Flecha Negra escrita por Tyras


Capítulo 2
Ajuda Profissional


Notas iniciais do capítulo

Esse cap é um pouco grande, mas é onde o resto dos personagens principais (inclusive o principal) aparece =D

Espero que gostem!



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— Inacreditável... — Falou Hughes. — Quem diria que Joseph Longshot estaria envolvido com tais coisas...

— Não me impressiono pelas fraudes fiscais. — Comentou LaCroix. — Que atire a primeira pedra a grande empresa que nunca sonegou imposto uma vez na vida. Mas essas fotos... Realmente estou surpreso. O mundo tah perdido mesmo.

      Os dois amigos andavam pela recepção do prédio, em direção a saída. Hughes olhou para o relógio.

— Temos dez minutos até os abutres chegarem.

— É o suficiente. — Falou LaCroix. — Quando chegarem já teremos saído. Vou apenas me certificar de uma coisa.

      LaCroix se dirigiu a recepção.

— Por favor, era a senhorita que estava aqui ontem?

— S...sim, era eu... — A recepcionista parecia ainda estar em choque.

— Quando a moça desceu, ela disse que o "cliente" dela estava morrendo?

— S...sim, ela falou "Socorro, uma flecha com um saco está matando meu cliente!".

— Exatamente isso? — Perguntou LaCroix.

— Sim.

— Obrigado. — Falou sorrindo gentilmente.

      LaCroix passou por Hughes e os dois foram em direção à saida.

— Cinco minutos. — Falou Hughes.

      Os dois entraram rapidamente no carro, mas antes que pudessem deram a partida, uma voz soou da janela de LaCroix.

— Aonde pensa que vai, LaCroix?

— Merda... lembramos dos abutres, mas nos esquecemos do parasita... — sussurou Hughes.

      Era costume dos dois chamar os repórteres de abutres.

— Começar as investigações, Scott. Fazer o meu trabalho. E você não pode me impedir, já que esse caso é meu. Então, fique fora do meu caminho. a Yard não foi envolvida ainda, então significa que você está fora da sua jurisdição. Sendo assim, posso tratá-lo como civil e processá-lo por atrapalhar as investigações. Mas não queremos isso, queremos?

      Scott Gibson era um velho conhecido de Charles e Peter. Membro da Scotland Yard, a Polícia Judiciária inglesa, odiava os dois por conseguirem alguns feitos que ele próprio não conseguira. Se conheciam desde a academia, sendo que ele sempre teve ambição de ir para a Yard, enquanto LaCroix e Hughes preferiram a Homicídios. Enquanto os dois se tornaram os "chefes" da divisão, ele chegou a Yard, mas estagnou na posição mais baixa. Vivia seguindo Chales e Peter, para tentar se apoderar dos casos deles, por isso era chamado por eles de "parasita".
      Scott ficou em silêncio por alguns momentos, tremendo de ódio.

— Vai me pagar por isso, LaCroix.

— Que seja. Agora saia da frente. Tenho mais o que fazer.

      LaCroix pisou fundo e saiu à toda. Estava furioso. Hughes pegou o celular e discou um número. Ouviu pelo viva-voz o som de chamada.

— Parasita desgraçado! Acha que vai conseguir alguma coisa? Tah muito enganado.

      Pelos auto falantes, a voz de um dos seus subordinados soou.

— O que deseja, Sr. Hughes?

— Olá, Phillip. O parasita está aí. Nos encontramos com ele na saida. Sabe o que fazer.

— Sim, senhor.

      Hughes desligou o celular. LaCroix já estava mais calmo.

— E agora, o que vamos fazer? — Perguntou Hughes.

— Primeiro nós vamos para o seu laboratório. Vamos tirar cópias dessas coisas e mandar para o Chris. — Olhou para o relógio.

— A essa hora os abutres já chegaram lá no hotel e estão transmitindo. Sendo assim, ele já deve estar nos esperando.

— Tem razão. Me lembro dos velhos tempos, quando ele nos seguia incessantemente, tentando descobrir a verdade sobre os casos...

      LaCroix respirou fundo.

— Ele nunca usou de sensacionalismo. Sempre procurou a verdade e nunca apresentou nada mais que a verdade. Não é a tôa que foi contratado pelo Collins. Outro que odeia mentira e sensacionalismo em jornalismo. E não é a tôa que colaboramos com ele. Afinal, alguém tem que dizer a verdade ao povo. Bem, chegamos.

      Charles parou o carro e eles desceram. Em meia hora, os dois estavam entrando novamente no carro, duas cópias de tudo.

— Primeira parada, Hyde Park!

      Em pouco tempo, a enorme mancha verde do Kensington Gardens apareceu. Pouco depois estavam parados na entrada do Hyde

Park. Um jovem se aproximou do carro.

— Bom dia, Sr. LaCroix.

— Pra você vai ser um ótimo dia. Aliás, um dia maravilhoso. — Falou LaCroix rindo.

— Considere isso seu presente de aniversário, Chris. — Falou Hughes, entregando um pequeno pacote. — Garanto que vai adorar.

      O jovem Chris Miller abriu o pacote e não acreditou no que viu.

— Ah meu Deus! Isso é...

— A sua promoção! — Falou LaCroix dando partida. — Divirta-se!

      O detetive acelerou, deixando o jovem repórter gritando feliz da vida enquanto corria para sua moto.

— E agora, para onde vamos? — Perguntou Hughes.

— Começar a investigação.

— E por onde planeja começar?

— Tenho um amigo que pode nos ajudar. Creio que já ouviu falar dele: Richard Marback.

— Aquele historiador filho do falecido Willian Marback?

— Esse mesmo. — falou LaCroix. — Ele entende tudo de armas brancas. Tenho certeza que ele poderá nos ajudar.

(...)

      Richard acordou com uma certa dificuldade. Fora dormir muito tarde na noite anterior, devido a um projeto que começara a pesquisar recentemente. Agora, passava as noites até tarde estudando, e o resultado era esse: Acordar as onze horas da manhã. Se levantou e foi tomar um banho, pensando em até quando aquele projeto ia fazer ele se cansar daquele jeito. Apesar de ser relativamente atlético, se achava muito sedentário.

— É como o Robert disse... Isso ainda acaba comigo... — Murmurou para si mesmo enquanto tomava banho.

      Saiu do banheiro e se vestiu rapidamente. Embora não precisasse trabalhar, já que a fortuna deixada pelo seu pai lhe proporcionava uma vida bastante confortável, não gostava de se sentir inútil aos 21 anos. Por isso, trabalhava como pesquisador de história. Enquanto passava pelo corredor, olhou para as várias espadas e machados antigos expostos em vitrines pelas paredes. A pesquisa de armas brancas era um hobby que cultivava a muitos anos. Acabou por se tornar a maior autoridade nesse ramo.

— Você não se cansa de olhar para elas, não é, Rick? — Falou uma voz familiar.

      Richard despertou de seus devaneios. Seu irmão, Robert olhava para ele como que diz "Que coisa...".

— Você e suas manias...

— Você devia respeitar seu irmão mais velho, sabia? — Falou sério.

— Você só é mais velho do que eu um ano. — Retrucou Robert. — Isso não lhe garante privilégio nenhum.

      Os dois se olharam sérios por alguns momentos. Depois caíram na gargalhada.

— Bom dia pra você também, Robert. E obrigado pela ajuda ontem.

— Sem bronca. Quando será a próxima pesquisa?

— Provavelmente daqui a uma semana. Tenho que esperar o material chegar.

— Certo. Já soube da notícia? — Perguntou Robert

— Qual?

— O Longshot. Foi assassinado no hotel onde estava hospedado.

— Não diga!

— E o pior não foi isso. O assassino deixou provas de vário crimes cometidos pelo Longshot. Segundo o repórter, ele estava envolvido em tudo, desde fraudes financeiras até tráfico humano, passando por assassinato.

— O Longshot?! Mas ele foi amigo do nosso pai! Que repórter disse isso?

— Chris Miller.

— Então é verdade... Que absurdo!

      Nessa hora, a campanhinha da mansão tocou.

— Quem será a uma hora dessas? — Falou Richard, indo em direção a porta.

— Rick, são onze e meia da manhã...

      Rick foi até a porta da frente. Seu mordomo estava prestes a atender.

— Pode deixar, Albert. Obrigado.

      Ele abriu a porta, e antes que pudesse falar qualquer coisa, seu amigo Charles LaCroix e seu assistente Peter Hughes entraram.

— Cruz*?! — Richard estava visivelmente surpreso.

— Rick! Quanto tempo! Vou direto ao ponto: Preciso da sua ajuda. — Falou LaCroix enquanto apertava a mão de Richard.


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Notas finais do capítulo

*LaCroix significa "A cruz". Daí o motivo de Richard chamar Charles de "Cruz"

Espero que tenham gostado =D
Devo postar o próximo capítulo daqui a alguns dias. ^^

Deixem reviews plz ^^