Depois que fechei e tranquei a porta, disparei em direção a escada e segui correndo ao meu quarto, onde eu só me dei o trabalho de tirar as botas antes de me jogar na cama e me desmanchar em lágrimas até que a inconsciencia me domasse e me levasse para o mundo dos sonhos, onde eu esperava não sofere tanto quanto eu sofria por aqui.

Acordei na hora certa, tinha trocado o despertador, aquele tava mais pra adormecedor. Tomei um belo banho que não serviu pro seu propósito secundário, que era levar todas as dores de ontem pelo ralo junto com a água e depois fiu me trocar, escolhi uma roupa bem simples, por mais que não parecesse, peguei um conjunto praticamente todo branco, tava parecendo uma mãe-de-santo a unica coisa não branca era a blusa verde já que até minha sapatilha era branca.

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Peguei minha mochila com o meu material e desci as escadas calmamente. Quando cheguei na sala de star peguei uma maçã afinal não estava com muita fome, os acontecimentos recentes acabaram com o meu apetite, fui até o sofá e liguei a TV esperando chegar a hora de ir. Estava completamente distraída vendo TV e esperando o Jared me chamar que cheguei a pular quando ouvi uma bozina ao lado de fora de casa.

Fui até a porta com o intuito de ver quem era e me surpreendi ao ver o Justin lá, ele já tinha saído do carro e provavelmente estava vndo em direção à porta já que ele estava no meio do caminho entre os dois.

- O que faz aqui? - Perguntei mantendo a voz. Não é fácil se manter inteira depois dos acontecimentos recentes.

- Vim te buscar pra ir à escola. - Fez uma cara como se achasse que eu sou idiota.

- Justin, nós terminamos lembra. - Dei uma pausa enquanto eu engolia em seco. - Você não precisa me levar, aliais eu estou esperando o Jared, ele vai me levar.

- Você falou com ele ontem? - E de novo aquela cara que dizia Você é idiota?.

- Não, caso não se lembre cheguei relativamente tarde, então fui direto dormir. - Minha vez de fazer essa cara.

- Então, como você acha que ele vai levá-la se ele nem sabe que você precisa de uma carona? - Touché! - Sendo que você não precisa de uma carona. - Acabei de perceber que ele estava recuando já que agora ele estava ao lado da porta do carro. - Você vem? - Ele perguntou apontando o mesmo.

- Vou só pegar a minha mochila. - Vi ele sorrindo enquanto virava e entrava em casa, fui até a mesa onde tinha deixado minha mochila e a peguei, logo dando a volta e indo em direção ao carro. Quando sentei-me ele seguiu. Foi só ele fazer a primeira curva e ter trancado o carro que ele começou a falar, acho que ele pensou que eu ia pular, então pode-se dizer que o assunto não é agradável.

- Sabe, sei que não estamos mais namorando mas fizemos um trato ontem e eu to achando injusto que eu fui o unico a falar. - Ele disse como se tivesse decorado.

- Você ficou ensaiando isso a noite toda não ficou? - Falei contendo o riso.

- Na verdade... Sim. - Pra mim esse foi o limite, comecei a rir descontroladamente. - Fico feliz que ainda seja capaz de fazer você rir. - Nessa hora eu parei automáticamente.

- Justin, eu ainda gosto de você, mas não acho que conseguiria "dividir" você com a Selena.

- Você não vai... - O interrompi antes que fosse tarde.

- Mas por incrível que pareça você tem razão e é injusto você ser o unico a falar, então, diga-me, o que você quer saber? - Ele virou pra mim sorrindo, acho que ele desisitiu desse assunto, ao menos por enquanto.

- E então, desde quando você sabe tocar violão?

- Desde que eu tinha 6 anos, eu via aquelas pessoas na TV tocando e se divertindo e eu queria também, sabe, tentar ocupar a falta dos meus pais com música, depois de um tempo eu notei que era inutil porém as aulas ocupavam meu tempo e me impediam de pensar no quão sozinha eu ficava.

- E você sabe tocar algum outro instrumento?

- Já tentei violino, mas é clássico demais pra mim. Tentei bateria mas assim como violino é outro extremo, achei pesado demias pra mim. Minha mãe sismava que eu tinha que aprender a tocar teclado e meu pai que eu tinha que aprender órgão, mas pra mostrar que sou eu quem faz minhas escolhas eu decidi aprender piano. Não vejo muita diferença mas eu sei lá, me senti mais leve mostrando pra eles que eu também tenho uma vida e que eles não podem fazer com que eu faça tudo que eles querem.

Quando terminei meu discurso imrpovisado notei que tínhamos chegado à escola. Ele fez questão de sair do carro mas eu o impedi segurando-lhe o braço o que o fez olhar-me com uma cara interrogativa.

- Obrigada, por servir como ouvinte desse desabafo. - Dei um beijo na bochecha dele e me retirei.