Finalmente de volta a casa, adoro estar em África a ajudar os outros, mas não há nada como a nossa casa, ajudarmo-nos a nós próprios a ser felizes e estar sempre juntos com quem amamos.

A minha vida amorosa nem sempre foi fácil, alias passei por muito, que desejo que mais ninguém passe.

Quando era mais jovem, e tinha 17 anos , viajei pela Europa e estive durante 6 meses em Volterra, uma pequena terra em Itália, com milhares de lendas, lá conheci uma pessoa que me marcou para sempre, chamava-se Caius, durante esses 6 meses julguei ter encontrado o homem perfeito, mas ninguém é perfeito, ele bateu-me por varias vezes e muitas delas tive que ser assistida no hospital, foram tempos horríveis, por isso assim que pude saí imediatamente de Volterra e tentei esquecer Caius.

Voltei para a minha terra natal – La Push, e tentei ser feliz.

Com 19 anos conheci Jacob, o meu namorado moreno, alto e musculado, vivemos juntos à mais de 3 anos e já estamos a planear casar, mas ainda não é nada oficializado.

Com 20 anos, descobri a minha verdadeira vocação, ser voluntária em África, ajudar crianças.

Devido ao meu trabalho, tenho de me ausentar muitas vezes de casa, e de Jacob. Como não tinha rede em África, a única maneira que tinha de falar com Jacob era por carta.

Guardei todas as cartas que ele me mandou, mas uma marcou-me significativamente, por isso agora, dentro deste pequeno, avião que me trás de volta à vida normal, leio-a, mesmo antes de poder abraçar Jacob.

“Querida Bella,

Já passou algum tempo desde a última vez que nos vimos.

Estou contente por me teres escrito a ultima carta e também sinto a tua falta.

Estupidamente sinto saudades dos teus pés gelados a baterem-me nas pernas enquanto dormimos, tenho saudades de te ouvir rir e de manha acordar e olhar para o teu ar angelical a dormir.

De certo modo há tanta coisa para contar que eu não sei por onde começar, bem, talvez começar pelo inicio fosse uma boa ideia não é?

Sabes, o Jared ensinou-me a surfar, agora todos os dias de manha, entro no mar com a prancha e imagino ver-te a vir na linha do horizonte para junto de mim, eu sei que é estúpido, mas é o que realmente sinto, e não importa, porque todos os apaixonados dizem coisas sem sentido e extremamente parvas.

 Não sei como dizer isto, tenho vergonha, mas queria pedir-te uma coisa, podes dizer sim ou não, eu garanto que não me importo.

Bella, queres casar comigo?

Aguardo resposta rápida meu amor.

Amo-te simplesmente e ninguém nem nada vai mudar o que eu sinto por ti.

Beijos, com muito amor.

Jacob”

Senti o avião a parar. Olhei pela janela, e consegui ver as belas paisagens da América.

Apanhei um táxi.

-Para onde deseja a menina ir? – perguntou amavelmente o Taxista

-Para La Push por favor.

O taxista colocou as malas na bagageira e seguimos até La Push, sentia-me mais ansiosa do que nunca.

Só a minha irmã Rosalie é que sabia que eu vinha, Jacob não sabia, iria ser uma surpresa.

Estava tão ansiosa e tão feliz, quando me deu uma dor na mama, estranhei, mas não liguei.

O táxi parou mesmo em frente à praia, junto da minha casa, saí, e conseguia ver Jacob na sua prancha.

Enquanto o taxista tirava as minhas malas do carro, eu corri, para dentro de água, vestida na mesma e nadei até chegar a Jacob.

-Jacob – gritei enquanto nadava

-Bella!!! – exclamou ele surpreendido.

Com a sua prancha Jacob nadou até mim, e colocou em cima da prancha para me beijar.

Aquele beijo soube tão bem, há já muito tempo que não sentia os seus lábios nos meus.

Saímos para fora de água, e outra dor surgiu-me novamente na mama, mas desta vez mais forte, por isso gemi “au”.

-Que foi Bella? – perguntou Jacob preocupado

-Nada. . .