Encontro Marcado Finalizada escrita por vivimaciel, Amy Kawaii


Capítulo 26
Capítulo 26 Investigações.


Notas iniciais do capítulo

Oieee,

Amores de minha vida, eu corri bastante para postar esse capítulo.

Espero que gostem!

*blá,blá e blá rsrsrsrs, já sabem!


Conversaremos lá em baixo. :D



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Capítulo XIII 

Bella acordou assustada com o barulho estridente de seu celular.

Viu que era do hospital, uma emergência. Ainda sonolenta, mas prestes a trocar de roupa em tempo Recorde, atendeu...

Bella – Alô?

Flora – Bella? É flora.

Bella – Oi Flora, aconteceu alguma coisa?

Flora – Infelizmente sim, Marco não queria que eu ligasse, mas sei que gostaria de saber, sua paciente do quarto 12, faleceu há uns 30 minutos.

Bella arregalou os olhos prendendo a respiração por alguns segundos.

Flora – Eu sinto muito.

Bella – Tem certeza? Tem certeza que é a do quarto 12?

Flora – Sim, tenho certeza. Teve complicações sérias durante a madrugada.


Bella – Estou indo para aí agora mesmo.

Flora – Sinto muito ter que dar notícias ruins depois de uma festa tão maravilhosa como a de ontem, mais a mãe da garota quer falar com você...

Bella – Sem problemas, eu entendo.

Respondeu ainda incrédula, perguntando a sí própria se entendia verdadeiramente.

Bella – Me arrumarei e estarei em uma hora no hospital, é o mais rápido que consigo voltar.

Flora – Ok. Avisarei a mãe da menina. Se isso te der um pouco de consolo, ela foi embora sorrindo... Você fez tudo o que pôde para ajudá-la Doutoura Bella.

Bella ouvia isso sempre. Mais perder uma paciente mesmo não sendo sua, que tinha lutado tanto contra uma doença era sempre doloroso, ainda mais quando aquela princesa tão pequena tinha tanto para viver.

Bella – Sim, mais não foi o bastante.

A ligação foi terminada e como sempre Bella se arrumou o mais rápido que pode. Chamou o helicóptero de seu pai se despedindo com pressa de todos.

Alice e Jasper que tomavam café, lamentaram pela perda da paciente, Charlie apenas tinha olhado nos olhos de Bella desejando um Bom Dia.

O mais rápido que pode, Bella voltou para a capital deixando a casa de campo...

O helicóptero deixou-a no hospital. Agradeceu por não ter nenhuma emergência naquela mesma hora.

Desceu o elevador com pressa, seu coração doía como se estivesse falecido um de seus familiares.

A pequena tinha leucemia em um estágio bastante avançado. Bella tinha feito o possível para deixar seu estado estável, na segunda fariam mais alguns exames e...
Negou com a cabeça com uma vontade repentina de chorar.

Queria poder dizer a Deus que não era justo, que a criança era linda e teria um futuro brilhante pela frente, mas sabia que como ser humano, como médica, e como prova viva de quase morte, não podia questionar os planos de Deus. Não! Sem dúvidas ele tinha algo melhor e mais tranqüilo para a pequena de olhos tão brilhantes.

O elevador chegou em seu andar.

Para um Domingo o hospital estava bastante quieto, a emergência era outra coisa... Passaria lá em baixo depois de ter falado com Dona Lílian, uma mãe apaixonada que durante anos, lutou para salvar a vida de sua garotinha.

Sorriu para recepcionista que lhe sorriu tristemente.

Clarissa, sua paciente, havia ficado vários meses em tratamento intensivo, a maioria dos funcionários do hospital a conhecia...

Bella se apegou demais a menina, era por isso que não conseguia evitar a enorme vontade de chorar. Era como se ela tivesse morrido em suas mãos.

Caminhando para a sala de estar da internação intensiva, questionou-se:

‘O que mais poderia ter feito? O que mais a medicina “sua paixão” poderia ter proporcionado para salvar aquela menina?’

Não obteve respostas para os seus questionamentos.

Encontrou Lílian sentada em um sofá, com o olhar perdido em algum lugar... A linda mulher tinha envelhecido quase 10 anos na longa jornada com sua filha.

Bella se aproximou devagar, tomada pela emoção, com a bolsa em seu colo sentou-se ao lado de Lílian, que por um momento pareceu reagir... Olhou para Bella já prestes a cair no mais sofrido e doloroso choro.

Bella abraçou a mãe da menina bem apertado, alisando os seus cabelos curtinhos, tinha feito tal corte para que Clarissa se sentisse mais à vontade com a queda de seus cabelos.

Bella ali, abraçada àquela mulher, chorou. Chorou de tristeza, como nunca tinha chorado antes em toda a sua carreira.

Lílian – Oh Bella, Oh Doutora! Clarissa morreu sorrindo.

Bella deixou um sorriso escapar em meio as lágrimas.

Não era a médica oficial de Clarissa, mais sempre que algo ia mal, ou que a quimioterapia arrasava o organismo da menina, Bella estava lá, a postos, tentando de todas as maneiras deixar confortável a pequena Clarissa.

Olhou nos olhos brilhantes pelas lágrimas de Lílian.

Bella – Ela se foi em paz querida, tenha a certeza que esteve em um lugar lindo, com alguém maravilhoso para lhe buscar.

Lílian assentiu.

Lílian – Sei que sim. Sei que foi o melhor, sei que estava fraca e sofrendo. Que Deus cuide da minha garota Bella, e obrigada por você ter feito isso aqui em baixo.

Bella limpou suas próprias lágrimas. Como definir a magia de ser médica?

Como explicar a satisfação de salvar vidas ou fazer tudo que se pode para mantê-las? Era médica porque possuía uma adoração por sua profissão. Era médica porque tinha nascido com esse dom... O de ser médica.

Lílian – Sabe, ela costumava me dizer que você parecia com um anjo.

Bella sorriu emocionada com a declaração da mãe da menina.

Lilian – Disse que em suas mãos tinha paz, amor e tranqüilidade. Agora sem minha filha parece tudo tão vazio... Eu tinha algo por que lutar, mas agora não sei como viver!

Bella deixou o hospital com algo notavelmente diferente em seu interior.

Sabia que em sua profissão ela lutava para salvar vidas, mas a própria vida tinha suas leis, e naquele momento... Naquele exato instante sentiu vontade de ver seu estranho.

Tirou seu telefone celular da bolsa, localizando rapidamente em sua agenda o telefone de Edward...



***


Edward agora na sala do seu Flat esperava que algo acontecesse...


Sentia-se tão cansado, absurdamente cansado! Desde que acordou depois de um sonho perturbador, não tinha mais conseguido pregar os olhos.

Mais de duas horas se passaram no relógio desde que acordou, até que alguém tocou a campanhia...
Com apenas uma calça cinza de moletom e os cabelos molhados pela rápida ducha fria, atendeu a porta e lá estava ela.

Seu coração de repente pareceu que iria saltar pela boca, em seu interior algo despertou de forma anormal.

Sentiu uma imensa vontade de abraçá-la com calma, beijar os lábios doce delicadamente, e dizer algo sobre amor.

Seus olhos vermelhos denunciavam que ela estava chorando.

Abriu um gostoso sorriso convidando Bella para entrar e então, fez exatamente o que tinha que fazer...

Recolheu Bella com muita ternura em seus braços, sentindo que após ter acordado algo tinha mudado completamente. Um peso parecia misteriosamente ter saído de suas costas.

Ed – De verdade?

Bella o olhou nos olhos.

Ed – Eu estava com muitas saudades de você!

Edward voltou a abraçá-la carinhosamente, sentindo a fragrância marcante dos cabelos de Bella, cheiravam a morangos...

Fechou os olhos acolhendo o pequeno corpo sobre seu peito, vendo como as mãos quentes e pequenas lhe rodeavam a cintura correspondendo ao abraço.

Bella franziu a testa, retribuindo o abraço carinhoso que Edward lhe dava, se sentia confusa, tinha tido a leve impressão de que ele havia saído bastante chateado de sua casa no campo.

Bella – Fazem menos de oito horas que nos vimos.

Ed – Não importa, senti sua falta.

Apertou o abraço, olhando novamente nos olhos dela.

Ed – Porque estava chorando?

Bella abriu um triste sorriso. Edward caminhou indo de encontro ao sofá segurando nas mãos dela, ele se sentou puxando-a para que ela se sentasse em seu colo, como uma criança ela escondeu o rosto no vale de seu pescoço e ombro. Sentindo no pescoço o cheiro da fragrância deliciosamente masculina de Edward.

Bella - Perdi uma paciente. Uma menininha com leucemia.

Edward assentiu.

Bella – Nunca tinha me tocado tanto, sabe? Entendo que na minha profissão não só se salva, também se perde vidas, mas eu não sei... Conversar com a mãe da menina me deixou estranha, frágil demais. Ela era tão novinha... Olhos grandes e claros. Quando a conheci, antes das sessões intensivas das drogas, tinha os cabelos longos e pretos. Uma flor de menina.

Bella voltou a se emocionar.

Bella – E agora ela se foi, e me sinto impotente e derrotada. Como se eu não tivesse feito o suficiente e...

Ed – Nunca diga isso. Jamais volte a dizer isso! Na vida, as pessoas se vão, quer queira, quer não. Não sei dizer palavras bonitas e raramente consolo alguém, mas tenho certeza que fez o que estava ao seu alcançe.

Bella franziu novamente a testa erguendo a cabeça para olhá-lo.

Bella – Estamos parecendo namorados.

Edward abriu um belíssimo sorriso acariciando-a nos cabelos, Bella também soltou um sorriso, que foi logo substituído por um semblante sério, enquanto seus olhos permaneciam olhando para aqueles olhos, tão conhecidos olhos...

Ed – O que foi? É tão assustadora a idéia de ser minha namorada?

Bella não respondeu. Permaneceu observando aquele semblante e aquela mão quente, que agora alisava com carinho seu rosto...

Bella – O que aconteceu?

Foi a vez de Edward franzir a testa.

Ed – Não entendi...

Bella Você está diferente... Eu estive com você há menos de oito horas, e você está estranho...

Bella tentou se levantar, mas Edward a manteve em seu colo.

Ed – Do que você está falando?

Bella chacoalhou a cabeça soltando um suspiro, a morte de Clarissa realmente tinha mexido com ela.

Bella – Esqueça... Esqueça.

Voltou a se deitar nos braços dele, fechou os olhos.

Bella – Logo após de conversar com Lílian, a mãe de minha paciente, só pude pensar em te ver.

Edward também fechou os olhos.

Bella – Ela me disse algumas coisas, acho que já estava emotivamente abalada e o primeiro que fiz foi correr para cá... Até tentei o celular, mas estava desligado.

Negou com a cabeça.

Bella – Me desculpe me sinto uma imbecil por vir aqui e te acordar.

Ed – Você não é uma imbecil, além do mais já estava acordado.

Bella – Por quê?

Ed – Não consegui dormir. Tive um sonho estranho e...

Bella esperou que ele continuasse mais o silêncio se fez presente...


Bella – S.A.I.A de perto de mim!!

Bella o olhou nos olhos quando ele ousou se aproximar...

Bella – Foi de propósito que veio não foi? Veio para buscá-la!

Bella – Ela olhou para mim, pediu para que eu a salvasse, você sabia que era importante para mim.

Ed – É a Lei da Vida Bella, pensei que você como médica soubesse disso...

Bella – Que se danem as ‘Leis da Vida’, era minha paciente e morreu nas minhas mãos...

Ele negou com a cabeça caminhando em direção para a saída da sala de emergência.

Bella- Veio? Veio para buscá-la?



Bella – Edward? Edward!

Ele sacudiu a cabeça olhando Bella, que agora estava de pé olhando para ele com curiosidade.


Ed – Um sonho... Apenas tive um sonho estranho. Você já comeu algo?

Bella negou com a cabeça.

Ed – Que tal comermos algo? Posso preparar alguma coisa e...

BellaMentiroso.

Edward franziu a testa olhando assustado para Bella.


Ed
– O que disse?

Bella – Está me escondendo algo.

Ed – Não, não estou.

Bella – Sim, você está.

Ed – Não, não estou.

Bella – Sim, você está.

Ed – Não, eu...

Ele levantou bufando, dando-se por vencido.

Ed – Não é nada de mais!

Bella se virou de costas olhando a excelente suíte, a decoração era como a de todo hotel sofisticado, deu alguns passos até encontrar uma poltrona, sentou-se nela. Com toda calma cruzou as pernas olhando Edward nos olhos, ele voltou a bufar sentando-se no sofá.

Bella – Conte-me sobre o seu sonho. Pode ter se lembrado de algo e não quer me dizer!

Ed – Não é nada disso. Foi apenas um sonho tolo!

Bella – Tolo ou não, quero saber sobre ele.

Edward tentou argumentar, mas foi difícil. Com Bella daquela maneira, olhando fixamente em seus olhos era impossível mentir.

Droga! Que diabos estava acontecendo com ele? ‘



Ed – Há alguns dias tenho ouvido um choro de criança.

Bella estampou uma expressão confusa em seu rosto.

Ed
– Está vendo? Eu disse que não era nada e...

Bella – Continue.

Ed – Quando dormi, assim que cheguei sonhei que estava em um desses campos enorme, sabe? Com a grama verdinha, o céu bem azulado e o sol na medida exata e nesse campo algumas pessoas, para ser mais exato milhares de pessoas me olhavam, e em algum lugar no campo a criança continuava chorando.

Edward fechou os olhos, tento a visão perfeita de seu sonho.

Ed – Então eu corri e procurei por essa garota, e achei-a escondidinha em uma árvore, tinha seus sete ou oito anos. Os cabelos bem pretos, olhos grandes pele clara como o leite. Eu estendi a mão para ela e ela aceitou, parou de chorar e eu a peguei no colo.

Voltou a abrir os olhos.

Ed – Então ela me perguntou:

-Mamãe sabe que veio me buscar?
Edward franziu a testa, nem ao menos sabia o que fazia naquele lugar!
– Pode dizer a ela que eu sinto muito?

Ed
– Eu não entendi do que ela falava, eu realmente não entendi. Então me virei e as pessoas tinham desaparecido, ela abriu um sorriso enorme e me disse que meu coração batia forte.


Edward sorriu sem perceber, olhando algo acima do ombro de Bella.

Ed – E me perguntou qual era a sensação...

Bella engoliu a saliva com o coração aos saltos e as mãos trêmulas.

Bella Que sensação?

Edward finalmente a olhou nos olhos.

Ed De ser humano.

Bella se levantou em um salto, estava arrepiada da cabeça aos pés, colocou as pontas dos dedos em suas têmporas fazendo círculos, fechando os olhos...

Ed – O que foi?

Bella abriu os olhos, virou para o sofá e pegou sua bolsa, dali tirou uma fotografia entregando para Edward.

Ed – O que é isso?

Bella
– Veja.

Edward olhou a fotografia, seu rosto se fechou de uma só vez e seu coração pareceu parar de bater.

Um silêncio se fez constante, não ouvia e nem sentia absolutamente nada.

Seus olhos desceram e subiram em câmera lenta por toda foto.

Suas pernas lhe faltaram quando ele tentou se erguer, caindo sentado novamente no sofá, a foto caiu de seus dedos...

Edward permaneceu parado por um longo momento, com os olhos perdidos... O corpo dele estava mole feito uma geléia, ele tinha a imprensão que podia escutar o sangue correndo por suas veias...

Apertou os olhos com força, tentando normalizar sua respiração e o controle de seu corpo, então se levantou, pegou a foto e olhou para Bella.

Ed – Onde conseguiu isso?

Sua voz saiu baixa, quase que como um sussurro, seus olhos aterrorizados deixavam os olhos de Bella ainda mais assustados.

Bella - Eu ganhei de lembrança.


Ed – Quem é essa garota Bella?

Bella mordeu os lábios nervosamente, caminhou de volta a poltrona para se sentar, apoiou os cotovelos no joelho, levando as mãos ao rosto, seu coração batia acelerado em seu peito.


Edward respirou fundo, apertou os punhos para manter o controle. Ele queria gritar, mais algo dentro dele o acalmava de forma silenciosa, voltou a se sentar na mesma posição que Bella se encontrava.

Bella – É minha paciente.

Finalmente conseguiu dizer olhando Edward nos olhos.

Bella – A menina da foto é a paciente que tinha leucemia.

Edward enterrou novamente o rosto nas mãos, balançando uma perna como sempre fazia quando se sentia apreensivo, nervoso, quase que perdendo o controle.

Bella – Você sonhou com ela? Foi ela que ouviu chorar?

Edward assentiu para o choque de Bella, tinha esperança que ele lhe dissesse que não, que não era essa a menina.

Não queria que essa história se complicasse mais do que já estava complicada...

Como? Que tipo de ligação Edward teria com essa menina?

Será que se conheciam? Será que... ’



Não, negou com a cabeça.
Não tinha uma explicação que sua mente perturbada poderia acreditar.
Permaneceu calada, imóvel, observando Edward se consumir em uma agonia enorme de perplexidade, aflição, medo...

Ed – Como?

Engoliu em seco subindo o olhar para Bella, que notou seu rosto vermelho.

Ed – Como Bella?

Ela voltou a negar com a cabeça.

Bella
– Eu... eeeu não sei...

Sua voz saiu tão baixa, que até mesmo ela desconfiava não ter ouvido suas próprias palavras.


Bella – Eu realmente não sei!

Edward se levantou caminhando até o frigobar, se serviu de um copo de água e depois encheu outro para Bella que bebeu com bastante rapidez.

Voltou para a cozinha deixando o copo sobre o balcão, seus pés descalços em contato com o chão frio da cozinha pareceram congelar, o mais rápido que pode deixou o cômodo, se sentindo mais uma vez aquecido na presença de Bella.

Ed – Me dê apenas cinco minutos...

Bella – Cinco minutos para quê?

Ed – Está na hora de investigarmos algumas coisas...

***

O Táxi parou na frente do hospital que Bella trabalha. Edward desceu, pagou ao motorista e abriu a porta do outro lado para que Bella descesse também.

Bella – O que estamos fazendo aqui?

Ele não respondeu, entrando pelo PS Bella logo se identificou e sua entrada foi autorizada. Assinaram um livro de visitantes, para logo caminharem pelos corredores da emergência, Edward percebeu que algumas pessoas o olhavam com curiosidade, alguns doentes abriam os olhos e se encolhiam diante de sua presença.

Bella – Se não me disser o que viemos fazer aqui, não darei mais nenhum passo.


Edward parou, pegou Bella delicadamente pela cintura, guiando-a até um dos consultórios que se encontrava vazio, fechou a porta para imprensá-la na parede segurando firme em seus braços com o rosto tão perto do dela que as respirações se misturavam, os olhos verdes esmeralda estavam fixo nos de Bella.

Ed – Preciso saber se já estive nesse lugar antes. Se conheço sua paciente daqui. Preciso saber se estive mesmo em coma...

Preciso saber por que pessoas se lembram de mim, sem que eu me lembre delas.

Preciso saber por que algumas pessoas me olham como se eu fosse a própria morte!

Preciso dessas respostas Bella, preciso descobrir o que aconteceu de verdade comigo!

Preciso saber que ligação tenho com você, preciso saber por que esteve na minha vida sem que, nem Eu nem Você se lembre...

Preciso de verdades, preciso de respostas, preciso resolver isso com urgência, preciso disso tudo agora e sem demora!

Bella assentiu ainda encolhida contra a parede. Quando ele por fim saiu de sua frente ela pode respirar com tranqüilidade.

Ela fechou os olhos, amaldiçoando como seu corpo respondia de imediato a Edward, sem nem ao menos ele ter qualquer intenção de fundo sexual.

Ed – Há alguma coisa que possa provar que já estive aqui antes?

Não obteve resposta, olhou para Bella que ainda encostada na parede olhava um ponto fixo na mesa do consultório.

Ed – Bella? Bella?

Ela finalmente olhou para ele, como se despertasse de um transe.
Edward praguejou em voz baixa se xingando de grosseiro e egoísta.

Estava tão assustado com as revelações do seu sonho, que até o momento só tinha pensado nele, só nele, somente na verdade dele...


http://www.youtube.com/watch?v=bJDNQQVrYBk&feature=related

Lifehouse - Somewhere Only We Know


Deu alguns passos em direção a Bella. Observando e tendo a certeza, que aquela mulher era a peça fundamental de todo o enigma que precisava desvendar.

Alisou os cabelos de Bella, sentindo ela se retrair novamente contra a parede, se encolhendo com o toque, como se de algum modo Edward pudesse lhe fazer mal.



Ed
– Descobriremos juntos o que me liga a você, ok?

Ela assentiu, ainda sem pronunciar uma só palavra.


Ed – E quando tudo isso acabar...

Se aproximou do ouvido de Bella, sentindo cheiro viciante que exalava dela...


Ed – Farei amor com você, até que nossos corpos caiam exautos na cama... Direi palavras bonitas que uma mulher tão preciosa como você deve ouvir, falaremos de anel, de filhos... Te darei amor, calor, prazer e tudo que em mim puder existir.

Bella apertou os olhos, ciente das mãos que agora percorria lateral de seus quadris...

Bella Quem realmente é você?

Edward fechou os olhos colando suas testas.

BellaDepois deste seu sonho, não é o mesmo homem que encontrei pela manhã na casa de meu pai.

Mordeu os lábios, sentindo as mãos de Edward chegar a seus seios...

BellaNão fala como ele, não sorri como ele... Você está diferente!

Edward abriu os olhos olhando-a.

BellaSeu toque está diferente...


Bella entrecerrou os olhos, subiu a mão até o rosto de Edward tocando os traços fortes e marcantes, acariciando a pequena cicatriz que tinha sobre a sobrancelha.

Bella – Porque você entrou na minha vida?

Fechou os olhos molhando os lábios.

Bella – Porque apenas você não pode fingir que jamais houve algo, que não sente e nem pressente o mesmo que eu sinto e pressinto? O que é sonho e o que é realidade Edward? Me diga que estou dormindo, que é um sonho, que você é um sonho...

Edward negou com a cabeça, levou a mão dela que acariciava o seu rosto até seu peito perfeitamente esculpido, em cima do seu coração pulsante.

Ed – Isso não é um sonho, sente? Sou humano, sou real e estou aqui. Sabe-se lá Deus por que ou para quê, mas estou aqui. E vou contigo até as últimas conseqüências para descobrimos o que foi que aconteceu para que a gente se perdesse em caminhos que não me lembro de ter percorrido. Sente?

Perguntou e Bella voltou abrir os olhos.

Ed Meu coração bate forte.

Edward se emocionou sem saber o porquê, um sorriso radiante brotou em seus lábios abrindo em toda sua extensão.

Bella piscou diversas vezes reconhecendo agora o homem de quem falava na carta que escreveu para seu pai.

Ed – Te desejo tanto Bella... Há tanto sentimentos dentro de mim...

Mas não posso falar sobre eles, porque não consigo e ainda não sei definir. Te desejo Bella, antes mesmo de te ver e de reconhecer que já tinha feito de você minha mulher. Desejo-te Bella, da mesma maneira que te desejei na primeira vez, da mesma maneira que te desejarei na última.

Bella franziu a testa, ciente de que em poucos segundos choraria como uma romântica incurável.

Céus! Tinha tantos sentimentos confusos, e ele ali em sua frente olhando-a nos olhos e proferindo palavras que iam ao fundo de sua alma.

Seus lábios se abriram em um convite para que Edward os tomasse em toda sua glória e plenitude, ele entendeu perfeitamente o recado.

Desceu as mãos para a cintura de Bella, trazendo-a apertado contra seu corpo e em poucos segundos recebeu a permissão completa para que sua língua penetrasse aqueles lábios quentes e macios, de forma carinhosa, terna, delicada...

Edward fechou os olhos precisando de mais e mais de Bella... Ela compreendeu, pois se enroscou nele de uma só vez. Retribuiu o beijo apaixonado sem pensar por um único segundo, nas diversas coisas que passavam na cabeça de Edward naquele instante.

Ele jamais tinha beijado uma mulher daquele jeito. Não que se lembrasse!

Ele nunca tinha nutrido sentimentos tão avassaladores por uma mulher dessa forma. Disso também... Não se lembrava!

Seu corpo ainda ardia. Porra! E como ardia...


Queimava de desejo de estar dentro dela, fazendo movimentos lentos e precisos que fariam com que ela arranhasse suas costas de cima a baixo, pedindo, implorando, rogando por mais e mais, mais uma vez, centenas de vezes, inúmeras vezes...

E mesmo assim, ele concluiu que não era só luxuria que percorria cada gota de seu sangue, era algo, algo mais, algo além do que qualquer homem julga ser capaz.

Enroscou a mão naqueles cabelos tão cheirosos e macios, apertando ela ainda mais contra seu corpo, como se somente dessa forma pudesse conter o desejo que arrancava totalmente o controle.

O beijo teve fim quando o ar se fez escasso em seus pulmões.


Bella olhou, acariciando mais uma vez, o belo rosto do homem que roubava até mesmo seu ar.


BellaÉ você...

Afirmou com a cabeça mordendo os próprios lábios, deixando um sorriso ainda atordoado pelo desejo estampar sua face.


Bella – Só pode ser você!

Edward não perguntou sobre o que ela falava, não deu tempo. Fez-se um barulho na fechadura, ele puxou Bella para detrás da porta, a mesma se abriu sem que ninguém entrasse na sala e então a pessoa fechou novamente. Bella respirou aliviada.

Ed – Como posso saber se já estive aqui antes?

Bella – O livro de visitas! Fica guardado no último andar...

Ed
– Podemos vê-lo?

Bella – Acho que posso conseguir isso.

Saíram da sala e por sorte o corredor não estava tão tumultuado.

Bella observou alguns paciente na sala de espera, pedindo desculpas por não desempenhar seu papel, pôr seu jaleco e atender um por um.

Subiram de elevador até o último andar, onde na última sala deveria ter o tal livro de visitas.

O lugar estava extremamente silencioso, caminharam em passos firmes até o final do corredor onde uma velha senhora organizava alguns arquivos.

Bella – Boa tarde?

A senhora lhe olhou por cima dos óculos que cobriam grande parte do rosto.

- Pois não?

Bella – Sou a Doutora Bella, trabalho aqui no hospital.

Mostrou o crachá para a mulher que franziu a testa observando o objeto bem perto dos óculos.

Bella – Gostaria de saber se posso ver o livro de visitas de dois meses atrás?

- Livro de vistas Doutora?

Bella assentiu apreensiva que a mulher pudesse não permitir.

– Eu não sei não... Sabe que esses livros não podem mais sair dos arquivos, isso são ordens do diretor.


Bella começou a praguejar mentalmente, Edward que permanecia calado até então, dirigiu um olhar a velha senhora.

Ed – Sabe o que é Senhora – olhou o crachá que a senhora levava – Lucinda? Eu e minha futura esposa – acariciou o rosto de Bella – Vamos nos casar.

Bella arregalou os olhos.

Ed
– Vamos nos casar e a conheci neste hospital.

A senhora pareceu baixar a guarda.

Ed – E seria muito importante que nos lembrássemos é... É...

Bella – Do horário que nos conhecemos. – sorriu – É isso, não é amor? Do horário!

Ed
– Sim, do horário...

Voltou a olhar para senhora.

Bella – Mulheres! Sabe como nós somos né? Ligamos tanto para data, horário, local... Todas essas coisas!


Lucinda – E porque não falaram antes?

 Se levantou na maior calma e boa vontade.

Lucinda – O que eu não faço por um casal apaixonado! Venham, venham, deixarei vocês na sala, talvez se recordem de algo mais.

Edward franziu a testa percebendo, que agora estava diante de uma velha senhora que lutava em prol do amor, e não daquela velha senhora insensível. Olhou para Bella, que vermelha segurava uma alta gargalhada.

Bella – Muito obrigada Lucinda! Nos ajudou muito, mesmo sabendo que isso é contra as regras do hospital.


A senhora sorriu e piscou para Edward que ainda mais vermelho tentou sorrir sem explodir em uma alta gargalhada. A porta se fechou e ambos riram com vontade.

Edward olhou para Bella rindo sem parar...


Ed – Horário?

Bella – Foi o que veio na minha cabeça na hora! Se você tinha coisa melhor por que não disse antes de gaguejar?

Edward ergueu as mãos para alto, em sinal de rendenção...


Ed – Ok, ok! Vamos procurar o livro...

Bella assentiu. Conhecia bem o livro porque assinava toda vez que entrava para trabalhar, era como uma espécie de livro de ponto. Todos os médicos, estagiários que cursavam medicina teriam que assiná-lo antes de entrar para o PS, e se Edward estivesse mesmo estado naquele local, seu nome estaria ali assinado.

Não demorou para que encontrasse o livro do mês de Novembro, chamou Edward que caminhou rapidamente até ela, correram as páginas sem noção certa do dia, apenas percorrendo o dedo pela lista até que tivesse seu fim.

Ed – Não, minha assinatura não está aí.

Bufou encostando-se na mesa.

Ed – Eu poderia jurar que...

Bella observou a frustração de Edward, abriu a lista novamente até encontrar seu nome, logo abaixo continha uma assinatura, Bella sorriu...

Bella – Não reconhece sua assinatura porque não foi você que assinou.

Ed – Do que está falando?

Bella – Só estaria no livro se fosse um estudante de medicina.

Ed – Não sou e nunca fui um estudante de medicina.


Bella – Então se supõe que...


Ed – Eu só poderia ter entrado com você.

Bella assentiu, apontou para assinatura logo abaixo da sua.

Bella – Quando eu era menor, brincava com Alice de fazer e inventar assinaturas... Até papai me dizer que isso era uma coisa séria. Eu tinha mania de assinar não só meu nome como outros de trás para frente.


Edward franziu a testa, Bella sorriu virando o livro de ponta cabeça.

Bella – Veja agora! De trás para frente... Drawde é o mesmo que Edward.

Edward sorriu.

Bella – E esse C naturalmente é de...


Bella – Esse é Edward... Cullen veio terminar os estudos no hospital onde trabalho... ’

EdCullen. Me conheceu como Edward Cullen.

Bella o olhou nos olhos e negou com a cabeça.

Bella
Eu te apresentei como Edward Cullen.

http://www.youtube.com/watch?v=S77LdibGJGo&feature=fvw

Stereophonics - Maybe Tomorrow

Saíram da sala com felicitações de Lucinda, o sorriso não foi tão amplo e caloroso pela quantidade de coisas que se passava na cabeça de ambos.

Bella tentava a todo custo, raciocinar...

Como Edward poderia ter estado no hospital naquele dia marcado no livro, se supostamente estava em coma em um hospital no interior do México?

Sua cabeça deu um giro enorme para voltar- se para, um único nome.

O táxi os levou de volta para o apartamento de Edward.

Sentaram-se no sofá não sabendo direito por onde começar...

Ed
– Não estive em coma duas semanas.

Bella negou com a cabeça.

Bella
– Não, não esteve.

Ed – Tivemos nossa história nessa mesma semana que visitei o hospital com você...

Bella assentiu.

Bella
– Dormi contigo te conhecendo em apenas uma semana.

Fechou os olhos suspirando.

Bella – Ou o que tínhamos era inexplicável ou eu estava completamente fora do meu Juízo...

Ed – Não se faz nada sozinha Bella. Se dormiu comigo foi porque eu quis dormir contigo, e tenha a certeza que não é isso que me perturba agora.

Bella se calou vendo que ele tinha razão. Não era hora para ter uma crise de conciência.

Edward se virou para ela.

Ed – Há inúmeras coisas... Estou completamente confuso com o desejo de saber da verdade e ao mesmo tempo esquecer-me de tudo. Roubar você para mim como se fosse a primeira vez que nos conhecêssemos. Sinto a confusão de às vezes pensar que não estou dentro de mim, dentro do meu ser... Sinto vontade de lhe dizer algo sobre o amor e sobre o que faria se eu pedisse para ser minha mulher!


Soltou um rápido risinho, observando visívelmente o tremor nos olhos de Bella.

Ed – Me sinto ainda mais confuso entre a vontade de te deixar exausta de prazer ou o dever de cumprir minha palavra que foi dada...

Edward levou a mão até os cabelos bagunçando-os ainda mais, em um gesto puramente de nervosismo.

Ed –... E algumas outras coisas mais que só em uma cama eu poderia lhe mostrar.

Bella levantou de imediato, soltando a resperição que nem sabia que tinha prendido. Não tinha respirado desde que ele começou a lhe explicar o que...

Ela não o entendia!

Pelo amor de Deus! Ele estava brincando com ela ou algo parecido?

Só podia ser brincadeira essa história de rude ou carinhoso, de frio ou quente, de calmo ou nervoso, de romântico ou insensível! Se isso não fosse brincadeira, ele era bipolar!

Levou as mãos em suas têmporas, fechando os olhos, respirando fundo...

Não, não podia se entregar a ele sem saber ao certo com quem realmente estava lidando.


Uma hora ele era um homem que tinha a tenacidade brilhando no fundo de seus olhos sem perder a doçura, outra hora era um homem que mais cedo sem pensar duas vezes virou as costas, pronto para deixá-la sozinha, confusa e com medo na imensidão do jardim de sua casa.


Qual deles Edward seria depois que entregasse a ele sua alma e seu coração?


Qual deles ele seria quando descobrissem toda verdade?

E Qual era a verdade?

Qual era o mistério que os envolviam numa magia poderosa que percorria os caminhos entre a fantasia e a realidade?

Bella – Não posso me entregar para você.

Deixou escapar e Edward voltou a olhá-la.

Bella - Depois, quando tudo for descoberto, podemos não gostar do que aconteceu... Se você for embora, ou melhor, seu eu for embora...

Você ficará com o melhor de mim, o meu coração e minh’alma!

Se virou de costas, com olhos fechados...

Bella - Seria tão mais fácil se eu permitisse que você partisse, agora, nesse instante, com os meus sentimentos ainda na minha cabeça, ainda sobre o meu controle...

Ed
- Podemos parar com tudo quando você quiser.

Bella – Meu pecado é não querer parar. Meu pecado é querer mais e mais...  Há algo em você que me domina...


Voltou-se novamente para ele.


Bella – Não posso entregar a você meu corpo sem envolver minha alma... E agora, não posso Edward, não posso lhe entregar minha alma.

Edward se levantou caminhando até ela.

Bella – Eu sempre serei a mesma. Mais quanto a você?

Abriu um triste sorriso.

Bella – Preciso aprender a reconhecer que Edward você é, cada vez que nos encontrarmos daqui para frente.

Edward franziu a testa negando com a cabeça.

Ed – Porque está dizendo isso? Sou eu, o Edward de sempre.

Bella negou com a cabeça.

Bella – Não, não é... E você sabe disso!

Edward não respondeu.

Permaneceu calado, imóvel, como um perfeito covarde que negaria até o último minuto, mas sabia que algo durante seu sono havia se transformado e se libertado dentro dele.


Bella apertou os olhos ciente que precisava sair com urgência daquele ambiente.
Tinha tantas coisas para falar, mais a única coisa que vinha a cabeça era sucumbir ao pecado e se entregar mais uma vez aquele homem a sua frente.

Corrigiu-se, aquele homem tinha um nome.

Bella negou com a cabeça, passando a língua nos lábios erguendo a cabeça pronta para deixar a habitação.

Sim ele tinha um nome e sem dúvidas, esse era Edward Cullen!!!!

Ed – Vai embora?

Bella deixou de caminhar, girando a cabeça para olhá-lo por cima do ombro.


Ed – Ainda temos muito que conversar... Seu pai, falou com seu pai?

Voltou a encarar a porta diante de si, com o maxilar travado, respirando fundo...

Será que nem por um instante ele sentia a força dos sentimentos inexplicáveis que arrazavam com ela?

Bella – Não posso ficar aqui.

Sua voz saiu firme e controlada, ajeitou sua bolsa sobre os ombros...

Bella – Manteremos contado Edward.

Ed Você está com Medo, por isso está fugindo.

Bella não respondeu, apenas girou a maçaneta, abrindo e desaparecendo após fechar a porta tão delicadamente como as batidas alucinadas de seu coração...

Edward fechou os olhos quando a porta se fechou em uma enorme batida.


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Notas finais do capítulo

Nossa! São tantas emoções... Bellinha não quer se entregar de corpo e alma para o senhor Killer,kkkkkkkk mal sabe ela que ela já se entregou faz tempo, ela só não lembra... Ainda!!!

Daqui para frente a fic desvenda alguns mistérios...


PS: Estou precisando de ajuda para betar a fic, como sabem meu pc foi formatado e perdi muitas coisas. Como tenho que reescrever alguns diálogos, cenas hot, desenrolar a estória, escolher músicas,acabo ficando sem tempo para corrigir a gramática da fic.
"Lembrando sempre que toda trama pertence a Mandy"

Quem poder me ajudar,por favor mande uma MP.

Bjokasss moças. :)