faz meu anjo... É claro que faz. E foi justamente por isso, que decidi te levar para conhecer algumas verdades.

Bella franziu a testa, seu coração bateu com ainda mais rapidez.

Bella – Foi você? Você me mostrou tudo aquilo?

Charlie assentiu sério, porém tranqüilo. Olhando-a no fundo dos olhos.

Bella – Porque papai? Sabe que eu jamais permitiria que você tivesse aceitado aquela proposta, não entendo, não entendo como Edward pôde ter um dia feito-a para você.


Charlie - Edward não é, e, nunca será um simples mortal, Bella. Um homem que já teve a eternidade nas mãos foi obrigado a fazer escolhas, “que nós humanos”, jamais teríamos entendido. Oh minha flor... Eu a amo Bella, sempre amei e sempre amarei, mas chegou a hora querida, que precisei lhe entregar ao mundo.

Bella permaneceu negando com a cabeça.

Charlie Escute seu pai...

Ele a pegou pelos dois lados do rosto, acariciando as bochechas de Bella com os polegares...

Charlie Eu também não pude entender a princípio, mas então eu cheguei aqui e pude compreender, Bella. Se você soubesse o quanto é abençoado e belo esse amor...

Bella sorriu, seus lábios estavam trêmulos pela emoção.

Flávio Venturine - Noites com Sol

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CharlieSe você soubesse o quanto é puro esse amor... É o amor mais puro dos homens. O amor daquele homem por ti é único e inenarrável. Um amor jamais sentido por qualquer humano. Você é o seu primeiro e único amor. O amor dele é inteiro, em preciosidade e grandiosidade, um amor inefável e indescrtível. E eu pude entender isso querida, que você precisava ser amada dessa forma. Por mais que meu amor de pai, a enchesse de paz, o amor daquele homem, preencherá você de todas as formas... Ele tem o meu amor por você consigo, e tem seu próprio amor, e eu mesmo posso afirmar, que é mais vasto que esse céu sobre sua alma. Precisei lhe mostrar, o que um homem como “Edward”, foi capaz de fazer só por te amar.

Charlie
- Precisei te levar para uma viagem, para que visse com os próprios olhos, a verdade, e dizer olhando em seus belos olhos, que não me arrependo, um segundo sequer, de minha escolha.

Bella – Papai...

Charlie
Não me arrependo de ter deixado o pouco de vida que me restava para você, e com ela, vivesse a plenitude desse amor. Não me arrependo de ter te deixado para o homem, que a amaria da forma que nenhum de nós, “humanos”, poderíamos amar Bella. De forma totalmente pura, singela e única.

Bella – Como pode pensar que eu poderia viver sem você?

CharlieVocê viveu sem mim, meu bem...

Bella apertou os olhos emocionados.

CharlieViveu porque estava sobre os cuidados do homem, que cujo, o único pecado, foi não ter te dito o quão inexperiente era com sentimentos... Escute-me e me olhe nos olhos Bella.

Bella abriu os olhos, mordendo os lábios, segurando o queixo trêmulo pelas lágrimas que não viriam...

CharlieEu não tinha tanto tempo assim, meu bem... E ele sabia disso.

Bella assentiu, dizendo a seu pai que entendia do que ele falava.

CharlieEu estava doente e não teria tempo o suficiente para que visse seus olhos brilharem de amor, da maneira que brilharam, quando me falou dele... Lembra-se? No jardim ao fundo de nossa casa, quando tomávamos café da manhã?

Bella assentiu.

CharlieEra isso que eu queria para você. Era esse sentimento que sua mãe e eu esperávamos que você pudesse alcançar minha filha. Você era tão incompleta... Tão perfeita em salvar vidas e tão indefesa para lutar por sua própria. Então por obra de algo impossível, sua metade bateu em sua porta... E você a agarrou Bella, e provou para uma força inumana, que amar é suficiente sim, filha!

Charlie agora se emocionou pra valer.

CharlieNesse mundo, amar é sim suficiente, meu amor. E você provou isso! Provou isso quando “um ser”, que jamais poderia amar uma mulher como você, desistiu de tudo apenas por te amar... Sem ter a certeza que seria perdoado.

Bella – Não sei se posso suportar viver com ele agora que sei da verdade...

CharlieO que você não sabe, é que nesse momento lá em baixo, está morrendo por falta dele.

Bella voltou a fechar os olhos.

Charlie – Seu coração é dele Bella, sua alma é dele e tudo o que ele tem também é seu, querida. Tudo Bella... – Repetiu – Exatamente tudo pertence a você! E agora eu lhe pergunto, como pode um corpo sobreviver sem uma alma?

Bella
– Obviamente não pode...

Charlie negou com a cabeça.

CharlieNão, não pode filha. Eu só quero que entenda... Que não fui morto. Que fiz uma escolha, pois meu amor por ti é grande e ultrapassa as barreiras da vida. Fiz uma escolha por saber que meu tempo era curto, e que a deixaria nas mãos de uma força, “que agora humana”, seria capaz de cuidar de você de todas as maneiras, capaz de te amar de todas as formas e ainda com mais intensidade. Ele é seu anjo, Bella! Sua vida meu amor. Eu sempre fui seu pai, e a função de um pai é a de amar e cuidar de seus filhos, então lhes entregar para a vida, e eu te entreguei para a vida. Meu trabalho tão prazeroso de pai tinha chegado ao fim. Não tinha razão para que eu fosse egoísta, e lhe privasse do sentimento mais intenso que teria em sua vida. Oh Bella, veja Alice, tão bela e plena, veja as vidas que você salvou enquanto esteve lá, veja a intensidade de tudo que viveu até agora, e que nada disso teria acontecido, se eu tivesse optado por ficar e lhe privado de uma felicidade que só um homem, como o “seu”, poderia te dar.

Bella tocou rosto calmo de seu pai, seu coração batia com tanta força que se não estivesse envolvida por uma sensação tão confortadora, certamente já teria passado mal.

Seus lábios abriram um sorriso trêmulo.

Seu pai estava pedindo para que ela aceitasse... Aceitasse e entendesse o que tinha se passado. E Bella o entendia. Tão claro como as águas transparentes do mar.

Entendia e sentia em seu próprio coração, as palavras do homem que jamais seria esquecido por sua mente, agora, tão desperta.

Sentiu uma forte vibração e seus pêlos, pela primeira vez naquele local, se arrepiaram.

CharlieEu quero que volte... E que viva, que ame incondicionalmente! Quero que se entregue a felicidade e deixe-se levar pela vida, que para você, será tão gloriosa...

Bella – Prometa que sempre estará comigo...

Charlie – Sempre estive com você.

Charlie - Em todos os momentos estivemos contigo, mi amor...

Bella virou para trás e com grande emoção avistou sua mãe, negou com a cabeça como quem dizia que não poderia suportar tanta emoção.

Se jogou nos braços da mulher que por tanto tempo tinha idolatrado.

Bella – Eu sou tão grata por pode te tocar mamãe...

Franziu a testa sentindo a paz que só um abraço materno, como o de Renée, poderia ter.

Bella – Você é tão linda como eu me lembrava...

Tocou o rosto tão parecido com o seu.

Bella – Senti tanto sua falta...

RenéeTola...

Ela deu um sorriso, tão aberto, que Bella pode sentir a onda de paz que a invadia.

Renée
Nunca perdi um momento de sua vida. Seus segredos meu bem, estão guardado em meu coração, como uma mãe faz em vida com sua filha. Oh meu bem, há tanto lá em baixo esperando por você, basta você escolher Bella.

Sentiu as mãos quentes e leves de sua mãe tocarem seu rosto.

Renée – A chave está em suas mãos, e qualquer que seja sua decisão, a tome com seu coração.  Naquele mundo meu bem, não há nada mais importante do que amor.

Bella
– Eu a amo mamãe... Sempre amei, sempre amarei.

Renee sorriu, ouvindo a frase que ela dizia para sua filha mais velha, e então para sua filha mais nova.

Renée – Eu a amo filha, sempre amei, sempre amarei.

Bella sorriu, virando-se de costas, olhando para os olhos sorridentes de Charlie.

Bella – Eu jamais poderia te agradecer em vida o que fez por mim...

Charlie pegou nas mãos de sua filha.

Charlie – Não me agradeça...

Negou firmemente com a cabeça piscando para Renee.

Charlie – Apenas viva Bella. Eu desejo que viva, meu amor!

Com um sorriso maravilhoso abrindo em seus lábios, Bella assentiu. Um vento invisível balançou seus cabelos mais uma vez...

Mi Sol - Jessy y Joy

http://www.youtube.com/watch?v=eXh4NC0LMYE



Renée – Hora de ir meu bem. Cuide de sua irmã, diga a ela que sonhou conosco em quanto esteve dormindo, diga a ela que eu a amo de todo o coração.

Bella assentiu, deixando seus pais para trás. Começou a caminhar em direção a um homem bastante conhecido.

Charlie – Vá meu amor! Ao crepúsculo Bella... Ele te espera no pôr do sol.

Bella permaneceu sorrindo, enquanto começava a correr com os pés em contato com aquela grama maravilhosa...

Seus olhos se fecharam, e quanto mais rápido corria, mais sentia seus olhos se encherem de lágrimas.

Olhou para o lado e viu que Clarissa corria junto com ela, sorridente e ofegante como Bella, com os cabelos pretos batendo no rosto e sua pequena mão segurando a mão de Bella, passando ainda mais segurança.

Pelo caminho viu pessoas...
Pelo caminho viu famílias, que sentadas sobre a grama, brincavam e sorriam...
Viu bebês no colo de suas mães, soltando aqueles gritinhos alegres e particulares...
Viu homens sozinhos, porém sorridentes...
Viu mulheres belas e com diferentes olhares...
Viu uma rodas de crianças, que a olhavam e acenavam com as mãos, enquanto caiam em gostosas gargalhadas...

Voltou sua atenção para seu lado e percebeu que Clarissa, não estava mais ali, e sem ao menos perceber, que ela tinha parado de correr...

Olhou para frente e pode ver Perez, que estendia a mão em sua direção...

Bella sorriu, e arrepiada da cabeça aos pés, aceitou aquela mão tão calejada...

PerezNão desejo te ver tão cedo, menina.

Ele disse e Bella explodiu numa deliciosa gargalhada, sentindo a terra firme debaixo de seus pés e emoções ainda mais intensas.
Estava voltando, podia sentir...

Bella – Onde ele está?

Olhou para Perez que estava de mãos dadas com ela, guiando-a de volta ao hospital...

Bella – Onde está Edward, Perez?

Perez a olhou, enquanto Bella deitava-se numa cama, logo sendo apoderada por um sono intenso. Retribuiu o olhar de Perez sentindo o poder que ele tinha sobre seu corpo e emoções.

Perez – No crepúsculo, Bella...

Bella franziu a testa, não conseguia compreender, seus olhos piscaram longamente, estava tão sonolenta...

Perez – Vá tranqüila, menina. Ele escolheu por ficar aqui contigo... Ele nunca deixaria você.

Ela por fim deixou que uma lágrima escapasse de seus olhos, se perdendo no travesseiro branco, olhou para o rosto de Perez e um leve sorriso se curvou em seus lábios...

Bella – Obrigada.

Ela sussurrou quase sem voz, tomada pelo completo estado de sonolência,
seus olhos se fecharam mais uma vez, enquanto procurava em sua travessia  pelo pôr do sol de que tanto falavam...




- Eu volto para a minha vida miserável sem amor. Vivo mais alguns anos, até alguém decidir que estou pagando pedágio por aqui e venha me buscar – sorriu zombeteiro - e você volta para o seu lugar e deixa que o universo volte a girar no sentido que sempre girou...

Ed – E porque eu faria isso, Perez?

Perez arrumou a gravata e encostou-se ao banco com o característico sorriso nos lábios...

Perez – Porque você já sabe que nesse mundo, o amor jamais será o suficiente... E então Edward? O que vai ser?

Edward apertou os olhos com força, sentindo seu coração tão vivo bater de forma descontrolada, sentia tudo ao seu redor girar.

Sentia-se enjoado e enojado.

Queria gritar mais de sua garganta esse grito não saia.

Voltou a abrir os olhos confusos para Perez.

Edward deixou que uma lágrima escapasse de seus olhos tão vermelhos e atordoados.

Seu coração doía... Sua alma gritava de sofrimento
, mas não tinha, não tinha outra alternativa, a não ser a decisão que tomara naquele instante.

Encarou Peresz nos olhos, e sua resposta saiu de seus lábios...

Ed - Ela voltará para mim.

Assentiu com firmeza enquanto abria a porta do carro, pronto para sair dali o mais rápido que podia.

Ed – E você a trará de volta Perez. Porque eu sei que você sabe... Eu sei que sabe Perez, que o amor é a única força suficiente nesse mundo!

Alice olhou o rosto tão pálido de Bella e as lágrimas voltaram a embaçar seus olhos.
Cobriu os lábios trêmulos com uma mão, e com a outra alisou seu próprio ventre.

Jasper colocou as mãos nos ombros de sua esposa e se abaixou, beijando-a levemente na nuca.

Jasper
– Quero que vá para casa e descanse Alice, Bella te mataria se acordasse e a visse aqui tão desconfortável nessa cadeira.

Alice voltou a negar com a cabeça. Não podia, não podia abandonar sua irmã...

Alice – Ela ficará com medo se abrir os olhos e não ver ninguém, papai não está, mamãe não está...

Alice voltou a colocar as mãos nos lábios, segurando alguns gemidos...

Alice – Oh Deus, Jasper! Eu quero que minha irmã acorde...

Jasper voltou a olhar o rosto de sua cunhada, um nó se formou em sua garganta, estava mais uma vez desacordada. Tinha se passado mais de 72 horas, e Marco seu médico, não tinha nenhum diagnóstico a não ser esperar.

Alice – Não posso deixá-la sozinha nesse quarto frio...

Jasper – Ela não ficará sozinha. Chamaremos alguma enfermeira, Alice.

Olhou a mulher nos olhos.

Jasper
– Você está abatida, querida... E hoje não se alimentou direito, precisa descansar, Alice. Nem você, nem nosso bebê podem correr riscos assim, meu amor.

Alice voltou a fechar os olhos e se levantou com a ajuda de seu marido, para receber um gostoso abraço.

Alice – Conseguiu falar com Edward?

Jasper – Deixei mais um recado na caixa postal. Ele não atende ao telefone, não o encontro em lugar nenhum, ele parece ter desaparecido do mapa.

Alice voltou a chorar.

Jasper – Calma Alice... Pelo amor de Deus, mulher! Assim você acabará ao lado de Bella em uma cama de hospital.

Alice – Não posso acreditar que isso esteja acontecendo mais uma vez, pensei que ela estava bem, que estava saudável.

Saiu dos braços de seu marido e caminhou para mais próximo a sua irmã, acariciando os cabelos castanhos avermelhados, que contrastavam violentamente com a pele branca, e aos milhares de fios e aparelhos, que no momento a mantinham respirando.

Alice – Quando Bella abriu os olhos, eu sabia que tinha algo de muito errado. Quando a vi naquela cama, tão pálida quanto agora, eu sabia que tinha algo errado...

Alice fechou os olhos, lembrando-se da visita surpresa que tinha feito para sua irmã, quando ela não atendia ao telefone.

Alice – Eu sabia que tinha algo errado. Ela tinha pedido licença do hospital, não saia de casa, me ligava apenas para saber de mim e do bebê, e não falava mais nada. Estava triste, eu podia sentir em sua voz. E agora ela dorme, dorme tão profundamente, que não sei se vai acordar.

Soltou um gemido baixo apertando com força os olhos.

Alice – Eu devia ter sido mais enérgica e insistente, obrigado-a a vir passar um tempo com a gente... Deveria ter sido mais perspicaz, Jasper... E saber que sem Edward para cuidar dela, Bella estaria frágil e vulnerável.

Jasper – Pare de se culpar agora mesmo, Alice! Sabe muito bem que não era previsto que isso acontecesse, sabe muito bem que Bella tem algo, que a faz ter essas crises, sabe que não é sua culpa, meu amor.

Jasper abraçou a esposa desviando o olhar do rosto de Bella. Se ele permanecesse olhando-a, não conseguiria consolar sua mulher.

A noite se aproximava bem depressa, e já se passavam das nove, quando Alice por fim, foi vencida pelo cansaço e pelo instinto materno.

Jasper tinha levado sua mulher para casa, e exausta do jeito que estava, desmaiou rapidamente, após um longo banho e um bom prato de refeição.

Atendendo ao pedido da esposa antes de dormir, Jasper ligou mais uma vez para o celular de Edward, o número que Alice tinha lhe dado.

Ninguém atendeu.

Mais uma vez aquele homem parecia ter desaparecido da face da terra...

Ela precisava se concentrar. Precisava ir devagar e não se apavorar...

Bella mexeu primeiro um dedo, ciente de tudo que se passava a sua volta.

Estava fisicamente desacordada, mas mentalmente, faziam mais de 20 minutos que tinha despertado.
Mexeu outros dois dedos, sentindo o ar do aparelho respiratório lhe economizar energia.

Movimentou os dedos do pé, e em fim, como se a vida voltasse a percorrer seus músculos, conseguiu abrir os olhos e sentir seu corpo inteiro ligado a sua mente.

Sabia que estava no hospital...
Sabia que quase tinha morrido, e se lembrava com exatidão, de cada coisa que tinha acontecido em sua longa viagem.

Apertou os olhos com força, para deixar que as lágrimas escorressem pela sua face e caíssem no travesseiro.

Queria gritar mais não podia, queria dizer a alguém ali, que estava acordada!

Seus olhos percorreram o quarto apenas iluminado por um abajur de parede.

Viu seus seios subirem e descerem ritmicamente conforme o aparelho lhe enviava ar para os pulmões.

Virou o pescoço dolorido e pôde ver os seus sinais vitais, rapidamente seus conhecimentos lhe disseram que seu coração batia apressado, e que logo, logo um apito insistente começaria a soar no monitor. E como conseqüência, uma enfermeira viria ver o que estava acontecendo.

Permitiu que o pânico tomasse conta de si.
Permitiu que as lágrimas pela viagem que fizera, deslizassem por seus olhos.
Permitiu chorar, por tudo que tinha visto e sentido, em uma viagem tão além dos limites da realidade.

Rapidamente a luz foi acesa e uma enfermeira preocupada adentrou no quarto, notando que Bella estava acordada. Ela deu um leve sorriso antes de apertar o alarme ao lado da cama.

- Calma querida, você está no hospital. Sou enfermeira, seu médico já virá.

Bella assentiu. Conhecia esse procedimento de apresentação para pacientes que acordavam do coma.

Tentou mexer os braços e conseguiu...

– Não se mova ok? Só me responda com sim ou não algumas perguntas, pode fazer isso?

Bella assentiu novamente. O responder que ela falava era que fechasse os olhos quando dissesse sim, e para que os piscasse duas vezes, quando a resposta fosse não...

– Sente muita dor na cabeça?

Bella analisou a escala de dor, já fora muito mais intensa.

Piscou os olhos duas vezes e a enfermeira assentiu.

Antes que a simpática senhora fizesse outra pergunta, Marco tinha entrado na sala com um suspiro de alívio audível. Caminhou para perto de Bella, examinou as pupilas e checou os batimentos cardíacos...

Marco – Graças a Deus!

Marco murmurou tocando a testa de Bella, tirando a franja dela que caia em seus olhos.

Marco – Sente muita dor?

Bella piscou os olhos duas vezes e Marco assentiu.

Marco
– Acha que consegue respirar sozinha?

Ela fechou os olhos por longos segundos e Marco voltou a assentir. Checou os níveis de oxigenação e voltou a olhar para Bella.

Marco – Sabe onde está ? O que aconteceu?

Bella voltou a sinalizar que sim.

Marco – Tiraremos isso de sua garganta, certo? Logo depois que tirarmos, não fale e nem...

Marco sorriu, Bella podia ver o quanto seu amigo estava aliviado.

Marco – Quando é você a paciente, esqueço que também é medica. Vamos lá?

Bella novamente sinalizou que sim e em cerca de 10 minutos já estava respirando sozinha, com a garganta ressecada e dolorida.

Não conseguiu se contêr e caiu em num pranto sentido, com força conseguiu subir sua mão pálida, que estava ligada em vários aparelhos e agulhas, até seu rosto, limpando as lágrimas que escorriam.

Marco – Oh, minha querida...

Pode sentir a emoção na voz de Marco.

Marco – Está tudo bem agora...

Mesmo sem abrir os olhos assentiu, e um sorriso de ternura escapou de seus lábios.

Podia sentir o cheiro de rosas dos cabelos de sua mãe.

Podia sentir o toque macio e carinhoso da mão de seu pai...

Estava viva.

Marco – Pedirei alguns testes, ok?

Bella – Marco, eu estou bem...

Marco – Não fale, e nem se mova muito. Faremos alguns exames agora que está acordada, ligarei para sua irmã, ela foi embora há pouco tempo e...

Bella – Não.

Sussurrou notando que realmente sua garganta estava absurdamente sensível.

Bella – Se conheço, Alice pegará o carro e virá para cá. Não quero dar a ela mais preocupação do que já lhe dei.

Respirou fundo se sentindo levemente tonta.

Marco – Eu entendo...

Marco se dirigiu à enfermeira, que com toda atenção, anotou tudo o que o médico falava.

Marco prescrevia uma série de cuidados e exames, quando terminou examinou mais uma vez Bella.

Marco – Ainda está muito pálida, querida.

Bella – Como eu vim parar aqui?

Marco – Sua irmã te encontrou...

Bella sorriu.

Marco – Foi ao seu apartamento te fazer uma visita, queria fazer uma surpresa e a encontrou desacordada. Tentou te acordar e percebeu que você não acordava...

Bella deixou de sorrir, imaginando o susto que sua irmã tinha tomado.

Marco – Ela ficou realmente preocupada, tive que lhe dar uma medicação para que se acalmasse.

Bella apertou os olhos com força, virando a cabeça para o lado, respirou fundo olhando o grande sofá encostado na parede.

Marco – O que aconteceu, Bella? Do que você se lembra?

Bella – Não sei. Só me lembro de ter ido me deitar, então acordei aqui...

Marco – Faremos mais exames. Não entendo como isso foi acontecer de novo, Bella. Uma terceira vez pode ser que seu corpo não agüente.

Bella mirou os olhos de Marco, e quase lhe disse que não haveria uma terceira vez.

Marco – Não falaremos sobre isso hoje... Quero que descanse.

Bella – Estou sem sono...

Marco riu pela brincadeira.

Marco – Virei aqui na próxima hora, uma enfermeira ficará com você. Qualquer coisa que sentir, qualquer coisa Bella, toque o alarme que virei o mais rápido que puder.

A enfermeira entrou logo seguida, colocando uma máscara de oxigênio no rosto de Bella para ajudá-la com a respiração, que ainda  estava muito pesada...

A enfermeira, mais uma vez lhe checou os sinais vitais, perguntou se Bella estava confortável ou se queria alguma coisa.

Bella – Água, tenho sede...

A simpática mulher, de nome Rosa, lhe serviu a água e Bella tomou com grande sede, voltou a deitar-se se sentindo bastante cansada. Só o movimento de erguer a cabeça e chupar o canudinho, tinha feito Bella suar frio.

Rosa – Tem a certeza que está bem?

Bella assentiu. Era a quarta vez, em menos de meia hora, que Rosa lhe perguntava.

Bella – Pode ir Rosa, vou dormir me sinto sonolenta...

Rosa assentiu.

Rosa
– Qualquer coisa que sentir, por favor, aperte o alarme. Virei logo em seguida.

Bella avistou Rosa saindo do quarto e mais uma vez levou a mão sobre os olhos e chorou...

Chorou por ela...

Chorou por Alice e Jasper, que na certa, tinham ficado tão preocupados...

Chorou por ter tido a oportunidade de ver e abraçar sua mãe...

Chorou pela saudade de sentia de seu pai, e pelo motivo que agora ela se encontrava ali, com vida...

Chorou pela dor de saber que seu coração, naquele instante, não queria nada, nada além dos olhos de Edward sobre os seus olhos.

Do toque tão quente e forte das mãos grandes sobre seu corpo...

Do sabor doce dos lábios gostosos em seu paladar.



O que faria ela agora, já que sabia de todos os pecados que Edward, julgava serem imperdoáveis?

O que faria ela agora, deitada naquela cama de hospital, para tentar falar com Edward que corria risco sim de morrer...

Morrer de amor...

Morrer de dor, por que sua alma não estava suportando a saudade intensa que queima todo seu ser.

Um gemido mais alto escapou de seus lábios e os soluços já não podiam ser controlados.

Sentia fome.

Sentia frio.

Sentia-se sozinha.

Apertou os olhos com força, e por mais que desejasse fazer mil perguntas, somente agradeceu a Deus por sua vida e por tudo que tinha.

Implorou para que seu homem ouvisse seus gritos silenciosos e viesse em seu socorro...

Alice percorreu os corredores com mais pressa que o normal, Jasper logo atrás a seguia, tentando em vão, pedir que sua mulher andasse mais devagar...

Foi em vão, ele pôde concluir.

Nada mais Alice escutava, a não ser a ligação de Marco pela manhã. Esta informava que Bella estava acordada e respirando sozinha.

Com lágrimas de alívio, sua mulher tinha se vestido, e se ele não conseguisse segurá-la por mais alguns minutos, teria vindo sabe Deus como, até esse hospital.
Chegaram ao corredor de Bella, Alice levou a mão no ventre, apressando ainda mais a caminhada.

Entrou no quarto e viu sua irmã ainda adormecida. A enfermeira sinalizou silêncio e com o coração aos saltos, Alice tinha assentido. Jasper por fim entrou no quarto, e com um sorriso visualizou Bella livre daqueles aparelhos respiratórios, Bella permanecia pálida, mas saber que a mesma tinha despertado e respirava sozinha, já era um grande alívio.

Alice – Graças a Deus!

Alice murmurou caindo em um choro de felicidade.

Alice – Obrigada Meu Deus!

Recebeu o abraço quente de seu marido, que também emocionado, sentia o coração de Alice batendo tão depressa.

Sentindo a agitação do ambiente Bella acordou...

Franziu a testa ao sentir seus músculos doloridos, certamente havia permanecido muito tempo na mesma posição.

Olhou para sua irmã que abraçava aos prantos Jasper.

Bella
– Quem deveria estar chorarando aqui, sou eu...

Alice se virou com um sorriso radiante e se aproximou até a cama, abraçou Bella sem se importar com os outros aparelhos que ainda estavam conectados a irmã.

Alice – Te colocarei de castigo até o fim de seus dias, sua menina malcriada!!

Bella sorriu, alisando os cabelos tão lisos e negros de Alice

Alice – Por Deus Bella, jamais, jamais faça isso comigo novamente... Você está bem? Sente dor?

Bella sorriu e negou com a cabeça, enquanto recebia o abraço de Jasper, que também puxava suas orelhas e lhe prometia um longo castigo.

Marco novamente veio visitá-la, e a comemoração se fez ainda mais intensa. Bella sorriu com gosto, ao ouvir a gargalhada saudável de sua irmã, ela desconfiava que fossem expulsos do hospital antes mesmo que recebesse alta...

A semana transcorreu assim...

Cheia de suspiros aliviados e visitas que expressavam a felicidade por Bella estar bem.

Amigos de trabalho vieram visitá-la.

Rose, Emmett e Louise visitavam-na todas as tardes, visto que Emmett, sempre estava na Oncologia seguindo firmemente com seu tratamento.

Sua irmã e cunhado passavam todas as manhãs em sua companhia, alegrando-a e na medida do possível distraindo-na.

Nessa manhã, em particular, Jasper tinha ido direto para a empresa em uma reunião com o conselho.

Alice estava sentada no sofá, lendo uma das milhares de revistas de nomes, significados e cuidados com bebês recém nascidos.

Bella – Alice?

Bella a chamou, logo após acordar de seu cochilo.

Alice - Fale Bela Adormecida...

Bella sorriu. Sentou-se na cama sem muita dificuldade...

Bella Alguém tem ligado para mim?

Alice negou com a cabeça, sentindo sua irmã se intristecer ainda mais.

Bella Ninguém? Nenhum recado?

Alice voltou a negar com a cabeça. Bella sabia que muitas pessoas, familiares, amigos e pacientes lhe ligavam, mas também sabia que Alice entendia, sobre que pessoa em particular falavam...

Alice – Eu sinto muito Bella. Tentamos encontrá-lo em todos os lugares, mas ele parece ter desaparecido do mapa.

Bella abaixou a cabeça sentindo seus olhos lacrimejarem.

Alice – Não, não chore ok? Deve ter acontecido algo... Pode ser que esteja viajando a trabalho e...

Bella – Está tudo bem, Alice.

Abriu um sorriso completamente falso, tentando esconder sua tristeza.

Bella – Conseguiu decidir o nome?

Alice negou com a cabeça e Bella percebeu que sua tática não tinha funcionado muito...

Bella Quero ir embora daqui Alice.

Disse com sua voz quase sumindo pela emoção.

Bella – Diga a Marco que não agüento mais ficar nesse hospital. Quero ir para a casa de campo... Quero fechar os olhos e adormecer até que Edward se lembre de vir me buscar.

Alice se levantou e caminhou até a cama de sua irmã, dando-lhe o abraço que Bella precisava. Alisou os cabelos de Bella, tentando imaginar o que de tão grave tinha acontecido, para que Edward tivesse desaparecido dessa maneira...

(...)

A casa de campo estava perfeitamente arejada e iluminada pela luz do sol que adentrava no ambiente calorosamente.

Fazia quase quatro dias que Bella e Alice estavam ali.

Com muita insistência, Marco tinha liberado Bella somente com a certeza de que ela realmente estaria na casa de campo, relaxando e cumprindo com cada prescrição médica que ele tinha prescrito.

Jasper voltava todas as noites para a casa, sempre jantavam, assistiam ao um bom filme ou ouviam uma boa música, enquanto falavam sobre atualidades e assuntos que mantivessem Bella detraída e sem muita exaltação.

As manhãs eram quentes, as noites mais frias...

As horas se arrastavam longa e dolorosamente, e os minutos, demoravam quase uma eternidade para passarem...

No terceiro dia, Délia tinha vindo fazer uma visita. Vendo o estado apático dela, decidiu que ficaria para cuidar de Bella, enquanto nesse mesmo dia, Alice voltaria para a capital, onde tinha uma consulta com sua médica.

A senhora tão carinhosa preparava agora um delicioso jantar.

Debruçada na janela, avistando o dia que logo se acabaria, Bella voltou a fechar os olhos...

Alice acabara de partir e o silêncio reinava no ambiente.

Sua mente mais uma vez lhe enviou imagens que necessitava para não enlouquecer, na tão dolorosa e longa espera...

Seu coração estava se partindo...

Um dia a mais, e a saudade, a esmagaria por completo.

Délia – Está tudo bem, Bella?

Bella se virou e sorriu para Délia. Ela estava bem mais jovem e tão mais descansada...

Bella – Sim, está tudo bem...

Soltou um suspiro.

Bella – É que na verdade, não agüento mais ficar em casa.

Délia – Posso compreender querida, mas sabe que é necessário que se recupere... Que siga com os cuidados que seu médico prescreveu, porque não dá uma volta pelo campo? Olha que dia maravilhoso! Que ar puro, o sol já vai se pôr...

Bella concordou.  Realmente seria bom dar uma caminhada pelo campo, arejar as idéias, respirar ar puro e... Controlar o coração!

Bethany Joy Galeotti - Feel This

http://www.youtube.com/watch?v=iN3qPelnFw0



Pedir mais uma vez por uma salvação que parecia que jamais chegaria...

Com um beijo em Délia deixou a casa grande.



E por Deus...

Realmente estava um fim de tarde maravilhoso!

Tirou os chinelos e enfiou os pés na grama aquecida pelo calor do sol...

Respirou fundo, deixando que aquele ar puro, invadisse seus pulmões...

As lágrimas logo invadiram seus olhos, e com elas, as lembranças marcantes que tinha guardado a sete chaves em seu coração tão machucado.

Com os cabelos soltos e jogados contra ao vento começou a caminhar, precisava com todas as suas forças se concentrar em algo que pudesse manter sua mente afastada de todas as descobertas.

Precisava sentir seu coração, precisava sentir que realmente estava viva!

Olhou o céu tão azul e o canto dos pássaros que compunha uma bela canção...

Seus olhos traidores deixaram que lágrimas escapassem... Abriu os braços e deu um giro deixando que o calor dos últimos raios de sol, penetrassem em sua pele e em seu corpo, trazendo uma sensação de paz que desde o toque macio de seus pais não sentia.

Mais uma carícia do vento e seus cabelos foram jogados contra seu rosto...

Os afastou lentamente com a mão, enquanto seu vestido de um algodão macio na cor branca, colava-se em suas curvas conforme dava cada passo.

Voltou a olhar a linha do horizonte e percebeu que o sol logo iria se pôr...

Caminhou para a ponte que ligava uma parte a outra do campo, subiu as escadas e foi invadida por uma sensação sem igual, quando avistou o céu ser pintado com aquelas cores fortes e quentes...

O ar começou a se tornar mais quente e os pássaros mais quietos...

Era incrível!

Era incrível que as pessoas não se comovessem com esse fenômeno maravilhoso da natureza.

Fechou os olhos por alguns segundos, e emocionada, pediu mais uma vez por ajuda... Uma salvação!

Voltou a abrir os olhos e pôde ver o horizonte pintado com todas as tonalidades de uma fogueira flamejando em brasa, alastrando seus raios e sua beleza de cores por toda aquela imensidão de céu, que agora, já não era mais tão azul.

Bella mordeu os lábios, e então, sentiu cada pêlo de seu corpo se arrepiar...

Suas sobrancelhas se franziram, e seus olhos brilhantes, se tornaram ainda mais cristalinos pelas lágrimas.

Seu coração, inconfundivelmente, começou a bater mais rápido conforme podia sentir que algo, naquele precioso instante, iria acontecer...

Lentamente Bella se levantou do banco, onde estava sentada vendo o espetáculo do pôr do sol...

E ainda mais lentamente se virou...

Goo Goo Dolls – Iris

http://www.youtube.com/watch?v=zT9uoBgsuc4


E lá estava ele...



Oh. Meu. Deus...” Ela sussurrou sem poder dar nome ou algum significado para o que estava sentindo naquele precioso instante...

Lá estava ele, parado em sua frente, com os cabelos numa desordem tentadora, suas mãos enfiadas em cada bolso de sua caça, com o maxilar travado e com aqueles olhos de um verde tão profundo, encharcado por lágrimas...


Lá estava ele com toda sua beleza e onipresença...

Com toda sua pureza e supremacia.

Lá estava ele, esperando que ela ainda permitisse, que ele a amasse incondicionalmente.


Bella respirava pesadamente, mordia os lábios, sentindo todo seu corpo tremer...

Olhou no fundo daqueles olhos verdes... Entrando em contato direto com aquela alma celestial, e teve a certeza que nada era mais intenso, ou MAIS profundo, do que amar aquele homem.



Edward não conseguiria permanecer de pé por mais alguns minutos, sentia ser invadido por sensações tão poderosas que se perguntou por quanto tempo mais, permaneceria com controle sobre seu corpo.

Meu Deus, ela estava tão fraca e frágil...

Cerrou os punhos ao ver a forma que ela respirava... Tentava a todo custo compreender que mesmo depois de tudo o que tinha passado, finalmente ele estava ali...

Sentiu vontade de puxá-la contra seu corpo e abraçá-la, até que seu próprio corpo não suportasse mais a pressão...

Sentiu vontade de se ajoelhar em sua frente e rogar, por um perdão, que não sabia se teria...

Tinha permanecido enjaulado como um leão feroz até que fosse à hora certa de encontrá-la. Tinha se trancado em um quarto que quase tinha ameaçado sua sanidade mental, recluso de tudo e de todos, até o momento que seu coração tinha dito que ela estava pronta, que era à hora...

 Que ela estava pronta para olhar nos olhos dele daquela forma...

Pronta para enxergar sua alma e dizer a ele, naquele som particular e inesquecível de sua voz, que ainda o amava...

Que ainda era dele... De corpo, de coração, de alma...

Contrariando seu próprio corpo e tirando uma força não sei de onde, Edward conseguiu dar a volta no banco e se aproximar de onde Bella estava. Ela seguia muda, dos olhos dela, lágrimas escorriam com uma facilidade assustadora. Ele soltava sua repiração em lufadas pesadas e não conteve o gemido baixo que denunciou que não mais obtinha o controle de suas emoções...
Um soluço sacudiu seu corpo, então logo outro tomou conta de seu coração e um choro doído invadiu sua alma, como um raio que corta o céu numa tempestade...
Seus olhos úmidos e vermelhos olhavam os olhos sofridos de Bella, sua cabeça caiu para frente, seus olhos cabisbaixo mirando a grama, enquanto travava uma luta desesperada consigo mesmo.

Edward ouvia seus incotroláveis soluços se misturarem com os soluços de Bella, não conseguia encará-la... Um choro ainda mais compulsivo o invadiu...

Suas pernas lhe faltaram, seus joelhos falharam e caiu ajoelhado na frente da mulher de sua vida, com o rosto afundado nas mãos, com o corpo sacudido por soluços desesperadores que não diziam, nem aliviavam, a metade de seus sentimentos e emoções...

Bella olhou para o céu e agradeceu silenciosamente, por alguém lá em cima, tê-la ouvido e trazido seu homem de volta.
Apertou os olhos sentindo toda a emoção do momento, suas mãos deslizaram pelos cabelos macios e bagunçados do homem, que ainda ajoelhado aos seus pés, lhe dizia silenciosamente...

Que “ele” era dela.

Que não poderia ser de mais ninguém, que era dela, hoje, amanhã, sempre!

Sentiu Edward abraçá-la pela cintura com força, encostando a cabeça em seu ventre, tremendo com ela, conforme os soluços deles se tornavam um só, um só sentimento, um só coração...

Por quanto tempo permaneceram assim, Bella não soube dizer.

Mas ela soube sentir!

Soube sentir... O abraço apertado e acolhedor que recebeu quando ele se levantou.
Soube sentir, o contorno do corpo dele quase se fundindo ao seu corpo.
O apertou de seus braços no pescoço dele, enquanto ela mergulhava a cabeça em seu pescoço... Respirando fundo, sentindo novamente aquele perfume tão particular em contato com sua pele...

Queria ter mais força, mas não conseguia apertá-lo mais, senti-lo mais...

Bella Não me largue...

Ela implorou, sentindo seus pés deixarem o chão, pela força do abraço aprisionador de Edward.

Bella – Não me solte jamais, Edward.

Implorou novamente sentindo cada célula de seu corpo reagir a ele.

Antes que Bella pudesse se dar conta, seus lábios foram capturados em um beijo completamente desesperado.

Suas línguas se encontraram, se chocaram... Uma dançando com a outra alucinadamente, numa tentativa de aquietar a intensidade dos sentimentos e emoções que os queimavam em brasa viva, numa agonia fora do comum...

Bella segurou ainda mais o rosto de Edward com suas mãos, pressionando a boca dele contra a sua, sorvendo tudo ou mais, dos que os lábios selvagens de Edward podiam lhe oferecer...

Deram passos inconscientes até atravessarem a ponte e sentirem a grama que constituía o outro lado do campo, as pernas de Edward novamente faltaram, e juntos, desabaram sobre a grama. Mas, nem isso foi capaz de interromper o beijo sagrado que denunciava a pura saudade, de duas almas, que foram criadas para se completarem.

Sentiu o peso do corpo dele sobre o seu, sentiu os beijos se tornarem ainda mais necessitados, trazendo a tona, sentimentos primitivos que tinham sido entorpecidos pela dor da saudade e distância.

Se olharam nos olhos quando se tornou impossível respirar...

Os segundos trouxeram silêncio, e Bella, mais uma vez entregou seu coração quando viu aqueles olhos a venerarem, de forma absolutamente única...

Bella Por onde você andou que não veio ao meu socorro?

Deslizou os dedos pelos traços perfeitos do rosto dele, olhando aqueles olhos verdes intensos.

Bella
– Por onde andou que não veio me buscar, que não veio me levar para junto de você? Como pôde, meu anjo?

Mordeu os próprios lábios, sentindo novamente lágrimas escorrer por toda sua face.


Bella
– Como você pôde me abandonar desse jeito?

Edward engoliu a saliva e beijou a testa de Bella demoradamente, enquanto seus olhos deixavam cair mais lágrimas para banhar seu rosto.

Bella
– Diga algo... Preciso saber que você é mesmo real, que não é uma alucinação, fale...


Edward respirou fundo tentando absorver uma quantidade necessária para seus pulmões, desconfiando que sua voz não fosse sair...
Seu coração batia muito rápido, seu sangue circulava por suas veias com tanta intensidade que nada mais podia sentir sem ser o mar de sentimentos que tomavam conta de seu interior...

Beyoncé – Halo

http://www.youtube.com/watch?v=SgIcx5-jn-Y

Ed – Não consigo respirar...

Bella ouviu Edward dizer num sussuro baixo e inseguro.

Ed - Não consigo raciocinar, não consigo comer, não posso pensar em mais nada, por que... – Respirou fundo - Preciso de você, preciso te abraçar, te sentir junto de mim, em mim... Eu imploro Bella...

Ouviu um soluço doído escapar dos lábios de Edward.

Ed – Eu imploro pelo amor de Deus, por tudo que há de mais sagrado... Permita que eu te ame. Permita que eu te toque quando formos dormir, permita que eu faça amor com você quando amanhecer, anoitecer, toda ou qualquer hora do dia... Diga que ainda sou seu, que ainda é minha, que ainda quer aos meus filhos, os meus beijos, as minhas carícias, os meus, os seus, os nossos gemidos... Chame-me de idiota, de tolo, de pecador. Se for preciso me mate, me mate de tanto amor... Mas não tire a razão de eu estar aqui... Não me tire a única coisa pela qual eu escolhi por viver... “A única pelo qual vivo essa vida.” [n/a: chorando copiosamente aqui! T_T (PERFECT)]

Bella fechou os olhos sentindo as lágrimas correrem copiosamente por seu roto, ela iria explodir, desmaiar, ou qualquer coisa assim...

Sentiu os lábios de Edward ao pé de seu ouvido, a respiração pesada dele, causando-lhe arrepios por todo seu corpo, o segurou pelos braços, agarrando-o ainda mais contra seu corpo que tremia involuntariamente...


Ed – Eu te amo... Sinta o que lhe digo, Meu Deus, como eu te amo!

Entrelaçou seus dedos aos de Bella, voltando a encará-la nos olhos.

Ed Você consegue compreender? Pode sentir, Bella?

Bella
Não...

Ela começou a dizer e os olhos de Edward se fecharam, ele já estava preparado para rejeição, sua testa se franziu denunciando a dor que estava destruindo seu coração, apertando-o com mãos de ferro...

Bella Não posso imaginar minha vida sem você. Me ame e me chame de sua mulher durante todos os seus dias, essa é a minha sentença, esse é o meu julgamento... Você, Edward, está condenado a mim pelo resto de seus dias.

O silêncio acompanhou o barulho das folhas que voavam e dançavam contra o vento, o céu esperava seu momento perfeito para escurecer.

Edward continuava a olhar hipinotizado para aquelas órbes cor de chocolate...

Após o choque inicial de ouvir a palavra “não” sair daqueles deliciosos lábios, desconfiava que seu coração não voltaria a bater normalmente, que seu corpo não era mais comandado por sua mente, mas que tudo nele tinha vontade própria...

Estava ali, sua sentença...

Condenado a viver com sua mulher para sempre.

Mordeu os lábios enquanto fechava os olhos e encostava a testa sobre a testa de Bella, que respirava com força, tentando também a todo custo exercer algum controle sobre seu corpo.

Suas mãos deixaram as mãos dela, uma delas foi parar na cintura de Bella, enquanto a outra segurou-a na nuca, mergulhando os dedos naqueles cabelos macios e cheirosos... Eles não poderiam ser diferentes, ela era toda macia e cheirosa. Voltou a abrir os olhos e encontrou os olhos dela, ali... Ardentes e ansiosos, como os de uma adolescente prestes a receber o primeiro beijo. Edward foi obrigado a sorrir de tanta fascinação pela aqulela mulher...


Foi obrigado a explodir pelo sentimento avassalador que tinha abatido todo o ser naquele instante...

A amava...

A amava, como o sol nasceria no horário exato em uma nova manhã...

A amava, como era certo que a noite chegaria, após o sol se pôr...

A amava, como era certo que naquele momento o universo conspirava ao seu favor...

Ed Culpado...

Ele sussurrou aproximando os lábios do dela.

EdMe declaro culpado, julgado e condenado por ti.

Desceu uma das mãos até a coxa de Bella subindo a barra do vestido, apertando com firmeza aquele local, puxando-a para cima em encaixando-a contra seu corpo sedento de tesão e amor...

EdE aceito a minha condenação, Bella.

Edward gemeu serrando os dentes, arrepiando-se por completo ao sentir as mãos delicadas de Bella, subirem por suas costas por baixo da camisa...

Ed – Eu aceito a minha sentença.

Repetiu e antes que algo mais pudesse ser dito, beijou-a nos lábios, dessa vez languidamente, lentamente, docemente... Com a delicadeza e maestria, de um homem, que foi ensinado por ela a beijar uma mulher, sua mulher...

Bella deu permissão para que sua língua adentrasse naquele mar de desejos, unindo sua própria língua a dele, iniciando uma dança sensual, uma busca incessante, onde denunciavam claramente o desejo dos dois.

O beijo se tornou mais ardoroso, as mãos mais ávidas e os dentes mais maliciosos. Em algum tempo perdido anoiteceu... As luzes do jardim foram completamente acesas, iluminando quase todos os cantos do extenso campo...

Chris Daughtry – Home

http://www.youtube.com/watch?v=CQ_Gpo-KsSU

EdNão quero fazer amor com você aqui...

Ele negou com a cabeça, notando seus corpos completamente encaixados e excitados, a respiração ofegante de Bella, que fazia com que seus seios subissem e descessem ritmicamente...

Ed – Farei amor com você sobre a nossa cama, onde você me fez seu homem pela primeira vez.

Bella – Como eu pude me esquecer daquela noite, nossa primeira noite?

Deslizou as mãos pelos cabelos de Edward predendo-se por lá.

Bella – Tão ingênuo e Sexy, tão menino e tão homem.... Agora olhe para mim, veja o que você faz comigo com apenas um beijo, um toque, uma carícia.

O sorriso torto que escapou dos lábios de Edward fez Bella corar.

Bella
– Tira o melhor de mim e ainda consigo ficar constrangida com a total entrega que tenho por ti...

Ed – Eu que deveria me envergonhar, pois na primeira, na segunda, na terceira, e em todas as vezes que se entregava a mim, era como um todo. Sem reservas, sem medo, enquanto eu tinha minha consciência me atormentando, me impedindo de lhe dar tudo de mim, tudo que me ensinou, tudo o que só você me faz sentir...

Sentiu os dedos macios de Bella sobre seus lábios.

Bella – Nada mais de consciência ou mentiras...

Emocionou-se.

Bella – Meu coração é seu, e por isso, compreendo todas as suas atitude e razões... Por mais que me doa Edward, vi em seus olhos...

Tocou o rosto de Edward, o tocou nos olhos, na cicatriz sobre a sobrancelha, lembrando que essa, ela mesma tinha dados os pontos...

Bella
– Te vi tão assustado que não sabia se te amava ou te odiava... Vi meu pai, minha mãe...

Sorriu largamente ante a revelação...

Bella
– Vi tantas pessoas, tantos sorrisos... Tantos olhares, olhares que me agradeciam, olhares que me desejavam sorte... O que passou, passou.

Seus olhos começaram a encher-se de lágrimas novamente.

Bella – Sou abençoada por Deus, pois possuí dois homens que me amam incondicionalmente. Sou abençoada porque meu pai descansa ao lado de minha mãe, e eu ficarei aqui contigo... Com seus beijos, seus olhares, suas carícias... Com seus filhos, gemidos...

Sorriu.

Bella – Não há o que reclamar ou perdoar. Está feito! E acima de qualquer um de nós, há Deus, uma força maior que a sua ou que agora é de Perez... E foi ele quem quis que eu ficasse aqui, que você ficasse aqui comigo para sempre!

EdSim... Deus é parte principal nisso – ele sussurrou – E que assim seja!

Um beijo se seguiu, depois dele mais palavras de amor, e depois mais beijos, e então promessas, mais beijos...

Se levantaram quando Bella se lembrou que Délia poderia estar preocupada.

Deram as mãos e entrelaçaram seus dedos caminhando juntos de volta para a casa.

No meio do caminho Edward decidiu pegá-la em seus braços, e beijá-la ainda mais, enquanto rodopiava contra o vento que exercia um força poderosa a favor de seus corpos e almas.

Da extensa varanda da sala, Délia sorriu,  negando com a cabeça quando ouviu as gostosas gargalhadas que Bella soltava depois de tanto tempo triste e calada.

Ed – Pode girar dessa forma? Oh, Meu Deus, não pode girar dessa forma!

Bella sorriu vendo como ele se apavorava diante de seus olhos, com todo cuidado segurando-a de encontro ao peito, caminhando com pressa para a casa.

Ed – Como eu sou idiota! A cabeça dói? Sente náuseas, tontura? Ligaremos para Marco, foi ele, né? Ele foi seu médico...

Anssentiu sorrindo, diante do atropelo de palavras de Edward.

Ed - Sim ligaremos para ele, te colocarei na cama e você descansará...

Seus lábios foram calados por um beijo doce e suave...

Bella – Seu bobo...


Ela murmurou nos lábios de Edward.

Bella – Bobo, por que você que é minha cura! Nada dói, nada roda, nada sangra...

Bella
– Nada é mais intenso do que isso que sinto por você, Edward. Nada me faz mais completa, saudável, mais...

Sorriu ao meio dos beijos que ganhou em retorno dele...

Ed – Cada vez que abre a boca e fala todas essas coisas, sinto ganas de chorar como um bebê.

Bella abriu um sorriso que indicava o quanto de amor sentia por aquele homem, queria apertá-lo, abraçá-lo, beijá-lo sem parar!

Bella gargalhou não conseguindo se contêr, enquanto recebia mais beijos de Edward por punição. Finalmente entraram na casa...

Edward olhou aquele lugar cheio de luz e de amor...

Em sua cabeça, naquele exato momento, veio Charlie...

Ninguém mais, ninguém menos que Charlie...

Deixando Bella sobre o sofá e beijando-a mais uma vez, agradeceu em pensamento ao homem que tinha lhe deixado seu bem mais precioso...

Délia entrou na sala logo depois, séria, levava as mãos na cintura, enquanto um pano de prato repousava sobre seu ombro.

Délia – Já viu que horas são, dona Isabella?

Bella arregalou os olhos, sem evitar que um sorriso divertido escapasse de seus lábios.

Delia – Pois olhe no relógio, lave as mãos e depois venha jantar, e você também menino!

Edward que assustado, sem saber da brincadeira assentiu rapidamente, feito uma criança de jardim de infância.

Delia
– Vá lavar as mãos que a janta está na mesa... Deixem os beijos e os amassos para depois.

Bella – Dé!

Bella murmurou se ruborizando da cabeça aos seus pés.

Délia – O quê? Posso ser velha, mas não sou trouxa!

 Falou enquanto passava o pano de prato para o outro ombro.

Delia – E você menino... – olhou bem séria para Edward - precisa saber que nessa casa temos horários, ande, não vou falar de novo.

Bella segurou o riso ao máximo, olhando o rosto assustado de Edward, em menos de 10 segundos ela e Délia explodiram numa gostosa e incontrolável gargalhada, sem entender nada, Edward apenas mirou as duas...


Délia - Bem vindo de volta cavalheiro.

Edward largou um suspiro audível e caiu também na risada, vermelho e envergonhado olhou Bella, que ficou de pé no sofá para se jogar em seus braços.

Ed
– Me lembrarei disso, Bella... E você pode apostar, vou te cobrar muito caro por isso!!.

Recebeu o beijo divertido de uma Bella radiante, seguindo para o lavabo, e logo após para cozinha.



Continuaaaaaa MOÇAS, e tragam mais lencinhos para o próximo e último post ;)


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Notas finais do capítulo

OMG!!! Eu juro por Deus que eu até procuro, mas não consigo achar um Ed, vulgo Killer, tão perfeito e maravilhoso quanto esse aqui! Ele é tudo, ou mais, que eu sempre pedi a Deus, mas infelizmente Deus estava com algum tipo de problema auditivo e me mandou um genérico. E como se diz o ditado: Quem não tem cão, caça com gato...Eu, definitivamente amo esse Charlie.E então, o que acharam moças do meu core??? Beijokasss ;)