No Quarto 30 escrita por JustMe


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Foi escrita porque eu tinha que fazer um conto(tarefa de redação!), só que sempre que eu escrevo uma coisa, eu espero que eu mesma goste, o que foi o caso!! Enjoy it!!



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A sineta da porta tocou acordando o balconista. Emergiu no recinto, um jovem de aspecto cansado. Com uma roupa qualquer, o cabelo desgrenhado e apenas uma sacola na mão, ele se dirigiu ao senhor atrás do balcão pedindo-lhe um quarto vago, ao que este respondeu que todos estavam livres.

O garoto esboçou um sorriso de satisfação e rapidamente pediu o 30, entregando ao balconista a diária do hotel abandonado, enquanto recebia as chaves. Ele subiu em disparada para seu quarto.

Já dentro do cômodo, abriu a sacola e retirou dela algus papeis e uma caneta. Olhou bem ao redor, observando o papel de parede desbotado, a madeira gasta em alguns pontos, o teto com marcas de goteira e o sangue seco em partes do chão que um dia fora branco. Apertou a caneta na mão e voltou-se para a folha branca e começou a manchá-la com a tinta de sua carta suicida.

Nessa carta, relatou suas 29 frustradas tentativas de suicídio, muitas delas interrompidas por um amigo ou parente dando um sermão de como a vida vale a pena, todavía ele tinha certeza de que somente na 30ª conseguiria. Afinal, 30 era o seu número da "sorte", nasceu em 30/03 (n/a: pra quem não entendeu, 03 é 30 ao contrário, como se a barrinha fosse um espelho!), quando seus pais tinham trinta, a idade em que se apaixonou e a atual, etc. E nessa tarde nebulosa de 30 de junho (n/a: junho= 03+03), não foi diferente.

Ele terminou a carta suicida em meia hora, não havia muito a contar, exceto que estava nesta situação por causa de uma garota por quem se apaixonara na faculdade - que o expulsou no trigésimo primeiro dia - e descobriu que nunca teria a chance de fazê-la feliz.

Às três e meia, com tudo pronto, adaga brilhando pela lâmpada e as costas na janela - se a faca não adiantasse, a queda resolveria tudo -, a porta se abriu num estrondo e uma mulher de aproximadamente 25 anos adentrou o recinto. Seu rosto preocupado, seus cabelos bagunçados e seus olhos pretos como carvão foram as únicas coisas que o fizeram hesitar.

Ela, cautelosamente, foi ao seu encontro e abraçou-o, fazendo-o soltar a adaga, beijou-lhe as maçãs do rosto, até então pálidas, e perguntou o que estava fazendo, ao que instantaneamente ele entregou a carta.

Leu atentamente e em silêncio. Ao levantar os olhos do papel quando terminou, ele pôde ver uma lágrima em seu rosto no único segundo que levou para ela beijar-lhe.

O beijo foi seguido pelas desculpas chorosas dela e pelas juras de amor de ambos regadas por lágrimas. E assim permaneceram por uma hora, até os dois estarem prontos para o árduo mundo real.


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Notas finais do capítulo

Liked? Nem parece que foi pro colégio, né? Acho que a professora acho muito sombria e séria pra um colégio religioso, mas e daí? Reviews, please!!!



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