Não sei como nunca pensei em passar alguns dias longe das minhas fãs. Eu sempre dei muita atenção a elas e acabei esquecendo-se da enorme família que eu tinha.

Sentia muita falta deles principalmente dos meus pais. Então simplesmente abandonei uma turnê mundial para passar algumas semanas com meus primos aventureiros, minhas tias chatas, as primas gostosas e meus pais protetores.

A reunião seria feita em um sitio, onde passei boa parte de minha infância e aonde vivi muitas aventuras que sempre pensávamos mais nunca tínhamos coragem de realizá-la, já que éramos apenas crianças e nossos pais sempre proibia a gente de fazer alguma coisa que eles achassem que fosse perigoso demais.

Scooter e Kenny aproveitaram para viajar e o resto da minha equipe foram para casa ficar com suas famílias.

O avião foi perdendo altitude aos poucos, eu já sabia que estava chegando. Assim que o avião tocou o chão e parou, varias pessoas saíram do avião em uma enorme pressa, parecia que o mundo fosse acabar. Quando o avião estava quase vazio, peguei minha mala de mão e desci.

A luz do sol quase me cegou. Mas mesmo com a luz do sol nos meus olhos pude ver meus pais. Não queria chamar muita atenção. Então caminhei calmamente até eles.

Abracei a minha mãe primeiro. Sentia falta de seus abraços, seus beijos e sua preocupação quando eu ia dormir muito tarde. Olhei bem para meu pai, não havia mudado nada. Continuava em seu jeito brincalhão.

Em um das mãos segurava o Bennys meu urso. Eu costumava dormir com ele quando tinha 5 anos de idade.

-Trouxe o Benny. Ele também estava com saudades!-

Dei um sorriso para ele e peguei o Benny. Quando era pequeno tinha dificuldades para dormir longe dos meus pais. Então minha mãe passava um pouco de sua colônia no Benny, assim eu pensava que ela estava lá.

Ri com a lembrança vinda a minha cabeça. Entreguei a bolsa que carregava na mão para o papai e fomos atrás da minha mala.

Fomos para fora de aeroporto. Meu pai estava com o mesmo carro. Ele tinha amor a seu Porsche.Metade do caminho foi em silêncio. Eu não tinha muito que falar.

A maioria das coisas ele já sabiam, era só entrar em algum site de fofoca e sair lendo. Mas claro que boa parte daquilo era mentira, mentiras que rendiam muito dinheiro para quem as inventava.

-Justin, e a sua namorada a tal Jasmine. Porque ela não veio com você?-

-Mãe! A Jasmine é só a minha amiga. Somos bons amigos. Eu nunca quis e nem quero namorar com ela. Ela é bonita confesso, mas acho que não teria coragem de a chamar de minha namorada. Seria estranho!-

-Hum... Sei!-

Bufei e revirei os olhos. 

-Ei. Passamos do caminho de casa. Para onde estamos indo?-

-Chamamos uns amigos para ir com a gente. E o carro deles está cheio e pediram para a filha deles vir com a gente. E eles não conhecem o caminho-

Não falei nada. Pelo menos teria alguém com que conversar, e não teria que ouvir meus pais cantarem terríveis musicas durante todo o caminho. Meu pai foi diminuindo de velocidade até que parou bruscamente. Olhei pela janela.

Três pessoas estavam de pé ao lado do nosso carro. Deduzi com a minha inteligência de que eles eram os tais amigos dos meus pais.

Meu pai saiu do carro e deu um aperto de mão no homem e depois abraçou as duas mulheres. Eu abaixe o vidro e pude ouvir o que eles estavam conversando.

-Aquele é o meu filho Justin. E acho que vocês devem conhecer ele-

Fiz um sinal de legal para eles.

-Minha filha tem uma pequena queda por ele-

-Pai!-

A menina logo ficou vermelha. Eu queria rir, mas segurei. Não queria ver ela mais vermelha do que estava. Ela entrou no carro. Eu fiquei a olhando.

Seu cabelo era loiro liso, mas formavam pequenos cachos nas pontas. Seus olhos eram azuis com o mar. Um sorriso bobo surgiu em meu rosto e a menina começou a ficar vermelha. 

-Oi!- 

Puxei assunto com ela.

-Oi!-

-Tudo bem?-

-Hum... Sim. E você?-

-Melhor impossível-

-Que bom... -

- Qual o seu nome?-

Meus pais estavam entretidos cantando uma musica horrível.

-Annabeth. Mas pode me chamar de Anna-

-O meu é Justin mais pode me chamar de Baby!-

Ela deu uma risada. Era claro que ela sabia quem eu era.

-Eu não vou lhe chamar de baby. Nem o conheço direito-

- Mas pode conhecer-

Eu estava falando tudo sem pensar duas vezes. Eu não queria assusta-lá. Mas não queria que ela me achasse um idiota em ficar parado pensando em que resposta dar.

-Minha amiga iria pirar em saber que eu estou no mesmo carro que o Justin Bieber!-

Dei uma risada.

-Ela é super irritante. Se eu falo qualquer coisa ela já associa a você e começa a falar de você. Às vezes tenho que ser chata e a mandar calar a boca. Tem coisas que eu preferia nem ficar sabendo, mas ela faz questão de contar e ficar repetindo-

Logo um silêncio surgiu entre nós. Eu não sabia o que falar. Meu assunto tinha acabado. Mas minha mãe foi a primeira a quebrá-lo.

- Annabeth querida. A viagem vai demorar um pouco. Se sentir fome é só avisar que paramos em algum lugar e se quiser ir ao banheiro também avisa-

-Tudo bem Sra. Pattie. Eu irei avisar!-

- Sra Não. Pode me chamar de Pattie!-

Annabeth não respondeu nada apenas se encostou ao banco e fechou os olhos. Eu encostei meu rosto na janela do carro e fiquei olhando as arvores e casas correrem com a velocidade do carro. Eu não sentia sono apenas fiquei murmurando baixinho uma musica qualquer que veio na minha cabeça.