Jogo

Todos olharam para ele. Light estava se sentindo muito desconfortável.

“Light Yagami, que surpresa, a mente criminosa por trás de todas as mortes.”

Mello. O pior de todos.

“Sim.”

Não adiantava nada negar. E por que ele faria isso? Light tinha orgulho do que tinha feito. Ele tinha sido deus, por alguns momentos. Quantos seres humanos chegariam perto de tal façanha?

“Fico feliz em saber que pegaram você.”, completou Mello, fazendo uma careta.

Matt levantou-se lentamente da cadeira onde estava sentado, virando-se para Light.

“Seu filho da mãe.”

Com um movimento rápido, ele acertou um soco bem no meio do nariz de Light, que caiu sentado no chão com a mão no rosto. Ele não tinha sentido nada, apenas o impacto do punho. E Matt tinha caprichado, acertando-o com toda sua força.

Matt sentou-se novamente em seu lugar à mesa, acendendo um cigarro.

“Isso foi inútil, meu querido, ninguém sente nada por aqui.”, Mello sorriu para ele com doçura.

“Eu sei, mas me proporcionou uma certa satisfação. O cara merece.”

Mello deu tapinha leve na mão dele.

“Eu sei, eu também gostei, obrigado.”

Matt parecia ter se derretido de satisfação ouvindo esse comentário.

“Foi um prazer, amor.”

“Alguém mais vai apostar?”, Takada pareceu estar bastante irritada, “Parem com essa babação, vocês estão me deixando enjoada.”

“Não. Vambora, mostrem suas cartas.”, respondeu Matt.

“Par de ases.”, disse Mikami, abrindo sua mão sobre a mesa.

“Fraco, fraco, eu tenho três damas e dois reis.”, disse Mello, com um sorriso.

“Pff. Isso aí não vale nada. Quatro damas.”, Takada mostrou a língua para ele.

“Straight Flush.”, disse Matt, puxando os feijões todos para si, “Ganhei.”

“Vocês estão jogando com feijões?”, Light estava surpreso.

“Você devia ficar grato de termos feijões.”, comentou Matt, soprando a fumaça, “E cigarros.”

“Pensei que não teria nada por aqui.”, Light estava de mau-humor, mesmo não sentindo nada, tinha levado um soco.

“Não tinha.”, disse Matt, olhando para ele, “Mas nós temos um... fornecedor.”

“Fique quieto.”, Mello disse isso como uma ordem, “Não podemos confiar nele.”

“Desculpe.”, Matt ficou sem graça.

“Quem dá as cartas?”, perguntou Mikami, que aparentemente, ainda não tinha vencido nenhuma rodada, ele era o que tinha menos feijões.

L puxou Light pela manga da camisa.

Mas o que é que ele queria agora?

“Não acredito que você não quer mesmo saber quem foi que eu matei usando o Death Note.”

Light fez uma careta de aborrecimento. L não ia largar aquele osso de jeito nenhum.

“Tá bom, fala logo, então.”