Encontro Marcado Finalizada escrita por vivimaciel, Amy Kawaii


Capítulo 18
Capítulo 18 Continuação


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer os reviews dos posts anteriores,vcs foram maravilhosas!

À partir de agora algumas dúvidas serão esclarecidas, com o desenrolar da estória.

Muitas emoções estão por vir, a fic não ficará chata.

Qualquer dúvida só me perguntar, oks? ;D


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Quero agradecer as indicações feitas por:

—RaquellCullen

—SerenaLee

—lud cullen

—Zenilda

—Bella_s2_Edward

—bia_Masen

—Nandacullen0

"Agradeço de coração à vcs meninas! Tanto eu, como a Mandy ficamos muito felizes por vcs estarem gostando tanto, que acham que vale a pena ela ser indicada!" :)


Agora... Bora lerrrrrrrrrr


PS: itálico pensamentos ou lembranças.

"Escutem a música do capítulo, sabem que é importante!!!"



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Aproximou-se ainda mais vendo o rosto escondido por trás de tantos machucados, franziu a testa abrindo os lábios, incrédula...

– Tenho uma idéia, para compensar a minha indiscrição e indelicadeza, posso te convidar para tomar um café da manhã?

– Sou noiva...

– Não estou te convidando para ir para a minha cama, estou te convidando para tomar um café da manhã!



- Hey mocinha? Quem é você? E o que está fazendo aqui?

Bella deu um pulo para trás e liberou um gemido de susto, segurou o ar arregalando os olhos, olhando a moça que a instantes tinha saído pela porta do quarto.

Olhou novamente o paciente, tão confusa que nem ao menos havia ouvido o que a mulher tinha lhe perguntando.

– Estou perguntando quem é você? Não sabe que isso é um quarto particular e... Oh é... Bella?

Bella franziu a testa voltando à realidade, assentiu.

– Falei com a sua irmã hoje cedo, nos encontramos no café, sente-se bem? Errou de quarto? Acha que deveria estar de pé?

Bella negou com a cabeça, procurou um lugar mais próximo para se sentar e achou a poltrona, levou as mãos sobre os olhos sentindo um tremendo enjoou.

– Hey Está tudo bem? Está passando mal? Deseja que eu chame um médico?

Bella negou com a cabeça se recuperando.

Bella – Não eu, eu... Eu sinto muito...

Olhou a loira dos olhos azuis, apenas a luz do abajur fraca iluminava o quarto,

– Sim, sou Bella. Levantei para caminhar e devo ter me confundido de quarto, eu sinto muito...


- Fique calma querida, está tudo bem. Quer que eu chame seu médico? Ah! Que falta de educação a minha, sou Tânia Masen.

Bella voltou a assentir.

Bella– Ele é... É seu marido?

Tânia afirmou com a cabeça adquirindo outro semblante, aproximou-se da cama tocando os cabelos o homem.

Tânia – Sim é meu marido, bem, acho que ainda é... – negou com a cabeça abrindo um sorriso.

– Venha! Eu mesma te acompanho até seu quarto, e prometo não te dedurar para sua irmã, ela é uma mulher muito simpática!

Bella deixou se ajudar pela moça, que a acompanhou até seu quarto e a ajudou deitar se na cama

Tânia – Pronto, está segura! Ainda é cedo, mais saí para tomar um café, tenho problemas para dormir, sabe? Não, claro que não... – abriu outro sorriso.

– O que houve com você?


Bella – Não há um diagnóstico perfeito, mais desconfiam que tenha sido mais uma das minhas crises, uma crise violenta, tenho fortes dores de cabeça, perdi a consciência por vários dias, tenho algo na cabeça, os médicos ainda não descobriram o que é... – recebeu um olhar piedoso da bela mulher.

 – Sou médica também, não precisa me olhar dessa forma!

Tânia – Ah sim, me desculpe! Mais é que ando tão cansada... Não vejo a hora de voltar para Londres e...

Bella engoliu a saliva.

Bella – Londres? Mora em Londres?

Tânia– Sim, agora moro, mas nasci aqui no México, é mexicana não?

Bella assentiu.

– Eu e meu marido nos mudamos para lá há quase dois anos... Não gosto muito daqui.

Bella assentiu novamente cada vez mais intrigada...


Bella – Se moram em Londres, o que fazem em um hospital no México?

Tânia se tornou ainda mais séria.


Tânia– Boa pergunta. Encontrei meu marido aqui, depois de duas semanas de procura, pensei que estava morto.

Bella ficou estática, observando Tânia com os olhos repletos de lágrimas cristalinas e sentimentais.

Abaixou a cabeça franzindo a sobrancelha, sentindo um tremendo enjoou conforme sua mente confusa tentava mostrar alguma coisa. Ergueu a cabeça olhando de volta para mulher loira...

Tânia – Estou te enchendo não é? – abriu um trêmulo sorriso.

 - Anthony costuma me dizer que eu daria uma boa atriz de drama...

Lágrimas escorriam agora pelo rosto da mulher.

Tânia– Não é um tremendo insensível quando não durmo a quase duas semanas pensando que estava morto?

Bella deu um sorriso e Tânia retribuiu, Bella viu nela algo que sempre tinha visto em si própria, infelicidade.

Bella– É casada há quanto tempo?

Tânia engoliu a saliva deixando de sorrir.

Tânia – Acho que preciso ir Bella, se Anthony acordar e eu não estiver lá poderá se assustar.

Bella concordou.


Bella– Obrigada pela ajuda!

Tânia– Imagina querida...

Bella viu a mulher se afastar e antes que saísse por completo do quarto dizer:

Tânia – Parabéns!

Apontou para os balões do quarto e Bella sorriu, com um aceno de cabeça se despediram, o silêncio reinou no quarto. Bella fechou os olhos por alguns instantes, visualizando em sua mente confusa o rosto do homem deitado na cama do quarto ao lado.

Negou com a cabeça achando-se muito enganada, deitou observando os balões coloridos, tocou seus cabelos e aos poucos foi se lembrando do dia em que os pintara, dela no shopping, fazendo compras, sorrindo e gargalhando de algo e por algo do qual não conseguiu organizar em sua memória.

Molhou os lábios com a língua tentando adormecer. Não conseguiu...

Durante toda a madrugada uma estranha sensação a envolvia, uma estranha magia, sentiu vontade de se levantar de novo, enfim ir para o berçário que tinha sido seu primeiro destino, então desistiu.

Precisava abrir uma porta em sua mente, e precisava com urgência!

***ㅤㅤ


Alice – SURPRESA! PARABÉNS MANINHA, MUITO BOLO E DOCES PARA VOCÊ!

Bella sorriu avistando sua irmã entrar no quarto com um bolo gigante, Charlie logo atrás com um chapeuzinho desses de festa infantil fazia um pequeno barulho com apito em quanto suas mãos liberavam confetes coloridos...

Charlie – Parabéns meu amor, e para comemorar esses anos de vida, uma alta diretamente concedida pelo doutor Marco!

Bella abriu um radiante sorriso recebendo os abraços carinhosos e as saudações de seu pai e Alice que após várias noites bem dormidas estava com um aspecto maravilhoso.

Recebeu os presentes encantada, entrando no ritmo da festa quando Alice colocou um chapéu em si própria e em Bella...

Ali – Jasper mandou-lhe centenas de beijos, e disse que na quarta te enche de beijos!

Bella – Estarei esperando! Obrigada por tudo isso! É simplesmente maravilhoso! As flores, os balões, tudo!

Charlie – Imagina minha flor, agora trate de levantar dessa cama, e vamos convidar a todas as enfermeiras para um gostoso parabéns!

Bella sorriu negando com a cabeça. Rapidamente Alice a ajudou se levantar, Bella com plena firmeza nas pernas vestiu seu roupão e agradeceu a irmã que tinha trazido alguns cosméticos e maquiagens.

Caminhou até o banheiro sobre os confetes e línguas de sogras que seu pai jogava por todo o canto, olhou-se no espelho vendo seu aspecto melhor, por mais que não tivesse dormido a noite inteira se sentia mais viva, estranhamente muito mais viva, feliz, animada...

Franziu a testa observando o brilho de seus olhos, seu interior explodia de felicidade com a animação de seu pai e sua irmã, mais havia algo mais... Sim havia algo mais do qual ela não sabia.

Seu corpo estava diferente, seu rosto, seus olhos, seus cabelos. Com a energia recuperada, fez uma rápida maquiagem se questionando como havia conseguido fazer com tanta rapidez. Penteou os cabelos lisos prendendo com um tic-tac sua franja para trás, agradeceu por Alice trazer cremes, se perfumou se sentindo mais...

Não encontrou a palavra certa, sorriu saindo do banheiro e quase deu um pulo para trás. As enfermeiras, Marco e alguns médicos conhecidos já estavam lá, todos a postos e caracterizados cantando um divertido parabéns.

Sorriu com alegria abraçando seu pai e Alice de uma vez só, contagiada por uma energia positiva que jurou jamais ter sentido, agradeceu um por um...

Marco – Para quem acordou há quatro dias está parecendo que veio nos visitar.

Alice – Vá se acostumando... Bella virou uma mulher vaidosa e tanto. Quando fomos à boate cubana fomos assediadas, quer dizer: ELA! Todos os homens do lugar olhavam para essa mulher!

Charlie fez um careta e logo depois sorriu, juntamente com Flora que agora abraçava Bella com emoção...

Flora – Que bom que está bem menina, seu paciente, o senhor Perez, voltou hoje para uma consulta de acompanhamento, mandou-lhe um beijo e aquelas flores ali.

Bella olhou as flores e abriu um sorriso, franziu a testa se lembrando do senhor Perez, era um idoso maravilhoso com sua filha desatenciosa.

Seus olhos se fecharam automaticamente e levou as mãos sobre a cabeça, franzindo a testa.

Perez – Oh sim...

Bella novamente franziu a testa conferindo-lhe o soro e medindo a febre, sabia que não era sua função mais adorava esses pequenos cuidados.

Perez– Vejo do que fala seu moleque...

Sorriu para... que correspondeu olhando para Bella

– Ela realmente tem um lindo sorriso...


Charlie se aproximou da filha olhando Marco.

Charlie- Querida, está sentindo dor?

Bella abriu os olhos em um pulo com a dor de cabeça sendo substituída por um sorriso que tranqüilizou seu pai.

Bella – Não, estava tentando me lembrar do senhor Perez...

Flora recebeu o agradecimento e o abraço de Bella, assim como as demais enfermeiras que após um pedaço de bolo rápido, retornaram aos seus postos, com Alice recolhendo os pratinhos e a decoração 1 hora após a divertida festinha.

Charlie foi para a empresa, depois de questionar Bella mil vezes, insistindo para que ela fosse para sua casa.


Bella– Não papai, vou para o apartamento. Está tudo bem, preciso me localizar, estou um pouco perdida ainda...

Tinha respondido e não muito satisfeito Charlie havia concordado. Bella agora trocada, vestindo um gostoso e belo agasalho na cor branca, com os cabelos ainda soltos agradeceu a Marco por toda a atenção e dedicação, logo questionando quando poderia voltar a trabalhar.

Depois de muita insistência Marco tinha lhe dito que poderia durante uma semana apenas visitar os pacientes e depois com mais uma semana de descanso poderia voltar a trabalhar com um horário suave e uma boa alimentação. Bella não gostou muito mais, acabou concordando.


Marco – Discutir com paciente que é médica é um saco!

Bella gargalhou divertida...

– Havia me esquecido disso.


Bella – Ah! Até que fui uma boa paciente.


Marco – Sim foi, e sua recuperação foi a mais rápida que já presenciei! Está diferente Bella já havia notado em seus últimos plantões, mais agora... – sorriu.

Seus olhos, estão diferentes!


Alice fingiu tossir e foi inevitável que os dois sorrissem.


Marco– Não estou te jogando charme, apenas estou comentando, conheço essa mulher desde os tempos em que tomávamos pó de guaraná para poder estudar para as provas!

Bella sorriu concordando.

– Mais bem, tenho que ir, pacientes me esperam e já fiz minha boquinha!


Bella agradeceu mais uma vez se despedindo de Marco, Alice fez o mesmo, com o lugar organizado estavam prontas para partir.

Bella- Ali?

Ali – Diga Bella...

Bella – Na boate cubana...

Fechou os olhos e abriu um sorriso confuso para a irmã.

– Na boate quando fomos curtir a noite...

Pegou Bella pela nuca levantando seus cabelos macios e cheirosos, beijando-a no pescoço sem deixar de mover seus corpos com intensidade...

Praguejou baixo largando um gemido quase que desesperado, Bella gargalhou!

 - Está me...Oh Bella...

  Ela sorriu.

- Gostando da aula mi amor?

Bella – Eu fiquei com alguém? Sabe como está minha cabeça e...

Alice sorriu.

Alice – Oportunidade não faltou querida, você se remexeu para valer, mas que eu tenha visto, não... Ficamos só nós duas mesmo, nenhum outro homem.

Bella assentiu não convencida.


Bella– Tem certeza? Porque eu... – voltou a fechar os olhos.

Bella mordeu os lábios e sorriu descendo as mãos provocantemente pelo pescoço e peito... , rebolando junto com ele conforme a música se tornava mais intensa, encaixaram as coxas e foram descendo, descendo, descendo...




Bella – Esqueça... – abriu os olhos sorrindo.

– Vamos? Não vejo a hora de chegar ao meu apartamento.


Alice – Me espere aqui, vou deixar as coisas no carro e pegar seus medicamentos, segura alguns minutinhos eu já volto.

Bella assentiu se levantando, com o tênis nos pés caminhou pelo quarto ainda preocupada.

Novamente passou a língua pelos lábios e notou um gosto diferente, mais doce, mais..

Bella – Está ficando maluca Bella?

Sorriu de si mesma decidindo que não agüentaria mais ficar no quarto, pegou a pequena malinha que Alice havia trazido e apagando a luz deixou o ambiente.

No corredor ouviu o silêncio e o pouco movimento, andou de lá para cá vendo como Alice demorava a voltar.

Viu um médico saindo do quarto ao lado do seu. Ela observou a porta se fechar e olhando para todos os lados como se estivesse prestes a fazer algo proibido decidiu seguir sua intuição. Precisava saber, precisava saber se era realmente o cara que tinha encontrado em Londres.

Entrou no quarto que estava sem nenhum acompanhante, com passos inseguros caminhou até a cama...

Ele já não estava mais imobilizado no pescoço, onde os hematomas eram ainda intensos, se aproximou com lentidão, com seu coração batendo rápido.

Viu novamente aquele rosto e fechou os olhos com rapidez, levando as mãos sobre a cabeça...

Edward despertou rapidamente de um pesadelo.

Com a respiração alterada abriu os olhos muito mais confuso do que andava nos últimos quatro dias, enfim sentiu que sua perna machucada e suas costas pareciam ter melhorado graças aos medicamentos.

O corte acima de sua sobrancelha latejou, tentou subir a mão e por um milagre conseguiu, tocou no curativo. A sensação era que tinha tomado um murro naquele local...

Virou a cabeça se sentindo estranho, com o corpo inteiro formigando e os batimentos cardíacos alterados. Franziu a testa não entendendo o que se passava.

Fechou os olhos mais uma vez, para abri-los logo em seguida, com a certeza que depois aquilo, jamais os fecharia...

Foi então que viu aquela mulher ali, com os olhos fixos nos seus, em um estranho reconhecimento, sentiu que ela percorria sua alma, tentou falar algo mais não conseguiu. Seu corpo tremeu impedindo que se movesse, seus dedos queimaram para tocar aquela face tão perfeita, sua mente trabalhava incansavelmente lhe informando que não era a primeira vez que a via...

Seus olhos brilharam e sentiu-se surpreso por tal fato. Fechou os olhos com força, seu interior era despertado por uma série de sensações e sentimentos que não podia definir.


Ele clamou pelo seu nome ... soube que o final, o ápice de ambos estavam próximos...

- É o bastante?

Ele perguntou com a voz desaparecendo.

Não! Não é bastante!

Ela se juntou ainda mais a ele, aprofundando ainda mais os movimentos.

– Compreende? Sente? Não sei onde você começa e nem onde eu termino.




Ed – Santo Deus!

Exclamou alto voltando a abrir os olhos, ela pareceu também despertar do transe em que os envolvia, deu um passo para trás levando a mão sobre os olhos.

Bella – E-e-uu, eu sinto muito se te acordei...

Deu outro passo para trás, se sentia assustada, por Deus! Se sentia com tanto medo que pensou que fosse chorar como uma criança.

Bella – E-eue, é... Meu Deus! Que diabos está acontecendo comigo?

Ed – Quem é você?

Ela ouviu prestes a se virar e então sair correndo daquele quarto.

De onde veio? Para onde está indo agora?


Bella se virou olhando para ele, tentada novamente a se aproximar da cama voltou para onde estava, próxima a ele...

Ed - Eu te conheço...Seus olhos,conheço...

Bella assentiu com a cabeça.



Bella – Londres acho que... Nos encontramos em Londres.

Ele negou com a cabeça fechando os olhos.



Ed – Não, Sim... Eu não sei, eu...

Voltou a abrir os olhos olhando para Bella com intensidade, havia algo, havia algo em suas emoções que não conseguia explicar.

Bella – Você se sente bem? Quer que eu chame seu médico?

Ed – Eu... Estou sonhando?

Perguntou em um murmúrio, fechando os olhos ao sentir aquelas mãos quentes sobre seus cabelos.

Ed – O que está acontecendo?

Bella tocou o curativo por cima da sobrancelha e se afastou como se o machucado pudesse queimá-la, deu dois passos para trás prestes a sair, ciente da confusão em que havia se metido pelo semblante apavorado do homem deitado sobre a cama. Virou-se e o mais rápido que pode deixou o quarto.
Caminhando como se estivesse bêbada pelo corredor.

Encontrou Alice que preocupada logo perguntou o que estava acontecendo.

Bella – Para minha casa, quero ir para a minha casa, agora Ali...

Alice atendeu o seu pedido, e agora deitada em sua cama, com aqueles lençóis estranhamente quentes quase por lhe queimar a pele, Bella não podia pensar em outra coisa a não ser a confusão que se formava em sua mente.

Olhou o banheiro e a banheira agora vazia.

Apertou os olhos abraçando seu próprio travesseiro, que Diabos estava acontecendo?

(...)

Edward se pôs de pé pela primeira vez depois de um mês.

Olhou Tânia no sofá que dormia profundamente.

Negou com a cabeça sentindo o friozinho de um hospital de madrugada, janeiro havia chegado e durante todo o natal e ano novo havia ficado naquele maldito quarto, precisava sair, precisava tomar o ar puro da manhã!

Sentindo ainda sua perna e braço dolorido fez os movimentos que o fisioterapeuta havia lhe indicado.

Caminhando direto para o chuveiro se despiu rapidamente, deixando a cabeça debaixo do jato quente e forte.

Observando pela primeira vez seu corpo, não havia mudado muita coisa, tirando as marcas do acidente, e a marca da cicatriz da cirurgia.

Apoiou-se nas mãos contra a parede deixando a água quente deslizar sobre seu corpo..

– Sua mãe não te ensinou que é feio ficar bisbilhotando os outros?


Virou-se em direção ao boxe ouvindo sua própria voz.

Franziu a testa fazendo a pergunta que havia feito a si mesmo durante todas as semanas nas quais uma grande bola de confusão se fazia por sua cabeça:

o que fazia no México? O que eram aquelas palavras e conversas sem nexo lhe confundindo a memória?

Virou-se novamente ensaboando o corpo nu.

Sentindo o sabonete mais quente, como se pequenas mãos lhe alisassem todo o corpo.

Se arrepiou por inteiro deixando o sabonete cair no chão, em suas costas podia sentir algo arranhando a pele... Abriu os olhos com força respirando fundo.

Ainda nu saiu do chuveiro quente com o vapor embaçando os espelhos, passou a toalha por ele vendo seu reflexo.

Abriu sua pequena bolsa de itens pessoais fazendo a barba perfeitamente, os cabelos estavam mais compridos.

Com os dedos tentou alisar para trás tendo a imagem mais clara de seu rosto, olhando em seus olhos sentiu vontade de esmurrar o espelho:

o que diabos estava acontecendo?


Ed – É você Edward?

Disse olhando para si mesmo com os olhos brilhando em uma intensidade que não reconhecia, com seu corpo estranhamente vibrando por uma presença que não existia.

Fechou os olhos se apoiando contra a pia, e mais uma vez ouviu murmúrios inteligíveis ao pé de seu ouvido. Murmúrios que lhe arrepiavam os pelos da nuca e faziam seu coração bater de forma acelerada e descontrolada.

Cerrou os punhos sentindo a dor em seus dedos ainda sensíveis, vestiu um roupão e ainda descalço deixou o banheiro se sentindo limpo e aquecido.

Caminhou até a janela onde estranhamente o sol nascia. Abriu um sorriso sentindo uma paz interior gigantesca...

Olhou Tânia que permanecia dormindo, voltou a atenção para o show de cores intensas e quentes que o fenômeno natural do nascer do sol proporcionava.

Pensou que jamais havia visto algo tão belo, trabalhando do jeito que costumava trabalhar eram raras às vezes que tinha a curiosidade de presenciar o nascer ou o pôr do sol.

Uma vida tão cheia de luta e sofrida, por algo que agora que não lhe satisfazia mais.

Molhou os lábios para sentir um gosto doce, logo levou os dedos boca e se perguntou se tinha comido algo antes de dormir, negou com a cabeça e virou para o lado abrindo um sorriso torto. Aliás, pensou consigo mesmo, o que não lhe faltava quando estava sozinho perdido em seus próprios pensamentos eram sorrisos e mais sorrisos tortos.

Voltou a olhar o sol que quase completava seu nascer...


- É o bastante?


Ed – Não! Não é o bastante!

Edward se virou para trás em um pulo, avistando Tânia que arrumava os travesseiros da cama.

Tânia – Tem certeza que não é o bastante? Posso pedir mais travesseiros para as enfermeiras...

Ele franziu a testa se perguntando quando foi que ela havia acordado, e quando foi que ela tinha perguntado sobre travesseiros.

Abaixou a cabeça engolindo a saliva...

Tânia – Anthony? – ela franziu a testa caminhando até ele.

– Está tudo bem?

Ela alisou o rosto dele e sua primeira reação foi afastar as mãos dela.

Tânia percebeu a rejeição e de forma automática seus olhos se encheram de lágrimas...

Ed – Tânia desculpe, não queria...

Ele se calou murmurando uma praga.

Tânia – Está tudo bem, quer mais alguma coisa?

Ele negou com a cabeça, Tânia o olhou ali, com o sol já em seu lugar o iluminando.

Tânia - Sabia que você é lindo?

Perguntou sem querer se arrependendo logo depois.

Tânia – Éé-e... Acho que não precisa mais de mim por hoje...

Ed – Obrigado.

Tânia – Pelo que?

Abriu um triste sorriso pegando sua bolsa de cima do confortável sofá.

Ed – Por ter ficado ao meu lado, por ter cuidado de mim.

Se aproximou dela em passos lentos.

Ed – Sempre serei grato a você por isso... Mais já pode voltar para Londres Tânia, precisa descansar, receberei alta hoje ficarei no hotel em que está até poder viajar... Ela assentiu relutante.

Tânia – O que vamos fazer agora? – ele notou que ela falava sobre ambos.

Tânia – Eu sinto muito Edward...

Ele a encarou, pela primeira vez em anos o chamava pelo primeiro nome.

Tânia– Sabe disso não sabe?

Ele a envolveu em seus braços com um forte abraço, deu um beijo em sua testa.

Ed – Sim eu sei... – foi tudo o que respondeu.

– Vá para casa, descanse. Nos falamos por telefone.

Ela voltou a assentir, com sua bolsa no ombro deixou rapidamente o quarto.

Edward se sentou na cama ouvindo o barulho do salto, não conseguindo mais dormir ligou a televisão em um canal a cabo, se distraiu nem percebendo as horas que se passavam depressa.

Bella massageou os olhos após dar a última assinatura e dar alta ao último paciente de trauma.

Havia insistido e fazia quase 12 horas que estava no hospital, sorriu para uma paciente que havia acabado de chegar em trabalho de parto com o marido todo atrapalhado e assustado.

No último mês havia tratado de arrumar sua vida e suas coisas, tinha tratado de continuar de onde havia parado sem se importar com o que ainda lhe perturbava.

Havia considerado coisas de sua cabeça diálogos e vozes que ouvia em determinadas horas, estava fazendo acompanhamento com uma psicóloga, recomendação de Marco que havia dito que havia ficado balançada com a experiência de quase morte.

Sorriu negando com a cabeça, havia encontrado tantas coisas diferentes em si mesma nesse último mês que se perguntou o que de revolucionário tinha acontecido em sua vida para que mudasse de tal forma.

Viu o simpático idoso que cuidava da manutenção do hospital.

Bella – Seu Lazaro? – ele logo lhe deu atenção

– Bom Dia.

Lazaro – Bom dia Doutora, em que posso ajudar?

Bella – Gostaria de saber se o senhor conhece algum chaveiro bom? Perdi a chave da minha escrivaninha, e não consigo abrir a primeira gaveta, como todos aqui vivemos perdendo as chaves dos nossos armários e é o senhor que sempre chama o chaveiro, pensei que poderia me dar uma boa referência.

Lazaro – Eu mesmo vou lá, fique tranqüila, só me dizer quando.

Bella abriu um sorriso, agradeceu a simpatia e a atenção do idoso, marcaram pela tarde desse mesmo dia.

Renan o médico residente e experiente do hospital lhe chamou, Bella sorriu, tinha se tornado mais próximos durante as últimas semanas.

Renan – Bella será que poderia me fazer um favor? – Bella assentiu.

 – Minha mulher ligou agorinha dizendo que Lola está com febre.

Bella se preocupou, Lola era a filha mais nova do casal.

Bella – Mais ela está bem?

Renan – Sim acho que está mais conhece Mabel, se preocupa como se o mundo fosse acabar.

Bella sorriu concordando.

Renan - Iria subir agora para dar alta ao meu paciente da internação dos apartamentos, já está tudo pronto, apenas preciso ir lá e liberá-lo, mais agora não tenho tempo, preciso correr para casa, será que poderia assinar para mim?

Bella– Mais é claro Renan. Ele já foi examinado?

Renan – Sim, sim, passei lá no começo do meu plantão, recebi alguns exames e está tudo bem, é só assinar à alta e liberar.

Bella – Ok, sem problemas!

Renan – Obrigado Bella, obrigado mesmo!

Bella sorriu.

Bella – Imagine, agora ande vá! Mabel ligará mais uma vez se demorar mais alguns minutos...

O médico sorriu, após mais um agradecimento seu celular tocou e correndo até o estacionamento o atendeu.

Bella negou com a cabeça pegando a prancheta do paciente de Renan sem nem mesmo olhar o nome.

Pegou o elevador se lembrando do almoço na casa de seu pai, a festa finalmente tinha sido remarcada e Alice não cabia em si de animação.

Chegou ao andar dos apartamentos, e logo reconheceu que era o mesmo andar onde tinha ficado internada. Na recepção, explicou a situação para a recepcionista que logo entendeu e disse que não teria nenhum problema.


Recepcionista – Ok Doutora Bella, é o quarto logo ao lado em que ficou.

Bella franziu a testa, pegando a ficha que Renan tinha lhe entregado, leu o nome e rapidamente as velhas e confusas sensações que havia tratado de esquecer ocuparam sua mente.

Bella – Tem certeza que é o mesmo paciente?

Apontou para o nome e a moça rapidamente leu com um sorriso nos lábios

Recepcionista – Sim, o senhor Masen! Sei que não podemos mais, nossa ele é lindo, não é? Já viu aqueles olhos, parece que vão te devorar por inteira!

Bella abriu um sorriso distante engolindo a saliva, agradeceu a recepcionista caminhando até o quarto que foi indicado.

Agora lendo a ficha notou que a melhora do paciente tinha sido lenta, os medicamentos eram fortes antibióticos e que ele tinha permanecido mais de 1 mês em tratamento intensivo.

http://www.youtube.com/watch?v=ie3I7AuLAhs

Lifehouse - You And Me

Bella engoliu a saliva que se produzia incontrolavelmente em sua boca.

Caminhando em passos não confiantes até o quarto, bateu na porta aquela voz lhe mandou entrar. Por algum motivo sua mão parou ao girar a maçaneta, seu estômago estava em cólicas e se retorcia com intensidade, enfim abriu a porta.

Bella – Bom dia! Sou a Doutora Isabella e vim lhe dar alta...

Ela não pode e nem conseguiu continuar falando...

Ele estava de costas terminando de colocar uma camisa pólo preta, Bella observou as costas desnudas e seu ventre formigou repentinamente...

Ed – Desculpe, mais é que...

Edward se calou engolindo a seco, a troca de olhares intensa e inexplicável aconteceu mais uma vez. Deixando Bella tão perturbada que franziu a testa puxando o ar dolorosamente bela boca.

Ele deu um passo para frente terminado de abaixar a camisa queria dizer algo mas, as palavras estavam perdidas em sua boca.

Bella – Seu médico teve uma emergência familiar e me pediu para que eu desse sua alta.

Ele concordou com a cabeça sem saber ao menos do que ela falava, estava perturbado demais para isso, passou a língua pelos lábios...

Bella – Sente-se bem senhor Masen?

Ela murmurou como uma tola, sentindo sua voz falhar miseravelmente na intensidade que as batidas de seu coração se tornavam cada vez mais rápidas...


- Ok, eu desisto, sou médica e não moro com o papai.

Ele sorriu, deixando a caneca em cima da mesa.

- Eu disse. Médica Uáuu !


Ed – Eu-eu...

Ele abriu os olhos confusos, levou a mão sobre a cicatriz que tinha sobre na sobrancelha, deu mais um passo para frente e Bella se afastou.

Ed – É você não é? A moça, daquela madrugada no hotel?

Bella tentou mais parecia impossível desviar os olhos dele naquele momento.

Com o rosto limpo de hematomas, os cabelos despenteado com os dedos daquela forma maravilhosa, era impossível que enganasse a si mesma dizendo que não o conhecia, assentiu e ele deu mais um passo para frente

Ed – Sabe me dizer o que aconteceu comigo? Sei que é insano... Mais você foi à última pessoa que me lembro de ter visto, e foi a primeira da qual lembrei quando acordei... Sabe se eu estava com você quando sofri o acidente? Sabe me responder por que não fui socorrido em Londres e sim aqui? Eu sei, eu sei que parece loucura mais eu juro por Deus... Eu juro por Deus que tenho ouvido a sua voz.

Bella permaneceu parada, sem mover um único músculo. Seu coração batia com tanta força que desconfiava que algo não estava normal em seu organismo, o sangue parecia ferver correndo por suas veias, seu corpo foi invadido por um forte arrepio que fez com que ela fechasse os olhos.


“Eu juro por Deus que tenho ouvido a sua voz

Ele tinha acabado de dizer, e agora, escutando aquelas palavras em um sussurro assustado como o seu, desconfiava que houvesse também ouvido a voz daquele homem.

Voltou a abrir os olhos para encontrar ele a encarando, com os olhos fixos nos dela de forma que o contato não poderia ser quebrado nem se o mundo tivesse o seu fim.

O que estava acontecendo?’

Edward se perguntou ao notar a misteriosa mulher a sua frente sem emitir uma reação. Seu coração batia tão rápido e seu corpo inteiro dava sinais de alerta de maneira intensa, passou as mãos nos cabelos engolindo a saliva, era real?

Ela era real?’


Porque seu corpo reagia de forma tão intensa e insana a uma desconhecida?

Apertou os olhos se lembrando deles em um café, logo após eles se despedindo na frente do hotel. Então ele virava dava um sorriso virando a cabeça para trás tentando olhar para ela mais uma vez enquanto atravessava a rua e então...

Abriu os olhos rapidamente, mantendo o contato inatingível e inexplicável de seus olhares.

Bella – Não sei... – por fim conseguiu responder.

– Não sei o que houve com você, e nem sei o que houve comigo... – franziu a testa.

– Lembro que me deixou no hotel, se despediu e nunca mais voltei a vê-lo até quando acordei aqui.


Ed – Acordou?

Bella – Sim... – praguejou, sua voz estava trêmula.

– Fiquei inconsciente durante vários dias, estava no quarto aqui ao lado, ao seu.

Ed – Então aquela noite, era mesmo você?

Bella abaixou a cabeça assentindo, Edward por fim conseguiu se mover, andando de um lado para o outro com uma terrível dor de cabeça enquanto Bella permanecia ali, tão perto da parede, assustada demais para conseguir fazer algum movimento.

A tensão percorria todos os ossos do corpo dele.

Ed – Eu não consigo entender... – ele negou com a cabeça.

– Como vim parar aqui e... – ele olhou para ela.

–Você está pálida!


Bella tentava a todo custo recuperar a respiração, sua cabeça girava de forma tão intensa que pensou que iria desmaiar, ele se aproximou e ela deu mais um passo para trás se colando de vez na parede.

Edward novamente franziu a testa confuso.

Ed – Não vou te machucar!

Mesmo assim ela continuou se espremendo contra parede...

Bella – Estou bem... Apenas, eu apenas...

Ele se afastou e Bella se sentiu mais à vontade, não por muito tempo. Encontrando um par de olhos verdes sobre ela, um par de olhos que pareciam fazer algo conhecido, um par de olhos que investigavam a alma...

Ed – Disse que ficou inconsciente por vários dias... Por quê?

Bella – Não sei, meu pai e minha irmã me encontraram no meu apartamento e...

Se calou, porque diabo estava respondendo a perguntas de um estranho?’

Bella – Senhor Edward, preciso... Preciso assinar sua alta.

Ele assentiu terminando de pegar suas coisas, tão ausente e alheio, e ao mesmo tempo ciente da presença tão significativa da mulher ao seu lado.

Bella – É casado...

Bella deixou escapar e na mesma hora ele a olhou.

Ed – Nunca disse que não o era.

Bella – Na verdade, não me disse muita coisa.

Ed – Um serial Killer não diz muito sobre si!!

Ela se arrepiou deixando escapar um sorriso bobo de seus lábios, viu que ele anotava algo em um papel e deixava em cima do travesseiro.

Ed – Estou de alta?

Bella – Sim, está sim. Mais sabe que deve manter a fisioterapia e o acompanhamento médico? – ele assentiu.

– Então está livre.


Edward pegou sua pequena bolsa caminhando para porta.

Ed – Deixei meu telefone anotado no papel... – apontou para o travesseiro.

– Se você se lembrar de algo, de algo que me explique o que vim fazer aqui.

Bella – Já lhe disse que me despedi de você e não voltei a vê-lo.

Ele sorriu e negou com a cabeça.

Ed – Impossível Bella.

Bella – Impossível por quê?

EdImpossível! Porque você também tem ouvido a minha voz.


Ele deu as costas saindo do quarto, desaparecendo pelo corredor conforme caminhava em passos longos e seguros.


Bella levou a mão sobre o coração deixando cair a prancheta de sua mão...


– Não entendo porque está tão nervosa.
– Não vai dormir na minha casa.

– Não deve ter medo do que eu faça...
– Tenho medo do que eu possa fazer...



Caminhou até a cama pegando o pedaço de papel de cima do travesseiro.

Edward, 8965 – 4712. É o bastante?


Bella – Não...

Murmurou negando com a cabeça, tendo a plena consciência de que algo estava errado. 

-Não é o bastante!


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Notas finais do capítulo

Entonsissss É O BASTANTE PARA VCS?

Dúvidas?

Volto a repetir: "Eu não sou a autora da fic, essa fic pertence a Mandy." Isso aqui não uma adaptação de livro e sim de uma fic.

O que eu faço com a fic? "Adapto para nossos personagens favoritos, adiciono mais diálogos, reescrevo algumas coisas que ficaram enroladas para dar maior entendimento para vcs."

O que eu Vivi escrevo? " As cenas quentes (lemons, hentai... como queiram), a cena da boate cubana foi eu quem escrevi a parte da dança deles, e algumas que ainda vou escrever... rsrsrsrs."
Mais todo o contexto da estória é da Mandy, eu lapido e lustro para que brilhe.

bjokassss moças. ;D