Skater Girl escrita por sisfics


Capítulo 9
Capítulo Oito: Oportunidades.




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Duas semanas depois.

Edward Pov

- Não acho que vá querer um presente. - expliquei sentando na cama.


Rose tirou mais alguns papéis de dentro da gaveta da cômoda de seu quarto.


- Mas, ainda assim,  queria dar a ela alguma coisa, entende? - perguntei.


Ela assentiu, mas não parecia mesmo muito interessada nos meus assuntos.

- O que você está procurando?
- Um papel com um número de telefone. - coçou a cabeça - Me lembrava de ter deixado aqui, será que pus em outro lugar? - se perguntou.
- Porque não usa celular como qualquer pessoa normal para gravar os números? - ergueu uma sobrancelha.
- Continua falando do aniversário da sua namoradinha e me deixa em paz, Edward. - fechou a cara.
- Ela não é minha namorada. - lembrei - Quero dizer, a gente tem se visto bastante, mas não a pedi em namoro, apesar de estar gostando mesmo dela.
- Não é oficial então, mas está na cara que você está amarrado nela, né?- debochou.


Fechei a cara como fez antes.

- Aiin, eu não posso nem brincar. - reclamou.


Se apoiou de novo sobre a gaveta e continuou a procurar, até que achou um papel minúsculo e suspirou aliviada.

- Finalmente. - se virou pra mim - Termina logo de falar, daqui a pouco vou sair.
- Vai aonde?
- Biblioteca. Tenho que fazer um trabalho para faculdade. - explicou.
- Hum. - me lembrei das provas finais que estavam chegando, o início do último ano da escola e o meu ingresso na faculdade de medicina.
- Em que está pensando?

- Na minha faculdade.- resmunguei.
- Ainda não conversou com papai, não é?
- E o que adianta falar com ele? Já tentei tantas vezes, mas já me cansei de monólogos. - Rose riu baixo.
- Talvez se você mostrasse a ele que não tem vocação.
- Eu posso tentar mais para frente. - dei de ombros.


Achava muito difícil, mas a idéia não era ruim.

- A Bella vai comemorar o aniversário dela com alguém? - perguntou depois de perceber meu silêncio.
- Que eu saiba, não. Aliás, só sei o aniversário dela, porque tenho uma cópia da ficha médica.
- É... você me contou essa história. Quantos dias para o aniversário dela?
- Em uma semana.
- Hum, até lá, você terá oportunidades para pensar em algo bom para ela.
- Tem razão.
- Bem, vou me arrumar. - levantou da cama e foi na direção do banheiro - Quer me levar até a cidade?
- Tenho outra escolha? - distribuiu mais alguns sorrisos e depois foi se vestir para sair.

Continuei deitado em sua cama a esperando e pensando sobre o que  havia dito. Oportunidades para pensar em algo bom para Bella. Foi quando tive a melhor idéia. O que ela mais precisava era de oportunidades.

Bella Pov

uma semana depois.

- Bom dia. - entrei na cozinha.


Não estava me sentindo muito bem, por isso não tinha acordado cedo suficiente para fazer café-da-manhã para todos.


- Feliz Aniversário, Bella. - Nessie gritou, pulando no meu colo.


A abracei de volta bem apertado.

- Obrigada, baixinha. - resmunguei.

Meu aniversário não era o dia mais esperado do ano.

- Feliz aniversário, filha. - meu pai desejou, dando um tapinha nas minhas costas.

Era o máximo de carinho que ele conseguia demonstrar e, em parte, eu também era um pouco assim.


- Obrigado gente. Desculpa não ter feito o café.
- Tudo bem, Bells. Eu ajudei o papai a fazer a comida. - ela olhou para mesa - É claro, não ficou nada que você possa dizer "Uau! Que delícia!", mas dá para o gasto.
- Obrigado. - meu pai debochou, nos fazendo rir.


Coloquei Nessie no chão e começamos a tomar café. Não deixei de perceber que Emmett não veio para a cozinha de propósito, para não ter que me parabenizar.


A manhã inteira passou devagar na oficina com James. Victoria parecia mesmo não estar de bom-humor e só veio falar comigo por dois minutos.
Já era quase hora do almoço quando o telefone tocou e eu e Edward resolvemos nos encontrar no Central Park um pouco mais tarde e eu voltei para casa só para pegar meu skate.

O caminho foi longo, mas não demorei muito para chegar lá e encontrá-lo.

- Oi, Bella. - disse me dando um beijo na testa.
- Oi. - o abracei.


Ele devolveu o abraço e depois me pegou pela mão, indo na direção da grama.

- Queria muito conversar com você. - começou - Tenho surpresas.
- Que surpresas? - desconfiei.


Nos sentamos sobre algumas folhas secas no chão.

- Lembra quando estávamos na Califórnia e você me disse que adorava competir? - acenei com a cabeça - Então, estava pensando sobre aquilo e de alguma forma consegui entrar em contato com os organizadores daquele campeonato que você ganhou.

- Porque? - perguntei curiosa.
- Deixa eu terminar, okay? - bufei - Bem, conversei com eles para ver se conseguia uma parada, mas achei coisa bem melhor que isso.
- E seria?
- Eu não sabia disso, mas eles tinham uns caras que estavam filmando o campeonato para eles, entende?
- Sim.
- E, como eu pedi com muito jeito. - soube na mesma hora que tinha dinheiro nessa história - Consegui a filmagem das suas descidas. - exclamou contente.


Fiquei sem entender nada.

- E o que isso tem a ver, Edward?
- Er. - ele bagunçou o cabelo - Enviei a filmagem para uns patrocinadores e consegui umas respostas. - concluiu sorrindo.
- Você o que? - gritei, fazendo algumas pessoas em volta olharam.
- Hey, Bells. Calma. - pediu, segurando meu braço.
- Calma? Como você faz uma coisa dessas sem minha autorização? Você sabe por um acaso se eu quero competir?
- Qualquer pessoa que goste tanto de skate como você, quer competir. Poxa, só pensei em fazer uma surpresa para o seu aniversário, não sabia que você ia reagir assim.
- Como sabe que hoje é meu aniversário? - gritei de novo.


Ele abriu a boca e procurou uma resposta.

- Bem... vamos dizer que ainda tenho guardada a sua ficha médica.

Lhe dei um bele e forte soco no ombro.

- E quando pretendia me contar?
- Hoje. - respondeu sem-graça, segurando o braço.


Me virei de frente para a grama, onde outras pessoas também estavam sentadas como nós dois. Respirei fundo para não quebrar a cara dele.


- Poxa, Bella. Eu pensei que você ia gostar. - sua voz estava mesmo decepcionada.

Voltei a olhar em seus olhos verdes e caídos.

- Não adianta fazer essa cara de cachorro sem dono.- ele deu um meio sorriso, mas eu não estava mais conseguindo enganar ninguém - Tudo bem. Eu gostei da surpresa. - confessei com má vontade.


Ele levantou o rosto, aumentando devagar o entusiasmo.

- Mas é a última vez que você vai fazer uma coisa dessas sem me perguntar primeiro, entendeu? - rosnei.

Edward deu de ombros e passou suas mãos pela minha cintura. Fez com que eu me sentasse de costas para ele entre suas pernas e acertou um beijo na minha bochecha.

- Quer saber os detalhes? - perguntou entusiasmado.
- Tenho até medo de saber. - debochei.
- Acompanha comigo. A empresa que mais se interessou disse que você competiu muito bem, mas tem uma coisinha que você tem que fazer para ganhar o patrocínio deles.
- O que? - senti meu coração acelerar um pouco.
- Eles conseguiram te inscrever num campeonato que vai ser em Nova Jersey. Se você entrar no pódio... - parou para respirar - ganha o patrocínio.
- Sério? - me virei de frente.
- É. As inscrições estavam fechadas, mas eu insisti bastante, fiz um pouco de chantagem. - enruguei o cenho - Jogada de marketing. - explicou - E eles te colocaram na prova. Mas você tem que ganhar um dos três primeiros lugares para assinarem o contrato de um ano de patrocínio.
- E quando vai ser o campeonato? - a confiança dele me entusiasmava.
- Bem, essa que é a parte.. complicada. Mas tenho certeza que você vai conseguir competir e se sai-
- Quando Edward? - o puxei de novo para o assunto.
- Er, em uma semana. - o sangue fugiu do meu rosto.
- Pode esquecer - tentei me levantar, mas me segurou firme.
- Pode me dizer porque?
- Estou sem treinar desde que Leah foi embora sem explicações. Só vou ter uma semana para treinar até uma competição com pessoas que só fazem isso da vida? - me indignei - Não quero ser humilhada na frente de todo mundo.
- Quer parar com esses pensamentos, por favor? Você não vai ser humilhada. Você é ótima, tenho certeza que vai conseguir caso se empenhe nessa semana. Você pôde na California, porque não aqui?
- Aqui é diferente. Eu não pratico faz semanas.
- Mas vai praticar e vai conseguir. - encorajou sorrindo.

- Não sei se posso.


Ele segurou meu rosto entre as mãos e me olhou bem de perto.

- Bella, eu já te vi descendo a rampa antes e eu sei que você é boa. Só te falta oportunidade e coragem, eu sei que no fundo você tem o sonho de ser profissional. - tentei fugir o olhar dele, mas sempre empurrava meu rosto para o alto de novo - Você tem que aproveitar agora. Se o tempo passar, você vai perder essa chance.

Pensei bem no futuro que estava me oferencendo. E lembrei que talvez James pudesse me ajudar.


- Tudo bem. Diz a eles que eu aceito. - suspirei vencida.


Me deu um beijo daqueles e depois me soltou desnorteada.

- Para falar a verdade, eu já disse. - sussurrou.
- Como sabia que eu ia aceitar?
- Não sabia. Mas confiei no meu poder de persuasão. - e me beijou de novo, me tirando completamente do mundo.
- Convencido. - resmunguei.
- Implicante.

Uma semana depois.

Havia outras garotas como eu, mas a maioria eram homens. A categoria ainda era pequena, mas as que estavam ali eram realmente profissionais. E de novata, só eu. Um ou dois participantes vieram puxar assunto antes de tudo começar, mas eu estava nervosa demais. Edward disse que ia me encontrar aqui. Eu sabia que os "tais" patrocinadores estavam assistindo tudo e queria que ele estivesse aqui do meu lado.


Sentei e me distrai ouvindo a conversa de dois caras sobre manobras. Eu estava muito insegura. Se não conseguisse, simplesmente ia não só me decepcionar, mas decepcionar Edward que se desdobrou em vários para conseguir tudo pra mim, James que me ajudou esses dias, e Nessie que era a única que sabia sobre tudo. Minhas mãos soavam frio, então as esfreguei na calça jeans.


- Isso tudo é nervosismo? - a voz veio do meu lado e logo suas mãos seguraram as minhas.

Por um momento fiquei embasbacada com seu sorriso, mas logo me recuperei.

- Onde estava? Porque demorou? E que sorriso é esse? - rosnei, puxando minha mão e cruzando os braços abaixo do peito.
- Calma Bella. Eu disse que viria, não disse? Pois bem, estou aqui, não estou? - brincou.
- Porque demorou?
- Porque antes de vir, fui buscar minha irmã na casa de uma amiga. - aceitei a desculpa - E a trouxe comigo. - completou.
- O que?
- Ela queria te conhecer. Pensei que não tinha nada demais. - deu de ombros.

Extravasei minha raiva com um murro no banco ao meu lado.


- Não fica assim, tá? Qual o problema da minha irmã te ver?
- Agora vou ficar sendo avaliada pela sua irmã. Isso é ótimo, Edward. Eu-
- Hey? - chamou minha atenção - Calma. Você está nervosa assim porque vai descer, né? - assenti  - Você vai conseguir, garota. - beijou minhas mãos.
- Não confio em mim. - resmunguei.
- Mas confia em mim, certo? - assenti e depois me surpreendi por ter o feito tão rápido.

 - Então, lembre-se de que confia em mim e que eu confio cegamente em você.


Era tão confortável ouvir aquilo vindo dele. Sorri um pouco envergonhada.


- Nos vemos depois? - perguntou, erguendo uma sobrancelha.
- Acho bom mesmo você me esperar. - respondi, me aproximando.

Edward me deu um beijo e depois foi embora.

Edward Pov

- Vamos vê-la agora? - Rose perguntou.
- Temos que achá-la primeiro. - resmunguei impaciente.


Estava começando a ficar completamente puto pela quantidade de pessoas que estavam ali. Apesar disso, ainda estava feliz por tê-la visto ganhar o segundo lugar. Caminhamos mais um pouco até que vi uma silhueta conhecida no meio das pessoas. Deixei Rosalie de lado e fui até ela, a abraçando por trás.


- Parabéns! - desejei no seu ouvido.

Bella se virou o mais depressa que pôde e me abraçou também.

- Cara, você me viu lá em cima? - apoiou suas mãos no meu ombro.
- Vi e vi também a reação daqueles meus amigos.
- Você acha que eles gostaram de verdade? - sussurrou.


Assenti e depois lhe dei um beijo. Podia sentir o entusiasmo passando dela para mim.

- Acha que acabou por aqui? - perguntei.
- Já quer ir embora? - enrugou o cenho - Não é seu mundo, eu entendo. - pude sentir até um tom de brincadeira na sua voz.
- Haha... Sabe que não é isso. Só que quero te apresentar a minha irmã. - ela se enrijeceu um pouco - Acabou de descer sobre uma prancha com quatro rodas uma pista de vários metros de altura, vai encrencar com minha irmã? Vem.


A arrastei até onde tinha deixado Rose. A posicionei bem de frente uma para outra e voltei a abraçá-la por trás.


- Bê, essa é a Rose. Rose, essa é a Bê. - elas se entreolharam.
- Oi. - Isabella disse, apenas levantando uma das mãos, num aceno tímido.
- Oi, er, caramba, você foi ótima lá em cima. - Rose disse da mesma forma.
- Valeu.
- É.. muito bom te conhecer.
- Também é bom te conhecer. - se não soubesse quem era, diria que Bella estava com medo de ser criticada.


Foi quando o vasto diálogo foi interrompido por uma outra competidora.

- Hey garota? - a garota chamou Bella que olhou assustada em reação - Você foi bem. - deu de ombros.

Bella fez o mesmo gesto.

- Acho que já tenho com o que me preocupar. - e saiu.

Foi então que reconheci a que tinha ganhado o primeiro lugar.

- Eu ouvi mesmo isso? - Bella perguntou só pra mim.

Apenas assenti e sorri como ela.

Bella Pov

[...]


- Como foi estar lá em cima? - Rose perguntou, se apoiando no banco de Edward e olhando para mim.


Estávamos voltando para casa no carro dele. Meu skate premiado, deitado no meu colo. E agora estava mais solta para conversar com sua irmã que era uma garota adorável.

- Como sempre. Apesar de ter ficado bem nervosa.
- Eu que sei. - Edward resmungou.
- Hey? - chamei sua atenção, lhe dando um tapa no braço.
- Confesso que apesar de admirar o que você vez lá em cima, não entendi quase nada. - Rose disse ficando com as bochechas vermelhas.
- Tudo bem. Relaxa.É difícil mesmo para quem está de fora. Quer que eu te explique? - ofereci, mas não acreditei que ela ia querer ouvir minhas baboseiras sobre skate.


Mas ao contrário do que pensei,  assentiu positivamente e com muita vontade.

- Acho que você só vai penar um pouquinho para me fazer entender. - deu uma gargalhada.
- Bem, deixa eu ver se... Bem, você se lembra como foi minha última descida?
- Tudinho.
- Vou explicar o que fiz nela. Eu queria uma nota ótima para entrar no pódio. Resolvi arriscar uma manobra, que foi a 540º. Cheguei lá em cima determinada. Firmei o truck e dropei, fui bem, cheguei do outro lado e dei flip in the air, voltei de costas, consegui um back side, catei direitinho no nose, aí.. depois acho que fiz heel flip e o 540º. Aí foi só respirar dei só mais um flip do outro lado. E passei o tempo com outras manobrinhas mais fáceis. - terminei e suspirei.
- E o que tem de fácil nisso? - perguntou.


Olhei para trás e a vi com a boca quase inteira aberta.

- Te atrapalhei mais, não foi? - perguntei.
- Olha a cara dela de quem vai repetir tudo assim que chegar em casa. - Edward debochou e Rose deu uma boa risada.

Ri também. Estava tão feliz que nada poderia estragar. Tentei explicar a maioria das manobras para ela, mas uma certa hora, já estava cansada de tanto falar. Era muita coisa para ensinar em poucas horas. Rose também desistiu de tentar me entender e disse que ia jogar tudo no google e comprar um skate para ela. Apoiei a brincadeira, apesar de desconfiar que ela o faria de verdade.


Foi ótimo conhecê-la, apesar de ser da mesma família, ela era completamente diferente da outra irmã de Edward que tive o desprazer de conhecer na California. Já em Nova Iorque, combinamos que iríamos para a casa dele, a deixaríamos lá e depois eu e ele tentaríamos um lugar pra conversarmos sobre o patrocínio.


Jamais imaginei que conseguiria algo do tipo, mas ele tinha realizado o meu sonho. E eu só queria um tempo a sós para agradecer.


- Vou deixar vocês sozinhos, mas sejam responsáveis. - Rose disse antes de descer do carro.


Edward bufou alto e a ouvi rindo. Já estávamos na garagem do prédio dele.

- Tchau Rose. - acenei.
- Beijos, Bê. - gritou antes de fechar a porta.


Edward desligou o carro e soltou o cinto de segurança. Olhei pelo vidro fumê a silhueta da irmã dele se afastando até sumir pela entrada que subia para o prédio e relaxei, soltando meu cinto também. Me ajustei até estar sentada de frente para ele.

- Er... gostei muito da Rose.
- Ela é bem diferente da Alice. Nós dois somos o lado branco da força nessa família. - resmungou, apoiando uma mão sobre o volante.

O silêncio em seguida foi um pouco incômodo, eu queria agradecê-lo mas não sabia como. Eu podia puxar qualquer coisa do meu pai, mas tinha que ter vindo logo essa dificuldade de dizer as coisas.

- Nós precisamos marcar um dia para falar com o pessoal. - ele começou - Marcar tudo para assinar o contrato.
- Tenho que convencer meu pai antes disso.
- Policial Charlie vai fazer alguma intervenção?

- Talvez sim, talvez não. - dei de ombros - Já sou maior de idade de qualquer forma.
- Foi o melhor presente de aniversário que consegui imaginar para você.
- Foi o melhor que eu já ganhei até hoje. Não se preocupe muito com isso, não sou muito de me preocupar com essas coisas. Sou-
- Bella - interrompeu.
- O que disse?
- Você é Bella. Quero dizer, diferente de tudo que conheço, entende?
- Isso é bom ou ruim? - gaguejei no final.
- Ainda não sei direito, mas por enquanto tem sido ótimo. - deu seu melhor sorriso torto e depois olhou para o chão.
- Posso mudar um pouco de assunto?

Ele assentiu, se virando de frente para mim também.

- Já agradeci hoje pelo que você fez por mim esses últimos dias? - minha voz estava presa na minha garganta.

Ele negou com a cabeça e se aproximou um pouco, como quem quisesse realmente ouvir o que eu dizia. Me aproveitei disso para apoiar as duas mãos em seus ombros.

- Não sei o que faria sem você. - tentei não olhar em seus olhos, estava com vergonha - Obrigado pela coragem... que você me deu. - engoli em seco.
- Já me agradeceu o bastante quando me deu aquele sorriso ao nos encontrarmos atrás da pista. - sussurrou.

Levantei o olhar e antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ele me puxou pelo queixo e colou nossos lábios. Sua boca se movimentou bem devagar com a minha, como se quisesse memorizar cada movimento. Meu coração disparou se chocando contra o peito com violência. Tive medo de que ele pudesse ouvir. Então, nos separou e passou suas mãos pela minha cintura.

- Vem mais perto. - pediu com um fio de voz.

Deixei que me guiasse até estar sentada no seu colo.

- Acho melhor nós... - não consegui completar meu raciocínio quando senti seu hálito quente no meu pescoço enquanto descia seus lábios até minha clavícula.
- O que? - perguntou ainda na minha pele.
- Nós... - apoiou a cabeça no banco - Porque parou?

Sua risada rouca veio logo em seguida, me fazendo sentir uma idiota. Queria me estapear ali e agora e pela primeira vez em muito tempo, minhas bochechas rosaram. Tentei esconder o rosto para que não visse, mas me puxou para encará-lo.


- Ficou com vergonha? - neguei com a cabeça - Me pareceu. - debochou - Ficou ainda mais linda com as bochechas rosadas, sabia?


Segurava meu rosto a centímetros do dele, então foi fácil acabar com a distância e pegar meu lábio inferior com os dentes. Arfei com seu gesto. Estava difícil me controlar assim, sentada em seu colo, com seus braços em torno de mim e sua boca pedindo pela minha.


- Está com pressa para ir para casa? - sussurrou ainda na minha boca.
- Nem um pouco. - confessei.
- Perfeito. - sorriu malicioso.
- Pode me explicar porque? - desci minhas mãos pelo seu peitoral.

Edward me olhou provocativo e passou suas mãos pela minha coxa, segurando possessivamente. Me arrepiei quando ele sussurrou no meu ouvido:

- Porque preciso de você agora. Minha.

Encostou seus lábios devagar nos meus. Sua língua se enroscou na minha e passou as mãos pela minha cintura. Eu queria tomá-lo de uma vez só, mas com Edward não havia pressa, eu sabia que ele ainda estaria lá amanhã. Sempre esteve, mesmo quando eu não queria.


Sem separar o beijo, consegui me ajeitar melhor em seu colo, passando uma perna em cada lado de seu corpo. O espaço era apertado, mas nada que não me impedisse de abraçá-lo. Brinquei com suas mexas cor de bronze entre os meus dedos, enquanto passava as mãos espalmadas por dentro da minha camisa.


Nos separei quando já não tinha mais ar nos meus pulmões e aproximei mais os nossos corpos. O movimento repentino o fez gemer alto, me descobri implorando por ouvir mais daquele som, então o beijei de novo com ainda mais vontade. Seus dedos frios escorregavam pela minha coluna, me causando arrepios. Eu precisava sentir a pele dele friccionando a minha. Sem esperar mais, arranquei minha camisa e joguei no banco do carona. Puxou de novo minha nuca para continuar me beijando sem rumo. Arrastei as mãos devagar pelos seus ombros, para tirar a camisa xadrez que usava por cima da camiseta branca.

Arranquei as duas com pressa e pude sentir a pele quente com a minha. Sem que eu percebesse, uma de suas mãos foi para debaixo do banco, e puxou uma alavanca que o fez deslizar para trás.


Edward me ajudou com o zíper da calça, enquanto beijava meu colo e com dificuldade a consegui tirar por completo. A vontade dele crescia cada vez mais. A sensação esmagadora que fazia meu peito subir e descer rápido com as batidas aceleradas. Achei na lateral no banco a segunda alavanca que nos fez deitar o máximo que pôde. Beijei seu pescoço, seu peito, descendo pelo início do abdômen. Ele gemeu meu nome e me ajudou a tirar sua calça. Estava com pressa, então arranquei a boxer junto.

Agarrou minha nuca com muita força e me beijou de novo, enquanto arrancava meu sutiã e, literalmente, rasgava minha calcinha. Com um movimento forte e único, me penetrou, tocando até o fundo. Joguei o corpo para trás, nos afastando um pouco, tentando sugar algum ar para os meus pulmões. Edward gemeu meu nome bem alto.


Não esperou que eu me acostumasse com seu membro e logo agarrou minha cintura passando a comandar meus movimentos sobre ele. As estocadas antes calmas, passaram a ser mais violentas. Quando consegui retomar minhas forças, apoiei as mãos sobre seu peito e rebolei. Ele jogou a cabeça com força contra o banco e mordeu o lábio.

- Porra, Bella. Continua. - grunhiu.


Não parei mais com os movimentos. Assisti admirada ao seu rosto tranformado de prazer. Os lábios entreabertos, inchados e vermelhos. Os olhos fechados com força.


Minhas pernas começaram a receber pequenos espasmos e a sensação incontrolável em meu ventre, mas estava cedo demais para parar agora. Consegui impulsionar meu tronco para cima e nos desconectar. Edward urrou em desaprovação e me olhou decepcionado.

- Mas o que...? - tentou perguntar.

Mas impedi que dissesse alguma coisa, o beijei urgentemente, antes de girar de frente para o painel.

Sabia que ele não entendia minhas intenções, até o momentos em que rocei seu membro na minha entrada e ele gemeu. Segurei firme no volante e desabei sobre seu corpo. Passei a rebolar com ainda mais força e não parávamos de gemer juntos. Mais algumas estocadas e Edward se sentou, nos abraçando pelas costas.


- Vamos, Bella. - implorou - Vem comigo. - gemeu no meu ouvido.
- Mais. - tentei pedir.

Ele me atendeu assim mesmo, segurando minha cintura com força e estocando ainda mais rápido. Já estava completamente sem forças. Não resisti mais e vim para ele. Aprisionei seu membro dentro de mim, o que o fez resfolegar de prazer. Em seguida, veio também, me inundando com seu líquido quente. Me apertou ainda mais contra seu corpo e beijou meu pescoço.


- Minha Bella. - sussurrou no meu ouvido.

[...]


- Boa noite. - me apoiei na porta, meu pai girou nos calcanhares.
- Onde esteve esse tempo todo? - rosnou.
- Eu... me atrasei.
- Passei no James e você não estava lá. - meu corpo enrijeceu involuntariamente - Acho que já entendi. Vamos conversar mais tarde, Bella. Agora eu tenho que sair. Vou trabalhar.


Foi quando percebi que ele estava com o uniforme da polícia.

- Acho que vai ficar confuso demais quando você chegar, pai. Quero te contar uma coisa agora. - recomecei.

Ele ergueu uma das sobrancelhas.

- O que? - rosnou.

De repente, Nessie apareceu na cozinha com muita animação.

- Boa noite, Bells.
- Boa noite, meu bebê. - beijei o alto de sua cabeça.
- Não estou tão ansioso assim para ouvir, tudo bem? Talvez quando voltar do trabalho.


Eu tinha que soltar tudo logo de uma vez, antes que perdesse a coragem.

- Participei de um campeonato hoje. - ele cruzou os braços curioso - Um amigo conseguiu para mim a inscrição.
- Que amigo?
- Nessie, vai lá para dentro, por favor? - pedi.


Ela levantou da cadeira e correu até nosso quarto.

- Acabei de dizer que ganhei uma oportunidade e você só se importa com quem me arranjou? - Charlie bufou em resposta - Para sua informação, ganhei o segundo lugar hoje e um patrocínio.
- Um o que?
- Um patrocínio. - quase gritei - Vou assinar o contrato assim que puder.
Negou com a cabeça.
- Mas não vai mesmo.
- Vou sim. - gritei - Acha que vai me impedir?
- Porque não se preocupada mais com a escola do que com esse maldito skate? - ralhou.
- Não pedi opinião. Só avisei.
- Não quero que você assine nada, entendeu?
- Sou maior de idade, pai. Só para te lembrar. - rosnei antes de sair da cozinha.

Precisava de um lugar para respirar.

Edward pov

- Onde passaram a tarde? - minha mãe se dirigiu a mim e Rose.


Olhei para minha irmã e percebi que ela não tinha a menor intenção ou vontade de respondê-la.

- Passeamos, mãe. Demos um pulo em Nova Jersey. - não dei muita importância a informação.
- Que passeio longe. - observou - Foram a algum lugar em especial?

Pensei por um instante em responder com a verdade. Pensei na tarde maravilhosa com o segundo lugar de Bella e nossos momentos sozinhos.
Lembrei do meu sucesso ao conseguir quebrar a barreira que ela criava em volta de si. E de como eu estava feliz nos últimos tempos. Porque excluir mamãe disso, certo?


Eu precisava aproveitar esse momento que Alice não estava em casa e prepará-los psicologicamente. Respirei fundo criando coragem e soltei de uma vez:

- Num campeonato de skate, mãe. Foi um ótimo passeio.

Ela me olhou com uma sobrancelha erguida.

- Não sabia que você, aliás, vocês gostavam desse tipo de coisa.
- Er, para ser sincero, Rose estava mais animada com a competição do que eu. Estava lá só para torcer por alguém.


Meu pai ainda não tinha levantado o rosto da mesa, estava desatento a conversa.

- Quem querido? - perguntou, soltando a colher devagar no prato.
- Minha namorada. - respondi sorrindo.

Meu pai engasgou em seguida com a sopa, obrigando minha mãe a lhe dar tapinhas nas costas, que quase se tornaram socos.

- Tudo bem, pai? - Rose perguntou.

Ele negou com o dedo e respirou fundo.

- Entendi bem, Edward? - rosnou - Quem você está namorando?
- Ah, pai. Não se preocupe. Você a conhece. Já cuidou dela, se lembra? Bella. - debochei de sua cara de espanto.

Minha mãe inclinou a cabeça.

- Cuidou dela? Por um acaso você está falando daquela menina que você atropelou um tempo atrás? Quero dizer, não é ninguém da sua escola?
- Porque a preocupação?
- Er, não estou preocupada. Só um pouco surpresa.
- Ah, sei. - debochei, me levantando da mesa.
- Onde vai? - meu pai perguntou.
- Para o meu quarto. - rosnei.
- Acho que não. - levantou também - Acho que precisamos conversar.

Bella Pov

- Vai tirar meu sono. - resmunguei, assoprando o café quente.
- Não importa. Talvez assim, você me faça companhia madrugada a dentro. - James brincou, fazendo o mesmo que eu com o café.


Se sentou ao meu lado no chão, com o rosto cansado.

- Tem certeza que não quer dormir? Eu posso ir embora. Você parece muito cansado.
- Tudo bem. Quero ouvir sobre hoje a tarde. - suspirei vencida.
- Foi demais. - tentei segurar a empolgação, mas não fui muito bem nisso.

James sorriu.

- Segundo lugar? Uau, Isabella. Nem eu acreditei. - sussurrou.
- Não acha que sou capaz? - ralhei.
- Claro que você é capaz. Fui eu que te ensinou a andar nisso. - apontou para o skate com pé.
- Idiota. - rosnei, lhe dando um soco no ombro.

Ele balançou para o lado e deu uma gargalhada.

- Agora, eu quero saber uma outra coisa. - lembrou.
- Fala, chato.
- Quais são as reais intenções desse mauricinho com a minha garota?
- Uau, que ameaçador.


Ele sorriu de novo e se aproximou. Foi quando ouvi passos na escada que desciam do apartamento para dentro da oficina. Victoria apareceu vestindo um roupão, com os cabelos presos e cara de poucos amigos.

- Você Bella? - perguntou debochada - Oi.
- Hey, Vicky? - dei oi tímida.
- Desculpa, comadre, mas acho que é hora do meu esposo dormir.
- Já disse isso para ele. Mas não me ouve. - brinquei - A mulher manda, acho melhor ir, James. - sussurrei.

Ele sorria também, mas só enquanto olhava para mim, quando voltou a olhar para Vicky, seu sorriso desmanchou.

- Subo já. Preciso conversar com Bella. - respondeu baixo, porém decidido.

Ela deu um sorriso debochado e subiu os degraus com raiva.

- Perdi alguma coisa? - perguntei um tempo depois.

Ele abaixou a cabeça.

- O que já tinha dito antes, não estamos muito bem. Por isso mesmo te liguei e pedi que viesse aqui. Queria conversar com alguém para respirar.
- É exatamente assim que me sinto o tempo todo. - resmunguei.
- Ela tem me deixado louco depois do nascimento do bebê e... sei lá.
- Paciência. Vocês se gostam, é fase. - tentei fazer com que se preocupasse menos.
- Se eu pudesse, subia num skate como você e começava a competir de novo.
- Seu joelho ainda dói muito? - perguntei.

James assentiu e levantou a calça jeans até a altura dos joelhos, onde vi a cicatriz da largura de um dedo que ele tinha logo embaixo da patela.

- Não sei se vou operar. - deu de ombros - Não importa agora. Já apostei minhas fichas em você. - brincou.

Me encostei na parede, lembrando do quanto James era bom no skate e tinha desistido de tudo quando num tombo os médicos o impossibilitaram de fazer qualquer coisa.

- Já alguma vez agradeci por você ter me dado um skate? - perguntei curiosa.
- Agradecer? - se indignou - Você já chegou mandando que eu te emprestasse meu skate. Você botou banca em mim e só tinha nove anos de idade. Aliás, você me deve um skate, porque aquele você nunca mais me devolveu. - ralhou, se levantando.


Ri alto, enquanto ele me ajudava a levantar também.

- Hora de ir para casa, Bella. Já está tarde.
- Nos vemos depois? - peguei o skate e coloquei embaixo do braço.
- Claro, até mais tarde. - se despediu, subindo os degraus da escada.

Fui embora em seguida, trancando a oficina com minha chave. Mas antes que subisse no skate e voltasse para casa, o ouvi me chamando:

- Hey, Bêzinha? - me virei depressa.
- Saudades de mim? - Jared perguntou debochado.

Não tive reação. Apenas fiquei o olhando assustada.

- Caramba, Bê, parece que viu fantasma.
- Antes fosse isso. - rosnei.

Ele deu um sorriso falso quando abaixou a cabeça e veio andando na minha direção.

- Éramos amigos, não se lembra?
- Certas coisas prefiro esquecer. Mas antes que o papinho comece, o que quer comigo? Porque está me seguindo?
- Eu? - perguntou assustado - Te seguindo, Bê? Faz favor, né garota? Tenho mais o que fazer da minha vida. Só vim atrás de você porque tenho um recado do Jacob.
- Manda o Jacob para de me - comecei a gritar, mas Jared já estava perto o suficiente para me puxar pelo braço e tapar minha boca.
- Será que você é tão burra assim que não consegue entender que quando a gente entra, não consegue mais sair?


Balancei a cabeça, tentando me livrar da sua mão, mas ele a apertava com força.

- Fique satisfeita por ter sido eu a dar o recado, porque se fosse o Paul, você estava fudida. Ele tá louquinho para dar umas porradas em você depois de tudo que fez.


Me soltou em seguida com um empurrão. Olhei em volta, mas a rua estava vazia, sem ninguém para me ajudar.

- O que eu fiz? - perguntei um pouco confusa.
- Deixou o Jake maluco. Mais do que ele já era. Lógico. Mas, então, disposta a ouvir o recado ou vai dar outro showzinho?

Dei um passo atrás, mas assenti com a cabeça.

- Bom, muito bom. - elogiou - Ele quer te ver.
- Co-mo? - gaguejei.
- Ele-quer-te-ver. - rosnou - É tão longo assim?
- Engraçadinho. O que ele quer comigo?

- Esse assunto eu não posso adiantar. - resmungou rindo - Mas se fosse você, não deixaria de ir. Não seria bom que ele se irritasse. Você sabe quem pode acabar pagando por isso no seu lugar. - meu coração apertou quando lembrei de suas ameaças com Nessie.
- Sei. - sussurrei - Quando?
- Na terça. Hoje é sábado, tem bastante tempo para arrumar um espacinho para ele na sua agenda até lá. - riu.


Eu apenas assenti.

- Bom saber que você ainda tem juízo.
- Bom saber que você nunca vai ter caráter. - rosnei.


Jared fechou a mão em punho e se preparou para me bater. Fechei os olhos sabendo o que ia acontecer, mas quando os abri de novo, ele já estava alguns passos de distância. O porquê de sua hesitação martelou na minha cabeça, enquanto ainda estava parada na frente da oficina, mas era melhor esquecer esse assunto e ir embora.

Edward pov

- O que aconteceu ontem? - Rosalie entrou no meu quarto já perguntando.
- Bom dia para você também. - terminei de vestir minha camisa.
- Ah. Sem enrolação. Você e papai saíram ontem da mesa com aquelas caras e quando ele voltou nem abriu mais a boca.
- Como se ele fosse de conversar durante o jantar. Aliás, como se fosse de conversar com os próprios filhos. - rosnei.


Rosalie se sentou na minha cama silenciosa.

- Sabe que não estou mentindo. Ele só olha para nós quando precisa brigar ou impor alguma coisa de seu gosto. Estou perdendo a paciência com isso.
- Edward se acalme. - pediu.
- Me acalmar? - gritei - Ele pediu que eu me afaste de Bella. Sabe porque, Rosalie? Porque ele é um preconceituoso, ignorante e...
- Edward. - chamou minha atenção - Já chega, não acha?
- Não. Não acho. Para falar a verdade, ainda nem comecei. Mas infelizmente não tenho coragem suficiente para falar tudo que ele merece na cara. - soquei a parede ao meu lado - Como posso ser tão idiota?
- Senta aqui, por favor? - apontou para o espaço do seu lado da cama.

Andei até ela e me sentei.

- Não fale essas coisas do papai. Estando você certo ou não, é melhor que guarde esse tipo de coisa só para você. Sabe o que pode acontecer se alguém ouvir.
- Uma briga. - sussurrei.
- Sim. E apesar de tudo, ele ainda é nosso pai. Se ele está te proibindo de ver a Bella, o que te resta a fazer é mostrar a todos que ela não é o que ele pensa. E nós dois sabemos que não é.
- Porque ele não consegue nos escutar? - perguntei quase que para mim mesmo.
- Se enão nos ouve, vamos comprar um megafone, que tal? - brincou.

Sorri com a brincadeira e me deitei, a trazendo para deitar comigo.

- Acho que tive uma idéia. - sussurrei.
- Que implicaria?
- Em trazer a Bella aqui.

Ela me olhou curiosa.

- Temos que mostrar a ele que ela não é como o que pensa. Tenho certeza que podemos conviver juntos, certo? - assentiu - Noite passada fui proibido de procurá-la, e pelos motivos que já te contei, ela não gosta que eu vá onde ela mora.
- Já entendi tudo. - resmungou, se sentando - Sobrou para mim?
- Pense como um favor. Te recompenso depois. Amanhã a noite, um jantar aqui em casa. Pegamos papai e mamãe de surpresa, não terão como recusar.
- Vai deixar papai mais furioso.
- Ele não vai começar a gritar na frente dela.
- E vocês não estará desrespeitando a ordem dele porque serei eu a procurá-la, certo? - apenas assenti - É por isso que sou a ovelha negra dessa família. - resmungou se levantando e indo na direção da porta.
- E olha que estou fazendo um ótimo trabalho para tomar seu lugar, hein? - brinquei.


Fiz uma figa involuntariamente. Bella tinha que aceitar.


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