Toda Eternidade Tem Um Começo escrita por Danda_Soares


Capítulo 9
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

OOOOOI ! Pelamordeus, me desculpem pela demora, eu prometo que vou explicar o porque d'eu num ter postado até agora!
Nos vemos lá embaixo (:



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POV EDWARD


Eu posso não suportar essa garota, mas eu não sou gay! Do jeito que a roupa dela era curta, dava até para ver o seu útero (Não que eu esteja reclamando).

"Ela está bêbada, com certeza não se lembrará de nada amanhã". Eu pensei malicioso."Você não irá fazer NADA, ela é a Bella, a BELLA!" A minha mente respondeu de volta.


- Você está bêbada, Alice? - Eu diria que Jasper estava preocupado, mas coitado, minha irmã nem prestava atenção nele.

Alice virou de costas para nós e entornou a garrafa de "seiláoque" nela mesmo e começou a gargalhar. MEU DEUS, AQUELA GURIA É O QUE? UM DUENDE?

"Por que duende, Edward?" Eu pensei.

Acho que estou passando tempo demais com Emmett.


POV BELLA


Era para eu estar com vergonha, já que eu estava vestida como stripper, mas o álcool apagava qualquer vergonha na cara que pudesse dar sinal.


- O que foi, Ed? Não gostou da minha roupa? - cheguei perto dele, e sussurrei em seu ouvido - Vou te contar um segredinho... está muito melhor agora que você chegou.

Logo em seguida, eu comecei a rir.


Ah, qual é? Eu bebo e viro tarada?!Minha santa da gelatina, eu vou me arrepender disso tudo amanhã!


- Bellinha, Bellinha. - Emmett disse com malícia por causa do meu comentário anterior.

- O que? - Eu disse fingindo total inocência.

- Nem comento... - Jasper disse e deu uma risadinha, pegando Alice no colo

- Vamos, você precisa dormir.

- Mas eu não quero! - Alice reclamou e começou a fazer birra.


Deixei os dois pra lá, assim como nem percebi direito que Emmett já tinha levado Rosalie para o quarto. Fitei Edward, que também me fitava.


- Qual é o seu problema? Nunca me viu não? - eu disse

Eu hein, carinha estranho!


- Vou te dizer a mesma coisa que o Jazz disse à Alice: VOCÊ ESTÁ BÊBADA! - ele disse alto e lentamente para ver se eu entendia.

- E?

- E que você tem que dormir pra ficar mais... estável. Se é que é possível. - ele sussurrou a última parte.

- Ei colega, eu ouvi. E eu NÃO estou bêbada. - e como prova do contrário, eu tropecei ao tentar andar e raxei a fuça, a dignidade, a ALMA, tudo que eu podia raxar. (apesar de não ter doído, olha a minha situação né?)


Edward ria descontroladamente da minha cara. Pô, nem pra dar uma ajudinha.

Nãaaao, deixa a otária aqui no chão! Pisa nela! Mata ela igual barata!
Babaca - virei os olhos internamente ao perceber que ele ainda ria.

Ele tá querendo encontrar Jesus Cristo pessoalmente...


- Obrigada pela ajuda, você é muito gentil! - dei um sorriso estremamente falso e levantei sozinha.

- De nada! - disse ele. Nem é cara de pau, né?

- Morre, Edward. Morre!

- Eu já estou morto. - ele riu e eu apenas bufei.


Com o máximo de cuidado, eu subi as escadas e fui para o quarto ainda pensando " Que vampira de merda eu sou, que tipo de vampira cai?"


- Você está bem? - virei-me rapidamente e dei de cara com Edward.

- Sai daqui, por favor. - disse, sendo o mais educada possível.

- Eu estou preocupado - ele disse

- E?

- E que você está bêbada e precisa de ajuda. - dei de ombros.

- Nem te ligo. - eu disse e virei as costas para ele

- Isabella, deixa de ser criança e cresce!

- Mas vampiros não crescem! - eu disse séria

Ele bufou e andou até onde eu estava, me virando de frente para ele.
- Posso te ajudar, por favor? Eu não aguento mais ter que aturar toda essa implicância.


( Recomendo escutar: Paramore - We are Broken http://www.youtube.com/watch?v=m8QzymVTt1w )

O ar já não era mais o mesmo. Seu rosto estava a poucos centímetros do meu, e seu hálito de menta me embriagava (só na minha mente). O seu hálito me deixava confusa... era a primeira vez que eu ficava com tão pouca distância dele, mas era como se eu já conhecesse seu cheiro de menta, como se ele fosse feito na medida certa para mim.

Não que ele precisasse, mas ele estava ofegante, como se estivesse sem ar. Não muito diferente de mim...

Era como se eu dependesse dele, como se estivesse apenas nós dois no mundo. Como se a coisa mais importante do mundo fosse: acabar com a distância que existia entre nós.

Lentamente, ele envolveu minha cintura com muito cuidado e me aproximou mais dele. Quando nossas peles se encostaram, um leve choque percorreu pelo meu corpo. Um choque novo... bom.

Ele abaixou um pouco a cabeça, e seus lábios roçaram em meu ouvido esquerdo, deixando um rastro de fogo por onde passava.

- Deixe-me te ajudar. - ele sussurrou
SIM, SIM, EU DEIXO TUDO, VEM NENEM!

FOCO, BELLA!
Ai Cristo, como eu posso ter foco com um homem desses?

Uma melodia doce era cantada por ele, enquanto ele se mexia lentamente, fazendo-me mexer também.

Passos simples, porém muito elegantes eram dados por nós dois, em uma sincronia perfeita. Nossos corpos se encaixavam, como se fôssemos partes de um quebra-cabeça.

Um passo falso, e eu quase dei de cara no chão novamente, mas ele me segurou. A bebida ainda tinha grande efeito em mim, e eu me peguei perguntando, como, até aquele momento eu ainda não tinha caído umas cem vezes. 

Como se nada tivesse acontecido, ele voltou a me guiar pelo cômodo.

A melodia em um segundo sequer tinha saído de seus lábios. Ela me trazia paz, como se ela fosse feita especialmente para mim. A impressão que eu tinha era de conhecê-la desde sempre.

Ela despertava algo desconhecido em mim, lembranças talvez... como um déjà vu. Novamente essa palavra em meus pensamentos.

Era como se lembranças adormecidas a muito tempo, fossem remexidas com a melodia que Edward ainda cantava.

Algo que eu me esforçava para lembrar, mas não conseguia obter muito sucesso.
Seus lábios vieram em direção ao meu... eu já não pensava mais, seguia por instinto. 

Um pequeno lâmpejo em minha mente, me despertou daquele "encantamento". Era assim que eu me sentia, encantada.

Encantada por Edward, pela linda melodia, por tudo que acontecia naquele momento.

- O que você está fazendo? - eu perguntei meio chocada.

Apenas naquele instante eu consegui raciocinar de novo. Por que diabos ele estaria fazendo aquilo comigo? O que ele queria? Brincar com a minha cara?

- Como assim? - ele perguntou, confuso com minha atitude.

Empurrei ele bruscamente, e o olhei com raiva.

- Você está ficando louco?

- Er... não - ele disse, perdido.

- Como você é estúpido, Edward! - gritei - Não é porque estou bêbada, que você pode me usar! Eu não sou burra! Você só quer se aproveitar de mim, porque tem certeza que depois eu não me lembrarei direito.

- O quê...? Como você pode ser tão absurda, a ponto de pensar isso, Isabella? - ele me olhava incrédulo.

- Nunca mais toque em mim, Edward! E se eu tiver que te tocar será pra arrancar a sua cabeça fora! - uma ira desconhecida queimava dentro de mim. Como ele era tão idiota e superficial! Ele achou mesmo que eu iria me entregar a ele e dizer: NOSSA, QUE TESÃO!

Rá. Rá.

- Você realmente tem problemas, Bella. Eu acho que nunca irei te entender.

Bufei contrariada com seu comentário e apontei o dedo para a porta do meu quarto.

- Saia agora. - falei lentamente, como se ele fosse um retardado mental.

- Você não tem vergonha na cara? - ele me perguntou.

- NÃO, POR QUE? Eu deveria ter? - fui ignorante mesmo.

Se ele pode ser estúpido, eu posso ser ignorante.

- Você estava quase me agarrando ali, e agora me pede pra sair?

- OMG! EU te agarrando? Seu obnubilado, se enxerga! Você que estava se aproveitando de mim! - eu gritei. A raiva aumentava cada vez mais.

Como ele podia me acusar de estar agarrando-o, se o que eu fiz foi exatamente o contrário? Eu praticamente impedi a terceira guerra mundial!

Ok, ok, exagerei. Mas mesmo assim, ele não tem o direito de mentir na minha cara.

- ... - o "cricri" dos grilos eram audíveis.

Eu não sou burra, tá? Eu só não lembro qual é o nome para o som que eles fazem.

Então para mim, é cricri.

- Você pode se retirar ou terei que chamar um guincho pra te rebocar?

Ele grunhiu e virou as costas para mim sem nem ao menos dar um tchau. Mal-educado.

Pude perceber que Rosalie e Alice estavam dormindo um pouco e que Emmett e Jasper não estavam em casa. Tomara que eles tenham saído antes de tudo isso, eu não teria coragem para encarar eles amanhã!

Edward estava na sala, e pelo barulho, provavelmente, ele estava arrumando a bagunça que nós fizemos, antes de Esme chegar.


Peguei uma roupa confortável e deixei em cima da minha cama. Depois de pegar minha toalha, fui até o banheiro. Escovei os dentes e me despi, jogando a roupa em qualquer canto do banheiro.

( Recomendo escutar: Kelly Clarkson - Haunted: http://www.youtube.com/watch?v=YI3WuKKXY3I )


Um alívio imediato me preencheu quando senti a água quente caindo no meu corpo, a sensação de estar sendo limpa de todo o mal era o que eu realmente precisava.

Por algum motivo, a indiferença de Edward comigo depois do ocorrido me machucou. Não que ele não fosse indiferente antes... mas eu já estava acostumada a brigar com ele. Depois do que aconteceu, ficou tudo meio... diferente.

Uma sensação de vazio aumentava cada vez mais no meu peito, como se eu estivesse sozinha no mundo.

Ouvi um barulho no andar de baixo e percebi que Edward havia saído também. Isso só fez eu me sentir mais sozinha ainda.

Levantei meu rosto para a água quente, e deixei que ela lavasse meu rosto.

Lágrimas saíram com facilidade de meus olhos, e se misturaram com a água do chuveiro, enquanto a dor se intensificava, chegando a ser física.

Rapidamente, saí do chuveiro e me vesti.

(Roupa da Bella: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=27841544&.locale=pt-br )

Depois de pentear o cabelo, peguei meu ipod, e saí pela janela, correndo floresta à dentro.

Eu corria sem rumo, sem prestar muita atenção ao meu redor.

A música que tocava no ipod, era uma que me machucava ainda mais e só aumentava a vontade de chorar. A música me fazia pensar em tantas coisas...

Nos meus pais. Eu ainda sentia uma falta tão grande deles, não diminuia nem um pouco. Era como se meu porto mais seguro não existisse mais.

Now you’re gone (Agora você se foi)

And I’m still crying (E ainda estou chorando)

Shocked, broken (Chocada, quebrada)

I’m dying inside (Estou morrendo por dentro)

Ao mesmo tempo em que pensava na falta de meus pais, eu pensava em Edward.

DROGA! SAI DA MINHA CABEÇA, GAROTO! SAI!

Alguma coisa sussurrou em minha mente:

"Ele pode sair de sua cabeça, mas nunca de seu coração e sua alma."

Meio assustada, resolvi ignorar e voltei a sentir aquelas sensações.

Where are you? (Onde está você?)

I need you (Eu preciso de você)

Don’t leave me here on my own(Não me deixe aqui sozinha)

Speak to me(Fale comigo)

Be near me (Esteja do meu lado)

I can’t survive unless I know you’re with me (Eu não consigo sobreviver ao menos que eu saiba que você está comigo)

Eu precisava de Edward. Eu só não sabia pra que e por que.

Era como se tudo fizesse parte de algo além da minha compreensão. Como se tudo fosse muito mais do que aparentava ser.

Lágrimas voltaram a sair de meus olhos, dessa vez com mais força. O buraco feito no meu peito no dia da morte dos meus pais não tinha cicatrizado nem meio centímetro. Ele só aumentava com o tempo. Por mais que eu tentasse, era muito forte para ser ignorado. E agora, Edward também fazia parte do motivo de minhas lágrimas. Flashs passavam pela minha cabeça, apesar de eu nunca ter feito nenhuma dessas coisas.Um deles me chamou atenção. Uma pequena criança, estava em meus braços

Uma linda menininha, com uns 6 meses no máximo. Seus olhos eram claros, e seu cabelo era de um tom meio loiro. O estranho era que eu usava roupas de época. Sabe, aqueles vestidos grandes, e luvas... era tudo tão surreal, parecia um conto de fadas.

Assim como isso entrou na minha cabeça, ele saiu rapidamente, dando lugar a um vazio interminável.

As lágrimas agora saíam carregadas com uma dor inexplicável. Não só pela perda de meus pais, ou por esse estranho sentimento que eu senti em relação à Edward. A dor era tão grande, que eu já estava quase me encolhendo.

Era uma dor que eu não sabia de onde vinha, mas era como se eu tivesse perdido a minha razão de estar aqui. Como se as coisas mais importantes da minha vida, tivessem sido levadas para longe. Mas que coisas são essas? Tantas perguntas, e nenhuma resposta.

Como eu posso sentir uma dor de algo que nunca aconteceu? Como?

Parei de correr quando encontrei uma clareira. Era tão linda, grande, até aconchegante. Mas eu tinha a impressão de já ter estado ali. Era como se eu conhecesse cada detalhe dela. Assim como eu sei que em uma das árvores, um coração estará marcado nela.

Meio atordoada, comecei a correr em busca da tal árvore que estava em minha mente, ao chegar nela, eu pude ver o coração marcado nela.

Arregalei os olhos e paralisei. Como eu sabia sobre a árvore?

Mas a questão mais intrigante nem era essa, e sim o fato de eu sentir que já conhecia aquela clareira.


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Notas finais do capítulo

BOM, EU IREI EXPLICAR MEU ATRASO!

Quando o capítulo estava terminado, meu computador pegou vírus, e eu estava lendo no pc do meu tio, e nunca dava tempo suficiente para digitar a história, mesmo porque meu tio ficava em cima de mim querendo ver o que eu tanta escrevia ¬¬

E lodo depois quando o pc ficou bom, adivinha o que aconteceu... LALALALALA

Eu tava no banho, e quando fui sair, eu caí. Torci o braço direito, estou com um ovo imenso no braço esquerdo, e na perna esquerda estou com DOIS OVOS ROXOS! Ou seja: estou virando uma galinha!
Além disso, eu ainda bati com o cóccix, e agora sempre que eu abaixo, na hora de levantar, eu vou à Marte e volto.
Estou toda fu**.

Entãaaaao, eu pedi a minha amada amiga Kaah, para ela digitar a história para mim, e nesse momento tudo que eu estou dizendo à ela, ela ta escrevendo.
Então é isso, espero que tenham gostado do capitulo (: