Hidden escrita por jduarte


Capítulo 21
Violada


Notas iniciais do capítulo

desculpeeeeeeeeeeeem-me a demora, mas é que uma hora o site tava bom, e outra não, e me complicou um pouco. Então, vou aproveitar essa "pausa de erros no Nyah", e postar!
Beijooos,
Ju!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/120186/chapter/21

   Quando acordei, o ar estava com um cheiro diferente. Meio... sombrio. Ah, e também fedia aquela comida do refeitório!

   Abri os olhos, e dei de cara com um prato com uma gosma cinza. A gosma cinza!

- Eca! – exclamei sentando rápido demais e sentindo a cabeça girar.

   Apoiei a cabeça na parede mais próxima, e senti um tipo novo de vertigem. Quase do mesmo tipo que senti quando a sombra tocou meus ombros. Um tipo de vertigem que me fazia realmente querer vomitar!

- Coma! – ordenou alguém.

- Isso é nojento.

- Isso é a única comida que você terá aqui! – rebateu.

   Levantei os olhos para a pessoa, e encarei os olhos pálidos de Adam. Ele tinha algumas olheiras e seu rosto estava inchado.

- O que você quer? – perguntei rudemente.

- Nada. Estou só te vigiando.

- Não preciso de babá!

   Adam ficou em silêncio e olhou-me pela primeira vez.

- Sabe... eu realmente gosto de você. Seja educada pelo menos uma vez em sua vida.

   Literalmente saltei para a grade e agarrei o colarinho de sua blusa justa. Isso fez com que eu esbarrasse meus dedos em seu peito, e passassem choques desconfortáveis.

- O que diabo é isso? Perdeu o juízo? Quer ficar mais algum tempo aqui? – perguntou ele com os olhos arregalados.

- Você que me colocou aqui dentro! Agora me tira daqui! – berrei alto em seu ouvido.

- Se eu não tivesse feito isso, você não estaria aqui agora...

- É. Eu estaria com meu irmão. Em SEGURANÇA! – interrompi-o e ele me ignorou completa e totalmente.

-... Você provavelmente estaria morta! Bernardo é o queridinho de meu pai.

   Estaquei.

- Seu... – engoli seco afrouxando o aperto em seu colarinho aos poucos. – pai?

- É. Mas quero que se dane. Nunca fui tratado com um filho e sim como mais um desses idiotinhas daqui.

   Ofeguei. Isso era uma grande mentira! Tudo aqui era uma grande mentira! Livrei seu colarinho de minhas mãos, e afundei no chão puxando-me para uma parte onde ele não conseguiria me ver.

- Vocês são loucos. Todos vocês!

   Adam riu sem humor e girou a chave que se destrancou com um grande ruído na fechadura, e a porta abriu. Ele entrou fechando-nos dentro da solitária logo em seguida.

- Fica difícil conversar com uma amiga, quando ela está dentro, e você está fora.

- Não sou sua amiga. – disse sem demora.

   Minha entonação de voz pareceu feri-lo, e senti um pouco de dó.

- É. O pior de tudo isso é que eu sei, mas tento convencer-me do contrário.

- Porque está aqui? – perguntei afastando-me dele.

- Não sei.

- Não tem medo de mim?

- Porque teria medo de uma coisa pura? – rebateu Adam.

   Bufei rindo descontroladamente, e logo após ficando meio sombria.

- Você não sabe nada de mim.

   Adam levantou os braços em rendição e se aproximou de mim tocando meu rosto.

- Eu realmente gosto de você. Não complique as coisas!

   Olhei dentro de seus olhos castanhos, e me perdi. Seu rosto se aproximou de mim enquanto ele acariciava minha bochecha. Eu podia sentir sua respiração suave e seu hálito de menta invadia minhas narinas e deixava-me meio boba. Quando seus lábios finos roçaram nos meus, ofeguei baixo.

   Não! Não faça isso!, berrava alguém em minha mente. Eu sentia, em alguma parte de meu corpo e em minha mente, que isso estava errado! Eu sentia como se estivesse traindo Bernardo, apesar de nunca ter tido absolutamente nada com ele. Infelizmente.

   Afastei-me dele alguns milímetros, e abri os olhos ainda roçando em seus lábios.

   Ele se arrepiou quando eu lhe arranhei de leve no pescoço. Senti as veias de meus olhos saltarem e minha mão enlaçou seu pescoço. Voei com seu corpo até o outro lado da parede, e ele se chocou com um grande estrondo na parede de concreto.

- Você achou mesmo que eu iria te beijar? Pois fique sabendo de uma coisa: eu não beijo o inimigo!

   Adam tentava ficar na ponta do pé, até que ele segurou minha mão – por causa da falta de ar, seu rosto começara a ficar roxo –, e senti um choque horrível crescendo desde a palma. Soltei-o no chão, e me afastei voltando ao normal.

- Fora! – berrei. – Sai daqui!

   Ele ainda não conseguia falar, mas se levantou e fuzilou-me com os olhos lacrimejando pela falta de oxigênio.

- O que diabo você está pensando? – gritou alguém atrás de mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quase um beijaço, hein? HAHAHA Quem será que é? *risadinha do mal*