Alvorada da Neve escrita por Kristain


Capítulo 2
Segunda Alvorada


Notas iniciais do capítulo

O capítulo saiu rápido,pois estou animado com essa fic! >.
Qualquer erro ortográfico, me desculpem!!
Nessa capítulo contém ação e uma cena básica mesmo de ecchi!!!
Boa Leitura!!!
XD



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O museu municipal era enorme, ocupava cerca de uma quadra. O objeto em destaque no museu era o medalhão de platina. Ele é raro, pois é um medalhão datado do ano 1200, o qual ainda não se tinha nenhum conhecimento sobre a platina. Visto isso, um colecionar de antiguidades estava querendo esse medalhão e como ele não estava à venda, requisitou uma missão dos “assassinos” para roubar a antiguidade.

Filipe já estava no terraço do museu, olhava para o medalhão através do teto solar. O vidro era transparente, então não atrapalhava sua visão. O medalhão estava dentro de uma caixa no mostruário do museu, parecia não ter nenhuma segurança, nem um guarda, nem uma câmera, nada.

- Está muito fácil pra ser verdade. – cochichou Filipe, coçando seu queixo, pensativo.

Uma ventania envolveu Filipe, ele olhou para o alto e viu Valéria chegando. Ela parecia um anjo de gelo, quando batia suas asas de gelo soltava um vento de um branco cristalino. Seus cabelos também brancos balançavam e Filipe ficou hipnotizado por aqueles olhos azuis.

- Linda demais... – ele sussurrou não desgrudando seus olhos nem por um segundo dela.

Com mais um bater de asas, as tais desapareceram soltando flocos de neve e Valéria caiu ao lado de Filipe, que ainda estava paralisado pela cena.

- Então? Há alguma segurança ou coisa do tipo? – ela perguntou olhando pelo teto solar.

- É... Hum...

- Filipe! – ela estalou os dedos.

- Ah tá! – ele bateu nas suas bochechas pra acordar do transe. – Bem, parece que não tem nenhuma segurança, mas ainda estou desconfiado que tenha alguma armadilha.

- Vamos testar.

- Como?

- Assim!

Valéria chutou a bunda dele, Filipe atravessou o teto solar, quebrando o vidro e tudo.

- AHH! – ele só conseguia gritar enquanto caia.

Uma tentativa desesperada de amenizar sua queda, ele tentou pisar no ar e conseguiu, um redemoinho formou-se no seu pé e o mesmo conseguiu virar. Entretanto ele caiu de costas no chão fazendo um estrondo enorme, parecendo que tinha quebrado algo.

- AIIII! – ele arqueou suas costas por causa da dor. – Acho que quebrei minha costela, Valéria!

Ela apenas riu de canto, pulou do terraço e caiu, pisando na barriga dele, dizendo:

- Só lamento.

O podre coitado só lacrimejou de dor, mas nada disse, afinal era evidente que Valéria estava o testando e ele não ia desistir tão fácil. Ela riu de canto, enquanto observa Filipe se levantar com um sorriso no rosto, mas continuou mostrando seu “desinteresse” por ele.

- Parece que não tem nenhuma armadilha. – ela comentou se aproximando do medalhão.

- Se tivesse você ia me jogar pra armadilha, não é? – ele ficou do lado dela, também fitando o medalhão.

- Claro, afinal você é minha cobaia.

- Sua sinceridade toca meu coração, Val.

Os dois ficaram fitando o medalhão de platina por um tempo e depois se entre olharam.

- Pega o medalhão. – disse Valéria.

- Porque eu?

- Porque estou mandando! Não foi você que quis ser meu parceiro, Filipe? Agora sofras as consequências.

- Mas e se tiver alguma armadilha?

- Só lamento. Agora pega!

- Tá, tá! - Filipe levou sua mão até o medalhão lentamente, estava tremendo, e se a caixa fechasse na hora e esmagasse a mão dele? Ele só imaginava o pior até que pegou o medalhão e o puxou rapidamente. – Prontinho! Não tem nenhuma armadilha. – ele riu vitorioso amostrando o objeto para Val.

De repente duas esferas metálicas atravessam o teto solar, o estilhaçando por completo. As esferas caem na frente dos dois “assassinos” e começam a tomar uma forma estranha. Elas criaram braços com metralhadores, quatro pernas e uma pequena cabeça.

- Robôs?! – Fil arregalou os olhos.

- Humf. Faz tempo que não enfrento robôs. – Valéria sacou sua katana. – Isso vai ser no mínimo interessante. – ela riu de canto.

O “assassino” pegou seu celular e mirou nos robôs, vendo todas as informações deles.

- São robôs da série MIDGUARD G-1. – disse Fil guardando seu celular e colocando suas lutas de couro. – Eu particularmente não gosto de enfrentar robôs, mas que seja. Entretanto... Primeiros as damas?

- Obrigado pelo seu cavalheirismo, Filipe. – ela disse irônica, enquanto sua espada ganhava uma aura azul. – Espada De Gelo, pronta.

Valéria pulou pra cimas dos robôs, enquanto os mesmos começavam a atirar. A “assassina” pulou na parede e ficou andando por ela, fugindo das balas, até chegar a uma coluna, pular sobre ela e tomar impulso em direção à um dos robôs, partindo-lhe a cabeça com sua katana. O outro robô, que ainda estava intacto, mirou suas metralhadoras em Valéria e já ia atirar, quando Filipe gritou:

- Soco Mortal! – dando um soco no tal robô e o esmagando contra a parede, o estraçalhando em pedaços com um único golpe. – Hum... Eles devem ser feitos de aço, se não apenas com o impacto do soco eu tinha acabo com esse. – Filipe se virou para Valéria e viu que ela guardava a espada, mas o robô que ela tinha arrancado a cabeça ainda se mexia e estava preste a atirar nela. – VALÉRIA! – ele berrou apontando para trás dela.

- Lâmina Transcendente! – ela desferiu um súbito corte para trás, mas ao mesmo tempo o robô conseguira dispara uma vez contra ela. Val caiu no chão com o ombro sangrando e o robô partiu-se ao meio.

- Valéria, você está bem? – Filipe correu desesperadamente até ela.

- Foi só um tiro. – ela fazia uma cara de dor, enquanto metia seus dedos no ferimento para tirar a bala.

Os destroços dos robôs começavam a se mexer e a se juntar no meio do salão do museu, amontavam-se e encaixavam-se uns nos outros. Até que um robô da mesma forma, mas duas vezes maior do que os anteriores e com quatro metralhadoras, estava a frente dos “assassinos”.

- É um MIDGUARD G-2! – disse Valéria apertando seu ferimento para conter o sangramento.

- Ah, seus desgraçados! Vocês machucam minha gata e ainda tem coragem de aparecer na minha frente de novo?! – Filipe gritava e Val só fez arquear a sobrancelha quando ouviu “minha gata”. – Agora vocês vão pagar! Canhão De Ar! – Filipe juntou seus braços e o ar começou a se aglomerar na palma das suas mãos, ganhando uma coloração verde. Que depois das palavras de Filipe saíram como um tiro de canhão em direção ao robô, fazendo este perder o equilíbrio por alguns segundos. – AHHH! – ainda dominado pela raiva, Fil corre pra debaixo do robô e pisa com força no chão, fazendo-o rachar. - Chute Galáctico! – ele desfere um chute com toda sua força embaixo do robô, criando uma onde de impacto no museu. O robô literalmente voa pelos ares, atravessa o teto solar e vai em direção ao espaço. – Esse foi longe. – ele olhou para o céu e ao longe uma estrela brilha, era o robô, já em órbita.

- Eu não sabia que era tão forte assim. – comentou Val.

- Hehe. Não sou muito. – Fil foi em direção dela e a carregou nos braços.

- Não toca em mim, eu só preciso de um pouco de água pra me curar!

- Não fica se mexendo se não você vai cair. – Valéria quase caiu dos braços dele, mas ele a segurou forte. – Viu? Quase caiu. É... – ele ficou apertando alguma coisa macia, olhou pra baixo e viu que era o peito da Valéria e deixou sair um comentário: - É mole...

Valéria que estava corada com os toques dele, quando ouve o “tal” comentário, desfere um olhar assassino para Filipe e dá um enorme soco na sua cara, gritando:

- É O QUÊ, FILIPE? – ele saiu se espatifando, ela caiu no chão, mas se levantou com a mão no ombro, sussurrando: - É por isso que eu não aceito parceiros.

Valéria foi em direção ao banheiro do museu, quando chegou lá se dirigiu a pia e abriu a torneira. Ela tirou a parte de cima da sua roupa ficando só com seu sutiã branco. A água que cai da torneira começou a flutuar em pleno ar, Valéria estava controlando a água com sua mão e levou o líquido até seu ferimento, murmurando:

- Revigorar! – a água penetrou o ferimento dela, ela mordeu seu lábio inferior suportando a dor. Segundos depois, o seu ferimento começou a se fechar e se pele se restaurar.

- Eu não sabia que podia controlar a água também, eu achava que era só o gelo. – disse Filipe entrando no banheiro e se aproximando dela.

- Qual elemento fundamental do gelo, seu idiota? É a água!

- Ainda está brava comigo, Val?

- Já completamos a missão, Filipe, pode ir embora!

- Ainda temos que entregar o medalhão na central, então tecnicamente ainda não completamos.

- Eu estou mandando você ir em—

Felipe a beijo e agarrou a colocando em cima da pia, passou sua língua nos lábios dela, pedindo passagem e aprofundando o beijo, a segurando forte. Valéria só conseguia apertar suas costas, enquanto o sentia vasculhar cada canto da sua boca e brincar com a sua língua. Filipe a puxou mais contra ele, fazendo seus corpos se esfregarem naquele beijo intenso. Até que se afastaram por um momento para tomar ar.

- Fil... - foi a única coisa que Val conseguiu dizer antes de Filipe dar um sorriso, por ser a primeira vez que ela o chamou pelo apelido, e continuar o beijo lentamente, mordiscando o lábio dela, depois os chupando só para provocá-la e enfim introduzindo a língua na boca dela de novo.

Mas infelizmente o celular de Filipe toca e eles se separam, os dois se encaram todos corados, mas ele logo atende o seu celular. Valéria pega a parte de cima da sua roupa e a veste, ela tenta entender porque dessa vez não tivera tentando impedir Filipe, mas nada vinha na sua cabeça, seu coração pulava, mas ela tinha que dá um desculpa pra ter beijado ele. Se não sua autoridade como “alvorada da neve” estaria arruinada se Filipe dissesse que tinha a beijado.

- Era da central só disseram que temos que completar logo nossa missão, pois o reforço da segurança já foi ativado. – Filipe disse se aproximando dela.

- Então vamos.

- Ei Val... E o beijo? Não vamos continuar?

- Não! – ela disse ríspida. – Aquilo só foi pra te compensar por ter me avisado do robô atrás de mim, agora ficamos quites.

- Sei... – ele deu um riso torto, mas ela lhe deu mais um olhar assassino, fazendo-o suar frio. – Entendi, entendi.

- Vamos pra central.

- Tá! Mas vamos pra central por onde? Pelo portal mágico ou pelo portão cibernético?

- Pelo portal mágico, vamos chegar mais rápido por ele. Quero completar pelo menos três missões essa noite. Agora abra o portal!

- Tudo eu, tudo eu. – Filipe resmungava.

- Não reclame!

- Tá, tá! – ele ficou de costas para Valéria, levantou suas mãos e disse: - Blá, blá, blá, blá, tic, tic, tá, tá. Portal Mágico, abrir! – um círculo azul formou-se no ar e expandiu-se, sugando o ar ao redor, causando uma pequena ventania.

- “Blá, blá, blá, blá, tic, tic, tá, tá”? HÃ?! – Valéria ficou completamente confusa.

- É o que eu falo antes de abrir o portal mágico.

- Aff!

- Vou levar isso como um “Brilhante, Fil, achei genial!” – ele riu.

- Faça como quiser. – ela disse entrando no portal mágico.

- Me espera, sua chata. – Filipe também entrou no portal.

Atravessaram o portal e magicamente já estavam dentro de uma sala enorme. A sala era estranhamente iluminada, havia várias lâmpadas no teto, o qual era muito alto. Na sala havia várias mesas, muitos “assassinos” estavam sentados ao redor delas, uns maus encarados, outros nem tanto, mas quando Valéria e Filipe apareceram todos os olhares dirigiram-se aos dois.

- Me dá o medalhão. – Valéria mandou, ignorando todos os olhares.

- Tá. – seu parceiro obedeceu e lhe deu o objeto.

Os dois continuaram caminhando até o que parecia ser o único balcão daquela enorme sala.

- Iolanda! – gritou Valéria, arremessando o medalhão para uma menina de cabelos ruivos e olhos negros brilhantes, atrás do balcão.

- Objeto recebido! Agora vocês podem completar a missão. – disse Iolanda, guardando o medalhão de platina.

Filipe e Valéria pegaram os seus celulares, falando ao mesmo tempo:

- Missão completa.

- Cinquenta mil euros foram depositados na sua conta. – a voz eletrônica falou de ambos os celulares.

- Iolanda, eu disse que não aceito parceiros. – começou Valéria.

- Eu sei, mas o Fil disse que você tinha mudado de ideia. – disse a atendente da central que mais parecia uma pirralha e tinha uma voz irritante.

- Não dê ouvidos a esse palhaço.

- Eu estou aqui, sabia?

- Só lamento! Voltando ao assunto, Iolanda, eu não aceito e nunca vou aceitar parceiros novamente, entendeu?

- Há não ser que o parceiro seja eu, não é? – Filipe abriu um enorme sorriso.

- Principalmente você não!

- Poxa, Val, formamos uma boa dupla.

- Só você acha isso.

- Eu também acho. – comentou Iolanda, rindo.

- Aff.

- Val, Minha Gatinha, me deixa ser seu parceiro tá? – Filipe pegava e balançava o ombro dela.

- Não. – ela o ignorava.

Enquanto Filipe pedia e Valéria recusava inúmeras vezes, uma mulher de umas das mesas se levantou. Ela tinha um riso claramente sarcástico que parecia ir de uma orelha a outra. Essa “assassina” tinha duas katanas em sua cintura. A mulher tinha cabelos pretos e longos que iam até sua cintura, e olhos vermelhos como sangue, el aproximou-se do balcão, falando:

- Ora, ora. Se não é a tão falada, Alvorada da neve.

Quando Valéria notou a presença dessa mulher, seu semblante ficou mais sério do que nunca. Filipe percebendo a seriedade da situação desgrudou-se dela.

- Daniele Prescinato. – Valéria a encarou.

- Valéria Kristain. – o riso da Prescinato pareceu ficar maior.

- Não me chame por esse sobrenome! Eu já não o reconheço como tal! – Valéria aumentou seu tom de voz.

Todos na sala ficaram em silêncio e fitavam as duas.

- Então não se reconhece como uma Kristain? Será que é por causa do seu passado, Valéria? Deve ser, afinal vo—

- Cala a boca, sua vaca! – Valéria disse séria.

- Me chamou de quê?!

- De vaca! Pelo que me parece uma vaca surda.

- Sua vadia! – Daniele sacou suas duas katanas.

- Que foi? Virou uma vaca revoltada? – Valéria sacou sua katana, continuando a provocação.

- Você que pediu, sua Kristain de segunda categoria! – Daniele caíra facilmente na provocação. Dominada pela raiva uma aura vermelha a envolveu e a Prescinato parecia estar pegando fogo.

- Isso vai ser interessante. – sussurrou Valéria ganhando uma aura azul que parecia congelar o ar.

As duas correram uma em direção à outra.

A noite continua e a alvorada da neve começa a se mostrar.


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Notas finais do capítulo

Então???
O que acharam do capítulo??
As coisas estão indo muito rápidas??
Ou está bom dos jeito que está??
Comentários e sugestões são bem-vindos!! >.
Reviews!! *-*
Obrigado por ler!!
XD