Somebody To Love escrita por firecracker


Capítulo 4
What a Mess!


Notas iniciais do capítulo

ei, pessoas!

primeiro, peço desculpas pela demora a postar! minha casa esteve cheia de gente durante o feriado de natal e ano novo, então não rolava ficar no pc muito tempo digitando..

e depois, eu fiquei muito doente.. ainda estou, pra falar a verdade. peço desculpas se eu tiver viajado muito nesse capitulo, é que eu tô com 39 de febre.. HAHAHAHAHAHAHAHA

enfim, ai vai..



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Começaram mais um ano escolar. E, com ele, as coisas pareciam voltar aos seus devidos lugares. Rachel e Finn pareciam, de certa forma, o casal perfeito. Após passarem as férias se acertando, começaram o ano escolar mais juntos do que nunca. E Quinn, completamente em forma, voltou a mostrar seu lado mais... cruel, fazendo de tudo para recuperar seu posto de chefe das lideres do torcida. Ao presenciar a briga no corredor entre Quinn e Santana, Rachel realmente temeu pelo que viria a seguir. Provavelmente, ela pensou, o passo seguinte da garota seria se unir novamente a Sue Sylvester para destruir o Glee Club. Mas se surpreendeu positivamente, ao ver a garota tomando iniciativas para defender o grupo, atrair novos membros e firmar amizade com todos do Glee Club. Se surpreendeu ainda mais quando ela se dispôs a ajudar Rachel com a sua insegurança em relação a Finn. Sem zoações, sem a humilhar. Quinn apenas manteve a pose de quem não se importava, para disfarçar a pontada de ciúmes que sentiu ao ver Rachel e Finn tão bem e saber que, de alguma forma, não teria mais aquele tipo de relacionamento. Nem com Finn e, provavelmente, com nenhum outro garoto daquele colégio.

A relação entre elas continuava a mesma. Não eram amigas, mas alimentavam um estranho relacionamento de cumplicidade. Não que falassem sobre isso, mas sabiam que, de alguma forma, estavam unidas.

Até porque Quinn não se preocupava mais tanto em humilhar as pessoas ao seu redor. Sim, era verdade que a sua posição na pirâmide de popularidade do colégio ainda a importava, mas tinha mais coisas em sua cabeça para se incomodar.

Primeiro, sentia falta de Beth. Chegou, por alguns instantes, a se arrepender. Não por causa da garota, pois sabia que ela estava em boas mãos.. Mas Quinn se sentia sozinha. E sabia que já se sentia assim a muito tempo, e ter Beth consigo teria amenizado isso de certa forma. Mas as coisas pareciam estar se reestruturando: Em casa, descobriu na figura da mãe uma grande amiga. Sabia que podia contar com ela e se sentia a vontade para falar quase tudo o que estava sentindo. Quase.

Na escola, estava cada vez mais próxima de Kurt, Mercedes e Brittany, sendo que o primeiro havia se tornado uma espécie de confidente. Ele foi a primeira pessoa que Quinn procurou quando, após entregar Beth, deu um fora em Puck. Ela sabia, a algum tempo, que tinha alguma coisa de errado com ela. Perdera a virgindade de forma um pouco traumática, e aquilo só serviu pra dar a ela a certeza absoluta de algo que ela já vinha constatando a tempos: não sentia a menor atração por garotos.

Superada a rejeição inicial a idéia, Quinn até que soube lidar bem com isso. Afinal, não teria muito o que fazer. A garota sempre foi muito ligada as suas convicções e só o que queria para o novo ano escolar era ser feliz. Do jeito que era. Então, ela procurou Kurt.

- Kurt... eu.. isso vai soar estranho, mas quando foi que você se.. deu conta.. e se aceitou.. como gay?

- Porque a pergunta?

- Porque tanta desconfiança?

- Porque eu tenho um gaydar infalível e ele já apitou na sua direção várias vezes, Fabray. Eu sou contra essa forma de arrancar a verdade de alguém, como se ainda estivéssemos na inquisição, mas eu sou seu amigo e sei que você vai enrolar muito pra me contar, então eu estou facilitando as coisas pra você. – Quinn o encarava boquiaberta. – quando você se deu conta disso?

- Primeiro, eu deveria te dar um soco pela ousadia de ter suposto isso. E você sabe que eu sou mais forte que você, Hummel. Mas, ok, é verdade, então eu vou só ficar aliviada de você ter dito por mim.

- Eu sei como é, Quinn. Por muito tempo, eu não tive coragem nem de dizer isso em voz alta. Mas depois que você se assume pra si mesmo e consegue verbalizar isso, fica mais fácil.

- Eu.. Kurt, eu não sei o que fazer. Quer dizer, eu estou bem lidando com isso, assim, comigo mesma. Mas eu não estou pronta pra sair do armário. Pra sofrer as coisas que você sofre.. Eu.. eu nem.. como eu vou conseguir uma garota nesse fim de mundo, pra descobrir se é realmente isso o que eu quero pra mim?

- Quinn, você é linda. Você tem noção disso, não? Qualquer garota com o mínimo de dúvida sobre sua sexualidade iria matar pra estar com você. Não vai ser tão difícil assim. E, além do mais, você é uma garota. As coisas são mais fáceis pra vocês. Você pode simplesmente pedir pra beijar uma amiga, garotas fazem isso.. porque não? Brittany? Santana? – Quinn fez cara de nojo – qual é o problema? Seria mais fácil!

- Olha, eu sei que não tenho muita experiência, mas eu já pensei muito no assunto e... Brittany definitivamente não faz o meu tipo. Santana..hm, é, até poderia, mas ela iria me arruinar se soubesse disso.

- Você não pretende contar a elas? Achei que vocês fossem amigas...

- Não. Não por enquanto. Eu gostaria de contar pra Mercedes, mas eu não sei como fazer isso.. – ela mordeu o lábio inferior, parecendo aflita.

- Você quer que eu faça isso por você?

- Você faria? Por favor!

- Você sabe que, em algum momento, você vai ter que começar a falar sobre isso em voz alta, né?

- Sei..

- Diga, Fabray.

- Ok... eu.. meu Deus.. Eu.. – o sangue lhe subia pela face, ela estava completamente embaraçada. – Eu gosto de mulheres.

- Isso! Foi difícil?

- Demais. Mas obrigada. – ela abraçou o amigo, deixando escapar um suspiro de alivio.

-

Na mesma semana, Mercedes a procurou no corredor. Apenas a abraçou e sussurrou, de forma que só Quinn ouvisse “Kurt me contou. Eu estou aqui para te ajudar, sempre, ok?”. E se afastou, deixando a loira com lágrimas nos olhos, que era rapidamente secou. Sabia que eram lágrimas de felicidade, mas ela não iria se permitir chorar esse ano.

-

E então, surgiu algo que bagunçou de vez com a cabeça e os planos de Quinn.

Quando o garoto loiro entrou pela porta da sala do Glee Club, ela trocou um olhar com Kurt, que acenou com a cabeça, e ela sorriu, reconhecendo novamente o poder do “gaydar” do amigo. E depois, sorriu para o novo garoto. Afinal, quanto mais pessoas por ali que entendessem pelo que ela estava passando e iria passar, melhor.

Quando passou pelo corredor e viu Sam ser atingido por uma raspadinha, se revoltou. Os trogloditas do time de futebol estavam realmente saindo do controle. As maldades que faziam com Kurt eram cada vez mais freqüentes e agora o garoto novo parecia sofrer a mesma coisa. Por pena dele, o ajudou e se aproximou, pensando em fazer amizade. Qual não foi a sua surpresa ao perceber a aproximação do garoto de um jeito.. totalmente não-gay. E ela fugiu. Afinal de contas, havia prometido a si mesma que aquele ano seria sobre ela.

E então Rachel veio, daquele jeito irritante, para convencê-la a cantar com Sam. E as coisas que ela falou realmente a atingiram porque, confusa ou não, ela era só uma adolescente. E que garota de 16 anos não gostaria de ter o garoto mais bonito do colégio aos seus pés? Resolveu, então, dar uma chance ao garoto. Sentia que aquele poderia ser um enorme passo para trás em tudo o que já havia resolvido sobre si mesma. Mas ela ainda tinha as suas duvidas. E daria uma chance ao garoto, e uma chance a ela mesma. Uma chance de, pelo menos, ser honesta.

Assim, quando, após o encontro deles no Breadstix, Sam a levou em casa e se aproximou dela para tentar um beijo, ela o parou.

- Olha, eu sei que eu resolvi dar uma chance a isso que está acontecendo aqui e eu realmente gostei de você, Sam, mas eu tenho que esclarecer algumas coisas antes de seguirmos adiante.

- Pode falar. – o garoto sorriu e se encostou contra o carro, segurando Quinn pela cintura.

- Eu passei por muitas coisas ano passado. A essa altura você já sabe de algumas, mas eu devo te alertar de uma que pode mudar um pouco as coisas entre nós.

- Você também pinta o cabelo?

- Não! – ela revirou os olhos, sorrindo. – Sam, eu acho que, talvez, eu possa não ser... hetero.

- Como assim?

- Significa que eu acho que sinto atração por mulheres – ela já estava bem constrangida, ao ter que explicar isso.

- Você tipo.. pega mulheres, que nem as outras cheerios?

- Não! Não, nunca aconteceu... mas.. talvez aconteça, um dia, entende? Eu não sei quando, mas... você precisa saber disso antes de ter certeza de que quer realmente algo comigo.

- Você sente atração por mim, certo?

-.... Sim.

- Então, tudo bem. Se acontecer, nós pensamos sobre.

Quinn mordeu o lábio. O garoto parecia confiante demais. Por um momento se perguntou se ele realmente havia entendido o que ela falara. Mas ele simplesmente a puxou para perto, buscando a sua boca para um beijo. E ela retribuiu. Ele parecia ser um bom garoto, no fim das contas.

-

- Kurt... eu.. eu preciso falar com você..

- Sobre o que, Quinn? Quer dicas sobre o que fazer com Sam?

- Kurt, por favor, não seja cruel. Você tem todo o direito de estar chateado comigo por causa disso, mas.. eu não sabia que isso ia acontecer ao me aproximar dele! Eu achei que ele fosse gay.. tanto quanto você achou!

- E ao descobrir que ele não era, você aproveitou pra ficar com ele? O que aconteceu com a senhorita eu-acho-que-gosto-de-garotas?

- Exatamente, Kurt, eu acho. Eu não tenho certeza de nada! Pode ser... pode ser que eu só tenha ficado traumatizada com a experiência com Puck e com o relacionamento com Finn, e.. sei lá, com Sam seja diferente.. Não custa nada tentar, entende? – Ela alterou o tom de voz, falando um pouco mais alto - Eu.. eu não queria te machucar com isso! – ela se aproximou do amigo, dando um sorriso triste – você não pode me perdoar, Kurt?

- Eu... Quinn, eu até entendo a sua recaída.. não foi muito diferente do que o que eu fiz com Brittany ano passado, mas.. eu me sinto abandonado agora. Achei que tivesse uma amiga que entendesse tudo pelo que eu passo e um possível namorado, e agora.. de novo, eu não tenho nada.

-Kurt! Não ouse dizer isso. Eu continuo aqui, e claro que eu entendo tudo o que você está passando! Você.. quer que eu pare de ficar com ele? Eu faço isso por você!

- Não. Mas, por favor, não esqueça quem você realmente é, por causa dele, ok? Se você estiver fazendo isso por popularidade ou coisa assim.. pare, por favor.

- Não estou. É estranho mas.. Sam é um garoto bonzinho, Kurt.. Eu realmente gosto dele, de alguma forma.

- Bom, eu não vou questionar seus motivos, então.. Mas que eu preferia ver você com uma garota logo, preferia.

Quinn sorriu, puxando o amigo para um abraço, que ele retribuiu a contragosto, antes de sorrir e dar um beijo na bochecha da menina.

-

Rachel chamou as garotas para uma reunião. Estava seriamente preocupada com Kurt. Tendo dois pais gays, sabia bem de todos os problemas e desafios que um garoto gay no ensino médio pode passar. E sabia que nem todos sobreviviam aquilo sem traumas. Ninguém merecia passar por aquilo. E se sentiu na obrigação de ajudar. Reuniu as garotas que tinham namorados no time de futebol, para que elas convencessem os garotos a intimidar Karofsky e os outros garotos que perseguiam Kurt. Quinn pareceu um pouco relutante. Rachel estranhou duas coisas: primeiro, a loira estava negando qualquer envolvimento com Sam. Até onde ela se lembrava, Quinn se importava com a sua popularidade, e namorar Sam a ajudaria a chegar ao topo novamente. E, segundo, a garota continuava com seu discurso politicamente correto. Coisa que Rachel achava que ia desaparecer, com o final da gravidez. Mas foi uma surpresa positiva.

O sinal tocou. Todas se levantaram e saíram, mas Quinn ficou na sala, e Rachel entendeu que deveria ficar também. Enrolou um pouco, de costas para a outra garota, esperando ela tomar alguma iniciativa. Enquanto ajeitava o vestido, sem perceber, era observada por Quinn. Que, sem ter realmente consciência do que fazia, analisava as curvas do corpo da garota. Rachel estava realmente bonita naquele dia. E, desde que se descobriu atraída por mulheres, Quinn gastou um bom tempo pensando naquelas que faziam o seu tipo perfeito. E descobriu que preferia as morenas. Angelina Jolie. Megan Fox. Sarah Shahi. De costas, sem que Quinn pudesse ver o seu rosto e se lembrar de quem era ali na sua frente, Rachel Berry era realmente o tipo de garota por quem Quinn poderia se sentir atraída. Tirando o fato de que, claro, ela era Rachel Berry. E isso já era o suficiente pra ela afastar qualquer atração. Percebeu que a morena olhava pra ela com o canto do olho, e sacudiu a cabeça, tentando organizar os pensamentos.

- Ei, Rachel... Eu só queria dizer que... apesar de não ter nada com Sam.. Eu vou falar com ele para ajudar o Kurt, ok?

- Quinn, porque tanta negação? – Rachel perguntou, sorrindo.

- Oi? Não se atreva a falar assim comigo, Berry! – ela disse, alterada. Rachel se afastou, temerosa.

- Ei, calma. Calma. Meu Deus, era uma piada!

- Eu... perdão, eu me excedi um pouco.

- Tudo bem, Quinn. Algum motivo pra tanto nervoso?

- Coisas demais na cabeça.. E eu estou.. realmente preocupada, com Kurt.

- É muito bonito o jeito como você se preocupa com seu amigo, Quinn.

- Não, Rachel, é muito bonito o jeito como você se preocupa. Obrigada por tudo o que você se dispôs a fazer. – Ela disse, com os olhos levemente marejados.

Rachel olhou nos olhos de Quinn, tentando entender o que acontecia com a outra garota. Fazia tempo que não a via tão... vulnerável.

- Quinn, o que você tem? Eu sei que faz tempo que a gente não conversa direito, mas eu achava que você estava completamente feliz por tudo que reconquistou esse ano..

- Kurt ainda não me perdoou completamente por estar com Sam. Ele disse que está tudo bem, mas eu tenho sentido ele estranho comigo.. Ele não parece mais disponível pra conversar comigo sobre certas coisas.. Ele diz que é por causa do garoto que ele está afim, Blaine, mas acho que é minha culpa mesmo...

- Nossa, Quinn, eu não sabia que isso era tão importante pra você.. Eu tenho certeza que Kurt, mais cedo ou mais tarde, vai te perdoar. E, até lá, se você precisar de alguém para conversar... Eu sei que não somos amigas, mas eu posso te ouvir.

- Rachel, o único segredo que você soube sobre mim, na vida, você contou justamente para a única pessoa que não deveria ouvi-lo. Me diz, porque eu confiaria em você?

- Justamente por isso. Acho que você se lembra que eu te prometi te recompensar pela besteira que fiz ano passado.

Quinn refletiu sobre as coisas que Rachel falara. Realmente, se sentia sozinha. Kurt e Mercedes haviam se afastado um pouco, e ela não entendia bem o porque. Sam era um ótimo garoto e uma companhia incrível, mas, desde a sua confissão no primeiro encontro, eles nunca mais tocaram no assunto que a incomodava tanto. O garoto parecia querer ignorar isso. Provavelmente havia se convencido que era uma fase e que Quinn deixaria de pensar sobre aquilo se ele se esforçasse para ser um bom namorado. E ele realmente se esforçava. Mas, detestava admitir pra si mesma, precisava de uma amiga agora, e Rachel parecia a melhor opção.

- Ok, Rachel.. eu posso confiar em você?

- Claro, Quinn. – ela segurou a mão da loira por cima do piano em que se apoiavam pra conversar. Quinn sentiu um calor surgir no ponto aonde suas mãos se tocaram e se espalhar por todo o seu corpo, por isso achou melhor quebrar o contato, envergonhada. Principalmente porque não sabia qual seria a reação de Rachel quando ela contasse o que escondia.

- Bom.. – ela torceu as mãos, nervosa. Olhou para baixo. Pareceu completamente interessada numa pulseira que usava, só pra não encarar os olhos da morena. Engoliu em seco. Aquilo era realmente difícil de ser dito em voz alta. – Rachel, eu sou lésbica.

Um silêncio incômodo tomou o ambiente, e pareceu durar horas. Rachel piscou os olhos várias vezes, atordoada. Sentiu que sua boca estava entreaberta, e se apressou em fechá-la. Pensou em falar alguma coisa, mas não sabia o que dizer.

- Quinn...

- Ok, você está chocada.

- Eu.. claro que estou! Mas não de uma maneira ruim. Eu só estou tentando entender de onde isso surgiu, porque, afinal.. você era a garota de quem eu costumava a roubar os namorados...

- Não se sinta tão orgulhosa disso, Berry. – ela levantou as sobrancelhas, a desafiando, mas sorrindo ao mesmo tempo. – E, bom, acho que eu sempre soube que havia algo de diferente, mas eu só tomei realmente consciência do que era.. ano passado... durante a gravidez.

- Oh, Quinn! Deve ter sido.. realmente difícil, pra você. Pra quem mais você contou?

- Kurt, obviamente. Eu não contei, exatamente, ele deduziu sozinho. O gaydar desse garoto é assustador. Só falhou com Sam mesmo... E Kurt contou pra Mercedes.. E eu só fui realmente contar pra alguém, quando contei para o Sam. E agora, você.

- Sam sabe? E ele está ok com isso?

- Bom.. ele meio que está ignorando esse fato. Eu tentei tocar no assunto umas duas vezes, mas ele não pareceu confortável para falar sobre e... começou a me beijar.. – ela fez cara de nojo. As duas riram.

- Você está bem com isso, Quinn?

- Até que sim, sabe? Bem melhor do que eu achei que ficaria, depois de me dar conta disso. Mesmo com a recaída com Sam, eu estou completamente certa de que é isso que eu quero.. É isso que eu sou.

- Que bom – ela abriu o enorme sorriso que já era característica sua.

- Só o que me incomoda agora é que Kurt não fala comigo sobre isso. E, claro, o fato de que eu nunca vou conseguir beijar uma garota nessa cidade – ela bufou, revirando os olhos.

- Bom, meus pais conhecem algumas lésbicas... tudo bem que elas são mais velhas, mas, se você quiser..

- Não! Meu Deus, Berry. Não. Isso é meio uma coisa que eu tenho que fazer por conta própria. E no tempo certo. Já errei demais por uma vida.

- Bom, de qualquer forma, pode contar comigo. Se.. você quiser conversar com meus pais, eu posso marcar um jantar lá em casa..

- Eu vou pensar sobre.. – ela desfez o sorriso que tinha no rosto – e não fique pensando que isso muda alguma coisa entre nós, Anã. Continuo te achando irritante. – Rachel também parou de sorrir, olhando para ela hesitante. – Tô brincando, Rachel. Bom, mais ou menos.

- Tudo bem, Quinn. De qualquer forma, conte comigo – ela deu um abraço breve na garota, que corou e não conseguiu retribuir. – O sinal já tocou a tempos. Vou pra aula, vamos?

- Vai.. vai indo na frente, preciso ficar um pouco sozinha.

- Ok. – ela deu mais um sorriso enorme para Quinn, e saiu da sala, deixando a garota um pouco confusa, mas, de certa forma, satisfeita consigo mesma.

Resolveu não ir para a aula. Ficou ali, esperando a reunião do Glee Club, ouvindo musica e refletindo. Estava se sentindo muito perdida no momento. Não sabia bem o que estava fazendo e nem se estava lidando com seus sentimentos da maneira certa, mas conversar com Rachel tinha ajudado a garota a se sentir melhor.

Uma das musicas que Quinn ouvira, e que fez certo sentido, fora essa:

I confess it's all true.
I'm a mess, what a fool
Now what do I do


I need your help to get up from my knees
I can't seem to see the forest for the trees
As I wait in my silent misery
All I'm asking is please...forgive me


Now she knows me
She wants me to be
Someone I can't be
...and she wants me
...and she needs me
...and she wants me
Because she loves me


SHATTERED


Now you see inside
I no longer hide
Or fall between the cracks you left behind
Shattered, now you're out of time
You've come this far to be denied


What a shame, I'm to blame


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Notas finais do capítulo

e então? viajei muito? forcei a amizade da Quinn com o Kurt? é que eu realmente queria que eles fossem amigos!

e Faberry começando bem sutilmente, né?
mas, relaxem, no próximo capitulo já tem pegação ;)


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