Its Him escrita por Marota_Aluada


Capítulo 3
O Rapaz Comensal


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas !
Demorei ? Espero que não, mas aqui tá mais um capitulo pra vcs.

Enjoy !



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Peguei minha bolsa de contas e sai empurrando os garotos para fora da barraca.

- Como assim Hermione? – disse Rony, já fora da barraca.

- Eu recebi um... um aviso – disse eu, hesitando ao falar do patrono. – que dizia: “eles estão vindo, corra!”.

Desmontei a barraca com um aceno de varinha e a guardei em minha bolsa.

- Eles quem? – perguntou Harry, sacando a varinha.

- Não sei! – disse eu, nervosa. – Eu só sei que nós temos que ir... correr e não olhar para trás!

Os dois se entreolharam.

- Nós estamos perdendo tempo! – gritei eu.

- Hermione... – ia dizendo Harry em uma voz branda, mas eu nunca soube o que ele queria dizer, pois, de repente, homens de capas pretas aparataram atrás de nós.

- Olá crianças! – disse um, com o rosto todo marcado por cicatrizes. – Nós viemos fazer um serviçinho, podemos?

Nós ficamos observando mais homens chegarem, então a palavra pronunciada pela linda fênix se sobressaltou em minha mente, me dando um choque de pânico e medo: “CORRA!”

- CORRA! – gritei para Harry e Rony.

Nós saímos correndo por entre as arvores. Os galhos baixos riscando nossa pele, roupas e a carne dos ferimentos já abertos.

Ruídos atrás de nós nos avisavam que eles estavam nos seguindo... e rápido.

A neve depositada no chão dava-lhes pistas exatas de onde nós íamos, pois nossas pegadas eram nítidas.

Olhei para o lado e vi Harry correndo a toda velocidade, como eu, nevoa branca saindo desesperadamente de sua boca, pela respiração acelerada.

Eu dizia a mim mesmo: “Corra, corra mais rápido!”, mas minhas pernas não obedeciam. Eu tinha a sensação que ia cair, pelo cansaço e dores, então... um rapaz de vestes e cabelos pretos entrou em minha frente tão rápido que eu não tive tempo de frear.

Bati contra o peito largo, que me virou de costas para ele. Com uma mão tapou minha boca e passou o braço em minha cintura, me imobilizando.

Olhei desesperada para os lados, na esperança de não ver nenhum de meus amigos nessa      mesma situação, mas Rony estava caído no chão com as mãos e as pernas amarradas e Harry tinha um braço de um Comensal envolvendo seu pescoço e a varinha apontada para a cabeça.

Eu dentei me desvencilhar da grande mão pálida em minha boca, mas meu esforço não pareceu nada para o Comensal junto de mim.

- Ora, vocês pensaram que podiam escapar de nós? – disse o mesmo homem com cicatrizes.

Rony se rebateu, mas tudo o que conseguiu foi um chute na barriga do Comensal ao seu lado.

- Aaah – disse o Comensal com cicatrizes, dirigindo o olhar para Harry. – esse é Harry Potter, não é? Oooh sim, é sim. E esse – focou o olhar em Rony. – é o traidor do sangue, Weasley, certo? Sim, certo. E essa princesinha... – seu olhar focou em mim, enquanto ele se aproximava. – Quem é você querida?

Nunca pensei que agradeceria o rapaz Comensal que me segurava por sua mão ainda estar em minha boca.

- Quem é você lindinha? – tornou a perguntar, se aproximando mais e mais de mim.

Então a mão que se encontrava em minha boca me soltou e empurrou o homem de cicatrizes para o chão.

- Não fale assim com ela! – disse o rapaz.

Aquela voz! Eu conhecia aquela voz!

Era ele o dono do patrono de fênix... era dele a voz que me causava arrepios, a voz na qual me ajudou, nos ajudou.

Tentei me virar para ele para ver seu rosto, mas, como sempre, ele não deixava eu me mover.

- O que há com você Hunter!? – disse o Comensal no chão. – Como se atreve a me empurrar, ou melhor, encostar em mim!?

- Por que? – disse o rapaz. – Você é delicado demais para ser tocado?

Os homens de capa riram.

- Escute aqui seu fedelho... – disse o Comensal de cicatriz, enraivecido.

- Depois discutiremos – disse o rapaz. – Agora eu tenho que cuidar da jovem dama presente.

O outro hesitou.

- Certo... nós podemos passar a noite aqui. – disse ele. – O ministério não gosta de crianças e... e acho que tem outra pessoa que gostaria de ver o garoto Potter. Amarrem eles em uma arvore, ou em qualquer outra coisa. E Hunter! Já que você gosta de cuidar da jovem dama, é você que ficara de guarda... a noite inteira.

O rapaz suspirou pesadamente, cansado. Parecia que não era a primeira noite que ele ficaria de vigia.

Ele me levou para uma arvore, junto de Harry e Rony, e nos amarrou.

Só ai eu pude ver sua face. As linhas do seu rosto se acentuavam entre dezoito ou dezenove anos, cabelos negros como os olhos, pele tão pálida quanto a neve, vestes negras como breu, mas o que me intrigou foi um anel com uma pedra azul piscina em seu dedo. Minha mente estava conturbada, meu coração disparado. Eu ouvia Harry sussurrando algo para mim, mas eu não entendia... meus olhos estavam pregados na figura em minha frente.

Eu sentia um ódio extremo do rapaz.

Primeiro ele nos protege, depois nos rapta!?

Eu queria perguntar a ele o porquê de tudo isso... mas simplesmente minha voz não saia. Eu não sabia o que estava acontecendo, eu só sabia que a minha raiva por ele era mil vezes maior do que a ternura que eu tinha para com a fênix.

Harry e Rony o olhavam enraivecidos enquanto ele, apoiado na arvore ao lado, suspirava e dirigia o olhar vez para floresta adentro, vez para nós.

O breu da noite estava denso, a escuridão engoliu todos nós e não havia diferença nenhuma entre fechar os olhos e mante-los abertos. Mas, embora eu não soubesse como, eu sabia exatamente onde o rapaz vigia estava.

Ouvi passos se aproximando e segundos depois eu sinto uma respiração rente ao meu rosto.

- Você e seus amigos, saiam daqui. – disse a voz do rapaz de cabelos negros. – Saiam daqui e se escondam.

Hesitei, sentindo o hálito quente. A boca dele não deveria estar longe da minha...

Fui surpreendida por um louco desejo de selar nossas bocas.

- Vem comigo... – disse eu, inconscientemente.

Eu não tinha controle do que dizia, eu só... só queria ele perto.

- O que? – perguntou ele.

Sua respiração ficando mais e mais rente a mim.

- Vamos embora... – disse eu, sentindo meu hálito também bater em sua face.

Senti as cortas que amarravam minhas mãos se soltarem.

- Não... não posso. – disse ele.

- Se eles descobrirem que você nós deixou partir eles... – minha voz falhou novamente.

Aquele sentimento de ódio e raiva se esvaiu de mim sendo substituído por um outro que eu não reconhecia... mais que ternura, muito mais que isso.

- Serei mais um problema para vocês. – disse ele, seus lábios quase roçando nos meus.

- Não sei como sei disso, mas... – disse eu. – você nunca será um problema.

E esquecendo completamente a situação e do lugar eu me inclinei e nossos lábios se tocaram.

Tinha agido por impulso, mas nenhum dos dois se afastou.

Pude sentir a surpresa dele e ele também pode sentir a minha.

Nos separamos e continuamos a sentir um a respiração do outro batendo contra nós.

- Você tem de ir. – disse ele, ofegante.

- Não vou te deixar. – disse eu.

- Eu vou logo atrás. – disse ele, hesitante. – Prometo.

A respiração dele sumiu e uma luz surgiu ao meu lado.

- O que aconteceu? – perguntou Rony, que segurava sua varinha acesa.

O breu da noite não os vinha deixado ver nada do que aconteceu.

Nós não estávamos mais presos á arvore.

- Vamos embora. – disse eu, avistando o rapaz de olhos negros apoiado na mesma arvore de antes olhando para mim.

- E o idiota ali? – perguntou Rony, apontando para o rapaz vigia. – Ele esta de olho em nós e... espera, porque ele não vem nos amarrar de novo?

O rapaz deu um aceno de cabeça para Rony, que prendeu a respiração.

- Ele não é idiota! – disse eu, me virando enraivecida para Rony.

Harry e Rony me olharam assustados.

Silencio.

Voltei o olhar para o rapaz. Eu nem ao menos sabia o nome dele...

- Que foi? – perguntou Harry, olhando de mim para o vigia.

- Nada, só vamos.

E nós adentramos a floresta.

Nós corríamos silenciosamente, com as varinhas acesas.

Apurei meus ouvidos para ouvir se alguém nos seguia... ouvi passos.

Abri um sorriso discreto. Sim, ele cumpriu a promessa.


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Notas finais do capítulo

Review ?