Encontro Marcado Finalizada escrita por vivimaciel, Amy Kawaii


Capítulo 17
Capítulo 17 Continuação...


Notas iniciais do capítulo

Fiquei tão feliz com os reviews recebidos.

Assim como eu, muitas ficaram emocionadas...

Entonsisss vou deixar mais post, para saber o que vcs acharam, oks?

:)


PS:Em itálico pensamentos ou lembranças.



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Relembrando...

Bella piscou longamente escutando o som da sua voz ficando longe e modificado.

O quarto agora continha imagens distorcidas e borradas sendo substituído por um campo verde e extenso,

O abraçou ainda mais, sentindo que ele retribuía, sentindo ele contra si de forma intensa, apertando-a em seus braços como se também não quisesse soltá-la...

http://www.youtube.com/watch?v=RqzgjZlRKho&feature=fvsr

Lifehouse- Everything

Entregou-se completamente vendo que o céu azul agora não tinha nem sinais de nuvens. Os pássaros sobrevoavam o céu limpo, o cheiro de flores era tão delicioso como a vista do campo em diversas cores e tamanhos.

Bella sorriu colocando a mão sobre os olhos, os protegendo do sol forte que não dava nada além de uma sensação agradável de calor. Seus cabelos voavam conforme o vento forte soprava, olhou para seus pés descalços e sorriu quando alguém chamou seu nome.


Era uma moça, uma moça loira, com os olhos de um azul tão intenso que Bella se perguntou se eram realmente de verdade...
Ela estendia a mão e sem nem mesmo hesitar Bella tinha aceitado.

Correram pelo longo campo que não parecia ter fim, quando por fim pararam.

Bella sorriu ao ver uma mulher de pé no meio do campo das flores que acenava para ela. Com a mão protegendo os olhos do sol, da mesma forma que ela mesma havia feito, acenou de volta abrindo um sorriso caloroso.

Olhou para seu lado constatando que a linda moça de olhos azuis já não estava mais com ela.
Caminhou para frente, em direção a mulher tão linda, com os cabelos tão brilhantes que agora lhe chamava.

Se aproximou e ao reconhecer o rosto em um contorno perfeito começou a correr, correr para os braços daquela
doce mulher.

Sua mãe Renee

Sua mãe que agora a recebia nos braços com um sorriso tão radiante e caloroso que parecia ter o brilho maior e mais quente do que o do sol.

Abraçou-a apertado, sentindo uma emoção tão grande quando abriu os olhos...

E lá, quase no fim do horizonte alguém a esperava!!

Ainda se sentindo aquecida percebeu que nenhum braço mais a embalava.

Procurou por sua mãe e a encontrou caminhando com algumas flores na mão indo em direção, onde a moça loira tinha ido. Renee virou-se mandando um beijo, acenando com aquele mesmo sorriso maravilhoso.

Bella acenou para ela voltando olhar para frente, onde milhares de pessoas agora estavam paradas em vários lugares, observando-a com o semblante tão calmo que Bella sentiu uma paz interior gigantesca.

Deu seu primeiro passo e viu uma moça muito familiar, com os olhas tão intensos e brilhantes quanto a criança que estava ao seu lado.

Alguns estavam sentados no chão, parados, apenas observando-a passar.

Bella sorriu para uma garotinha que havia cruzado seu caminho para correr para os braços de um homem mais alto, que abraçado com uma linda mulher fez questão de lhe sorrir.

Retribuiu o sorriso e o vento quente novamente soprou contra seus cabelos tão compridos...
Avistou novamente o final do horizonte e correu com o vento batendo na face, com o sol aquecendo sua alma.

Algumas mãos acenava alegremente para ela agradecendo algo que Bella não fazia a mínima idéia do que era...

No caminho viu um homem sentado.

O único que não sorria alegremente e nem lhe acenava com agradecimento.

Os cabelos eram da cor cobre, os olhos verdes, olhos que ela tinha certeza que já havia visto antes, olhos que já havia percorrido sua alma.

Parou de correr intrigada com o olhar que ele lhe lançava, seu nome foi chamado mais uma vez, mas não conseguiu continuar correndo em direção ao chamado...

Algo naquela figura masculina atraia sua atenção.

Abriu um sorriso caminhando indo até ele, que pareceu surpreso com tal atitude de Bella.

Então seu nome novamente foi chamado, sua atenção foi desviada e mais uma vez, o homem a pouco em sua frente desapareceu... Mas, o avistou caminhando entre as pessoas olhando para ela sobre o ombro... Bella acenou para ele mais não obteve retorno, sorriu para um lindo bebê que no colo de sua mãe abriu um maravilhoso sorriso tentando tocar os cabelos da mulher que o embalava nos braços.

Mais uma vez ouviu um agradecimento, voltou a caminhar para então correr até onde seu nome era chamado.

E lá estava ele novamente, na ponta da linha do horizonte onde com cores magníficas parecia ser a casa do sol...

O mesmo homem de poucos segundos atrás, porém agora ele sorria. Sorria com uma enorme e conhecida fascinação que Bella tinha certeza que conhecia de algum lugar.

Ele estendeu a mão e ela aceitou de imediato.
Fechando os olhos por alguns segundos quando suas mãos se tocaram adquirindo um brilho estranho. Sentiu aquela mesma paz triplicar.

Por cima de seu ombro viu o mesmo homem caminhando sério junto às pessoas espalhadas pelo campo que agora se despediam com risadas gostosas e apaixonantes...


Virou para frente vendo que o cenário começava a mudar. Seus pés agora sujos de barro não pisavam mais na grama macia e quente.

O céu começava a se escurecer de forma rápida...

Apertou mais firme a mão que segurava a sua.


Olhou para ele... Vendo que ele permanecia sorrindo, com tranqüilidade.

Sorriu também não imaginando o que mais poderia vir pela frente.

Olhando para lado constatou que a figura idêntica do homem que segurava sua mão já não se encontrava mais lá.

Entraram em um local que deveria ser uma grande casa, vazia, com portas altas e brancas, com camas por todos os lugares.


Entraram em uma das portas e ele a sentou em uma das camas...

- Perguntas?

Bella – Sim.

Abriu um enorme sorriso

BellaQuem é você? De onde veio? Para onde estamos indo?

Não obteve resposta, apenas um sorriso radiante e o mais deslumbrante do que qualquer outro que tinha visto e sentido no longo caminho que havia percorrido...

Bella- Onde eu estou?



- De volta, você está de volta.


Bella franziu a testa não entendendo.

Olhou o lençol branco deslizando a mão sobre ele, o travesseiro alto, rapidamente o ambiente começou a adquirir um calor estranho.

Cores se tornavam mais fortes e barulhos interrompiam o silêncio tão calmo no qual se encontravam.

Virou-se para o homem ao seu lado constatando que não havia mais ninguém, do lado de fora do lugar onde estavam.

Por um vidro viu novamente Renee, que lhe sorria com os cabelos compridos pelos ombros. Retribuiu o sorriso sentindo um sono incontrolável.

Observou a cama e deitou-se nela, sentindo sua cabeça confortável no travesseiro tão branco quanto o lençol.

Algo apitava no final de sua mente tão sonolenta.


Não deu atenção.

No canto do quarto novamente avistou o homem do sorriso deslumbrante.

Franzindo as sobrancelhas não teve forças para perguntar quem ele era.

Fechou os olhos suspirando, sentindo seu corpo amolecer por completo antes de entrar em um sono profundo...

Abriu os olhos rapidamente sentindo algo lhe apertar os dedos.

Piscou novamente murmurando algo que nem ela mesma soube o que era...


- Oh Bella, Graças a Deus! Graças a Deus! Papai, papai, ela acordou, papai ela acordou!


Bella olhou o rosto conhecido ao seu lado, engoliu a saliva sentindo uma dor forte na garganta.

Tentou se mexer mais seu corpo dolorido protestou.


Voltou a fechar os olhos, completamente confusa...


- Ohhh Deus! Obrigado senhor! Obrigado... Meu bem, abra os olhos querida, abra os olhos filha...

- Não pode fazer isso!

- Não é questão de querer, está decidido...

- Sabe o que vai fazer não sabe? Sabe que pode ir, mais perde tudo o que tem, perde a eternidade, a gratidão da humanidade...

- Já não me interesso mais pelo tempo de existência ou pela gratidão... Eu tenho uma escolha, e é essa que farei.

- Estará propenso a todas as coisas daquele inferno, sabe disso? Sabe que não sobreviveria nem um dia sem ser o que realmente é, tem o poder da vida em suas mãos...

- Não! Não tenho o poder da vida, somente tenho o poder de tirá-las...

- Foi loucura o que fez nesses últimos 10 dias, é loucura que queira levar isso adiante!

-
Lá as coisas são diferentes...

- Não vai poder sentir e sorver sentimentos e pensamentos...

- Não estou interessado nisso...

- Não pode roubar a vida daquele homem...

- Se sou eu que decido quem vai ou quem fica minha decisão é que ele vá.

- E o que você faria? O que faria você em relação aquela mulher? Viu como foi, viu quando ela passou por aqui...

- Em relação aquela mulher, faça o seu trabalho Destino. Pois sei que você sabe que eu tenho um encontro... Um Encontro Marcado com ela.

- Não sei que caminho foi traçado a você...

- Tratará então, de traçar um!

- As coisas não funcionam assim... Ficou lá tempo o suficiente para matar sua curiosidade, deixe de besteira...

- Quando se é humano por 10 dias... Não há como matar a curiosidade! Há sempre mais e mais...

-Olhe para ela, não vai se lembrar de você!

- Talvez eu não espere que ela se lembre de mim...

- Adquiriu o costume de mentir, como é que se fala? Senhor Killer? Lá pode fazer o que bem achar, mais aqui há Homens que possuem responsabilidades tão fortes como a sua. Jamais pensei que algo assim poderia acontecer!

- Acredite que eu também não.

- Se for, não poderá voltar reclamando seu lugar. Se voltar, será como os outros. Andará pelo campo... É o mais velho de todos nós, como pode ser capaz? Como pode trair sua existência e essência dessa forma? Isso é vergonhoso...

- Defina vergonhoso.

- Está tudo bem Bella, fique calma, sua garganta dói por causa do tubo respiratório, espere o médico, não fale, não fale filha... Alguém por favor! Minha filha acordou...

Bella – Papai...

Charlie - Sim filha, estou aqui, não fale, não fale...

Bella – O que houve ?

Ela levou as mãos ao rosto e a cabeça, que latejava com tanta força que a obrigava a fechar os olhos devido à claridade.

– A luz...

Charlie– Sim, apague a luz Alice... Você se sente bem, filha?

Bella – Minha cabeça... – levou a mão à cabeça, sentindo o corpo totalmente dolorido.

– Minha cabeça dói...

Charlie– Sim querida, sabemos que dói...

http://www.youtube.com/watch?v=ykOQy03JT_c

Switchfoot - "Learning To Breathe"



Bella– O que houve, onde eu estou?

Charlie – No hospital, querida.

Alice – A encontramos a tempo...

Bella – A tempo do que?

Alice e Charlie se calaram, rapidamente o médico entrou e algumas enfermeiras vieram junto, Bella franziu a testa reconhecendo o médico sorridente...

– Marco?

Marco – Acho que memória não é um problema... Seja bem vinda de volta Bella, nos deu um susto e tanto!

Bella piscou longamente sentindo-se completamente enjoada, abriu os olhos novamente olhando o quarto que se encontrava, reconheceu rapidamente o hospital onde trabalhava.

Bella – Que dia é hoje? Desde quando estou aqui?

Charlie – Faz uma semana querida. A encontramos no seu apartamento, por algo que só Deus! Sabe, senti que alguma coisa estava acontecendo...Pensei que te perderia filha!

Bella franziu a testa ao ver os olhos repletos de lágrimas de seu pai, o semblante cansado, procurou em sua mente o dia de seu apartamento mais não conseguia se lembrar balançou a cabeça sentindo suas costas queimarem...

Marco – É um milagre de verdade estar viva Bella. Alguém lá em cima intercedeu por você...

Bella - O que houve Marco?


O médico olhou para Charlie que olhou para Alice até os três baixarem a cabeça em silêncio.
Bella apertou os olhos sentindo as pálpebras pesadas...

Bella- Marco, perguntei o que houve?

Marco – Não sabemos Bella, ainda não sabemos...

Alice levou as mãos sobre os lábios não suportando a emoção, sentou-se na poltrona ao lado levando a mão sobre os olhos já cheio de lágrimas...

Marco – Não temos um diagnóstico concreto, nunca tivemos algo em relação ao seu caso Bella.

Bella – Sim eu sei. – apertou os olhos

– Me sinto confusa...

Marco – É normal, passou vários dias desacordada.

Bella – Não me lembro de estar no meu apartamento...Não me lembro de...

Charlie– Não faça força Bella, Marco disse que é normal.

Bella – Estava voltando de Londres e senti uma dor de cabeça no banheiro do aeroporto e então fui até sua casa e...

Charlie – Não faça força querida, fique calma, fique relaxada !

Bella – Não papai...

Levou a mão na garganta que a incomodava de forma intensa.

Bella- Eu estou tão confusa, eu...

Charlie franziu a esta olhando Alice.

Bella– Eu, eu não... A festa? A nossa festa...

Fechou os olhos novamente, sentindo a cabeça latejar com o barulho que se fazia no corredor...

***


- Ahhhh Graças a Deus! Graças a Deus que chegaram. Como ele está? Já acordou? Já avisaram a polícia, os detetives?

- Sim senhora Masen, já foram todos avisados.

- Aquele bando, bando de incompetentes! Fazem mais de duas semanas que achei que havia perdido meu marido, e o encontro em um hospital no México! Irei processar a todos, espere só, espere que Anthony acorde!

***


Bella pode ver através do vidro a moça alta, magra e loira, com os olhos de um azul tão intenso que se perguntou se eram reais, ela estava alterada, mais seu rosto se mantinha tão corado como se estivesse passeando em baixo do sol...

Charlie – O que está acontecendo?

Marco – Não sou o médico do caso, mais pelo que ouvi hoje... Chegou um paciente transferido de um hospital do interior do México, o cara estava desaparecido há duas semanas em Londres, sem a mulher ter notícia, pensou que ele estava morto, mais pelo diagnóstico estava em coma profundo e acabou de acordar...

Alice – Talvez hoje seja o dia dos milagres.

Charlie– Sim talvez seja...

Bella – Como aconteceu Marco?

Charlie – Não sabemos filha.

Alice – Disse ao médico que passamos um pouco dos limites na sexta feira...

Bella– Sexta feira?

Alice – Sim Bella! Na sexta fomos à boate cubana se lembra?

Bella fechou os olhos, se lembrando de dançar com Alice com o copo de bebida na mão.

Bella– Sim, mais ou menos... E...

Suspirou sentindo-se sonolenta, virou a tempo de ver a enfermeira aplicando algo em seu soro.

Marco – Durma Bella, está confusa de mais, precisa descansar.

Bella– Quem estava com a gente? Jasper? Era Jasper que estava com a gente?

Alice negou com a cabeça com a testa franzida, alisou os cabelos da irmã.

Alice – Não querida, estávamos sozinhas.

Bella olhou a irmã pela última vez, molhou os lábios secos com a língua antes de novamente adormecer.

Marco – É normal que ela esteja confusa, senhor Charlie.

Charlie que observava a filha assentiu para o médico.

Alice – Vá para casa papai.

Marco – Os dois podem ir para casa, tomem um bom banho, durmam durante várias horas, Bella está bem, fora de perigo, irá dormir mais um pouco e quando acordar não se sentirá tão confusa.

Relutantes, porém, agora convencidos pelo médico Alice e Charlie decidiram ouvir as recomendações, estavam todos realmente cansados. Com um beijo na filha e na irmã ambos deixaram o quarto.

Marco fez as anotações no prontuário de Bella receitando alguns medicamentos, olhou para ela acariciando seus pés...

Marco – Fique boa logo! Há vidas chamando por suas mãos.

***


- Graças a Deus que acordou querido... Eu procurei tanto por você!

Edward abriu os olhos lentamente, a claridade irritava seus olhos de tal maneira que obrigou a fechá-los mais uma vez, sua garganta estava seca como se tivesse comido um pedaço de corda.

Suas pernas e suas costas doíam tanto que pensou que jamais seria capaz de se mover novamente. Tentou abrir os olhos mais uma vez e dessa vez obteve sucesso.

‘Droga, onde estava?’

‘O que havia acontecido? Que dia era hoje?’



Tentou respirar mais fundo e seu peito protestou com uma pontada aguda.

– Fique calmo querido, já chamei o médico.

Reconheceu de imediato a voz de Tânia, porém não conseguia assimilar completamente o que ela dizia.

Palavras, flashes e sussurros desorganizavam sua mente.

Sentiu um tremendo enjoou.

Que Diabos estava acontecendo?’

Com os olhos abertos olhou o local onde estava, um hospital. Seus lábios doíam tanto quanto os olhos, tentou subir a mão mais logo percebeu que estava imobilizada, como seu pescoço e uma de suas pernas, a que mais lhe doía.

Tânia novamente disse algo que os ouvidos dele abafaram.

Fechou os olhos novamente...

- Alguém, alguém chame a ambulância, ele foi atropelado!.

- Acho que ta morto! O cara voou alguém chame por socorro rápido, ele ta sangrando demais, avisem...
ㅤㅤ

Voltou a abrir os olhos franzindo a testa, vendo dois rostos ao seu lado...

- Bom dia senhor Masen, como se sente?

Edward tentou engolir a saliva mais sua garganta tão dolorida o impediu, soltou um gemido de dor.

– Se não estiver em condições de falar, faça gestos. Sou o Doutor Montenegro, recebi seu histórico quando chegou pela madrugada no hospital. Sabe onde está?

Edward negou com a cabeça.

Dr Montenegro – Está em um hospital no México. Sofreu um grave acidente, foi atropelado.

Ed – México?

Dr Montenegro – Sim no México. Não sabemos direito o que aconteceu, sua esposa disse que estava desaparecido há mais de duas semanas.

Ed – Duas semanas? Mas... – a luz incomodou seus olhos novamente.

– A luz, apague...


Tânia rapidamente correu até o interruptor apagando a luz, voltando para o lado de seu marido.

Dr Montenegro – Não sabemos como chegou até aqui senhor Masen, chegou essa manhã de um hospital do interior do México que não conhecemos ainda em coma, e pela manhã, logo quando amanheceu o senhor acordou.

Ed– Eu não entendo... Eu estava em Londres, estava com a moça...

Tânia – Que moça?

Edward voltou a abrir os olhos observando os olhos tão azuis pelos quais

Exigiam-lhe uma resposta.


Dr Montenegro – Sem perguntas, senhora Masen. É normal que esteja confuso, é uma sorte que esteja vivo senhor Masen, sofreu diversas fraturas, alguém lá em cima intercedeu pelo senhor.

Tânia – Ele vai ficar bem? Vai andar? Vai ter alguma seqüela?


Dr Montenegro – Ainda não temos certeza, mas a recuperação será lenta e dolorosa. Não há nenhuma fratura por incrível que pareça, que tenha o deixado imóvel senhor Masen. Vários ossos foram quebrados e vários hematomas também por todo o corpo, principalmente no rosto...

Edward assentiu, a intensidade que todas as partes de seu rosto doíam, com toda certeza talvez fora a mais prejudicada.

Dr Montenegro – Os hematomas vão desaparecer, creio eu que ficará apenas com a marca de alguns pontos que tomou acima da sobrancelha, foi o corte mais profundo.

Edward apertou os olhos se sentindo ainda mais confuso, havia uma porta de lembranças em sua mente, se via ali de pé em frente a ela, tentando abri-la mais algo a trancava com total empenho que sugava todas as suas forças fazendo ele voltar para realidade.

Tânia – Quando poderemos voltar para Londres ? – acariciou os cabelos do marido.

– Quando ele ficará bom para irmos embora do México?


Dr Montenegro – Mais algumas semanas, até que todos os pontos cicatrizem para que possamos tirar novas radiografias, fazer novos exames, perdeu muito sangue, foi feita uma transfusão mais precisa se recuperar com toda calma senhor Masen, foi um acidente e tanto!

Ed– Que dia é hoje?

Dr Montenegro – Estamos no Domingo, já é seis de Dezembro, mais de duas semanas depois do seu acidente, descanse senhor Masen.

Edward assentiu envolto por um sono pesado, olhou Tânia que o observava com as sobrancelhas franzidas, alisando os cabelos dele...

Ed – O que faz aqui? – perguntou com a voz sonolenta.

Tânia – É meu marido Anthony! Não te deixaria sozinho por nada.

Ed – Agora é a mocinha Tânia? Já fez sua cena de mulher preocupada essa manhã?

Tânia não teve tempo de responder, tirou as mãos do cabelo de Edward como se o mesmo pudesse queimar suas mãos. Afastou-se sentando na poltrona ao lado da cama, ele já tinha adormecido, levou as mãos sobre os olhos e pelas duas últimas semanas, chorou.

***

Bella abriu os olhos assustada, podia sentir o suor escorrendo por sua testa, engoliu a saliva necessitando de beber água. Moveu suas pernas se sentiu mais firme, olhou para a mesinha ao seu lado notando a jarra completamente cheia.

Faziam mais de três dias que havia acordado, sentiu segura o suficiente para tentar dar alguns passos, com muito custo colocou as penas para fora, levando a mão sobre os olhos onde sua cabeça latejava ainda de forma intensa.

Se serviu de um grande copo de água, aliviava sua garganta não mais protestar, observou o quarto cheio de balões coloridos e flores por todos os lados. Abriu um sorriso fraco, dia seis de dezembro, era seu aniversário...

Pelo que havia percebido, tinham colocado tudo em quanto ela dormia. Na certeza de que não acordaria pela madrugada como tinha acontecido nesse exato momento, bocejou pegando seu roupão em cima da poltrona ao lado da cama.

Com cuidado apoiou os pés no chão pela primeira vez depois de tanto tempo, sentiu o chão frio entrar em contado com a sola quente de seus pés, apoiou-se na cama dando firmeza às pernas, precisava ir ao banheiro...

Em passos lentos, escorando a mão na parede caminhou até onde fez suas necessidades como principalmente escovar os dentes. Olhou-se no espelho pela primeira vez e se assustou com o que viu.

Seus cabelos estavam castanho-avermelhados...

Arregalou os olhos tocando-os, a franja lisa sem nenhum penteado que escorria por seus olhos era de um castanho ainda intenso, as pontas bem cortadas, o corte em si em um modelo moderno, completamente diferente de tudo o que poderia ter feito.

Edgar – E aí honey, mudança radical?

Bella sorriu animada se olhando no espelho, vendo o modelo cansado e frio de si mesma

Bella – Sim, radical!

Piscou os olhos balançando a cabeça, jogou água fria no rosto decidindo que bom mesmo seria caminhar, sair daquele quarto apenas por alguns minutos, ninguém notaria sua falta, na verdade desconfiava que Marco tivesse suspendido o remédio para que dormisse durante longas horas.

Procurou por um par de chinelos e os encontrou ao lado da cama.

Fechou bem o grande roupão de seda que vinha até seus pés, tirou a franja dos olhos caminhando até a porta, sentindo suas pernas cada vez mais firmes para fazer tal façanha.

No corredor ouviu o silêncio, negou com a cabeça... Estava em um dos apartamentos, seu pai jamais a deixaria ficar em um dos quartos do PS

Ainda apoiando-se na parede deu mais alguns passos na direção do final do corredor. Lembrava-se que o berçário não ficava tão distante, adoraria passar alguns minutinhos com os bebês, as enfermeiras a conheciam e na certa não achariam ruim e nem a dedurariam para Marco, seu pai ou Alice.

Voltou a caminhar com passos cuidadosos, ciente da confusão que estava sua mente nos últimos 3 dias.

Conforme Alice ia falando de fatos ela se lembrava, acompanhava o raciocínio da irmã até que novamente algo lhe bloqueava, era como uma porta, que ela tentava com força abri-la, mas era impossível, sugava todas as suas forças e fazia com que voltasse do ponto de partida.

Tomou um susto quando a porta do quarto logo a frente se abriu rapidamente. Sobre saltos altíssimos uma mulher saiu de lá rapidamente, caminhando com bastante pressa rumo à saída.

Franziu a testa achando estranho, não eram permitidas visitas pela madrugada, apenas acompanhantes que fosse permanecer durante toda a madrugada...

A porta lhe chamou atenção.

Sentiu a curiosidade de entrar

Talvez o paciente houvesse sofrido alguma complicação e a moça confusa tinha ido pedir por ajuda pela porta errada.

Caminhou até a porta do quarto abrindo-a com cuidado.

Bella – Alguém por aqui? Está tudo sobre controle?

Não obteve resposta, viu logo de imediato o paciente estendido na cama.

Ele parecia dormir, se aproximou e o hábito falou mais alto, pegou a prancheta aos pés da cama vendo o prontuário médico do paciente.

Homem de 28 anos, atropelamento, coma por mais de duas semanas, estado civil casado, fraturas, hematomas, exames, medicamentos...

Fechou a prancheta colocando-a de volta no lugar, olhou o monitor de batimentos cardíacos constatando que estava tudo sobre controle.

Foi atraída para mais perto da cama, estava imobilizado em vários lugares, os hematomas nas mãos nos braços e no rosto eram de um roxo profundo.

Constatou que deveria ter sido algo grave

Aproximou-se ainda mais vendo o rosto escondido por trás de tantos machucados, franziu a testa abrindo os lábios, incrédula...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Muitas emoções ainda estão por vir... Quando eu disse que a fic não tinha acabado e que era para vcs se acalmarem, falei a verdade, viram?

Teremos bastantes coisas!Muitas perguntas serão respondidas...

bjokas moças.

;D