Its Him escrita por Marota_Aluada


Capítulo 6
Lobisomens


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, belezinha ?
Aqui tá mais um capitulo pra vcs.
Enjoy !



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- Will! – gritava eu, correndo atrás do vulto preto que deslocava pela floresta iluminada pelos raios de sol que escapavam entre as folhas das grandes arvores que mais pareciam arranhásseis. – Will, espere!

Mas ele parecia não ouvir e continuava andando.

- Will, me espere! – gritei mais alto.

Ele parou e olhou para trás.

Seus olhos vermelhos e as lagrimas secas pela brisa amena da manhã.

- S-sim. – gaguejou ele.

- Will, fica calmo... o que aconteceu? – disse eu parando em frente dele e encarando os olhos negros, agora avermelhados.

- Hermione, você não tem idéia do que eu passei para chegar até vocês – disse ele, as lagrimas voltando a escorrer na face pálida. -, e eu não vou ficar quieto enquanto um marmanjo Weasley fica falando que eu não presto.

- Eu... eu também fiquei chateada com o jeito que ele tratou você...

- Não Hermione, eu tentei agüentar, tentei me enturmar com ele, mas não! – disse ele.

Passei a mão pelos ombros largos dele, tentando acalmá-lo.

- Hermione... – disse ele, sua voz baixa e embargada pelo choro. – Eu... eu sou um assassino... um assassino como todos os infelizes da minha família...

- Não, não é não. – contradizia eu, em sussurros.

- Sou sim... – continuou. – Eu matei todos. Matei todos que me amavam... ou que, pelo menos aparentavam isso. Meus amigos, meus colegas, até... até minha família... Hermione, a única pessoa vida da minha família é meu pai e... e ele me abomina. Ele me odeia.

- Calma. – minha voz era calma, mas por dentro eu estava mais que assustada.

William, o rapaz que nos salvou... um assassino!?

- Eu me odeio! – gritou ele.

- Não fala isso! – disse eu, horrorizada.

Ele se esquivou de mim e socou uma arvore.

- Não chegue perto de mim! – gritou ele, se esquivando cada vez mais. – Eu não quero te machucar também... nunca quero de machucar... nunca.

- Will, não fala assim. – disse eu me aproximando, mas se eu avançava um passo ele recuava dois. – Você nunca me machucaria... por favor...

- Não, por favor você... – disse ele calmo, mas ainda se afastando. – Volte para junto de seus amigos... eu... eu vou já.

Não achei melhor insistir.

Virei as costas, receosa, e caminhei para a tenda.

- Hermione, como ele esta? – perguntou Harry, quando eu apareci.

- Como você acha que ele esta? – respondi, olhando irada para Rony, que se encontrava parado exatamente no mesmo lugar de antes.

- Mione, eu não quis... – começou Rony.

- Cala boca, Rony! – gritei. – Você não acha que já falou o bastante por hoje?

Rony olhou-me surpreso.

- Eu só...

- Você só não confia nele! – eu e Harry fizemos coro.

- Quer saber...? – disse eu erguendo a mão, farta, quando ele fez menção de continuar a falar. – Acho melhor você pensar em uma resposta para o Will, porque ele vai voltar.

Caminhei até o banco onde, antes, Will sentara.

Harry sentou do meu lado.

- Você acha que ele vai embora mesmo? – perguntou ele, sussurrando.

- Will? – disse eu. – Sim. Eu disse que: se incomoda ele vai embora.

- Mas ele não incomoda. – disse Harry, ainda aos sussurros.

- Eu sei, mas... mas é o Rony. Ele esta muito estranho. – disse eu.

Harry assentiu.

- Será que... que o Will matou a família mesmo? – perguntou Harry, hesitante e aparentemente assustado.

- Pelo que ele me disse... – disse eu. – S-sim. Somente o pai, que o odeia, ficou vivo.

O olhar de Harry dizia tudo: horror, susto.

- Por nós? – disse ele. – Ele fez isso para encontrar nós?

Assenti.

- Pelo menos, acho que sim... – disse eu. – Pelo que eu pude ver, ele esta muito aflito.

Harry olhou de esguelha para Rony, que estava sentado ao lado da barraca fazendo desenhos no ar com a varinha.

- Porque ele esta agindo assim? – perguntei.

Harry contraiu os ombros.

E ficamos assim.

Depois Harry se levantou, e disse que ia procurar Will. Preocupado com sua demora.

- Mione... – começou Rony, após alguns minutos que Harry se fora.

- Ronald, você não precisa falar nada. – disse eu.

Minha voz era tão calma que Rony, esperando gritos, se assustou.

- Só quero perguntar uma coisa. – disse ele, sua voz também calma.

Voltei meu olhar para ele.

Embora minha voz fosse pacífica, meu olhar era frio, e ele estremeceu ao me encarar.

- Você realmente – começou ele. -, realmente mesmo, acha que William é uma boa pessoa?

- Sim. – respondi sem hesitar. – Não vê como ele se esforça?

Ele hesitou.

A partir daí, seguiu-se o silencio.

- Harry! – disse eu, quando ele apareceu seguido de Will. – Will!

- Shhhh! – disse Harry. – Nós temos companhia.

- O quê? – sussurrou Rony.

- Lobisomens. – disse Will, receoso ao olhar de Rony. – Liderados por Greyback.

- Mas como...? – disse eu.

- Não faço idéia. – disse Will. – Eles quase nos viram. Estão vindo nessa direção, mas eu acho que não sabem que estamos aqui... é hora de ir ou, de vocês irem.

Ele se virou para Rony.

- Já pensou?

Rony hesitou.

- Já. – disse ele finalmente, se levantando. – Darei a você uma, uma única chance.

- É só isso que preciso. – disse Will um sorriso se abrindo em sua face, antes triste.

Rony deu tapinhas nas costas dele.

- Certo. – disse Harry, que agora também sorria. – Vamos agora. Todos nós.

Enquanto eu desarmava a barraca com um aceno de varinha e Rony apagava nossos rastros Will falava sussurrante:

- Nós podemos ir por aqui. – dizia ele, indicando com a mão o caminho por floresta adentro. – Daí nós contornaríamos Greyback e iríamos para um rio, embora congelado, ele é um ótimo esconderijo.

- Perfeito. – disse Harry. – Vamos por esse plano.

Nós acabamos de arrumar as coisas e entramos na floresta.

Will guiava, Harry ia á suas costas, eu depois de Harry e Rony por ultimo.

- Cuidado para não tropeçar dessas raízes. – sussurrou Will, apontando para o chão com raízes entrelaçadas.

Em nosso percurso silencioso nós ouvíamos passos e conversas de Comensais com lobisomens, sobre nós.

Então nós chegamos.

O rio congelado que Will falara era exatamente com imaginei.

O gelo que cobria as águas do pequeno rio era grosso e espesso.

- Pronto. – disse Will.

- Pronto mesmo. – disse uma voz quase não humana de dentro das arvores.

- Greyback. – sussurrou Will, sua voz quase inaudível. – Atrás de mim agora!

Harry me puxou para junto das costas de Will.

- William Junior! – disse Greyback, saindo das sombras.

Atrás dele vinham outros homens.

Eram mais peludos que o normal, suas roupas eram remendadas ao extremo e as expressões em suas faces eram de triunfo.

- Ora, isso é jeito de tratar um velho amigo de sua família. – disse Greyback, soltando uma gargalhada. – E como vai o William Pai?

Sua gargalhada, assim como sua fala, era mesclada com a voz de um animal. Como um uivo do lobo alfa da alcatéia.

- A família que você se refere é somente meu pai, certo? – disse Will, sua voz era decidida e fria. – Você sabia muito bem que não era bem vindo em nossa casa. Não pela minha mãe.

- Aaah sua mãe... – disse Greyback. – Poderia ficar aqui o dia inteiro falando de sua mãe. Bela Alice... mas, estou em serviço e você poderá ter uma grande participação nele se me der essas crianças.

- Só passando por cima do meu cadáver. – disse Will, quase um grito.

- Não será nenhum sacrifício. – disse o lobo, mostrando as presas. – Mas... o que é isso?

Os olhos de Greyback se fixaram no anel de pedra azul do dedo de Will.

- Você ainda usa isso? – gritou ele. – Não acredito. Você ainda nega o que é?

- Não nego. – disse Will. – Só não me mostro.

Greyback empunhou sua varinha e Will foi jogado contra uma arvore com um aceno, nos deixando desprotegidos. Os capangas de Greyback iam se aproximando de nós rapidamente.

- Não! – gritou Greyback, para todos. – Ninguém toca nessas crianças enquanto eu não acabar com esse moleque.

Will se levantou rapidamente, empunhando sua varinha.

- Agora você tem coragem, não é? – disse Greyback, se aproximando cada vez mais de Will.

- Eu não preciso de coragem para enfrentar um cachorrinho domestico. – disse Will, sua face contraída de dor.

Essas palavras pareceram atingir Greyback como se uma espada travasse em seu coração.

Sua expressão se divertimento foi alterada por ira e raiva.

- Por que você não tira esse anel e lutamos ao anoitecer? – sugeriu Greyback.

- Por quê? – questionou Will. – Esta com medo de me enfrentar agora? Precisa se preparar?

Will foi jogado com a mesma arvore, novamente.

- Eu só não o mato agora por que o Lord das Trevas quer fazer isso pessoalmente. – disse Greyback. – Igual ao menino Potter ali.

Will se levantou, lentamente. Sua face contraída de dor.

Greyback abaixou a varinha e, com a mão negra de pelos, agarrou o maxilar de Will.

- Matar eu não posso... – disse ele. – Mas machucar sim.

Ele gravou as garras de lobo nas bochechas de Will, que gritou de dor.

- Torturar talvez... – disse Greyback descontraído, com as pontas das afiadas unhas ainda gravadas em Will.

As lagrimas começaram a escorrer de meus olhos.

Meu coração estava apertado e palpitando de medo, não por mim... por ele.

Seus gritos agonizantes faziam fortes correntes elétricas passarem por minha espinha.

Greyback largou o maxilar de Will e passou as garras, forte e rapidamente, pelo tórax de Will.

- Aaaaaaaaah – gritou Will, ajoelhando-se.

Sua camiseta preta se rasgou, como sua pele, encharcando-se de sangue.

- Pois é William... – dizia Greyback. – Vou ser torturado pelo Lord das Trevas, mas eu não dormirei sossegado enquanto não o matar.

Ele tornou a erguer a varinha, seus lábios começando a pronunciar: Avada...

Daí eu lembrei que tinha varinha.


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Notas finais do capítulo

Desculpa por ter acabado que aqui !
UASHUASHASUASHASUHASUASH
Bom, queria agradecer a minha querida amiga Juliana_Back por ter recomentado minha fic e por ter reviews em todos os capitulos. Significa muito para mim.
Obrigada a todos também por lerem e comentarem. ;*

Review ?