Encontro Marcado Finalizada escrita por vivimaciel, Amy Kawaii


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

O final deste capitulo está aqui entonsiss, aproveitem meninas!

Não esquecendo de todo o blá blá blá de sempre!

:)



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Relembrando...

O que estava acontecendo?’

Tinha feito uma promessa...

Então porque suas mãos não podiam deixar de colocá-la na posição certa para que suas intimidades se tocassem quase se fundindo?’

Ouviu seu próprio gemido, bravamente reuniu o pouco controle que possuía em seu interior afastou Bella de seu corpo.

Ela respirava ofegante assim como ele, seus lábios vermelhos estavam ainda mais inchados, o batom já não se encontrava em seu lugar...

EdPare, antes que eu não consiga mais parar...

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Michael Bolton - All For Love

Bella abriu os olhos se deparando com a visão de Edward, com a camisa agora totalmente aberta e os cabelos ainda mais desalinhados que de costume.


Abaixou os olhos vendo que seu vestido se encontrava mais erguido que o normal. Levou as mãos nos olhos se perguntando em que parte de que teriam “a conversa” tinha esquecido...

Voltou a olhar nos olhos dele assentindo.

Bella – É o certo... Parar agora... É o certo.

Edward negou com a cabeça franzindo a testa.

Ed É o certo, mas não o bastante.

Elevou o tom de voz puxando ela novamente contra seu corpo, erguendo-a do chão até ela estar na altura exata de seu membro, Bella rapidamente enlaçou as pernas em sua cintura.

Ele selou a boca de Bella com um dos seus beijos mais ardentes, beijou-a como se jamais fosse voltar a beijar qualquer outra mulher em sua vida.

Sentia suas costas arderem deliciosamente onde as unhas dela arranhavam...

Murmurou outro gemido, abaixando lentamente com ela em seu colo ajoelhando-se no chão, caindo sobre ela que fora depositada delicadamente sobre a grama.

Lhe beijou o pescoço deixando que suas mãos subissem livremente pelos seios, abriu os olhos movimentando seu corpo como se pudesse sentir que estava dentro dela, o contraindo, apertando...

Olhou bem nos olhos dela, acariciando o rosto perfeito. Bella sorriu e também acariciou a face de Edward.

Ed – Você é linda...

Sentiu seus olhos marejarem embaçando a imagem de Bella em sua visão.

Ed – És linda Bella!

Bella deixou de sorrir apenas para retribuir o olhar de adoração e fascinação que ele lançava. Algo em seu interior se modificou...

Edward também deixou de sorrir, seus olhos se fecharam e sua cabeça latejou.

Bella – Mais é claro que é... Você é meu homem, minha vida, meu sorriso, minha alegria... Minha felicidade mais sincera, meu prazer... Ah senhor Killer, eu me entrego de corpo e alma em suas mãos!!


Voltou a abrir os olhos e encontrou um espelho a sua frente no rosto dela.

Bella também parecia de certa forma assustada, com o olhar tão marejado quanto o seu, o sol brilhou com mais intensidade.

Ed – Está tudo bem?

Ela negou com a cabeça com seus olhos se enchendo ainda mais de lágrimas.

Ele sorriu dando-lhe um selinho demorado na boca, se levantou e puxou Bella também para cima.
Caminharam até perto de um banco, que ficava depois da ponte mais distante da casa, ainda era muito cedo.

Edward preferiu sentar-se no chão encostando as costas no banco e Bella sentou-se no meio de suas pernas colocando as mãos por cima das mãos que rodeavam sua cintura. Deixou a cabeça cair sobre o ombro de Edward e uma terna sensação lhe invadiu a alma.

Sentia-se segura naqueles braços como jamais tinha se sentido em outros.

Sentia-se protegida, adorada, acalentada, e... ‘amada?

Fechou os olhos.

Permaneceram no mais puro silêncio retomando a razão e o controle sobre seus sentimentos...

Bella – Como foi em Londres?

Ed – Confuso e trabalhoso, retomei alguns dos meus projetos.

Bella – Sim... E como conhece meu pai?

Ed – Eu na verdade acho que o vi uma vez... No dia que fui fechar o contrato com seu representante, nos falamos pouco.

Bella – Então como...

Ed – Liguei como liguei para todos os meus clientes para me desculpar, o estranho foi que ele decidiu me receber pessoalmente, agiu de forma muito compreensiva.

Bella – Sim, meu pai costuma mesmo ser compreensivo. Mas apresentou você a mim como um grande amigo.

Ed – Sim, e não me pergunte o porquê, só depois que peguei o convite dessa festa que me dei conta que era a comemoração do seu aniversário e de Charlie, seu pai.

Bella – Como ele não te reconheceu antes? Quer dizer, se é que estivemos algum dia na casa do meu pai.

Ed – Eu não faço a mínima idéia Bella. Quanto mais eu tento ir a fundo na nossa história mais coisas surgem. Seu pai está bem?

Bella – Sim, está sim. Por que da pergunta?

Ed – Nada, achei ele meio estranho...

Bella – Só estava emocionado.

Abriu um sorriso, e logo depois abriu os olhos.

Bella – Foi uma grande festa.

Ed – Sem dúvidas! Sua família sabe como fazer uma bela comemoração.

Bella – Falarei com meu pai hoje no almoço. Tentarei descobrir porque o conhecia mais do que você o conhece.

Ed – Talvez tenha apreciado meu trabalho.

Bella – Sim também concordo com isso, mas algo está errado...

Ed – Concordo com você, na festa uma moça... Rose me agradeceu por algo que eu não me lembro de ter feito, na realidade não me lembro de tê-la visto algum dia na minha vida.

Bella – Rose?

Bella arregalou os olhos e franziu a testa.

Bella – Rose disse que conhecia você?

Ed – Sim, falou algo sobre um parque. O que me deu a entender é que estava chorando e eu a ajudei em algo.

Bella – Como? Quando?

Ed – Uma semana antes de acordarmos no hospital.

Bella mordeu os lábios, apreensiva...

Bella – Que estranho. De qualquer forma pode ser coincidência.

Ed – De verdade, eu não ando mais acreditando em coincidências. Uma semana antes de acordarmos eu estava acidentado Bella. Como uma pessoa quase morrendo poderia encontrar e consolar uma mulher no parque?

Bella negou com a cabeça, inspirando uma grande quantidade de ar.

Bella
– Realmente você não sofreu o acidente em Londres.

Ed – Não mesmo, na realidade, às vezes me parece que não houve acidente nenhum.

Bella – O que você quer dizer?

Ed – Bella você é médica... Sabe que as chances de uma pessoa sobreviver sem nenhuma seqüela a um acidente do porte do qual eu sofri são mínimas, quase nenhuma.

Bella – Não é impossível, se soubesse de cada caso que cuidei... Já vi pessoa dada como morta abrindo os olhos, pronta para sair caminhando como se nada tivesse acontecido.

Ed – É como se minha mente estivesse sida apagada, mais meu corpo permanecesse em ativa, há registros no hospital Bella, é impossível que eu esteja em dois lugares ao meu tempo.

Bella – O que quer dizer com isso?

EdEu não estava em coma quando disseram que eu estava.

Bella - Se estivesse não poderíamos ter estado juntos.

 Edward assentiu.

– Se tivesse sofrido o acidente em Londres também não poderíamos ter estado juntos.

Bella virou o pescoço olhando dentro dos olhos dele.

Bella – E onde eu entro nessa história?

Ed – Eu não sei Bella. Eu realmente não sei.

Bella – Porque tentaram te apagar da minha memória?

Virou-se novamente fechando os olhos.

Bella – Porque apenas não me esqueci de tudo como as outras pessoas esqueceram? Porque tenho essas recordações? Deus eu tenho tantas perguntas...


Outro instante de silêncio caiu sobre eles.

Bella – Como conseguiu entrar aqui?

Ed – Você avisou o chefe da administração da limpeza que eu viria.

Bella abriu um sorriso.

Bella – Sem graça, estou falando sério! Como entrou?

Ed – Bella, eu não estou brincando.

Bella virou-se de frente para ele com a sombracelha erguida.

Bella
– Eu não avisei ninguém que você viria. Quando minha irmã disse que você tinha ido embora com Tânia pensei que não viria mais.

Edward franziu a testa em extrema confusão.

Ed - Alguém nos viu ou ouviu quando estávamos na festa?

Bella negou com a cabeça.

Bella – Não. Ninguém nos viu, fui cuidadosa e...

Parou de falar por alguns instantes.

Bella – Oh meu Deus papai que susto!!!

Charlie sorriu...

Charlie – Percebi querida, o que está fazendo aqui?

Bella – Eu? Eeeeu estava tomando um pouco de ar, estava tão emocionada que precisei respirar alguns minutos para me recompor. ’



Bella – Meu pai!

Ed – O que tem seu pai?

Bella – Meu pai nos escutou.

Levou a mão sobre os lábios em estado de choque...

Bella – Oh Meu Deus Edward!!!!!! Meu pai não pode saber sobre nós dois, ficaria decepcionado, desapontado e eu...

Parou de falar observando o olhar calmo de Edward, se levantou em um pulo com a intenção de ir para casa, esquecendo-se de Edward ali.

E ele logo a seguiu, parando-a segurando em seu braço...

Ed – Ótimo, se a garotinha se preocupa tanto com o que o papai tem a pensar não tenho mais nada para fazer aqui.

Bella arregalou os olhos com o coração aos saltos, ele estava se virando simplesmente para ir embora!

Bella - O que pensa que está fazendo?

Elevou o tom de voz.

Bella – Por favor, não vá! Eu não sei se consigo sem você.

Edward parou de caminhar virando-se de volta para ver uma Bella assustada com uma mão na testa e outra na cintura.


Ed – Estou quase enlouquecendo tendo lembranças de coisas que jamais vivi e você está preocupada com o que seu pai pode pensar a respeito de nós? Desconfio que seja mesmo muito mimada!

Bella calou-se abaixando a cabeça por alguns instantes, seus olhos mais uma vez marejaram...

Bella – Estou com medo Edward!

Confessou sentindo que não era a primeira vez que proferia essas palavras.


Bella – Estou com medo de nós dois... Se não fosse por mais uma lembrança teríamos feito amor aqui ao céu aberto, sobre a grama do jardim da casa de meu pai. Eu não sei o que acontece, o que você faz comigo...

Mordeu os lábios deixando um sorriso trêmulo estampar sua face.

Bella – Me sinto uma adolescente sedenta por seus beijos quentes e molhados...

Edward observou as bochechas de Bella corarem em vários tons de vermelho, realmente essa era a reação de uma adolescente.

Suspirou vendo que qualquer raiva momentânia de sua parte tinha sido dissipada naquele momento. Caminhou até ela, acariciou com o dedo indicador a bochecha corada de Bella.


Ed – Talvez ontem tenha sido seu baile de formatura em vez de seu aniversário.

Ela sorriu e Edward franziu a testa quase que em uma careta.

Bella agarrou no pescoço dele até que sentiu seus pés novamente serem tirados do chão. Edward fechou os olhos, absorvendo a sensação de ter aquele delicioso corpo em seus braços...

Ed – Preciso ir Bella...

Ela assentiu, as horas passavam tão depressa! E conhecendo o sistema de administração da casa, logo todos os empregados estariam trabalhando.


Ed - Quando e que horas podemos nos ver novamente?

Edward pousou Bella delicadamente no chão.

Bella – Eu não sei, talvez não seja preciso marcar...

Abriu um sorriso para ele.

Bella – Parece que sempre somos colocados frente a frente, por obra do destino!

Ed – Você realmente acredita nisso?

Bella
– Agora, Sim.

Ed – Porque está fazendo essa cara?

Bella - Que cara?

Tentou esconder o sorriso travesso.

Ed - Essa cara, de menina levada.

Bella deixou escapar o sorriso dizendo:

Bella
– Nada de um novo Encontro Marcado.

Edward franziu a testa.

Bella – Se estão mesmo nos pregando uma peça, tenho certeza que nos encontraremos de novo. O destino fará seu trabalho, em algum lugar... Qualquer lugar.

Ele sorriu, sem dizer uma única palavra. Trocaram olhares cheios de promessas mudas por alguns segundos antes que pelo mesmo lugar que tinha entrado Edward se fosse.


Bella arrumou os cabelos com um sorriso completamente bobo nos lábios. Ficar com Edward...


Era como colar nas provas finais da faculdade.

Era como quebrar algo precioso de seu pai e escondê-lo para que ele não descobrisse.

Era como ficar embriagada pela primeira vez sem que ninguém pudesse descobrir.

Era como pegar o carro escondido de seu pai, sem ter habilitação.

Era como cabular uma aula chata de filosofia, era como...

Bella se pôs a correr pelo campo, segurando o vestido com um sorriso imenso nos lábios...

Era como viver!!!

Correu até se sentir completamente cansada e ofegante.

Ainda sorrindo sozinha como uma louca, abriu a grande porta num só tranco, com os pés descalços entrou na casa pisando no gostoso tapete. Virou-se fechando a porta, correndo de imediato para subir as escadas, foi quando percebeu que não estava sozinha...

Charlie
– Decidiu ficar mais tempo com seu vestido de festa, querida?

Bella arregalou os olhos prendendo a respiração, olhou o relógio vendo que eram um pouco mais de sete da manhã. Tentando se mater no controle, soltou a respiração lentamente...


Bella – Na verdade papai, não consegui dormir.

Bella olhou o semblante cansado de seu pai, pelo visto, ele também não tinha conseguido dormir muito bem. Charlie ainda vestindo seu pijama e por cima um roupão azul, com o jornal de domingo em uma das mãos, seus olhos tentava enxergar-lhe a alma...


Charlie – Bom dia filha.

Bella respirou fundo contendo a vontade de fazer mil e uma perguntas ao homem à sua frente, se limitou apenas em beijá-lo na bochecha e dar um abraço apertado.


Charlie – Pelo visto durmirá a manhã e a tarde toda.

Bella negou com a cabeça.

Bella
– Só preciso de um bom banho e tomarei café contigo. Pode me esperar? Tenho algo a lhe falar.

Charlie sorriu assentindo.

Charlie – Irei te esperar. Temos mesmo que nos falar...

Bella sentiu seu estômago se comprimir.

‘Será que seu pai sabia que tinha passado as primeiras horas do dia nos braços de Edward?’

Bella olhou aqueles olhos que antes eram quase que transparentes. Charlie estava diferente, havia algo errado, e ela precisava descobrir.

Charlie – Quando me olha assim é porque quer perguntar algo.

Bella – Disse a algum funcionário que Edward voltaria para me ver?

Desejou se auto estapear, era burra ou o quê? Que diabos sua boca grande tinha acabado de confessar?

Suas bochechas coraram violentamente, esperou já podendo imaginar a reação que ele teria diante de sua estúpida confissão e o que aconteceu foi...


Ele lhe sorriu. Bella franziu a testa em plena e notória confusão.

Charlie – Seu banho querida, depois falaremos.

Charlie com um beijo na testa deixou Bella ali plantada no meio da sala com ainda mais dúvidas na cabeça.

Bella ainda incrédula e surpresa, subiu as escadas até seu quarto, o cansaço e o sono começavam a dominá-la, tomou um longo e relaxante banho, vestiu sua camisola e logo por cima seu roupão, penteou e deixou os cabelos molhados para que secassem livremente. Calçou os chinelos e o mais rápido que pode desceu as escadas.

A casa já estava mais movimentada, pessoas já trabalhavam, o café em toda sua plenitude e organização estava posto na enorme mesa, Jasper estava sentado com seu pai comendo algumas torradas, também vestia pijama.

Bella – Bom dia, Senhor ressaca!

Jasper sorriu, com um beijo cumprimentou a cunhada.

Jass – Não quero nem ver quando Alice acordar, gritará aos quatro cantos que sou um péssimo marido, que a deixei sozinha nos últimos minutos da festa...

Bella sorriu assentindo.

Jass – Jamais me perdoará pela mistura de sono, cansaço e bebida ter me colocado para dormir mais cedo do que ela.

Charlie sorriu, realmente em relação à Jasper, Alice não era nada fácil. Tinham uma relação estável, quase não brigavam e concordavam na maioria das coisas, mas quando a bela e elegante Alice era contrariada, só Deus ou Charlie podia com ela.

Bella - Te perdoará tenho certeza.

Jass – Mal sabe o que se passou ontem, tivemos uma briga calorosa, mas reverti a tempo...

Charlie – Jura?

Charlie perguntou com irônia bebendo outro gole de seu café.  Sabia que o genro e a filha quase não brigavam e quando o faziam, Jasper com sua enorme calma abrandava o coração da pequena e agitada Alice rapidamente.

Bella – Sabe que ninguém percebeu!

Jasper sorriu se levantando da mesa.

Jass – Ainda bem! Se me dão licença levarei um café da manhã na cama para minha mulher, de preferência com uma rosa vermelha.

Bella – Oh, rosas não me faltam, pegue uma dos três buquês que há na sala de estar.

Jasper agradeceu, pediu licença saindo da mesa.



Bella pegou a jarra de suco enchendo uma taça diante de si, ciente do olhar do pai em cima dela.

Charlie fechou o jornal, se aconchegou mais na cadeira, cruzando a perna...

Bella tomou um gole de suco servindo-se de pãezinhos doces ainda quentes.

Charlie – O que aconteceu de tão importante para que Edward Masen voltasse aqui para te ver?


Bella engasgou sendo obrigada a beber outro gole enorme de suco, com os olhos ainda lacrimejantes pelo engasgo e tosse respirou fundo. Olhou para Charlie com incredulidade...

Ele estava rindo da cara dela!

Após se recompor olhou novamente os olhos de seu pai brilhando...


Bella – Eu te fiz uma pergunta primeiro.

Charlie – A sua pergunta não tem resposta.

Bella –Então, para sua eu também não tenho.

Bella sentiu seu coração oprimir, o que estava acontecendo? Jamais havia mentiras ou algo escondido entre ela e seu pai.

Bella – Estou me encontrando com Edward. - sussurrou com toda sinceridade.

– Sei que é errado e contra todos os valores que você me ensinou papai, mas não consigo me conter.

Olhou para seu pai.

Bella - E não queria te dizer isso, mas também não posso mentir para você...

Charlie assentiu, sem ao menos esboçar qualquer reação.

Bella – Não sei se posso te explicar papai...

Negou com a cabeça, sentindo seus olhos lacrimejarem.

Bella – O que acontece é que me sinto como uma adolescente, prestes a fazer algo proibido que me causará conseqüências irremediáveis. Não sei se posso lutar contra o que vai acontecer!

Charlie – O que sabe você, sobre o que vai acontecer?

Bella olhou novamente aqueles olhos brilhantes, viu quando Charlie subiu a xícara de café até os lábios tranqüilamente, exatamente como...

Bella – O que quer dizer?

Charlie – Não quero dizer nada.

Bella franziu a testa. Estava ela ali, falando algo que nunca diria para nenhuma outra pessoa ao seu pai e ele simplismente mantinha toda calma e compostura do mundo.

Charlie – Onde conheceu o senhor Masen?

Bella – Conte-me você! Onde o conheceu?

Charlie ergueu a sobrancelha analisando, observando o semblante de Bella. Os olhos dela eram tão transparentes que entregaria qualquer culpado ou pecado.

Charlie – Já lhe disse querida, Edward é Arquiteto, está trabalhando em um projeto em Londres.

Bella – Quando esse projeto começou?

Charlie – O que isso tem haver? É realmente importante saber quando começou?

Bella – Não, o importante é que esconde algo de mim. Nos ouviu na festa ontem papai, sei que nos ouviu.

Charlie negou com a cabeça servindo-se de mais café.

Charlie – Juro que não ouvi nada, mais é muito ruim saber que mentiu para mim quando perguntei o que fazia ali.

Bella – É muito ruim saber que mente para mim quando lhe digo de coração meu maior pecado.

Aquilo de certa forma atingiu Charlie em cheio.

Bella notou os olhos dele mais sérios, o café perdeu toda e qualquer importância...

Charlie – Não tem e não vejo nenhum pecado no que faz Bella.

Seu queixo caiu, sua boca abriu num redondo e surpreso “O”

Que Diabos ele acabara de falar? Estavam falando sobre o mesmo assunto ou o quê?’

Estava surpresa e completamente sem fala.


Charlie – Percebi no momento em que os apresentei que ali teria algo. Só não imaginei que fosse tão... Rápido!

Bella – Não foi rápido, eu e Edward.

Se calou de imediato, respirou fundo e com paciência voltou a fazer a mesma pergunta.

Bella – Foi você que avisou ao funcionário que Edward voltaria?

Charlie permaneceu em silêncio.

Contemplando o rosto assustado de sua bela filha, ‘ela poderia saber que ele a amava tanto, que... ’

Charlie
– Há homens que renunciariam tudo por ti...

Bella engoliu a saliva, estava tão apreensiva que sentia vontade de chorar.

Charlie – Não te julgarei, Renee era comprometida com outro homem quando eu disse que ela seria minha.

Bella se pôs surpresa. Jamais teria desconfiado disso!

Charlie – O que realmente você quer Bella? O que Edward quer?

Ela tentou falar, porém, as palavras lhe faltaram.

Era claro que lhe faltariam, não tinha o que dizer!

O que ela queria?

O que Edward queria?

Eram dois estranhos, com um desejo insano à flor da pele e recordações de um passado não tão distante, que vinham e iam com flaches de memórias...

Dois estranhos que tinham compartilhado várias vezes a mesma cama com um desejo enlouquecedor, palavras relacionadas ao amor teriam sido proferidas e uma experiência que Bella duvidada realmente existir neste mundo...

Não! Ela não sabia o que queria. Para saber o que queria, primeiro precisava saber o que tinha acontecido.


Nesse instante foi envolvida por uma magia até então desconhecida, apertou os olhos por alguns segundos.

Charlie – Quer fazer loucuras, ótimo! Faça!!!
Quer viver um romance proibido, ótimo! Viva!!!

Nem eu, nem ninguém neste mundo será capaz de impedir o que vai acontecer entre você e Edward, meu amor.

Bella – O que sabe sobre o que acontecerá? Nem sei se voltarei a vê-lo mais uma vez... Papai você está tão estranho.

Charlie sorriu, acariciando o rosto da filha.

Charlie – Tem coisas que nem um velho como eu pode impedir. Não sei o que acontecerá, por que eu não... Mas sinto!

 Bella respirou com força, o sangue em sua veia estava gelado...

Bella – Você fala como se...

Charlie - Vou me manter de fora de sua história. É assim como digo.

Bella – Não dirá o caminho que devo seguir? Não dirá que é um disperdício de tempo e que jogarei minha vida fora caso siga com esse romance proibido? Não dirá que é errado, que ele possui uma família?

CharlieEdward não tem família.

Bella – Oh papai, Edward é casado!

Elevou o tom de voz, incrédula com a calma que Charlie lidava com a situação.

Charlie – Para quê quer que eu diga, se você mesmo acabou de fazer?


Bella se calou.


Charlie – Seguiu muito tempo sem viver a vida, mi amor! Um plano foi traçado para ti minha querida... - a olhou profundamente nos olhos – Está acima de qualquer força ou qualquer humano.


Bella – O que quer dizer com isso, papai?

CharlieE se Deus não impediu que tudo isso acontecesse, quem sou eu para impedir?

Bella permaneceu olhando para seu pai por longos segundos, sem piscar.

Um calafrio percorreu toda extensão de sua coluna, arrepiando todos os pelos de seu corpo.


Viu seu pai se levantando, dando-lhe um beijo na bochecha e com seu jornal na mão caminhava tranqüilamente de volta para seu quarto.

Edward se jogou na cama fechando os olhos. Sentia-se tão cansado como quando tinha saído do hospital.

Jogou a coberta por cima do corpo desejando que dormisse por longas horas.

Seus sonhos ultimamente se faziam mais presentes, um choro de uma criança lhe acordava diversas vezes durante a madrugada.

Com o corpo relaxado após um banho, se entregou ao sono por completo, em poucos segundos estava longe, bastante longe...



Caminhava por um campo que parecia estar em um lugar afastado do mundo do qual vivia.
Havia ali, milhares de pessoas sentadas olhando para ele.
Com um semblante calmo e um tanto alegre ele com os pés descalços, caminhou sem direção por um caminho no qual, várias árvores ficavam para trás.
Conforme caminhava, alguns curiosos lhe seguiam com o olhar, outros apenas concentravam-se em si mesmo.
Após caminhar um certo tempo sentiu que estava perdido, completamente perdido.

Uma criança chorava alto nos arredores do campo, ele começou a correr na procura de encontrar aquele choro, percebeu que ninguém fazia nada, apenas continuavam ali observando ele, como se o conhecessem a um longo tempo.
Finalmente encontrou a pequena criança atrás de uma das milhares de árvores, sentada escondendo a cabeça com os braços, apoiados nos joelhos encolhidos de encontro ao peito...

Edward lhe estendeu a mão e ela aceitou, correndo até ele, o semblante assustado da menina pareceu se iluminar...

xxx - Mamãe sabe que veio me buscar?

Edward franziu a testa, nem ao menos ele sabia o que fazia naquele lugar!

xxx – Pode dizer a ela que eu sinto muito?

Edward assentiu, observou o campo que agora estava completamente vazio de pessoas.

Sentia que seu coração batia acelerado.

Pegou a menina no colo caminhando para frente, com o sol brilhando em sua cabeça, fazendo resplandescer os cabelos acobreados de Edward...


xxx – Seu coração bate tão forte.

Franziu a testa observando a menina com um sorriso radiante nos olhos.

xxx – Qual é a sensação?

Edward seguiu caminhando como se o caminho que percorresse naquele momento, fosse um velho conhecido de sua jornada...

Finalmente foi capaz de pronunciar algumas palavras.

Ed - Que sensação?

A menina sorriu, mexeu as pernas para descer do colo de Edward e ele deixou que ela descesse de seu colo.

Bem mais à frente, entre a linha do horizonte e do céu alguém chamava a menina por um nome que não sabia qual era...

Ela chamou Edward para que ele ficasse em sua altura para então lhe sussurrar no ouvido.

xxx - De ser humano!

Edward franziu as sobrancelhas, levantou-se em um pulo enquanto à garotinha corria pelo campo indo de encontro a quem lhe chamava pelo nome.

Olhou ao seu redor vendo que estava sozinho, ouviu seu nome e se virou para trás, retornando ao contrário do caminho percorrido pela menina.


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Notas finais do capítulo

Hum será que Ed dessa vez se toca de algo? E charlie adorei suas conclusões, a respeito de Edward e Bella.Bjokass moças. Em breve mais um capítulo.