Its Him escrita por Marota_Aluada


Capítulo 5
Horcrux e Brigas


Notas iniciais do capítulo

Oi mundo !
Esta aqui mais um capitulo para vcs, obrigada novamente pelos comentários.
Enjoy !



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/115206/chapter/5

- O que estava fazendo com ele no escuro? – perguntou uma voz atrás de mim.

Rony.

- E por acaso é da sua conta? – disse eu.

- É sim, por que eu... – ele hesitou. – Mione, você não entende? Ele é um Comensal, ele trabalha para Voldemort. Como ele vai nos ajudar a destruir ele sendo um que se benecifia com os ganhos dele?

- É por isso mesmo que eu confio nele. – disse eu. – Porque eu sei que ele esta se sacrificando. Que ele não esta pensando em si próprio!

- O que você quer dizer com isso? – perguntou ele, alterando a voz. – Que eu só penso em mim mesmo?

- Não somente em você, mas você não dá chance para as pessoas se redimirem! – disse eu, alterando minha voz também.

- O que esta acontecendo? – perguntou Harry, sonolento aparecendo na sala.

- É o Rony com essa de “não confio em nenhum que use preto” de novo. – disse eu.

- Rony, por favor. – disse Harry. - Eu também não confio no William para pular de um precipício, mas vamos dar uma chance a ele.

- Esta me parecendo que você tem medo dele, isso sim. – sussurrei, mas Rony não pareceu ouvir.

- Mas o que ele fez de tão importante para vocês ficarem no lado dele? – perguntou Rony, tomado pela vontade de tirar Will da equipe.

- Aaah, ele não fez quase nada! – disse eu, irônica. – Ele só tentou me mandou um patrono avisando que os Comensais estavam vindo, só nos salvou quando estávamos presos, matou um Comensal que nos seguiu, nos disse o que significa o símbolo que estava por todos os cantos e agora ele esta lá fora, congelando no vendo frio e morrendo de sono, vigiando a cabana! E você, Rony, o que fez?

Ninguém falou.

O único barulho audível era o de uma pequena chama que crepitava dentro do lampião apoiado na mesa ao lado de Harry.

- Eu vou me deitar. – disse eu. – Acho melhor vocês fazerem o mesmo.

Passei por Rony sem lhe dirigir um olhar sequer e entrei em meu quarto.

- O que deu em você cara? – ouvi Harry sussurrar par Rony por trás da porta.

“Mas o que ele fez de tão importante para vocês ficarem no lado dele?”, imitei a voz de Rony ironicamente.

Deitei em minha cama.

Precisava de uma noite boa de sono... pelo menos das horas que faltavam para ela acabar.

Com minha cabeça apoiada no travesseiro, minha mente voltou para alguns minutos antes quando eu e Will estávamos sozinhos... o momento seria perfeito, nós nos beijaríamos e tudo ficaria menos complicado. Daí o Ronald me aparece.

- Aaah! – exclamo baixinho.

William James Hunter. Eu sempre gostei do nome William... mas se não gostasse, agora eu gosto.

Minhas pálpebras foram ficando mais e mais pesadas até meus olhos fecharem e eu mergulhar em um sonho nada confortador que exibia um Rony escarlate de raiva perseguindo um William, com expressão de medo no rosto, com um facão do tamanho de um machado. E ainda por cima Harry corria atrás de Rony gritando:

“De uma chance a ele!”

- Hermione acorda. – disse uma voz suave.

Abri os olhos e um certo rapaz de cabelos e olhos negros estava sentado em minha cama.

- Bom dia! – disse ele feliz, se levantando.

- Tá, tá! – minha voz saiu rouca de sono, e cobri minha cabeça com o travesseiro.

- Eu te disse para ir dormir cedo ontem. – disse Will.

Suspirei.

- A proposta de você me carregar ainda esta de pé? – disse eu, o travesseiro abafando minha voz.

Ele riu.

- Você acha que eu não faço? – disse ele, em tom de ameaça.

Tirei minha cabeça debaixo do travesseiro surpresa.

- Você acha? – perguntou ele novamente, se aproximando mais de mim.

Hesitei por um momento.

- Não deveria? – perguntei.

- Concerteza não. – então ele me pegou no colo. – Viu!? Agora vamos lá para fora, esta um dia lindo.

Ele andou comigo em seus braços pela cabana vazia.

- E pensar que eu duvidei de você. – disse eu, enquanto passávamos pela sala.

Ele parou a dois passos da porta.

- E pensar que eu achava que você era mais pesada. – disse ele, me arrancando uma gargalhada.

Nós saímos da tenda e meus olhos se fecharam não suportando a claridade.

Ele me colocou de pé no chão.

Abri meus olhos devagar.

Estava mesmo uma manhã bonita.

A luz do sol penetrava abertamente entre as arvores e os pássaros cantavam ao longe.

- Dia Mione! – cumprimentou Harry, que estava sentado em um banco feito de tronco.

- Oi Harry! – disse animada.

- Senta aqui Hermione. – agradeceu ele.

Ele apontou para um outro banco feito de tora de arvore e sentou-se no do lado.

- Então... cadê o ruivo? – perguntou Will. – Rony, né?

Harry rui.

- Ele disse que ia dar uma volta. – disse Harry. – Mas, William...

- Will. – cortou William. – Me chame de Will, é mais fácil.

- Certo... hum... Will. – disse Harry. – Você, por acaso, sabe o que é isso?

Harry tirou do bolso da calça o medalhão de Slytherin.

Will prendeu a respiração.

- Claro que eu sei. – disse ele, hesitante. – Como conseguiram?

- Nós... – atrapalhou-se Harry. – Nós...

- Nós o roubamos. – disse eu. – Estava no ministério, então nós entramos lá roubamos ele.

Will continuou hesitante.

- Você sabe o que ele é? – continuou Harry a perguntar.

Will assentiu.

- Ele é uma das Horcrux do Lord das Trevas. – disse ele, sua voz quase um sussurro.

- Exato. – disse Harry. – E... você sabe como destrui-la?

Will ergueu o olhar para Harry evitando as palavras, mas seu olhar dizia um “sim”.

- Sabe? – perguntou Harry, a ansiedade o tomando.

- Sim, sei. – disse Will. – São poucos os jeitos de destrui-las... você precisa de algo poderoso e mortal, que a própria Horcrux não seja capaz de se recuperar. Amassar, rasgar ou amaldiçoar não funcionará. O veneno do basilisco é um dessas coisas poderosas e mortais que matam uma Horcrux... e também o arrependimento.

- Arrependimento? – perguntei.

- Sim. – disse ele, se virando para mim. – Quando a pessoa se arrepende de ter feito. Quando ela tem remorso.

- Mas isso nunca vai acontecer com Voldemort, estamos certos? – disse Harry.

- Concerteza. – disse Will. – Meu mestre, ou ex-mestre, é muito orgulhoso e tem o coração de pedra... isso é se tiver um coração.

- Então foi por isso que você conseguiu destruir o Diário, Harry. – disse eu a Harry.

Ele assentiu, pensativo.

- Você sabe algo sobre a espada de Gryffindor? – perguntou Harry a Will.

- Gryffindor? Espada de Gryffindor? – disse ele. – Por quê?

- Porque Dumbledore deixou ela em meu nome em seu testamento. – disse Harry. – Então eu pensei que ela poderia... sei lá, matar uma Horcrux.

- Bem... uma coisa que eu sei é que a espada foi feita por duentes e absorve o que a fortalece. – disse Will.

- Como assim? – perguntou Harry.

Minha mente clareou. Agora entendi.

- Harry, não é obvio!? – disse eu. – Na Câmera Secreta você usou a espada para matar o basilisco e com isso, ela ficou toda impregnada com o veneno dele...

- E a espada absorve o que a fortalece. – completou Harry.

- Já que o único antídoto para o veneno são as lágrimas de fênix, isso o faz poderoso e mortal. – complementei.

- Ok. O que eu perdi? – perguntou Will, assustado.

- Longa história. – disse a ele. – Mas vamos a parte mais importante: a espada destrói Horcrux!

- Agora, a parte mais difícil é encontrá-la. – disse Harry passando a mão nos cabelos, nervoso.

Todos ficamos em silencio.

- E se eu disser... que sei onde ela esta? – disse Will, hesitante.

- O quê? – exclamamos eu e Harry, em uníssono.

- Sei. – disse Will. – Esta no cofre de Belatrix. Ela roubou porque tinha alguma suspeita. Agora sei por quê. Mas, se bem que a essa hora Snape já a pegou.

- O quê? – exclamamos novamente em uníssono. - Snape? 

- Sim. – disse ele. – E parem de falar juntos, estão me assustando.

- Mas, a espada estar com Snape é pior que estar com Belatrix. – disse Harry.

- Espere! – disse Will. – O que você disse de Snape? Depois de tudo o que ele fez por você?

- Ele matou Dumbledore! – gritou Harry, levantando-se irado.

Embarcamos no silencio novamente.

- Ok... – disse Will, suavemente. – Não vou insistir desse assunto, ele também não é muito legal comigo. Mas, uma hora a espada vai aparecer.

Ouvimos passos vindos de trás de nós e um garoto ruivo apareceu entre as arvores.

- Olá. – disse Rony a nós.

Will respondeu um “Bom dia!” bem animado, que foi ignorado por Rony do mesmo modo que eu o ignorei, dando as costas para ele.

- Rony, temos novidades. – disse Harry.

E ele e Will repetiram toda a história.

Eu não dirigia uma única palavra a ele, muito menos o olhar. Embora ele, vez ou outra buscava meu olhar, suplicante.

- Ótimo, mas... – Rony voltou a olhar Will, desconfiado. – Como vamos saber que a espada vai mesmo aparecer, e ainda por cima, do nada.

- Por que eu falei! – disse Will, se levantando com ferocidade. – Poxa, já estou cansado de você me questionar desse jeito. Eu sei que o Harry não confia em mim cem por cento, e com razão, mas ele tenta. Ele esta me dando uma chance. E a Hermione esta me dando muita força. Você não tem idéia do que eu passei para encontrar vocês. Eu enfrentei lobisomens, monstros que nem conheço, lutei contra fantasmas no meu passado, matei amigos... depois de tudo isso, eu vou jogar fora a minha única chance de ser bom e ajudar as pessoas que precisam? Me responda isso!

Rony ficou calado.

- Mas, também não vamos ver só o meu lado. – continuou Will. – Eu sei que você se sente “ameaçado” comigo presente. Você acha que eu posso domar o meu lugar na turma. E, o mais importante, você acha que eu sou um maldito espião de Voldemort. Mas escute aqui: eu vim de uma família de soncerinos, de Comensais sanguinários e assassinos, e imagine quando eu contei aos meus pais que eu tinha ido para Soncerina. A felicidade deles. E depois quando eu disse que eu não queria ser um Comensal como meus irmãos, meus tios, e até meus próprios pais. Mas eu fui forçado. Não somente por meus pais, mas também por mim mesmo, pois eu sabia que eu tinha que entrar... para ajudar vocês. Para cumprir a missão que foi designada a mim.

“Eu tive, como qualquer outro Comensal, que provar minha lealdade a Voldemort. Mas ele sabia o que se passava em minha mente então ele me obrigou a matar minha família quase toda para conseguir essa maldita marca! – ele puxou a manga comprida de seu braço esquerdo, mostrando uma tatuagem de caveira com uma cobra saindo na boca. – Mas se tudo isso não o convenceu é só falar que eu vou embora agora.”

Will olhava raivoso para Rony, que tinha um olhar assustado. A marca de Will dançava em seu braço.

- Sabe o que é isso? – perguntou ele dirigindo-se a Rony novamente. – Sabe por que a marca esta tão nítida e se mexendo em minha pele?

Will esperou por uma resposta e Rony acenou negativamente com a cabeça.

- Por que Voldemort já sabe que eu o trai e isso... isso é tortura. – disse Will. – Pensa que não dói? Pois é, mais dói absurdamente. É quase insuportável. E eu gostaria de ver se você agüentaria essa dor por dois dias como eu, e ainda por cima ficar ouvindo um idiota de cabelos ruivos falar que você não presta.

Ninguém falou.

Ninguém ousou nem se mexer.

Will cobriu novamente a tatuagem com a camiseta preta e seu olhar amenizou, como se tudo que ele tivesse dito fosse mais um desabafo para com ele mesmo.

- Eu... eu vou dar uma volta... – disse ele, com a voz baixa e calma. – Estarei aqui logo... para ouvir uma resposta sua Rony. Não estou brincando, se você não me quiser aqui eu vou embora.

Então em virou as costas e adentrou na floresta iluminada.

Eu Harry voltamos o olhar, que antes estava parado em Will, para Rony.

Foi a primeira vez que eu o olhei e, depois do que aconteceu, seria o ultimo.

- Feliz agora, Rony? – disse Harry, bravo.

Me levantei e segui Will correndo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Review ?