Bom, você deve estar se perguntando o que houve com o Robert, simples: o otário parou de tentar ficar com a Annabeth depois que eu mostrei para ele como eu lutava a sério, o cara ficou acabado, eu inteirasso e ele, bem vamos dizer assim, ele ficou com cortes no corpo inteiro, desmaiou, foi para enfermaria e sem querer eu quebrei o braço do coitado, simplificando: peguei mais pesado que o próprio Kennedy Killer, que me elogiou pelo "trabalho feito".

   Nas semanas seguintes eu e a Annabeth voltamos a namorar, mas então chegou o dia da entrega das contas e eu ia embora naquele dia.

  Eu acordei cedo porque tinha muita coisa para arrumar. Eu estava arrumando a minha mala quando alguém tapou meus olhos.

- Adivinha quem é - ela sussurrou em meu ouvido

- Nossa quem será? - brinquei - Será que é uma ninfa? Não, ninfas são menos agressivas. Não é... Annabeth.

  Virei-me e segurei-a pela cintura, ela estava usando uma camisa regata e um short não muito curto, mas curto. Eu sorri quando vi usando esta roupa estava linda.

- Tá sorrindo porque, Cabeça de Alga?

- Porque você está linda! - e beijei-a

- Você acha mesmo? Ou será que é só para me agradar?

- Os dois – eu soltei a cintura dela, me virei e voltei a arrumar as minhas coisas, enquanto eu arrumava as minhas coisas a Annabeth sentou na minha cama e ficou me olhando.

  Quando eu acabei eu fui até minha cama e sentei do lado da Annabeth, que deitou a cabeça no meu colo.

- Você tem mesmo que ir morar com seu pai? - ela me perguntou enquanto eu acariciava a sua barriga.

- Tenho sim. Eu prometi para ele, mas nos fins de semana eu vou ir te ver, e eu vou embora depois da entrega de contas.

  Ela se sentou de novo, eu me virei para ela e ela me abraçou.

- Mas no resto da semana eu não vou te ver Pers. - como era raro ela me chamar assim - Vou sentir sua falta.

- Eu também vou sentir a sua, Annie, mais do que você imagina. - ela soluçou e eu percebi que ela estava chorando - Ei, porque você está chorando, Sabidinha?

- Eu não quero que você vá Pers.

  Eu a olhei nos olhos, eles estavam cheios de lágrimas, peguei ela e botei-a no meu colo, tirei as lágrimas do rosto dela e beijei-a.

- Annie, não chora, eu odeio te ver assim, principalmente quando a culpa é minha.

- A culpa não é sua, Pers.

- É, sim, Annie. Eu estou indo embora, você não quer e agora está chorando. Eu me acabo com isso.

  Ela ficou me olhando por um tempo, depois botou a cabeça no meu ombro e eu fiquei acariciando o seu braço. A gente ficou um tempo sem falar nada até eu falar:

- Você está muito desanimada, Annie, anda vai, anime-se.

- Só vou me animar mais se você for morar em Manhattan. - ela falou fazendo beicinho.

- Ah, é mesmo! - a peguei, joguei em cima da cama e comecei a fazer cosquinhas. Ela ria e pedia para parar. Fiquei fazendo cosquinhas nela por uns três minutos, quando a parei estava com a mão no meu peito e com a respiração pesada e eu estava em cima dela (mais ou menos com os joelhos em volta das cochas dela e os braços em volta dos ombros) e com o sorriso do gato de Alice no País das Maravilhas no rosto.

  Ela sorriu para mim e eu sorri para ela de volta, fui abaixando devagar até chegar perto do seu rosto, ela me olhou docilmente e eu beijei-a do mesmo jeito que eu tinha beijado-a depois de falar que eu a amava e ela retribuiu de novo, me apoiei nos ombros para não pesar em cima dela e ela estava com os braços envolta do meu pescoço. Enquanto nos beijávamos eu a peguei pela cintura, virei-me e botei-a em cima de mim.

  Eu parei de beijá-la, olhei-a nos olhos e ela falou:

- Eu te amo - e me abraçou

- Eu também, Annie. - sussurrei em seu ouvido e abracei-a, a puxando para mais perto de meu corpo.

  Nós ficamos um tempo assim até tocar o sinal para o café da manhã, como eu já tinha arrumado minhas coisas não iria me atrasar, nós dois fomos até o pavilhão junto, eu fui com o meu braço envolta da cintura dela e ela pegou a minha outra mão e foi segurando.

  Chegamos ao pavilhão e o Quíron estava na entrada esperando o resto do acampamento chegar, ele ia falar alguma coisa importante. Quando todo mundo chegou ele começou:

- Bom dia, semideuses. Eu tenho um aviso que aposto que vocês vão gostar: hoje você podem sentar com quem vocês quiserem. - todo mundo ficou animado com o aviso.

  Eu e a Annabeth fomos nos sentar-se à mesa de Poseidon, já que era uma das únicas que estavam vazias, nos sentamos juntos e começamos a tomar o café da manhã depois das oferendas. Annabeth inventou de me dar comida na boca como se eu fosse criancinha, eu não me incomodava e eu até gostava.

  Nós acabamos e fomos para a praia, como no dia seguinte o pessoal ia embora não tinha motivo para as atividades normais acontecerem. A gente chegou numa parte da praia (meio escondida), eu sentei e ela sentou no meu colo, nós ficamos conversando por um tempo aí a Annabeth virou-se, me empurrou (de leve), subiu em cima de mim e me beijou.

- Porque você fez isso? - eu perguntei

- Porque eu estava com vontade. - me respondeu e me deu um beijo na bochecha.

- Abusada! - ela riu e quando ela parou, eu a beijei.

  Depois nós ficamos conversando normalmente, e foi assim o dia inteiro: nós ficamos conversando. Mas aí chegou a hora da entrega das contas, nos entregaram as contas e todos foram para a cantoria, menos eu e Annabeth que me acompanhou até a praia.

  Chegando à praia eu vi Tyson conversando com um cara meio tubarão (ele tinha dentes que nem um tubarão, tinhas brânquias e os olhos eram iguais o de um tubarão-branco), eu chamei o Tyson:

- Tyson, ei grandão como é que vai? - ele me viu e foi me dar um abraço de urso quase quebrando minhas costela.

- Oi, Percy. Oi, Annabeth, você está linda como sempre. - se o Tyson não fosse um ciclope ele teria conquistado várias garotas.

- Obrigada, Tyson. - ela falou sorrindo.

- porque você está aqui grandão?

- Papai me pediu para te ajudar com as malas. Ah, e esse aqui é o Shark, ele é filho de uma ninfa do mar com um tubarão-branco. Veio ajudar também.

- Nossa que maneiro! - eu apertei a mão do Shark - Sua mãe é bem corajosa de namorar um tubarão-branco! - ele riu

- Também acho, ainda mais ter filhos com um, eu ainda tenho dois irmãos e uma irmã mais nova.

- Uau, nossa. Muito corajosa mesmo.

  Eles dois pegaram as minhas coisas, eu falei que já estava indo e entraram no mar, eu esperei por um momento e fui falar com a Annabeth.

- Bom, acho que já tenho que ir.

- É, e a partir de hoje, você só vai me ver nos fins de semana. - a voz dela estava chorosa.

- Também, mas e se você for à minha festa de aniversário dia dezoito você vai poder me ver antes do fim de semana e além do mais, eu vou passar a semana inteira na minha casa em Manhattan. - falei pegando a mão dela e depois a passando na cintura dela.

- Você está me chamando para a sua festa de aniversário, Pers.

- Tô sim, você vai ser minha convidada de honra, Annie. - a puxei para mais perto e beijei-a- Bom, agora eu tenho que ir, ou então vou chegar mais tarde do que devo.

- Bom, então, tchau, meu amor. - ela me beijou e eu fui para o mar para ir para a minha nova casa.